O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

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sábado, 17 de junho de 2023

O AGRADÁVEL IMPACTO DA HONESTIDADE



Roberto Gameiro


Há alguns dias, aconteceu um fato que me deixou agradavelmente impactado.

 

Tendo estacionado o meu carro na rua, em frente ao edifício onde moro, para buscar uns documentos no apartamento, ao voltar, encontrei um bilhete num post-it, preso no limpador do para-brisa, com a seguinte mensagem:

“Infelizmente aconteceu uma coisa muito chata, acabei encostando em seu carro. Me ligue...” (e o número de um telefone celular). 


Após ler o bilhete, constatei que o para-lama direito e o alargador estavam amassados.

 

Ato contínuo, um carro parou logo adiante do meu e dele desceu um senhor que se aproximou e disse que tinha sido ele quem havia causado aquela situação. E acrescentou que lamentava o ocorrido e que arcaria com todas as despesas do conserto. Em seguida, chegou, também, a esposa dele, que se apressou em acrescentar, no bilhete, o número do telefone dela. 


Gente do bem!

 

Gente honesta!


Mas, aí, você poderá me perguntar: por que você foi impactado?


Simples.

 

Rui Barbosa, em dezembro de 1914, quando era Senador, escreveu: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”.


Hoje, vivemos uma inversão de valores. O que deveria ser o usual, o normal, nos impacta como sendo uma exceção.


Esquisito, não é?


Quando, no trânsito, damos seta para mudar de faixa, o motorista de trás diminui a velocidade e nos dá passagem. É o normal de acontecer? 


Não. 


Geralmente, o motorista de trás aumenta a velocidade e não nos dá passagem.

 

Estou exagerando?

 

Talvez, em algumas (poucas) cidades.


No caso que encima este texto, o que geralmente acontece é a indiferença do motorista autor, que se evade sem assumir as responsabilidades. Isso, inclusive em ocorrências com vítimas.


 Infelizmente. 


Por isso, quando encontramos pessoas honestas, como o casal referido neste texto, ficamos agradavelmente impactados e confiantes de que o mundo ainda tem jeito. 


Embora possamos eventualmente ficar impactados com ações do bem, a verdade é que ser honesto não é algo a ser festejado e aplaudido. É uma obrigação de todo cidadão e forte testemunho para a educação dos filhos numa direção assertiva e abonadora.


Portanto, façamos a nossa parte e acreditemos que a humanidade, em sua maior parte, é constituída de gente do bem, e que os malfeitos não prevalecerão sobre os benfeitos. E não tenhamos vergonha de ser honestos.


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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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sábado, 1 de abril de 2023

O CONCURSO DE POESIAS





Roberto Gameiro


Certa vez, fui convidado a participar como jurado de um concurso de poesias.


O concurso, realizado no auditório de uma escola de Educação Básica, reunia pessoas do colégio e da comunidade adjacente.


O auditório estava lotado e o ambiente tinha sido preparado com muito esmero, com iluminação bem feita e uma aparelhagem de som de primeira linha. 


Os jurados haviam sido escolhidos entre profissionais da educação da região, mas que não tinham vínculo direto com a escola promotora do evento. 


E lá estava eu, sentado à mesa do júri, acompanhado de quatro educadoras, aguardando as apresentações. 


As poesias deveriam ser da lavra da própria pessoa que as ia interpretar no palco, acompanhadas de um fundo musical especialmente escolhido para cada apresentação. Portanto, o contexto estava previamente definido.


Seriam dez apresentações, entre as quais, o grupo de jurados deveria escolher apenas uma como vencedora.


Começaram as apresentações, uma mais bonita do que a outra, o que já me sugeria dificuldades na escolha de apenas uma. 


Entretanto, lá pelas tantas, entrou no palco uma jovem mulher grávida, que, pelos meus cálculos, deveria estar lá pelo oitavo mês de gestação. Ela interpretou o seu poema que tinha como tema as emoções e os medos que sentia naquele momento que antecedia ao nascimento da sua filhinha. Ela nos emocionava com sua performance, o som ao fundo e a iluminação apropriada nos levava quase que às lágrimas. 


E eu pensava ... que bonito, uma jovem grávida colocar para fora as emoções que vive nesse momento tão especial da vida humana. A geração de um novo ser; um “serzinho” que já nascerá amado e esperado com carinho e dedicação ...


Naquele momento, o texto do poema já nem era o mais importante, porque  a sensibilidade que nos trazia o contexto como um todo nos dominava completamente.


