
Roberto Gameiro
Já se disse que não vivemos apenas uma época de mudanças, mas
sim uma mudança de época.
Daniela Diana,
licenciada em letras pela UNESP, escreveu que “A mudança social é a transformação
da sociedade e do seu modo de organização. Decorre de hábitos e costumes que
deixam de fazer ou que começam a fazer parte do cotidiano das pessoas” e ainda
que “Como qualquer mudança, há uma série de consequências benéficas e outras
menos benéficas para a sociedade. A mudança, muitas vezes tida como sinônimo
de progresso, pode, por outras vezes, ir ao encontro da perda de valores.”.
(Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/mudanca-social/ > Acesso em: 22 jun. 2019.)
A nossa sociedade está
mudando com uma velocidade nunca antes experimentada, ocorrendo em todos os
segmentos, com ênfase especial entre os mais jovens, mais suscetíveis e
provocativos em termos de questionamentos do status quo.
Revista de grande
circulação nacional publicou recentemente uma reportagem na qual informa que
“Estudo realizado pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), com
base em dados do IBGE, mostrou que 25,1% das garotas com idade entre 13 e 15
anos bebem ao menos uma dose por mês – há uma década, eram 20%. Entre os
garotos, o índice é de 22,5% - dez anos atrás, batia nos 28%. A mudança ilumina
um novíssimo problema: elas bebem mais do que eles”.
Esse fenômeno se torna
mais grave ao se constatar (e não é difícil fazê-lo) que em muitos casos
acontece com o conhecimento e a conivência dos próprios pais.
Todos sabemos que a
venda ou o fornecimento, mesmo que gratuito, de bebida alcoólica para menores
de dezoito anos é proibida por Lei. Mas Lei, ora a Lei. Muitos adolescentes
recorrem a colegas maiores de 18 anos para a compra da bebida – isso, sem
contar que muitos possuem cédulas de identidade falsas...
Acresça-se a grande
quantidade de opções de bebidas alcoólicas de sabor adocicado, mais palatáveis
para as jovens, que inunda os mercados.
Ainda na mesma
reportagem, a revista cita Ludhmila Abrahão Hajjar, do Hospital Sírio-Libanês e
do Instituto do Coração, em São Paulo, que afirma que “A vulnerabilidade
feminina, nesse aspecto, é notória. O organismo da mulher tem quantidades
menores de enzimas responsáveis pela metabolização do álcool, o que faz com que
a substância demore mais tempo para ser eliminada.”.
Dizem que o primeiro
passo para resolver um problema é identificá-lo. Esse problema está mais do que
identificado e delimitado. Há que se buscar formas de resolvê-lo ou, pelo
menos, minimizar suas consequências em relação à saúde das mulheres, hoje
jovenzinhas, que se deixam levar pelo equívoco do prazer enganoso da bebida
alcoólica.
Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 27/06/19, sob o título "Adolescentes e o álcool".
(Siga-me)
Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 27/06/19, sob o título "Adolescentes e o álcool".
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Leia também o artigo
“Os adolescentes e o álcool (1)” acessando: https://www.textocontextopretexto.com.br/2017/09/os-adolescentes-e-o-alcool.html
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Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.
Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas
áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e
adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.
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Grande preocupação.Nossos jovens são vítimas de uma sociedade corrompida.
ResponderExcluirPreocupante! haja vista que o organismo feminino não tem uma enzima que "desdobra" melhor o álcool, o que leva a embriaguês mais rápido. Contudo, socialmente, em certas circunstâncias é um facilitador nos relacionamento pessoal. O difícil é encontrar o equilíbrio. Todavia, não se deve menosprezar o efeito viciante!
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