O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

Mostrando postagens com marcador Solidariedade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Solidariedade. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

SOMOS TODOS SEMEADORES


Roberto Gameiro

Certa vez, ouvi uma parábola que dizia que um senhor de certa idade, numa pequena cidade, caminhava pelas ruas, quando, ao virar uma esquina, presenciou uma cena que o chocou demais: um menino de uns seis anos de idade, vestindo roupas sujas e rasgadas, revirava um monte de lixo procurando algo para comer.



Ele aproximou-se lentamente e, a cada segundo, ia ficando mais estupefato com o que presenciava. Então, num rasgo de indignação, olhou para o Céu e disse:

– Senhor meu Deus! Como é possível acontecer isto com uma criança? Isso é desumano! O Senhor vê e não faz nada?

Então, uma voz de tom grave vindo do alto lhe disse:

– Mas eu já fiz…

– Eu fiz você!

Esta parábola nos faz refletir até que ponto estamos sendo, no nosso dia a dia, solidários com aqueles que mais precisam. Na minha experiência de vida, tenho observado que são justamente os mais pobres aqueles que mais procuram se colocar a serviço e ajudar aos que necessitam.

Deus realiza o bem através das posturas e das ações de cada um de nós. Deus está em nós. Não basta rezar e esperar que Deus resolva os nossos problemas e os problemas dos outros. Somos todos semeadores.

E os nossos filhos? Estão sendo formados para serem solidários e caridosos? O que temos feito, no processo de educação deles, a esse respeito?

Queremos mudar o mundo para melhor, ou apenas esperamos que os outros façam isso? 

Ou Deus?

O Papa Francisco, na sua Bula Misericordiae Vultus (O rosto da Misericórdia), de 11/04/2015, 
nos alerta:

"Não podemos escapar às palavras do Senhor, com base nas quais seremos julgados: se demos de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede; se acolhemos o estrangeiro e vestimos quem está nu; (…). De igual modo ser-nos-á perguntado (…) se fomos capazes de vencer a ignorância em que vivem milhões de pessoas, sobretudo as crianças desprovidas da ajuda necessária para se resgatarem da pobreza; se nos detivemos junto de quem está sozinho e aflito; se perdoamos a quem nos ofende e rejeitamos todas as formas de ressentimento e ódio que levam à violência;(…)"

Todos queremos formar nossos filhos para serem construtores de uma nova sociedade, mais solidária, mais amorosa, mais justa. Isso se faz no contato constante com eles, não deixando passar nenhuma oportunidade para fazê-lo, mesmo correndo o risco de eles nos considerarem impertinentes, chatos mesmo. No futuro, eles nos agradecerão e, com certeza, farão o mesmo com os próprios filhos, citando-nos como exemplo.

Paulo, na sua segunda carta a Timóteo, escreveu: “Proclama a palavra, insista oportuna e inoportunamente (…)”. Sejamos discípulos missionários do Cristo, que veio para que todos nós tenhamos vida, e vida em abundância.

Todos.

Sem exceção.

Publicado originalmente em 12/06/2018

(Leia também)  (Siga-me)  (Compartilhe!)

SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br  

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI

















































































Share:

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

MENSAGEM - CUIDADO COM OS BAJULADORES!

                    MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

                            SIGA-ME      COMPARTILHE! 

            LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
               
               TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
               TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

Quando, no seu trabalho, você faz a gestão de uma colegiada e tem um subordinado que só faz dizer amém a tudo o que você fala ou propõe, sem jamais questionar ou acrescentar, e você sabe que vai ser sempre assim, tenha a certeza de que, para tomar decisões, das mais simples às mais complexas, você tem um voto confiável a menos na equipe. Por outro lado, há que se ter muito cuidado com os bajuladores. Não se pode confiar sempre neles. Alguns são "estratégicos"; podem trair a qualquer momento. O bajulador estratégico elogia no início e, quando consegue a sua confiança, começa a denegrir a sua imagem diante dos demais de forma gradativamente mais intensa, sob a pecha de ser "seu amigo". Geralmente, ele quer o cargo que você ocupa. Você já conheceu algum desses?

 

Share:

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

SOLIDARIEDADE OU CONIVÊNCIA?

Roberto Gameiro

Os relacionamentos interpessoais e intergrupais são, muitas vezes, “atropelados” por circunstâncias inconfessáveis que, consequentemente, carecem de sensatez, ou de situações que demonstram falta de compromisso com a verdade, ou ambas.


