O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

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sábado, 14 de junho de 2025

A SUBJACÊNCIA DOS CICLOS SOCIAIS


Roberto Gameiro

“Um dos mais sérios riscos em nosso tempo é a necessidade da especialização, isto é, de sermos, por força, unilaterais. À medida que todas as coisas parecem pôr-se a nosso alcance (...), bem como por causa dessa espécie de impudor com que as maiores intimidades se expõem na via pública, não obstante tudo isso, o homem moderno vive cada vez mais recolhido dentro de si próprio. Vivemos abafados por uma montanha de jornais, revistas, cartas, livros, notícias. Está tudo tão à mão, que nada é acessível.”


O texto acima, de Américo de Castro, consta das última e penúltima capas de renomada revista, publicada em junho de 1945, sob o título "A democracia é um esforço criador", logo após o término da Segunda Guerra Mundial, ocasião em que o mundo passava por transformações sociais radicais.

Parece que foi escrito hoje, não é?

Oitenta anos nos separam daquele momento. Guardadas as proporções e a diversidade das realidades que subjazem o descrito, vivemos uma época que equivale àquela, até porque foi a partir de 1946 que o conhecimento passou gradativamente a ser mais valorizado do que o trabalho operacional.

Hoje, a cada dois dias, se produz mais informação que nos últimos 5 mil anos!

Vivemos plenamente a “era da informação”. Eis porque mudou radicalmente a postura esperada dos professores, que deixaram de ser os “donos do conhecimento” para serem mediadores dos alunos na busca e uso das informações e dos consequentes saberes e conhecimentos delas derivados.

Mas, por razões diferentes das de oito décadas atrás, o homem moderno continua vivendo recolhido dentro de si próprio, as intimidades são expostas sem qualquer pudor nas redes sociais, e há tanta informação disponível, que não se sabe bem o que fazer com tanta fartura.

E o autor prossegue no seu texto: "É mister mostrar quais são as perspectivas de um mundo melhor, no qual o sorriso não chegue a ser uma inesperada impertinência.".

Realmente, a sociedade passa por ciclos cujas características, embora subjacentemente diversas, cabem nas mesmas descrições.

Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia no dia 27/03/2019 sob o título "As subjacências sociais".
Artigo reeditado em 12/06/2025.

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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br  

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sexta-feira, 6 de junho de 2025

MENSAGEM - NO MUNDO HÁ MAIS GENTE DO BEM DO QUE DO MAL

                          MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

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          TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
          TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

Há os que dizem que o mundo não está nem mais nem menos violento do que sempre foi; que a diferença é que hoje, com o avanço tecnológico dos diversos meios de comunicação, ficamos sabendo imediatamente de tudo o que acontece no bairro, na cidade, no estado e no mundo. As próprias pessoas ditas “do bem” veem-se enredadas em intrigas através das redes sociais que, muitas vezes, não têm limites de urbanidade e respeito. Pior: repassam informações possivelmente inverídicas, sem tomar o cuidado de buscar evidências de que aquilo seja verdade. Sob o meu olhar, nunca se teve tanta facilidade e multiplicidade de meios de comunicação; nunca se usou a comunicação tão mal. Nós pais temos naturalmente uma postura de proteção em relação à nossa prole; Essa postura nos leva à preocupação constante com o bem-estar dela. Resta-nos o saber que no mundo há mais gente do bem do que do mal. Há, portanto, esperança.




























 

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sexta-feira, 30 de maio de 2025

IDENTIDADE E DIGNIDADE

 




Roberto Gameiro


– Qual é a sua identidade? A resposta poderia, talvez, ser o número da cédula de identidade; mas não é a essa identidade que me refiro.


Refiro-me a algo mais relevante do que um simples documento. Refiro-me àquelas características que nos distinguem e nos qualificam. À forma como nos vemos e como as outras pessoas nos veem. O nosso caráter, a nossa personalidade, a nossa visão de mundo e como nos inserimos nele.