Ao final, o público a aplaudiu em pé durante um bom tempo.  


E não deu outra. O resultado do concurso saiu rapidamente, e, por unanimidade, ela foi escolhida como vencedora do concurso.


Aí, chegou a hora da entrega do troféu e do diploma do concurso. 


Chamaram o nome dela.


Ela entrou toda feliz, acenando para o público e saracoteando pelo palco. Mas.. surpresa!


Ela não estava mais grávida!


Os cinco jurados quase caímos das nossas cadeiras. 


Ela tinha nos enganado! Foi essa a primeira reação que tivemos.


Mas, surpresa para nós, não surpresa para a plateia que, parecia, já a conhecia como membro da comunidade. 


Aí, eu entendi o porquê, talvez, de os jurados serem educadores sem vínculo com a escola. 


Tudo bem planejado, preparado e executado com primor.


Superada a surpresa, nós, jurados, nos voltamos uns para os outros, meio incrédulos, extasiados e sensibilizados na mente e no coração, e concluímos, também por unanimidade, que, na verdade, não tínhamos sido enganados. 


Tínhamos, isso sim, sido premiados com uma apresentação artística  com todas as nuances de uma interpretação que, embora amadora, tinha grandes méritos ao juntar o texto ao contexto. 


O texto como pretexto para criar um contexto que, além de agradável aos olhos, também estimulava os demais sentidos, criando uma atmosfera envolvente que comovia e emocionava.


Uma verdadeira produção artística.


E como escreveu Fernando Pessoa: “O poeta é um fingidor; finge tão completamente que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente.”.


Foi isso.


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sexta-feira, 21 de outubro de 2022

EU TIVE UM SONHO


Roberto Gameiro



Eu tive um sonho.


Sonhei que havia o bem e não havia o mal.


Que havia o bom e não havia o mau.


Que havia a verdade e não havia a mentira.


Que todos se respeitavam e se ajudavam. 


Mas, no meu sonho, eu, pobre incrédulo, achava que só podia estar sonhando.


E não acreditava no que via e sentia.


Embora fosse aquilo o que eu sempre pedia nas minhas orações.


Então, por que a minha dúvida?


Será que eu estava sonhando um sonho do passado?


Ou do futuro?


Tudo aquilo era muito bom para ser verdade.


Mas no fundo, no fundo, meu coração teimava em crer que era realidade.


E se não fosse um sonho? 


Que era o ceticismo que conduzia os meus pensamentos?


Mas eu nunca fui cético. Eu sempre procurei acreditar no lado bom das pessoas. 


Que um mundo novo era possível.


E agora que esse mundo se apresentava para mim, eu duvidava dele?


Resolvi testar.


Tentei corromper, mas não encontrei quem pudesse ser corrompido.


Caminhei sozinho na noite e não encontrei quem tentasse me assaltar.


Tentei comprar uns produtos pirateados, mas não encontrei ninguém que se dispusesse a vendê-los.


É claro que eu não pretendia corromper quem quer que fosse, nem comprar produtos pirateados. 


(...)


Mas, por um momento, achei que podia não ser um sonho, porque ele não acabava; permanecia, e eu continuava lá. 


Então, comecei a usufruir daquele mundo perfeito, me relacionando com as pessoas, "sorriso nos lábios", brilho no olhar, paz de espírito, empatias, tranquilidade, sem medos, sem receios, um mundo ideal...


E lá estava eu, vivendo uma realidade almejada, esperada e buscada, entregando-me completamente à nova prazerosa realidade.


Mas, de repente, um barulho estridente foi tomando conta do ambiente, e aumentando, aumentando, até ... me acordar. 


Eram as sirenes de viaturas policiais que chegavam para atender a uma ocorrência de violência numa casa vizinha. 


(...)


Eu tive um sonho. 


Que bom se tivesse sido verdade.


Mas me acode a esperança de que sonhos podem se transformar em realidade. 


Augusto Cury escreveu: “Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir! Não tenha medo dos tropeços da jornada.” (Você é insubstituível. Rio de Janeiro, 2002)


E continuo crendo que um mundo novo ainda é possível.


Miguel de Cervantes escreveu no seu "Dom Quixote de La Mancha": "quando se sonha só é só um sonho; quando se sonha junto é o começo da realidade".


Só depende de mim, de você, de todos nós. 


Vamos fazer a nossa parte?