Claro que todos nós desejamos que nossos inter-relacionamentos sejam saudáveis, verdadeiros, honestos, sinceros, recíprocos. E procuramos nos pautar pela justiça, pela fraternidade e pela amorosidade.

Entretanto, a vida nos proporciona situações nas quais precisamos nos policiar para não “jogar água fora da bacia”.

A psicologia explica que quando nos reunimos em grupo, de ex-colegas de escola, por exemplo, fazemos coisas que, individualmente, jamais faríamos (parece que voltamos a ter a idade escolar).

De repente, me lembro, também, de um vídeo que vi, certa vez, enfocando a transformação que um cidadão de bem “sofre” quando assume o comando do seu carro: ele vira uma “fera”, pilota em alta velocidade, xinga os outros motoristas, faz manobras perigosas…. Por óbvio, o filme exagera.

Hoje em dia, ocorrem fenômenos parecidos quando algumas pessoas assumem o comando da sua participação em redes sociais, especialmente nos “grupos”.

Assim como os adolescentes seguem o líder do seu grupo ou “tribo”, agindo igual para se firmar naquela coletividade, muitos adultos, homens e mulheres, fazem o mesmo nos grupos das redes sociais. Repassam informações recebidas, que, muitas vezes, colocam em xeque a idoneidade, ou a moral, ou a honestidade de alguém, inclusive de conhecidos da comunidade, sem usar o bom senso da busca de evidências comprobatórias, ou da caridade que releva, que perdoa, que compreende, que respeita a pessoa humana. A situação se agrava quando o desrespeito atinge o ser humano em vez de, pelo menos, se ater ao papel social que esse ser humano exerce; professores e coordenadores escolares são alvos frequentes desses desatinos.

As ideias de solidariedade e de conivência têm um ponto em comum, que é a cumplicidade. A cumplicidade, quando positiva, do bem, é sinal de solidariedade. Quando a cumplicidade é negativa, do mal, ela cheira a conivência. E aqui há um componente que merece atenção especial dos pais e educadores: as crianças e os adolescentes, nos seus relacionamentos, nos seus grupos, se veem não raro em situações em que precisam se posicionar em relação a fatos ocorridos, a atitudes e posturas de seus colegas. E, também, não raro, confundem solidariedade com conivência, apoiando, sem questionar nem se afastar, malfeitorias acontecidas no grupo, seja na escola, no clube, no shopping, no condomínio….

Por outro lado, a solidariedade muda traz, em seu silêncio, o “grito” da vergonhosa covardia. É abandono explícito. É falta de identidade. É submissão. É fortalecer a injustiça em prol de um egoísmo medroso. É não ter voz. É ser massa de manipulação.

Martin Luther King Jr. assim se expressou num de seus discursos: "O que me preocupa não é o grito dos maus; é o silêncio dos bons".

Sempre é bom lembrar o texto bíblico em Hebreus: “Não deixem de fazer o bem e de ajudar uns aos outros, pois são esses os sacrifícios que agradam a Deus” (Hb 13,16).

 (Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)

Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 28/03/2017. Atualizado em 21/11/2024.

SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br  

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI




























Share:

terça-feira, 18 de junho de 2024

AINDA DÁ TEMPO - de evitar o caos planetário



Roberto Gameiro


Às vezes, nas nossas pesquisas, encontramos mensagens que mexem com a gente, nos emocionam e nos fazem refletir.


Esta é uma delas. É um pouco longa, mas vale a pena.


“O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.”.


Parece que foi escrita hoje, não é?


Foi escrita por Charles Chaplin e utilizada na parte final do filme: “O Grande Ditador”, em 1940.


Ela nos leva, imediatamente, a uma primeira reflexão sobre como se encontra a sociedade de hoje e à necessidade de se equilibrar os avanços materiais com os bem-estares humanos.


Esse equilíbrio, necessário, é imprescindível para a garantia da longevidade do planeta e da raça humana.


É inacreditável que o homem que, por ganância econômica e financeira, está, dia a dia, destruindo a Terra, e encontra-se investindo fortunas em pesquisas para identificar planetas com características climáticas convergentes, como saída para o caos que ele mesmo está conscientemente preparando para o futuro.


Parece incrível, mas é fato.


Essa preocupação não existia em 1940.


Daqui a 100 anos, a maioria de nós, que vivemos hoje, não estará aqui. Mas nossos descendentes, com certeza, estarão. O que eles vão pensar de nós, que teremos permitido que o caos se instalasse progressivamente ao longo dos anos? Haverá tempo para “consertar” o estrago?