As organizações são identificadas pela sua razão social, pela sua visão de futuro, pela sua missão, pelos seus princípios e valores. Estrategicamente, procuram fazer a gestão ancoradas nesses atributos como forma de adesão de todos os colaboradores para a consecução dos objetivos e das metas. E procuram disseminar essas informações para os seus clientes e fornecedores. É como elas (as organizações) se veem e como querem ser vistas.


Nós, seres humanos, temos a nossa identidade como tal, mas também temos a nossa identidade projetada nos diversos papéis sociais que desempenhamos. Eu sou o ser humano Roberto, que posso exercer diversos papéis sociais: diretor de escola, professor, sócio de clube, pai, avô, síndico…


Nem sempre a forma como nos vemos coincide com a forma como os outros nos veem. Mas, com a convivência e os relacionamentos mais chegados, acabamos por formatar algumas características próprias do nosso jeito de ser e de agir, o que passa a ser perfeitamente perceptível para as outras pessoas. Quantas vezes, diante de um fato acontecido, ouvimos alguém dizer: “isso só pode ser coisa do Fulano de Tal”. É a identidade “falando alto” e nos revelando para o bem, ou para o mal.


Por óbvio, não precisamos ser o que os outros querem ou preferem que sejamos. Temos de ser nós mesmos, baseados em valores saudáveis para projetar uma identidade real e defensável.


A identidade está diretamente relacionada à dignidade. A dignidade humana.


A dignidade humana, junto da soberania, da cidadania, dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, e, ainda, do pluralismo político, constitui um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito da República Federativa do Brasil. (CF, 1988)


O artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948) registra que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.


A dignidade é suportada pela identidade e vice-versa. São características das quais não podemos abdicar sob pena de perdermos o nosso sentido de vida. Ninguém tem o direito de se apoderar da identidade e ou da dignidade do outro, seja ele seu filho, seu pai, seu empregado, seu cônjuge, embora saibamos que isso acontece até com certa frequência, especialmente nas relações trabalhistas.


A escravatura foi um exemplo claro dessa situação; o escravo perdia primeiro a sua identidade, e, logo em seguida, a sua dignidade como ser humano. E sabemos que, ainda hoje, há situações de verdadeira escravidão no Brasil e pelo mundo afora.


Jesus Cristo nos deixou um novo mandamento: que devemos nos amar uns aos outros como Ele nos amou. É isso. E ponto.


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Artigo publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 01/06/2016.

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sábado, 10 de maio de 2025

MENSAGEM - TRILHANDO CAMINHOS DE "BOA" CIDADANIA


                                   MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

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          TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
          TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

Vivemos uma época de incertezas. Os conceitos, as certezas e as crenças são postas à prova a cada “novidade” que aparece, algumas das quais estapafúrdicas, mas defendidas com tal ênfase pelos introdutores, que passam a parecer verdades. E, nesse clima, muitos pais já não sabem como encaminhar a educação dos filhos, e muitos educadores já não têm certeza se as normas e as regras da escola continuam valendo. O processo de educação dos jovens, na família e na escola, exige muito de perseverança e resiliência de pais e educadores; a eles cabe não deixar passar nenhuma oportunidade para transmitir valores morais e éticos, e fazer com que as crianças e adolescentes adquiram competências que os ajudem a trilhar caminhos de “boa” cidadania.

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sábado, 3 de maio de 2025

PESSOAS DE REFERÊNCIA


Roberto Gameiro


A Família é o lastro de segurança, o porto seguro que norteia as ações e delimita a construção e a implementação da nossa filosofia de vida. Esse lastro é complementado pela Escola.


Na escola, que recebe imediatamente o eco e os efeitos das mudanças sociais, o controle da disciplina, a colocação de limites, o cumprimento de normas, necessários para a formação do bom cidadão, ganham contornos que exigem constantes atualização e aprimoramento das competências dos educadores.


Há alguns anos, a família brasileira, atônita, tomou conhecimento do caso da filha que planejou o assassinato dos próprios pais. Muito se escreveu a respeito. Muito se discutiu. Devemos, entretanto, tomar muito cuidado para não generalizar aquela postura de uma jovem, para a maioria da juventude. A nossa juventude é, basicamente, constituída de meninos e meninas bons, solidários e afetuosos, que valorizam as relações e, principalmente, a família.