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sábado, 1 de outubro de 2022

MENSAGEM - MAUS-CARACTERES QUE NÃO TÊM "CONSERTO"

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TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS
TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES 

Vejam os casos de muitos homens públicos brasileiros que estão enxovalhados pela adesão à corrupção. Acredito que muitos deles, quando entraram para a vida pública, tinham boas intenções e propósitos. Estando no exercício dos mandatos, porém, foram contaminados pelas "pressões", "facilidades" e "demandas", historicamente próprias desses locais, e   deixaram-
-se perverter, certos da impunidade, que, aliás, ainda grassa no nosso país, apesar de operações como "Mensalão", Petrolão" e "Lava Jato". Será que eles se arrependem de não ser mais "gente do bem"? Se houver, não nos iludamos, porém, que todos se arrependam, pois há os maus-caracteres que não têm "conserto".

Roberto Gameiro



































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sábado, 10 de setembro de 2022

PODCAST - O OPORTUNISMO COMO ESTRATÉGIA

Cabeça, Ponto De Interrogação, Acho Que

PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO


O OPORTUNISMO COMO ESTRATÉGIA




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sábado, 9 de julho de 2022

PODCAST - SEUS FILHOS SÃO FELIZES NA ESCOLA?

PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO


SEUS FILHOS SÃO FELIZES NA ESCOLA?


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sábado, 14 de agosto de 2021

A CORRUPÇÃO NO BRASIL É ENDÊMICA

 


Roberto Gameiro

 

Cada população, ou região, tem algumas características que lhe são peculiares, e que aparecem com maior ênfase, especialmente, em momentos de tragédias. No Japão, após o tsunami, a população comprava o estritamente necessário para não prejudicar o próximo. Nos EUA, após os estragos do furacão Katrina, o comércio vendia bens a preço de custo para ajudar a população. Na França, depois dos atentados terroristas, os táxis faziam corridas gratuitas.

 

No Brasil, na greve dos caminhoneiros, a gasolina chegou a quase dez reais o litro; a alface, sete reais o maço; o saco de batatas dobrou de preço. 

 

E não é, como alguém poderia imaginar, culpa apenas de maus políticos. Temos notícias dela (da corrupção) desde a época do Império. Parece que isso está impregnado no tal “jeitinho brasileiro”; afinal, “o negócio é levar vantagem em tudo; certo?” 

 

Errado.

 

Rui Barbosa, quando Senador, escreveu: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”.

 

Muitos de nós temos "experiências" vividas e sentidas na pele, no bolso, na mente e no coração. E ficamos impotentes diante de tanto descaramento. 

 

Eu mesmo, tive algumas vivências a respeito.

 

Você já ouviu falar sobre o ICM? Não, não se trata de “imposto sobre circulação de mercadorias”. Trata-se de “incentivo ao comprador moderno”. Um eufemismo para definir propina mesmo, um percentual sobre o valor da compra. Eu me vi diante dessa situação, certa vez, ao tentar vender mercadorias da minha representação comercial a uma determinada entidade. Se não houvesse o “ICM”, não haveria compra.

 

Claro que não houve a venda.

 

Noutra ocasião, fui a uma instituição pública para pedir informações sobre um programa de financiamento para escolas particulares. Depois de um tempo de espera, um senhor engravatado me recebeu e pediu que o acompanhasse até uma salinha lá no fundo da repartição. Você fará jus a um pirulito se adivinhar o que aconteceu lá!

 

Adivinhou!

 

O pedido de propina foi explícito e escandaloso. Se eu não concordasse com o percentual de “compensação aos esforços da equipe”, não adiantaria nem dar entrada na papelada.

 

Claro que não houve o pedido.

 

Certa feita, quando eu dirigia uma obra social dedicada ao atendimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, a Coordenadora da Casa recebeu a visita de um homem de terno e gravata, muito bom falante, que se dizia agente de um fundo do governo destinado a obras como a nossa. Ele oferecia R$5.000,00 de doação, com "apenas" uma "pequena" condição...

 

Olha o pirulito! 

 

A entidade teria de assinar um recibo no valor de R$10.000,00. Ele saiu com a mesma velocidade com que entrou...

  

E você? Já teve "experiências" com pessoas ou instituições corruptas? 

 

A corrupção no Brasil é endêmica. 

 

Faz vítimas em todos os escalões da sociedade. Quando a gente pensa que com as recentes ações da Polícia Federal, das polícias estaduais, do Ministério Público e dos tribunais de justiça, os corruptos desaparecerão, eles afloram como uma infestação de ratos. Neste momento em que você, caro leitor, lê este post, há muitas pessoas e empresas sendo vítimas de corruptos pelo país afora. Infelizmente.

