O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
MENSAGEM - A PROVA É UM RETRATO DA PRÁXIS DOCENTE
domingo, 23 de agosto de 2020
VIOLÊNCIA E BENEVOLÊNCIA - O BEM E O MAL
Roberto Gameiro
Jean-Yves Leloup, filósofo francês, escreveu no seu texto O poder do silêncio: “Acredita-se que o silêncio não combina com o poder, pois este tem se confundido com prepotência e violência (...) o verdadeiro poder do homem não consiste em atos de violência física. Quando um homem conquista o verdadeiro poder, toda a antiga violência acaba em benevolência. A violência é sinal de fraqueza, a benevolência é indício de poder.”.
O poder verdadeiro é próprio de homens fortes que não se deixam levar pela pretensão de tornar submissas as pessoas com quem convivem. Dão-lhes oportunidades de expressão e de ação livres de bloqueios e restrições. Sabem ouvir, não interrompem falas e argumentos; não são afoitos.
Homens fortes sabem que não são donos da verdade e que o diálogo é importante para a busca da melhor opção para cada iniciativa, para cada empreitada, para cada decisão.
Homens prepotentes têm geralmente por trás da sua opressão e da sua tirania uma fraqueza no caráter e na personalidade que os impede de serem benevolentes para não perderem a “armadura” com que se protegem.
A história da humanidade está cheia de homens fracos que chegaram ao poder fazendo uso da violência e assim submeteram povos a sacrifícios e cometeram verdadeiros genocídios. Mas como não há mal que sempre dure, muitos deles terminaram como vítimas do mesmo estigma.
Por outro lado, na nossa memória “pululam” exemplos de homens e mulheres que dedicaram e dedicam suas vidas a promover o bem, a enfrentar o mal e os maus, a proteger os vulneráveis, fazendo uso da palavra, dos bons argumentos, da sinceridade, da verdade, do convencimento dialogal.
No processo de educação/formação das crianças e dos adolescentes, eles passam a ter conhecimento das histórias de homens fortes e de homens fracos; homens bons e homens maus. No regime democrático, há a possibilidade da alternância no poder de grupos políticos, o que é muito bom. Entretanto, dependendo da ideologia que está por trás dos que detêm o poder, os heróis podem virar vilões e os vilões podem virar heróis.
As famílias na educação e as escolas na formação precisam estar bem sintonizadas para propiciar aos filhos e alunos opções para o bom discernimento das diversas facetas que caracterizam esta sociedade plural em que vivemos; eles precisam estar preparados para dizer “sim” ao bem e “não” ao mal; “sim” à benevolência e “não” à violência.
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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 27/10/19 sob o título de "Violência e benevolência".
Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.
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quarta-feira, 19 de agosto de 2020
MENSAGEM - A CREDIBILIDADE E O USO CORRETO DA LÍNGUA PORTUGUESA
domingo, 16 de agosto de 2020
AS MARAVILHAS QUE SOMOS E QUE POSSUÍMOS
Roberto Gameiro
Um grande amigo de Olavo Bilac lhe pediu, numa ocasião, que fizesse uma descrição do sítio que possuía para o anúncio de venda pois acreditava que se ele descrevesse a propriedade seria fácil vendê-la. Bilac, que conhecia bem o sítio e o amigo, atendeu ao pedido e redigiu: "Vende-se encantadora propriedade onde cantam os pássaros, ao amanhecer, no extenso arvoredo. É cortada por cristalinas e refrescantes águas de um ribeirão. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda.". Algum tempo depois, os dois se encontraram e Bilac perguntou se tinha vendido o sítio, ao que o amigo respondeu que depois da descrição que ele havia feito da propriedade, percebeu a maravilha que possuía e resolveu não mais vendê-la.
Essa historieta me fez refletir sobre como o amigo de Bilac estava fazendo mau uso da linda propriedade que tinha, não percebendo o quanto poderia usufruir de tudo aquilo. Foi preciso alguém “de fora” para fazer aflorar nele a percepção da maravilha que possuía; e a me perguntar: será que o poeta fez o texto com esse propósito? Se sim, mostrou-se realmente um grande amigo.