Cada Família possui suas características próprias, seus princípios e valores culturais, sociais e religiosos, que cultua, prioriza e procura manter. Nos últimos tempos, as famílias, estupefatas, têm visto crescer, assustadoramente, a violência nas ruas e na sociedade em geral. E, como estruturas sistêmicas que buscam proteger seus membros, fecham-se atrás de grades, alarmes e sistemas de segurança.


Muitas vezes, famílias bem constituídas, preocupadas e vigilantes em relação à educação dos filhos, são pegas de surpresa com atitudes reprováveis dos mesmos na escola, no clube, no prédio…


Hoje, muitas crianças e adolescentes estão confusos e sem perspectiva, por falta de referências que alicercem suas existências, apontem rumos e ajudem a marcar limites.


Testar o adulto, questionar, é próprio do adolescente. Essa testagem, esse questionamento, geralmente nada mais são do que busca de segurança, de amparo, de ponto de referência. Se encontra características de firmeza, afeto, ternura, compreensão e bom senso, ele passa a se considerar, mesmo que não conscientemente, “protegido” por aquele adulto, no qual passa a confiar. Se não encontra aquelas características, o adolescente, num primeiro momento, se sente “vitorioso”:  “venci o adulto”; e esse sentimento de “vitória” é substituído, rapidamente, por um misto de fragilidade e falta de amparo:  “se eu venci o adulto, quem resta agora para me orientar? ”  E é aqui que está o momento delicado que nem sempre conseguimos identificar.


É importante a existência de “pessoas de referência” na vida das crianças e dos adolescentes, que sejam presentes e inspiradoras de posturas e ações construtivas e saudáveis, que encarnem valores profundos e os proclamem com força significativa. De preferência, por óbvio, os próprios pais.


Os professores também podem constituir norte importante na construção dos sentidos de vida de seus alunos; às vezes, independentemente de suas crenças e convicções; às vezes, em função de; às vezes, apesar de.


Publicado originalmente em 09/10/17


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Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 27/09/17.


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sábado, 12 de abril de 2025

MENSAGEM -VOCÊ É OU JÁ FOI FUMANTE PASSIVO?

                       MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

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          TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
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Durante muito tempo, eu costumava dizer  que o mais próximo da imagem de um cigarro  que  eu já tinha  chegado eram os chocolates da Pan cujas embalagens até lembravam maços de cigarros. Eu e os meus amiguinhos gostávamos de nos exibir com  o  cigarrinho  de  chocolate  entre  os  dedos,  imitando  a  pose  dos  adultos fumantes. Entretanto, sei que não posso afirmar que nunca fumei. Tornei-me, com o exercício do magistério superior, um fumante passivo. As minhas turmas  tinham,  em  média, 100  alunos  cada;  e  a  maioria dos alunos  fumava. Quem  olhasse a sala de aula pelo lado de fora, poderia,  inadvertidamente,  acionar  os  bombeiros,  devido  a tanta  fumaça  saindo  pelas  janelas.  Afinal,  “onde  há  fumaça, há fogo", já diz o ditado popular. Naquela época, anos 1980, não havia, ainda, a proibição do uso de cigarros em recintos fechados.

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sábado, 29 de março de 2025

MENSAGEM - QUEM SÃO OS HERÓIS DE HOJE?

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          TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
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Vivemos uma época em que os valores são constantemente invertidos e subvertidos. É tão comum esperar-se das pessoas ações e reações com contravalores, que o pior virou rotina, a ponto de quando alguém age de forma natural, verdadeira e autêntica, receber elogios e, nalguns casos, ser até visto e exaltado como um herói. Um bombeiro que arrisca sua vida, num incêndio, para tirar uma criança do meio das chamas, é aclamado como   herói; nada mais justo e merecido. Entretanto, como aceitar que, na mesma noite, os participantes de um reality show sejam chamados de “heróis”? E como não aceitar, se o próprio dicionário “Aurélio” apresenta, por extensão, “herói” como “pessoa que por qualquer motivo é centro de atenções”? O bombeiro e os participantes do “reality show” cabem nessa definição. Durma-se com esse “barulho”.
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sexta-feira, 21 de março de 2025

EDUCAÇÃO X APRENDIZAGEM


Roberto Gameiro


Os alunos estavam em filas, bem-comportados e ansiosos por chegar a sua vez de serem atendidos, no pátio interno da escola, na maratona empreendida pelos educadores, naquela manhã de muito calor de um mês de outubro.