 

Por outro lado, sabemos que, levando em conta a população do país, o número de corruptos é ínfimo. A maioria da população brasileira é constituída de pessoas do bem. 

 

Ainda bem. 

 

Há, felizmente, esperança. 

 

Portanto, não desanimemos da virtude, valorizemos a honra e não tenhamos vergonha de sermos honestos.

 

E, como escreveu Capistrano de Abreu, brasileiro de Maranguape: “todo brasileiro deve ter vergonha na cara; revogam-se as disposições em contrário.”.


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sábado, 7 de agosto de 2021

MENSAGEM - SOLIDARIEDADE MUDA É ABANDONO EXPLÍCITO

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sábado, 24 de abril de 2021

MENSAGEM - GENTE DO BEM VERSUS GENTE DO MAL

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domingo, 18 de outubro de 2020

PODCAST - SOLIDARIEDADE OU CONIVÊNCIA?

 



PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO

SOLIDARIEDADE OU CONIVÊNCIA?


                                                          
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domingo, 30 de agosto de 2020

OPORTUNIDADES E INOPORTUNIDADES

Cabeça, Ponto De Interrogação, Acho Que

Roberto Gameiro

No evento promovido pela escola para os professores, depois de noventa minutos de oratória, o palestrante comenta que o tempo já se esgotou, mas faz a pergunta final: alguém tem mais alguma pergunta ou colaboração?

Este artigo já tem a sua versão editada e ou atualizada em PODCAST no SPOTIFY para sua comodidade ou para pessoas com deficiência. CLIQUE AQUI E OUÇA!

Todos, cansados, já estavam se arrumando para sair, mas acontece novamente. Ele, e sempre ele, que estava sentadinho caladinho lá no fundo o tempo todo, levanta o braço. Os colegas olham uns para os outros como que dizendo: de novo?!

Aí, ele faz uma pergunta que procura desmontar muitos dos argumentos usados pelo palestrante, ou para cuja resposta seria necessária uma dissertação de mestrado...

Claro que ele está exercendo um direito que lhe é devido. Afinal, o palestrante fez a pergunta e deu-lhe a deixa para a sua oportunidade (ou inoportunidade) de participação “aos 46 minutos do segundo tempo”.

Você já viu esse “filme”?

Eu já. E muitas vezes. E não só em reuniões de escola. 

Nessas ocasiões, apesar do descontentamento, há, geralmente, uma postura de compreensão e discrição da parte dos colegas, que “desculpam” a “falha” do outro, evitando constrangimentos. 

Mas haja compreensão e discrição!

Há, também, num ambiente coletivo, os que veem apenas a “parte vazia do copo”. São os eternos pessimistas que ou não concordam, ou se omitem, em relação aos novos projetos, iniciativas e empreendimentos; se dão certo, calam-se; se dão errado, dizem: eu não disse? Têm poucas vitorias próprias. Suas vitórias constituem-se dos insucessos alheios. Claro, também, que há que se desconfiar dos que veem apenas a “parte cheia do copo”. Otimismo demais é perigoso!

Na vida, encontramos (também) muitas pessoas que tendo uma situação econômica e financeira privilegiada procuram mostrar uma imagem de benevolentes, assistencialistas, gente do bem, que aparecem constantemente nas mídias. Muitos valorizam o supérfluo, o superficial, o material, o que têm. E não se preocupam com o principal, que é a honestidade, a justiça e a verdade.  Quantos desses temos conhecido ultimamente no nosso país. Que decepção sentimos em relação a cada um deles ou delas, por termos neles acreditado.

“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar sem deixar o restante. Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo.” (Mateus, 23, 23-24)

Entretanto, personagens como os aqui retratados, não são maioria na nossa sociedade, embora “façam muito barulho”. Eu mesmo já encontrei alguns deles na minha carreira de diretor de escola particular. Mas, com uma gestão humanizada, participativa e baseada em valores, eles pouco conseguiam influenciar negativamente o desempenho e a performance do coletivo escolar, fossem eles professores, gestores ou pais.

Como é bom saber que no mundo há mais gente do bem do que do mal; mais gente respeitosa e solidária do que não. As pessoas que já conheci e com quem trabalhei e trabalho, na sua maioria, são honestas, verdadeiras, sinceras e procuram ser justas e coerentes nas suas posturas e ações. Mas não basta parecer justa; é preciso ser justa. Entre “parecer” e “ser” há uma grande distância. 