Refletir sobre os erros da humanidade no passado é importante para que não cometamos os mesmos equívocos que nos levaram, e, talvez, ainda nos estejam levando a enfrentar desafios e desastres climáticos, bem como situações de desassossego social. Os erros do passado são duro aprendizado para melhorar o presente e entregarmos um planeta melhor para nossos descendentes, evitando o caos que se vislumbra.


Que se vislumbra, ou que já está aqui?


O planeta já está dando respostas às ações danosas ao meio ambiente perpetradas pelo ser humano, algumas das quais já não podem mais voltar ao estado anterior. Ainda temos a chance, neste “mundo globalizado’, de atenuar, diminuir e, talvez, eliminar a possibilidade de danos futuros e viabilizar uma sociedade sustentável, justa e pacífica.


Para isso, há que haver muita colaboração entre países com ações que possam levar a soluções de curto, médio e longo prazos. 


Nenhum de nós pode se excluir dessa jornada. Qualquer solução não poderá vir apenas “de cima para baixo”. Todos estamos “no mesmo barco”, e depende das providências individuais e coletivas em níveis local, regional, nacional e internacional. 


A começar, obviamente, por otimizar o processo de formação e educação das crianças, adolescentes e jovens para que tenham visão crítica da grave situação em que o planeta se encontra, e sejam também protagonistas das mudanças necessárias.


(Leia também) (Siga-me)  (Compartilhe!)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI























 

Share:

sábado, 2 de março de 2024

A ADMIRÁVEL BELEZA DO "SABER OUVIR OS OUTROS"

Discussão, Telefone, Pote De Iogurte


Roberto Gameiro


Há muitos anos, numa noite chuvosa, estava eu saindo de um sanitário de posto de combustível de estrada, quando dei de frente com um senhorzinho que me olhou com um olhar de tristeza, abatido, debilitado, e me perguntou: “o senhor é sacerdote?". Rapidamente, respondi que não, segui em direção ao meu carro e parti. Até hoje, quando me lembro desse episódio, dói-me até a alma. Acredito que ao me perguntar se eu era sacerdote, ele procurava alguém que pudesse ouvi-lo, escutar com bondade as suas possíveis mazelas e, talvez, apaziguar o seu coração. Ora, mesmo sem ser sacerdote, eu poderia tê-lo ouvido e ajudado.


Este artigo já tem a sua versão editada e ou atualizada em PODCAST no SPOTIFY para sua comodidade ou para pessoas com deficiência. CLIQUE AQUI


Rubem Alves (1933-2014), educador e teólogo brasileiro, escreveu no seu texto “A Escutatória”: “Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir”. E acrescentou, com a sabedoria que lhe era peculiar, que: "Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também”.


No processo de formação de nossos filhos, as competências ligadas à comunicação devem ocupar um espaço privilegiado, com ênfase na habilidade de saber ouvir os outros.


Nos relacionamentos pessoais, sociais e profissionais, a “escutatória” faz por merecer atenção tão ou mais importante que a “oratória”.


Que triste é a figura de uma pessoa que não lhe permite terminar a sua fala, a sua argumentação, e o interrompe intempestivamente. Pior se você for subordinado a essa figura, ou, ainda, se for seu marido ou sua esposa, companheiro ou companheira.  


Então, o “saber ouvir” deve ser antecedido por uma atitude de predisposição a fazê-lo. Isso significa postura constante de abertura ao diálogo, na qual, ao “ouvir de verdade”, você procura se colocar no lugar do outro respeitando a individualidade dele, seus sentimentos, seus pontos de vista e seus argumentos (mesmo que você não concorde com eles).


Saber ouvir o outro é sinal de respeito, de bondade, de acolhida, de valorização do outro, de abertura ao diálogo franco e verdadeiro, constituindo característica positiva dos verdadeiros líderes, aqueles que conseguem fazer a diferença nos diversos segmentos da sociedade; ouvindo, completam-se, corrigem-se, aprimoram-se.


Como disse Mahatma Gandhi (1869-1948): “Não precisamos apagar a luz do próximo para que a nossa brilhe”.

Publicado originalmente em 21/11/2018


(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI

























 

Share:

sábado, 29 de julho de 2023

AMOROSIDADE DOCENTE


Roberto Gameiro


Ao perceber que o teto do prédio da escola estava desabando, a “berçarista” Raquel, de 32 anos, correu em direção às crianças para protegê-las servindo-lhes de escudo. A saída para o lado que não desabou estava mais perto dela, mas ela preferiu as crianças. Foi um ato de amor e de coragem. Era o dia 18 de abril de 2018, numa escola municipal de uma cidade do interior de São Paulo.