Não se tratava de uma atividade pedagógica, ou de uma olimpíada do conhecimento, nem mesmo de uma distribuição de livros para leituras extraclasse.


Tratava-se, isso sim, de uma iniciativa da escola própria de uma multinacional, com mais de 2000 alunos, para tentar erradicar um surto de piolhos que atingia a maioria dos alunos.


Nesse dia, ao invés de usar o giz, os professores, os diretores, as equipes técnica e de apoio, ajudados por alguns pais e mães, aplicavam um medicamento friccionando o couro cabeludo das crianças e adolescentes na esperança de resolver o problema preocupante.


Esse é um exemplo, talvez exagerado, confesso, mas real, que demonstra que desde há muito a escola extrapola as funções para as quais foi criada.


São responsabilidades da família, entre outras, o cuidado da saúde e a educação dos filhos para valores morais e éticos. À escola cabe a escolarização das crianças e adolescentes, como provedora das competências gerais que consubstanciam os direitos de aprendizagem e desenvolvimento. 


Entretanto, enganam-se aqueles que querem acreditar que essa divisão de tarefas entre a família e a escola aconteça realmente no dia a dia.


Isso acontece não como decorrência de uma reconfiguração da escola (que, diga-se de passagem, precisa de muitas reconfigurações), mas de uma reconfiguração das famílias. Alguns dizem que famílias estão desestruturadas. Prefiro dizer que as famílias estão diferentes.


E, por estarem diferentes na sua estrutura e na sua práxis, muitas famílias já não conseguem dar conta de algumas de suas atribuições, e as delegam para a escola, que não tem essa responsabilidade. E esperam que a escola dê conta de tudo.


As famílias, via de regra, não delegam essas atribuições por negligência, mas como consequência do que a vida em sociedade hoje demanda para pais e, principalmente, para mães que trabalham fora, e que, em consequência, têm geralmente, três turnos de trabalho. Um deles em casa após o expediente laboral.


E não existe fórmula conhecida para resolver essa situação que, muitas vezes, coloca famílias e escolas em conflito. A atenuante tem um nome: “parceria”.


Na parceria responsável, cada parte entende e compreende a dificuldade da outra e coloca-se sensatamente a serviço do somatório de energias positivas na busca do equilíbrio de ações convergentes em prol da boa educação e formação das crianças e dos adolescentes. 


Família e escola se complementam.


Publicado originalmente em 07/08/2018.



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sexta-feira, 14 de março de 2025

A IMPORTÂNCIA DAS NOSSAS RAÍZES ANCESTRAIS

Roberto Gameiro

Bert Hellinger, escritor, psicoterapeuta e padre alemão (1925-2019), escreveu:

“Atrás de mim estão todos os meus ancestrais me dando força. A vida passou através deles até chegar a mim. E em honra a eles eu a viverei plenamente.” 

De geração em geração, vão sendo construídas nossas identidades, cada uma das quais traz raízes culturais e sociais das que a antecederam. Eu tenho muito dos meus pais; os meus filhos têm muito de mim e da mãe deles. Os meus netos têm muito dos avós e dos pais. 

Hoje, eu não sou o mesmo que era ontem, assim como o rio que renova suas águas enquanto busca o oceano.

A conexão com as origens permite que cada um de nós se reconheça dentro de um contexto cronológico que compreende  a transmissão de valores histórico-culturais, tradições e elementos genéticos que constituem aquisições valiosas acumuladas de geração em geração.


No mundo de hoje, em que a globalização põe à prova constantemente as identidades individuais e coletivas, é mister o sentido de pertencimento a raízes ancestrais que propicia a compreensão de onde viemos e de quem somos e valoriza e resguarda o conjunto da produção cultural das gerações precedentes.