Vamos, então, respeitar o espaço e o tempo dos outros, valorizar as iniciativas deles e, sempre que possível, apoiá-las; vamos ser verdadeiros na nossa práxis e, especialmente, ser exemplo para nossa família, com doçura e firmeza, mormente na educação dos nossos filhos.

Mas, por outro lado, não deixemos de oportuna e inoportunamente levar a Boa Nova do Evangelho a todos com quem convivemos ou nos relacionamos, como pede o texto bíblico. 

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Roberto Gameiro   é   Palestrante,    Consultor  e Mentor   nas   áreas   de   “Gestão  de  escolas  de Educação   Básica”  e  “Educação  de  crianças  e adolescentes”.


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domingo, 9 de agosto de 2020

QUAL A PRINCIPAL FUNÇÃO DO DIRETOR DE ESCOLA?




Roberto Gameiro

Muitas vezes, em conversas com crianças da primeira fase do Ensino Fundamental nas escolas que eu dirigia, vinha, de uma delas, a pergunta recorrente: o que faz o diretor da escola?


Devolvia a pergunta para elas e ouvia respostas como: dá bronca nos alunos, faz reuniões, manda professores embora, conversa com os pais, fica na porta da escola...

Uma delas, até me perguntou, certa vez, se eu não trabalhava; se só fazia reuniões...

Então, eu dava a elas a resposta de sempre: que a principal função do diretor é fazer com que todos na escola sejam felizes. 

A reação das crianças a essa resposta era de regozijo (muitas outras crianças já me tinham feito essa pergunta, recebendo a mesma resposta).

Depois de perceber a reação delas, eu perguntava: vocês são felizes aqui na escola? Se sim, levantem os braços. Geralmente, todas levantavam os braços com um sorriso encantador nos rostinhos.

E aí, eu provocava sorrindo: então, se a minha principal função é fazer vocês felizes e vocês já são, eu posso ir para casa, não é? 

NÃOOOOOOO!    Respondiam   elas quase   em uníssono (parece que elas gostavam da brincadeira). E isso me deixava especialmente feliz.

E a conversa continuava...

Noutro dia, estive rememorando esses momentos marcantes e me detive nessa expressão: “a principal função do diretor é fazer com que todos sejam felizes na escola.”. 

Daí, me lembrei de uma frase de Alexandre Dumas, pai (1802-1870), romancista francês, que diz: “O mais feliz dos felizes é aquele que faz os outros felizes.”.

Mas, que felicidade é essa quando se considera toda a complexidade das relações interpessoais que acontecem diariamente no universo que compõe a escola, ou seja, professores, alunos, pais, coordenadores, orientadores, técnicos, fornecedores, prestadores de serviços etc.? (Uma das escolas que dirigi tinha 3.800 alunos)

Não se trata, por óbvio, de uma felicidade advinda do fato de que cada um faz o que quer, fala o que lhe “dá na telha”, um laisser-faire desmedido, mas, sim, de um bem-estar decorrente de posturas humanizadas, de missão, princípios, valores, normas, regras e visão de futuro coerentes, justas, conhecidas, compartilhadas e assumidas por todos. 

Sabemos que é quase impossível satisfazer aos desejos, às expectativas e necessidades de todos.

Nem num grupo de 3, nem num grupo de 3.800.

Nesses contextos, a disponibilidade ao diálogo, o saber ouvir, o respeito ao posicionamento do outro (mesmo que você não concorde com ele), a presença significativa, a coerência nas posturas e atitudes, a comunicação efetiva e afetiva, a empatia, o cumprimento dos procedimentos normatizados, o propósito e o foco bem definidos, a flexibilidade, a descentralização, o empoderamento, a corresponsabilidade, a resiliência, a perseverança e, especialmente, a alegria do encontro, são quesitos que provocam a existência de ambientes promissores e realizadores de relacionamentos saudáveis e felizes. 

"É comum dizer-se que a função das escolas é preparar as crianças e os adolescentes para a vida. Como se a vida fosse algo que irá acontecer em algum ponto do futuro, depois da formatura, depois de entrar no mercado do trabalho. Mas a vida não acontece no futuro. Ela só acontece no aqui e no agora. Viver é aprender. É nisso que está a excitação do viver. Caso contrário, a vida é um tédio insuportável. A aprendizagem só pode acontecer no espaço-tempo em que a vida está sendo vivida. (…)"  Rubem Alves

O Professor Amaro França, no seu livro "Gestão Humanizada" (2019), acrescenta que "Uma das maiores necessidades intrínsecas ao ser humano é ser valorizado, compreendido e sentir-se amado, e, quando a escuta empática é vivenciada, cria-se uma atmosfera psicológica favorável à resolução do problema.". 