Este artigo já tem a sua versão editada e ou atualizada em PODCAST no SPOTIFY para sua comodidade ou para pessoas com deficiência. CLIQUE AQUI


Todos os anos, as educadoras e os educadores das Creches, da Educação Infantil e do Fundamental recebem uma nova “turminha” e se apaixonam por cada uma daquelas crianças, daqueles tesouros.

É inevitável o afeto desencadeado no coração e na mente dos(as) educadores(as) quando passam a conviver com criaturinhas tão especiais que cativam e, por cativar, passam a ser, cada uma delas, únicas no olhar e no cuidado. Vale lembrar o diálogo da raposa com o principezinho em “O Pequeno Príncipe”: “Mas, se tu me cativas, teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo”. 

A reação instintiva e imediata de Raquel é própria dessa relação que se cria entre os docentes e os pequenos discentes nas escolas, sejam elas públicas ou privadas.

Paulo Freire falava em “amorosidade”, acrescentando que “ a educação é um ato de amor e, por isso, um ato de coragem“. E dizia, também, que a afetividade não o assustava e não tinha medo de expressá-la, e que essa abertura ao querer bem era a maneira que tinha de autenticamente selar seu compromisso com os educandos, numa prática específica do ser humano (veja mais em “Pedagogia da Autonomia” – 1996). 

As crianças precisam de proteção, de cuidados, de acolhimento, de afeição, o que se estabelece através do amor que começa em casa, na família, e se estende para a escola. Quando a criança se percebe amada pelos seus educadores, ela espalha esse afeto para todos com quem convive. O amor é contagioso.

Que bom!

Mas, em relação ao berçário em que Raquel trabalha, fica a pergunta: por que o teto desabou?

Sobre o acidente, veja mais em: 
https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2018/04/18/interna_nacional,952526/teto-de-escola-em-agudos-no-interior-de-sp-desaba-e-deixa-11-feridos.shtml

Publicado originalmente em 12/01/2020

(Leia também) (Siga-me)  (Compartilhe!)

SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI





























Share:

sábado, 17 de junho de 2023

O AGRADÁVEL IMPACTO DA HONESTIDADE



Roberto Gameiro


Há alguns dias, aconteceu um fato que me deixou agradavelmente impactado.

 

Tendo estacionado o meu carro na rua, em frente ao edifício onde moro, para buscar uns documentos no apartamento, ao voltar, encontrei um bilhete num post-it, preso no limpador do para-brisa, com a seguinte mensagem:

“Infelizmente aconteceu uma coisa muito chata, acabei encostando em seu carro. Me ligue...” (e o número de um telefone celular). 


Após ler o bilhete, constatei que o para-lama direito e o alargador estavam amassados.

 

Ato contínuo, um carro parou logo adiante do meu e dele desceu um senhor que se aproximou e disse que tinha sido ele quem havia causado aquela situação. E acrescentou que lamentava o ocorrido e que arcaria com todas as despesas do conserto. Em seguida, chegou, também, a esposa dele, que se apressou em acrescentar, no bilhete, o número do telefone dela. 


Gente do bem!

 

Gente honesta!


Mas, aí, você poderá me perguntar: por que você foi impactado?


Simples.

 

Rui Barbosa, em dezembro de 1914, quando era Senador, escreveu: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”.


Hoje, vivemos uma inversão de valores. O que deveria ser o usual, o normal, nos impacta como sendo uma exceção.


Esquisito, não é?


Quando, no trânsito, damos seta para mudar de faixa, o motorista de trás diminui a velocidade e nos dá passagem. É o normal de acontecer? 


Não. 


Geralmente, o motorista de trás aumenta a velocidade e não nos dá passagem.

 

Estou exagerando?

 

Talvez, em algumas (poucas) cidades.


No caso que encima este texto, o que geralmente acontece é a indiferença do motorista autor, que se evade sem assumir as responsabilidades. Isso, inclusive em ocorrências com vítimas.


 Infelizmente. 


Por isso, quando encontramos pessoas honestas, como o casal referido neste texto, ficamos agradavelmente impactados e confiantes de que o mundo ainda tem jeito. 


Embora possamos eventualmente ficar impactados com ações do bem, a verdade é que ser honesto não é algo a ser festejado e aplaudido. É uma obrigação de todo cidadão e forte testemunho para a educação dos filhos numa direção assertiva e abonadora.


