O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

A IMPORTÂNCIA DA ESCRITA CURSIVA



Roberto Gameiro


Conta-se que certo escritor rascunhava seus textos manuscrevendo-os e depois sua secretária os transcrevia. Ocorre que certa vez a secretária não conseguiu entender uma passagem manuscrita e pediu ajuda ao escritor. Ele tentou ler o que havia escrito e, depois de várias tentativas, devolveu a ela e disse:


- Quando eu escrevi esse texto, eu e Deus sabíamos o que estava escrito;


- Agora, só Deus!




Nos Estados Unidos, muitos Estados aboliram a letra cursiva nas escolas, sob a alegação de que o uso cada vez mais frequente, pelos alunos, de computadores, torna desnecessário que a criança concentre esforços na forma cursiva. 


Magda Becker Soares, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, afirma que a abolição da letra cursiva na escola não traz perda propriamente na aprendizagem escolar, mas sim na aprendizagem para a vida social, nas comunicações pessoais como bilhetes, listas de compras, atividades que a escrita com lápis e papel resolve mais rapidamente, preservando a intimidade da comunicação.


Entre os médicos, a situação está sendo amenizada, já que a maioria utiliza o computador para "escrever" as receitas. No site do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas há um artigo da revista Superinteressante de maio de 2009 que informa que aquele sistema registrou, só em 2007, 1853 casos de intoxicação por erros de administração, dos quais, pelo menos 10% por “garranchos médicos”. Talvez por isso, o art. 11 do Código de Ética do CFM prevê que é vedado ao médico “receitar...ou emitir laudos...de forma...ilegível”. No dicionário eletrônico “Aurélio”, versão 7.0, a expressão “letra de médico” é definida como: “letra muito ruim, mais ou menos ininteligível”. Entretanto, não se pode generalizar; há médicos com letras exemplares. Por outro lado, não creio que nessa área, especialmente, a letra deva ser uma das principais competências dessa nobre profissão.


Nas escolas, públicas ou privadas, não há uma generalização da importância do ensino da escrita cursiva, faltando iniciativas para assumir a importância da caligrafia como parte do aprendizado escolar. Parece que muitos professores e gestores têm receio de serem taxados de “atrasados” se insistirem nesse ensino e nesse aprendizado. O fato, porém, é que, em geral, as nossas crianças e os nossos adolescentes escrevem muito mal, sendo difícil entender o que eles querem dizer nos seus textos.


Lembremo-nos de que a redação do ENEM, conforme a “Cartilha do Participante”, deve ser manuscrita com letra legível (não necessariamente cursiva), para evitar dúvidas no momento da avaliação, e que redação com letra ilegível não poderá ser avaliada.


Ademais, a versão final da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) faz referência à escrita cursiva como “habilidade” essencial nos 1º e 2º anos do Ensino Fundamental.


Mesmo com o avanço da tecnologia e com a facilidade da escrita digital, que tem os seus méritos sem dúvida, há que se enfatizar, também, com as crianças e jovens, o aprendizado da escrita cursiva.


Afinal, ela não foi abolida do nosso dia a dia.

Ainda.

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Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 03/12/2017 sob o título "A escrita cursiva".

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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

OPORTUNIDADES NÃO CAEM DO CÉU




Roberto Gameiro


O poeta e escritor português Fernando Pessoa, através do seu heterônimo Bernardo Soares, escreveu que é inútil viajar para a China se não saímos da bolha onde vivemos, ou seja, se não desembarcamos de nós mesmos.


Este  artigo  já  tem  a sua  versão  editada  e  ou  atualizada em PODCAST no SPOTIFY para sua comodidade ou para pessoas com deficiência. CLIQUE AQUI E OUÇA!


Há momentos na vida em que precisamos nos desvencilhar dos nossos pensamentos rotineiros para arejar a mente e produzir novas percepções que nos levem a navegar por novas possibilidades, novas iniciativas, novos patamares e paradigmas.


Em outras palavras, devemos nos dar a chance de desembarcar momentaneamente de nós mesmos, e, após um período de reflexão intensa e corajosa, embarcar novamente em nós mesmos, porém, renovados, preparados e prontos para novas jornadas.