Princípios e valores saudáveis transmitidos ao longo das gerações fortificam a nossa cognição, o que resulta em tomadas de decisão e comportamentos alinhados com o legado familiar, possibilitando a construção de um sentido de vida que valoriza a amorosidade, o respeito e a solidariedade.

Há um provérbio Chinês que diz: “Esquecer os ancestrais é como ser um riacho sem nascente, uma árvore sem raízes.”

Portanto, reconheçamos e valorizemos nossas raízes ancestrais. Assim, manteremos intensa a chama das contribuições daqueles que nos precederam e fortaleceremos as identidades individuais e coletivas do nosso tempo.

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sexta-feira, 7 de março de 2025

MENSAGEM - QUAIS OS PRINCÍPIOS E OS VALORES CENTRAIS DA ESCOLA?

                       MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

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          TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
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A maior parte dos conflitos existentes entre família e escola acontece pela  falta de coerência entre as suas identidades, e das contradições decorrentes. Portanto, pais, quando forem escolher a escola para seus filhos, busquem conhecer os atributos que regem o seu funcionamento. Se a escola identifica “princípios” e “valores” na sua apresentação, procurem conhecê-los para ver se eles vêm ao encontro dos da sua família. A pergunta, então, poderá ser: quais são os “princípios” e os “valores centrais” da escola? Eles atendem às nossas expectativas para a formação dos nossos filhos? Família e escola devem ser parceiras. Para isso, idealmente, suas identidades devem ter (muitos) pontos comuns.

 

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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

A MEMÓRIA SABE MAIS DE MIM QUE EU


 

Roberto Gameiro


“A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo.” (1)


A memória humana tem características que constantemente nos surpreendem. Dizem que usamos apenas 10% da capacidade do nosso cérebro; e, ainda assim, temos um volume tal de informações armazenadas na nossa memória impossível de ser mensurado. Ela guarda aquilo que merece ser guardado; momentos importantes e expressivos das nossas vivências, aqueles que têm um valor especial para nós, são selecionados por ela e “salvos” para uso posterior, numa perfeita curadoria, e, incrível, não conseguimos saber o porquê. Na realidade, não sabemos exatamente o que sabemos, nem o quanto sabemos; mas os conhecimentos estão lá guardadinhos para serem recuperados a qualquer momento.


Essa ligação entre memória e conhecimento propicia-nos a capacidade de usufruir do que já aprendemos, e de embasar o enriquecimento da nossa cognição.


Conhecer as características de cérebro, mente, tipos de memória, informação, dados, conhecimento e saber é habilidade necessária para todos os que se pretendem pesquisadores, como forma de aumentar seus fundamentos teóricos para desenvolver uma práxis adequada ao nosso tempo.

 

Há três tipos de memória. A sensorial, a de curto prazo e a de longo prazo. Resumindo, a sensorial é a memória imediata ligada aos sentidos; a de curto prazo tem capacidade limitada e retém informações temporariamente; a de longo prazo tem a capacidade de armazenamento de informações por longo tempo, inclusive pela vida toda. Muito da memória de curto prazo se transfere para a de longo prazo. 


A memória de longo prazo tem tudo a ver com a formação do nosso caráter, da nossa personalidade, dos nossos princípios e valores; é ela que dá o tom para a formação e manutenção da nossa identidade pessoal. 


A esse volume de informações guardado na memória de longo prazo podemos chamar de “conhecimentos prévios”; são eles que “recepcionam” as novas informações que recebemos a todo momento e as acomodam entre eles fazendo o ajuste das interconexões que dão suporte à nossa cognição. É um maravilhoso universo que só Deus poderia criar.


Entretanto, cuidemos, porque se acreditarmos firmemente que uma informação falsa recebida é verdadeira, “enganaremos” o nosso cérebro, e essa informação vai “bagunçar” grande parte da nossa estrutura cognitiva, fazendo-nos pensar e agir em desacordo com o nosso caráter e nossa personalidade. 


Confúcio escreveu que “aprender sem pensar é tempo perdido”. 


