Roberto
Gameiro
O assassinato de dois meninos numa escola particular de
Goiânia em outubro de 2017, com mais quatro estudantes feridos,
repercutiu em nível nacional e internacional, deixando-nos estarrecidos com tal
barbárie cometida por um estudante de 14 anos de idade.
Passado o primeiro choque proveniente da notícia, o fato
passou a ser objeto de muitas reportagens pela mídia e tema obrigatório nas
redes sociais. E, como sói acontecer em ocasiões como essa, começaram a aparecer
os “iluminados” que se atribuem o direito de apontar culpados.
A busca por “culpados” tende a ser, então, o principal
assunto da preocupação dessas pessoas, deixando para segundo plano a dor de
todas as famílias envolvidas e dos agentes educacionais da escola.
E é para a escola que eu direciono o foco deste texto,
fazendo uma análise genérica que não necessariamente tem a ver com este caso. Ser
professor, coordenador, orientador educacional/disciplinar, diretor de escola,
hoje em dia, tornou-se profissão de risco, seja em escolas públicas, seja em
particulares. Esses profissionais vivem sob tensão como que esperando quem,
onde e o que acontecerá no momento seguinte, fruto do descompasso vivencial que
norteia as atitudes dos personagens atuantes na escola, especialmente os alunos
e, pasmem, os pais.
É constitucional a responsabilidade da família pela educação
dos filhos. Todos sabemos, também, que à escola cabe fazer a gestão das
aprendizagens dos jovens, levando-os a adquirir as competências delas
decorrentes. No entanto, de há muito, a escola tem sido instada a atuar como
protagonista também na educação das crianças e adolescentes, por omissão
nesse mister de muitas famílias.
Em função dessas posturas, a escola e, principalmente, os
professores, passam a ser considerados responsáveis por tudo. É uma total
inversão de valores. Esse é um dos porquês de a escola brasileira falhar; uns
abdicam de suas responsabilidades e culpam os outros pelos males decorrentes.
Está mais do que na hora desses pais assumirem por completo a
educação dos filhos e tornarem-se parceiros dos professores, respeitando-os e
valorizando-os.
(Siga-me)
(Siga-me)
Artigo editado e
publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 29/10/17.
SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de
Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.
Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor
na área de “Gestão de escolas de Educação Básica”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.
Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:
PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO - CLIQUE AQUI