Portanto, façamos a nossa parte e acreditemos que a humanidade, em sua maior parte, é constituída de gente do bem, e que os malfeitos não prevalecerão sobre os benfeitos. E não tenhamos vergonha de ser honestos.


(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI
































Share:

sábado, 18 de fevereiro de 2023

PALAVRAS DE AMOR



Roberto Gameiro


Edgar Morin, sociólogo e filósofo francês escreveu que "O amor é poesia. Um amor nascente inunda o mundo de poesia; um amor duradouro irriga de poesia a vida cotidiana; o fim do amor devolve-nos a prosa.".  


Noutro dia, encontrei na Internet um texto de autor desconhecido que, sob o meu olhar, poderia ser parte do discurso de um orador de turma numa festa de formatura. 


Mensagem aos pais:

A vocês, que nos deram a vida e nos ensinaram a vivê-la com dignidade, não bastaria um obrigado. A vocês, que iluminaram os caminhos obscuros com afeto e dedicação para que os trilhássemos sem medo e cheios de esperanças, não bastaria um muito obrigado. A vocês, que se doaram inteiros e renunciaram aos seus sonhos, para que, muitas vezes, pudéssemos realizar os nossos. A vocês, pais por natureza, por opção e amor, não bastaria dizer que não temos palavras para agradecer tudo isso. Mas é o que nos acontece agora, quando procuramos arduamente uma forma verbal de exprimir uma emoção ímpar. Uma emoção que jamais será traduzida por palavras.

Amamos vocês!


Quanta verdade e quanta emoção encontra-se nesse texto.


No entanto, trata-se de um texto parecido com tantos outros que já ouvimos em cerimônias que tais. 


Mas, mudando o contexto e focando no nosso dia a dia, vem a pergunta que não quer calar:


- Qual foi a última vez que você se dirigiu aos seus pais, aos seus filhos, à sua esposa, ao seu marido, dizendo que os ama?


Te amo ... 


Duas palavras. 


Juntas, formam apenas três sílabas. 


Cinco letras que alegram e tocam fundo no coração e na mente de quem as profere e de quem as ouve.


Essa expressão pode ser usada ao exagero. Ela não se desgasta. Ao contrário, quanto mais é usada, mais ela incorpora e fortalece o seu próprio significado de unir pessoas, sentimentos, pertenças, carinho.


Ela pode ser escrita juntada a “um beijo”, ou falada frente a frente, olho no olho ... sempre.


E, sob o meu olhar (claro que você pode não concordar comigo), a resposta amorosamente assertiva, escrita ou falada, para um “Eu te amo”, deverá ser, no mínimo, um “Eu também te amo” (com todas as letras), e não um simples “Também”, ou, pior ainda, um “Tb.”, mesmo considerando que o contexto desse diálogo sugere reciprocidade de intenções. 


O texto bíblico ensina: "O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.". (1 Coríntios 13,4-7)


Amor de pais, de filhos, de cônjuges; cada um tem seu jeito especial de expressar e de viver o amor que os une.


Portanto, não deixe para dizer "te amo" apenas num contexto em que já caberá inexoravelmente outra palavra - de cinco letras também...


Adeus ...


Uma palavra.


Cinco letras que choram e tocam fundo no coração e na mente de quem as profere.


Até porque, como escreveu José Saramago, “A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver.”. 


(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. 

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI































Share:

sábado, 10 de dezembro de 2022

MENSAGEM - VALORIZANDO AS AMIZADES

                                                                                                                    

                    MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

          LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI

                          SIGA-ME      COMPARTILHE!

TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS
TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES 

"Amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves dentro do coração". Assim canta Milton Nascimento numa de suas mais belas canções. O termo "amizade" só traz conotações positivas como afeição, simpatia, estima, fraternidade, benevolência, bondade, dedicação, sinceridade; verdadeiras virtudes. Um amigo é único entre muitos e necessita de mim, tanto quanto eu necessito dele. Temos laços criados, construídos e perenizados pela amizade. Saibamos valorizar as amizades que temos, mantendo-as cativas, alimentando-as, preservando-as e procuremos aumentar o nosso círculo de amigos; podemos precisar uns dos outros a qualquer momento. Isso não tem dinheiro que pague.