Numa escola com essas características, de relacionamentos humanizados, as crianças e os adolescentes sentem prazer em ir e estar. Não veem a hora de as férias acabarem para a volta às aulas. E, assim, se sentem felizes na escola e contagiam a todos. 

O ambiente de atitudes respeitosas aproxima a todos e tem o condão de até evitar, ou, pelo menos, diminuir o bullying.

Como são gratificantes essas conversas do diretor com as crianças e com os adolescentes no ambiente escolar. Além de nos trazer e nos sensibilizar com toda a energia que possuem, com o seu modo peculiar de conversar, com a ausência de filtros na comunicação e outras características dessas faixas etárias, trazem, também, a oportunidade de conhecermos melhor o próprio ambiente interno escolar, sobre os relacionamentos interpessoais, sobre o andamento dos procedimentos normatizados etc. E você não precisa fazer muitas perguntas. Elas são espontâneas, verdadeiras e sinceras, o que deve ser respeitado e valorizado com muito afeto e sigilo. 

Feliz o diretor e a diretora que têm essa possibilidade de aproximação com os estudantes. 

Felizes, também, os coordenadores, orientadores e professores que têm o privilégio do contato diário com essas crianças e da possibilidade de conduzir suas aprendizagens e vivências numa direção sadia de crescimento relacional. 


Alegria, amorosidade, bem-querer. Palavras mágicas!

Os seus filhos e os seus alunos são felizes na escola?
Que tal conversar com eles a respeito?

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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

MENSAGEM: CONFUNDINDO SOLIDARIEDADE COM CONIVÊNCIA

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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

MENSAGEM: USO DO BOM SENSO NAS REDES SOCIAIS

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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

ATENTADO! COMO EXPLICAR ÀS CRIANÇAS?

Crianças Brincando, Criança, Crianças


Roberto Gameiro

Após esse atentado contra um candidato à presidência do Brasil, ocorrido no dia 06 de setembro de 2018, fico me perguntando, e isso me angustia, como ficam as cabecinhas das crianças, nossos filhos e alunos, diante dessa barbárie.

Nos últimos anos, as nossas crianças têm se afastado gradativamente mais e mais dos contos de fadas e das fábulas que povoavam o imaginário infantil até então. Da mesma forma, as brincadeiras de antigamente têm sido substituídas pelo sedentarismo e atração representados pelos computadores e smartphones.

A Academia Americana de Pediatria, recentemente, recomendou aos médicos que indiquem às crianças brincadeiras livres e espontâneas, especialmente ao ar livre. Uma revista de grande circulação acaba de publicar uma reportagem sob o título “Brincar é o melhor remédio”, com abordagens muito significativas.

Essa é, também, a preocupação dos educadores da Educação Infantil, que se esmeram em trazer as crianças para hábitos saudáveis de relacionamentos interpessoais, priorizando o lúdico como base para a aquisição das competências inerentes àquelas faixas etárias.

Ocorre que aqueles mesmos instrumentos que encantam as crianças e os adolescentes no sentido contrário ao desejo de pais e educadores trazem, também, as notícias desse mundo violento em que vivemos,  especialmente no Brasil, além de exibir jogos participativos de perseguições e mortes. E os pais nem sempre conseguem perceber e evitar essa prática dos filhos. Nem os professores.

As crianças, como nós, adultos, estão vendo as cenas do atentado pelas telinhas dos celulares e pelos telejornais.

E, aí está o ponto-chave: acostumados a ver violência nos jogos eletrônicos, pode ser que não se espantem com a violência do atentado, pois o fato se aproxima dos enredos aos quais estão habituados.

O que assusta é que se observa uma espécie de anestesia tomando conta dos cidadãos, adultos, que já não se aperreiam diante dos atos de violência que acontecem diariamente no nosso país.

Entretanto, precisamos preservar as crianças e os adolescentes, sem, no entanto, aliená-los da vida em sociedade. Esse equilíbrio não é fácil de ser feito.

É momento de muito diálogo com os filhos e alunos. E de reflexão acerca da forma como os estamos educando.

Pelo menos, um fato teve mérito ao longo do episódio. Não houve linchamento do agressor em meio ao público, o que revela bom senso, ou atuação rápida das autoridades presentes no local. Espero que tenha sido o discernimento das pessoas, que não se deixaram levar para a barbárie.



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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br


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