Desejar o que ainda não se tem e lamentar aquilo que já não se tem são outras características comuns dos seres humanos.
Ela também me fez pensar sobre como o mote que nos é trazido por esse contexto pode ser pretexto para nos ajudar no processo de educação dos nossos filhos enquanto são crianças e adolescentes. Embora não tenham ainda todos os processos cerebrais amadurecidos, trata-se do momento da vida em que o testemunho e o exemplo dos pais mais ficam guardados na memória deles. Cada um de nós tem registros de fatos ocorridos quando tínhamos aquelas faixas etárias, que nos vêm à mente até com uma certa constância; os bons e os não tão bons.
Saber dar valor e fazer bom uso do que se é e do que se tem através do cultivo da autoestima, da perseverança, da resiliência e da espiritualidade, são elementos indispensáveis nos nossos diálogos com os filhos para que possam crescer não apenas em estatura, mas, também, em sabedoria; esta, com o sentido de prudência, moderação, temperança, sensatez e, especialmente, reflexão.
Assim, talvez, ao longo da vida, eles terão menos motivos para lamentar o que eventualmente perderam, já não tenham ou já não sejam, num ciclo virtuoso de autovalorização e de percepção de que na vida passamos por inúmeros estágios de acertos e erros, de ganhos e perdas, de sucessos e fracassos, procurando, porém, não nos afastar do que nos move sempre para a frente: os sonhos, a esperança e, especialmente, a crença em Deus.
Cora Coralina escreveu: “A verdadeira coragem é ir atrás dos seus sonhos mesmo quando todos dizem que é impossível.”.
Conheça a sua realidade, usando a razão e a emoção, e valorize o que você tem; não apenas bens materiais, mas também as pessoas que você ama, os seus familiares e amigos, seu emprego ou sua atividade laborativa, os seus conhecimentos, competências e habilidades, a sua saúde e a sua espiritualidade. Tudo isso somado constitui a verdadeira riqueza que uma pessoa pode possuir.
“O que você tem, todo mundo pode ter, mas o que você é ... ninguém pode ser.”. Esta frase é atribuída a Costanza Pascolato e, também, a Clarice Lispector. Independentemente de quem a formulou, ela nos traz a mensagem de que nós somos seres únicos criados à semelhança do Criador para, com as nossas qualidades e as nossas limitações, colocarmo-nos a serviço do próximo, fazendo bom uso do que temos e, especialmente, do que somos.
Vamos, portanto, nos colocar a serviço como verdadeiros Discípulos Missionários de Jesus Cristo, disseminando a Boa-Nova no tempo oportuno e inoportuno, como nos ensina o texto Bíblico.
Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
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quarta-feira, 12 de agosto de 2020
MENSAGEM - AS FALSAS INFORMAÇÕES E A CONSTRUÇÃO DE NOVOS CONHECIMENTOS
domingo, 9 de agosto de 2020
QUAL A PRINCIPAL FUNÇÃO DO DIRETOR DE ESCOLA?
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quarta-feira, 5 de agosto de 2020
MENSAGEM - O CREPÚSCULO E A GRANDEZA DO CRIADOR
domingo, 2 de agosto de 2020
A EDUCAÇÃO, A FAMÍLIA E A SOCIEDADE - Texto 3
BRASIL. Presidência da República. Lei 9394 de 20 dez. 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
HADJI, Charles. Avaliação Desmistificada, Porto Alegre: Artmed, 2001.
MORAN, José. Ampliando as práticas de mentoria na educação, 2019. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2019/08/mentoria_Moran.pdf
MORAN, José. Mudando a educação com metodologias ativas, 2013. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/mudando_moran.pdf. Acessado em 29/07/2020.
PAGANOTTI, Ivan. Vygotsky e o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal. Revista Nova Escola, 2011 Disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/1972/vygotsky-e-o-conceito-de-zona-de-desenvolvimento-proximal. Acessado em 29/07/20.
ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
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quarta-feira, 29 de julho de 2020
MENSAGEM - A IDENTIDADE "FALA ALTO" E NOS REVELA
domingo, 26 de julho de 2020
ADOLESCENTES E BORBOLETAS
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Como disse Rubem Alves (1933-2014): "Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.".
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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 26/06/18.
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