Entretanto, consideremos que o que é falso para uns, pode ser realmente verdadeiro para outros, dependendo da ideologia de cada um. O que desconcerta alguns, cai como uma luva para outros. 


Aqui, nos ajuda William Shakespeare: “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”.


Referência

(1) Eduardo Galeano, no livro “Dias e noites de amor e de guerra”. [tradução de Eric Nepomuceno]. Porto Alegre: L&PM Editores, 2001.


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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

TUDO DEPENDE DO OLHAR


Roberto Gameiro


“Um pai resolveu mostrar para o filho como é bom ser rico.

Foi com o garoto passar um fim de semana num sítio de pessoas muito pobres. 

Quando voltaram, perguntou ao menino:

- Como foi a viagem?

- Muito boa, papai!

- Você entendeu a diferença entre a riqueza e a pobreza?

- Sim.

- E o que você aprendeu?

- Eu vi que nós temos só um cachorro em casa. Eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim; eles têm um riacho que não tem fim. Nós temos uma varanda coberta e iluminada; eles têm uma floresta inteira...

Ao final da resposta, o pai ficou boquiaberto, sem reação.

E o garotinho, abraçando fortemente o seu pai, completou:

- Obrigado, pai, por me mostrar o quanto nós somos pobres!”

(Autor desconhecido)


Pois é. Tudo depende do olhar que se tem em relação ao que se vê e ao que se sente. 


Este diálogo entre pai e filho nos convida a refletir sobre as diferentes percepções que podem ser exploradas a respeito de riqueza e pobreza.


Diferentemente do pai que valoriza os bens materiais, objetivos, a criança percebe maior valor nos bens imateriais, subjetivos; enquanto aquele observa a falta de recursos materiais, esta se encanta com a riqueza existente na simplicidade da vida e na profusão de elementos naturais, comparando-os com o status financeiro e econômico da sua família.


O pai pretendia levar o filho a reconhecer o quanto eles eram ricos em função dos bens materiais que possuíam. Deu com os “burros n’água”, pois a criança focou sua percepção em enxergar para além das aparências, identificando valores essenciais naturais como prova de riqueza, e colocando em plano secundário os bens materiais. 


São visões diferentes de um mesmo contexto. Sob o meu olhar, não se pode afirmar que uma ou outra esteja errada ou equivocada, mas nos leva a ponderar sobre a necessidade de a educação infantil propiciar condições para a criança explorar valores morais e éticos, para saber discernir sobre o certo e o errado, conforme vai consolidando suas estruturas mentais, promovendo a conscientização social e as vivências do dia a dia,  além de reconhecer e agradecer as graças que o Criador nos deu e dá, independentemente de bens materiais ou imateriais.


Para o pai, fica a lição bem expressada por Augusto Cury: “Você precisa conquistar aquilo que o dinheiro não compra. Caso contrário, será um miserável, ainda que seja um milionário."

 

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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

MENSAGEM - VALORIZE O QUE VOCÊ POSSUI

                       MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

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Um amigo de Olavo Bilac lhe pediu uma descrição do sítio que possuía para o anúncio de venda pois, se ele descrevesse a propriedade, seria fácil vendê-la. Bilac redigiu: "Vende-se encantadora propriedade onde cantam os pássaros no extenso arvoredo. É cortada por cristalinas águas de um ribeirão. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra das tardes, na varanda.". Algum tempo depois, Bilac perguntou se tinha vendido o sítio, ao que O amigo respondeu que, após a descrição feita por Bilac, ele reconheceu o valor do que possuía e decidiu não mais vendê-lo. Foi preciso alguém “de fora” para fazer aflorar nele a percepção da maravilha que possuía; será que o poeta fez o texto com esse propósito? Se sim, mostrou-se realmente um grande amigo.




























 

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sábado, 1 de fevereiro de 2025

CONHECENDO E TRANSFORMANDO


Roberto Gameiro


Eduardo Galeano (1940-2015), jornalista e escritor uruguaio, escreveu: “A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la.”