Roberto Gameiro



























Share:

sábado, 15 de outubro de 2022

SOMOS TODOS SEMEADORES

Atualizado em 11/10/22

Roberto Gameiro


Certa vez, ouvi uma parábola que dizia que um senhor de certa idade, numa pequena cidade, caminhava pelas ruas, quando, ao virar uma esquina, presenciou uma cena que o chocou demais: um menino de uns seis anos de idade, vestindo roupas sujas e rasgadas, revirava um monte de lixo procurando algo para comer.
Ele aproximou-se lentamente e, a cada segundo, ia ficando mais estupefato com o que presenciava. Então, num rasgo de indignação, olhou para o Céu e disse:
– Senhor meu Deus! Como é possível acontecer isto com uma criança? Isso é desumano! O Senhor vê e não faz nada?
Então, uma voz de tom grave vindo do alto lhe disse:
– Mas eu já fiz…
– Eu fiz você!
Esta parábola nos faz refletir até que ponto estamos sendo, no nosso dia a dia, solidários com aqueles que mais precisam. Na minha experiência de vida, tenho observado que são justamente os mais pobres aqueles que mais procuram se colocar a serviço e ajudar aos que necessitam.
Deus realiza o bem através das posturas e das ações de cada um de nós. Deus está em nós. Não basta rezar e esperar que Deus resolva os nossos problemas e os problemas dos outros. Somos todos semeadores.
E os nossos filhos? Estão sendo formados para serem solidários e caridosos? O que temos feito, no processo de educação deles, a esse respeito? Queremos mudar o mundo para melhor, ou apenas esperamos que os outros façam isso? Ou Deus?
O Papa Francisco, na sua Bula Misericordiae Vultus (O rosto da Misericórdia)de 11/04/2015nos alerta:
Não podemos escapar às palavras do Senhor, com base nas quais seremos julgados: se demos de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede; se acolhemos o estrangeiro e vestimos quem está nu; (…). De igual modo ser-nos-á perguntado (…) se fomos capazes de vencer a ignorância em que vivem milhões de pessoas, sobretudo as crianças desprovidas da ajuda necessária para se resgatarem da pobreza; se nos detivemos junto de quem está sozinho e aflito; se perdoamos a quem nos ofende e rejeitamos todas as formas de ressentimento e ódio que levam à violência;(…)
Todos queremos formar nossos filhos para serem construtores de uma nova sociedade, mais solidária, mais amorosa, mais justa. Isso se faz no contato constante com eles, não deixando passar nenhuma oportunidade para fazê-lo, mesmo correndo o risco de eles nos considerarem impertinentes, chatos mesmo. No futuro, eles nos agradecerão e, com certeza, farão o mesmo com os próprios filhos, citando-nos como exemplo.
Paulo, na sua segunda carta a Timóteo, escreveu: “Proclama a palavra, insista oportuna e inoportunamente (…)”. Sejamos discípulos missionários do Cristo, que veio para que todos nós tenhamos vida, e vida em abundância.
Todos.
Sem exceção.

(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)
Artigo publicado no Portal Fator Brasil em 15/10/16, no Blog Catalão Online Notícias em 23/10/16, no Jornal Digital “Nota 10” da APADE em 28/10/16 e no "Portal UAI" em 15/10/22. 


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. 

Contato: textocontextopretexto@uol.com.br


Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI

























Share:

quarta-feira, 13 de abril de 2022

PODCAST - AMOROSIDADE DOCENTE


                                       PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO

AMOROSIDADE DOCENTE


CLIQUE AQUI


                                         SIGA-ME  -  COMPARTILHE!

Share:

sábado, 15 de janeiro de 2022

MENSAGEM - AMIGOS DE VERDADE NÃO TÊM HIERARQUIA

  MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
SIGA-ME      COMPARTILHE!


























Share:

sábado, 7 de agosto de 2021

MENSAGEM - SOLIDARIEDADE MUDA É ABANDONO EXPLÍCITO

 MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
SIGA-ME      COMPARTILHE!































Share:
Powered By Blogger

TRADUZA - TRANSLATE

PESQUISE NESTE BLOGUE (digite)

ADQUIRA O MEU LIVRO DIGITAL NA AMAZON

ADQUIRA O MEU LIVRO DIGITAL NA AMAZON
O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO: PARA LEITURA E DEBATE EM FAMÍLIA - COM OS FILHOS

CÓPIA, REPRODUÇÃO, CITAÇÃO E COMPARTILHAMENTO

Autorizadas, desde que com a inclusão dos nomes do blogue e do autor.

Busca na Wikipedia. Digite o assunto.

Resultados da pesquisa