O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

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terça-feira, 24 de julho de 2018

SOLIDARIEDADE OU CONIVÊNCIA?

Proteção, Proteger, Mão, Punhado De

Roberto Gameiro

Os relacionamentos interpessoais e intergrupais são, muitas vezes, “atropelados” por circunstâncias inconfessáveis que, consequentemente, carecem de sensatez, ou de situações que demonstram falta de compromisso com a verdade, ou ambas.

Claro que todos nós desejamos que nossos inter-relacionamentos sejam saudáveis, verdadeiros, honestos, sinceros, recíprocos. E procuramos nos pautar pela justiça, pela fraternidade e pela amorosidade.
Entretanto, a vida nos proporciona situações nas quais precisamos nos policiar para não “jogar água fora da bacia”.
A psicologia explica que quando nos reunimos em grupo, de ex-colegas de escola, por exemplo, fazemos coisas que, individualmente, jamais faríamos (parece que voltamos a ter a idade escolar).
De repente, me lembro, também, de um vídeo que vi, certa vez, enfocando a transformação que um cidadão de bem “sofre” quando assume o comando do seu carro: ele vira uma “fera”, pilota em alta velocidade, xinga os outros motoristas, faz manobras perigosas…. Por óbvio, o filme exagera.
Hoje em dia, ocorrem fenômenos parecidos quando algumas pessoas assumem o comando da sua participação em redes sociais, especialmente nos “grupos”.
Assim como os adolescentes seguem o líder do seu grupo ou “tribo”, agindo igual para se firmar naquela coletividade, muitos adultos, homens e mulheres, fazem o mesmo nos grupos das redes sociais. Repassam informações recebidas, que, muitas vezes, colocam em xeque a idoneidade, ou a moral, ou a honestidade de alguém, inclusive de conhecidos da comunidade, sem usar o bom senso da busca de evidências comprobatórias, ou da caridade que releva, que perdoa, que compreende, que respeita a pessoa humana. A situação se agrava quando o desrespeito atinge o ser humano em vez de, pelo menos, se ater ao papel social que esse ser humano exerce; professores e coordenadores escolares são alvos frequentes desses desatinos.
As ideias de solidariedade e de conivência têm um ponto em comum, que é a cumplicidade. A cumplicidade, quando positiva, do bem, é sinal de solidariedade. Quando a cumplicidade é negativa, do mal, ela cheira a conivência. E aqui há um componente que merece atenção especial dos pais e educadores: as crianças e os adolescentes, nos seus relacionamentos, nos seus grupos, se veem não raro em situações em que precisam se posicionar em relação a fatos ocorridos, a atitudes e posturas de seus colegas. E, também, não raro, confundem solidariedade com conivência, apoiando, sem questionar nem se afastar, malfeitorias acontecidas no grupo, seja na escola, no clube, no shopping, no condomínio….
Por outro lado, a solidariedade muda traz, em seu silêncio, o “grito” da vergonhosa covardia. É abandono explícito. É falta de identidade. É submissão. É fortalecer a injustiça em prol de um egoísmo medroso. É não ter voz. É ser massa de manipulação.
Sempre é bom lembrar o texto bíblico em Hebreus: “Não deixem de fazer o bem e de ajudar uns aos outros, pois são esses os sacrifícios que agradam a Deus” (Hb 13,16).

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Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 28/03/2017.

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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor na área de “Gestão de escolas de Educação Básica”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br


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terça-feira, 27 de março de 2018

O DESEJO DE TER OU SER






Roberto Gameiro

Certa vez, ouvi esta frase, da qual não consegui identificar a autoria: “o homem vive a desejar o que não tem, a fazer mau uso do que tem, e a lamentar o que já não tem”.

“Desejar”, “fazer mau uso” e “lamentar” podem perfeitamente caber numa análise consumista, caracterizada mais pelo “ter” e menos pelo “ser”.

No entanto, basta aprofundar um pouco a reflexão para encontrarmos essa “verdade” também nas posturas subjetivas do indivíduo humano; “desejo ser o que ainda não sou, desperdiço o que sou, e lamento não ser mais o que já fui”.

Claro que, mesmo estando nos campos do “ter” e do “ser”, nem sempre essas posturas podem ser consideradas negativas ou nefastas. O desejo de ter ou de ser o que ainda não se tem ou se é pode vir a ser combustível positivo para a busca da superação pessoal e da perseverança, desde que baseado em princípios e valores saudáveis.

Entretanto, vejam, a título de exemplo, os casos de muitos homens e mulheres públicos brasileiros que estão enxovalhados pela adesão a processos de corrupção. Acredito que muitos deles, quando entraram para a vida pública, tinham boas intenções e propósitos. Estando no exercício dos mandatos, porém, foram contaminados pelas “pressões”, “facilidades” e “demandas”, historicamente próprias desses locais, e deixaram-se perverter, certos da impunidade, que, aliás, ainda grassa no nosso país, apesar de operações como “Mensalão”, “Petrolão” e “Lava jato”. Será que eles se arrependem de não ser mais o que já foram, ou seja, “gente do bem”?

Se houver aqueles que se arrependem, não nos iludamos, porém, que todos se arrependam, pois há os maus-caracteres que não têm “conserto”.


Sigamos os exemplos daqueles que fazem bom uso do que têm ou são e nada têm a lamentar por já não ter ou ser.

Artigo publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 27/03/18.

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