Realmente, a afirmação do jornalista tem tudo a ver com a verdade. O conhecimento é a primeira competência que deve ser exercida para formar a base que norteará a construção de um plano de ação que tenha o objetivo de modificar uma realidade. Ninguém modifica ou transforma algo que não conheça profundamente. O conhecimento é o alicerce sobre o qual será erigida toda a estrutura pertinente; através dele, conseguimos determinar a origem, a natureza e as características dos possíveis problemas, assim como as eventuais oportunidades e soluções. Se não houver um alicerce profundo e forte, tudo pode desmoronar a qualquer momento, pois as nossas iniciativas poderão ser ineficazes e ou prejudiciais. 


Há que se ter, então, uma compreensão muito clara de com o que estaremos nos defrontando para viabilizar, reestruturar ou otimizar uma iniciativa empreendedora, a definição de uma carreira profissional, o projeto de formação e educação dos filhos, os princípios e valores familiares etc. Tudo depende de um planejamento estratégico meticuloso e eficaz. Não há lugar para amadorismos.

A literatura nos  apresenta  inúmeros  projetos bem-
-sucedidos de transformação que demonstram como o conhecimento é essencial e impactante para a mudança de uma realidade. O uso estratégico do conhecimento é forte instrumento para orientar na resolução de problemas em diferentes áreas de atuação.


A coisa é séria; estes argumentos podem ser aplicados qualquer que seja a ideologia que norteie as posturas e ações de um indivíduo, ou de um partido político, de um governo, de uma religião, de uma família, de uma escola etc.


Muitas vezes, interpretamos a realidade de forma distorcida, o que, obviamente altera a nossa percepção da verdade. Pior é quando essa interpretação vem acompanhada de aspectos emocionais que facilitam a transformação dela em conhecimento no nosso cérebro. Daí para diante, poderemos tomar iniciativas fundadas em base falsa e controversa até em relação ao nosso próprio caráter.


Por oportuno, quando se trata de conhecer a realidade de uma pessoa, devemos saber ouvi-la atentamente e considerar os seus pontos de vista, as suas crenças e valores, mesmo que sejam diferentes das nossas, e tentar compreender suas vivências e seu sentido de vida.


Enfim, não podemos ignorar nem subestimar os problemas, desafios e obstáculos  que eventualmente encontraremos na utilização do conhecimento; eles devem ser enfrentados e superados se quisermos atingir as metas projetadas. 



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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br  

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sábado, 25 de janeiro de 2025

MENSAGEM - AS RESPONSABILIDADES DA FAMÍLIA E DA ESCOLA

                       MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

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A escola tem assumido responsabilidades que pertenciam à família. Isso tem acontecido devido ao novo formato das famílias nesta sociedade. Alguns dizem que a família está desestruturada; eu prefiro afirmar que a família está diferente. Acrescente-se o fato de que as mães, na sua maioria, estão no mercado de trabalho. As mães têm três expedientes diários: dois no trabalho e um em casa para resolver e encaminhar os assuntos da casa e o acompanhamento escolar. Muitas vezes, os filhos passam mais tempo sozinhos, ou com as babás, ou com os educadores, do que com os pais. Portanto, a escola ganha, cada vez mais, importância na vida das famílias e crescem as expectativas dos pais na direção de uma escola que se preocupa não apenas com a excelência acadêmica, mas, também, com essa realidade.



























 

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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

MENSAGEM - COMPROMISSO MARCADO, COMPROMISSO CUMPRIDO

                       MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

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          TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
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Há pessoas que nunca chegam nem cumprem compromissos na hora marcada. Você, talvez, conheça alguém assim; quando elas o fazem na hora marcada, todos até se surpreendem! Isso inclui, por óbvio, o cumprimento de prazos por parte dos professores em relação à escola e aos alunos. Professores que com frequência não cumprem os prazos combinados com os alunos e com a administração da escola, perdem a necessária confiança dos estudantes e provocam reações equivalentes, deseducando ao invés de educar, além de gerar atrasos na divulgação dos boletins de resultados nas datas aprazadas, o que pode parecer aos pais desorganização da escola; e isso vale para qualquer profissional que faça ou pretenda fazer parte de uma equipe.

























 

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