José Saramago (1922-2010) escreveu: "É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não sairmos de nós.".


A vida nos proporciona algumas dessas oportunidades, embora nem sempre as reconheçamos e as aproveitemos. São, por exemplo, aqueles momentos em que “o trenzinho" (da oportunidade) passa e ficamos na dúvida se devemos embarcar nele, ou não, sabendo que ele poderá não passar outra vez.


Nessas horas, somos tomados por sentimentos de esperança e de alegria, ao tempo em que nos sufoca uma certa angústia, um certo medo de errar e nos arrependermos.


Isso ocorre na vida tanto nos aspectos profissionais como nos pessoais. Porém, sabemos que as mudanças de rumo profissionais afetam as pessoais e vice-versa.


Quantas pessoas há que lamentam não terem aproveitado oportunidades que tiveram na vida; quantas lamentam o contrário. E sempre é bom lembrar que oportunidades não “caem do céu” ou por sorte; elas surgem, ou não, fruto de nossas posturas, ações, buscas e investimentos.


Portanto, estejamos sempre preparados, pois já se disse que sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade.


Não há receita nem fórmula matemática para essas tomadas de decisão. Entretanto, nessas ocasiões, devemos apelar para o bom senso, para o aconselhamento e para a reflexão intensa, criteriosa e corajosa.


Tanto para o sim, como para o não.


Érico Veríssimo (1905-1975), escritor brasileiro, escreveu: "Quando os ventos da mudança sopram, algumas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento.".


Publicado originalmente em 08/09/17


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quinta-feira, 19 de setembro de 2024

MENSAGEM - PROFESSORES NÃO SÃO SUPER-HERÓIS



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Professor não é super-homem. Entretanto, há os que pensam que são. Há, também, alguns que têm certeza de que são. Mas, talvez pensassem assim qualquer que fosse a profissão que abraçassem. Professores são seres de relações. Não que os super-heróis não sejam “seres de relações”; eles “existem” para fazer o bem e proteger a humanidade de malfeitos. Professores são da vida real. Super-heróis são da ficção. “Super-homens” têm respostas para tudo, sem titubear. São perfeitos e completos. É preciso ser verdadeiro e corajoso para aceitar-se como “incompleto”, “imperfeito”, e, portanto, humano. Os conhecimentos estão aí disseminados pela internet. Cabe, agora, saber o que fazer com eles. Professor não é superman. Professora não é superwoman. E olha que eu nem falei da kryptonita...rsrs.




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sexta-feira, 23 de agosto de 2024

MENSAGEM - AS CRIANÇAS, A NARRATIVA E A IMAGINAÇÃO

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O  período  de  vida  que  vai  até  os  seis  anos  de  idade é o que apresenta as maiores e  melhores oportunidades para a aquisição das  competências  humanas;  nele,  os  cérebros  das crianças são como verdadeiras esponjas que absorvem com facilidade e retêm as informações que recebem. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda  aos  médico s que  orientem  as  famílias a ler em voz alta     diariamente   para   os   pequenos,  pois   isso   resulta   no fortalecimento  do  vínculo  familiar,  e,  ainda,  que  a escolha da hora  de  dormir  é  importante pois a leitura proporciona para a criança  um  adormecimento  tranquilo,  com a presença dos pais ao  lado,  num  momento  em que ela tem que se desligar do dia e entrar  no   mundo  dos  sonhos  e  fantasias.  Enquanto  ouve  as histórias,  ela,  ao  compreender a narrativa, “viaja”, através dos personagens e dos cenários que cria na sua imaginação... 



























 

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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

INFORMAÇÃO VERSUS SABEDORIA


Roberto Gameiro


Muitas informações, muitos dados, poucos conhecimentos, saberes escassos, pouquíssima sabedoria.


Assim é o momento histórico que vivemos. Há os que dizem que vivemos a época do conhecimento. Ledo engano. Vivemos, isso sim, a época da informação.


Isso porque para se afirmar que vivemos uma época disto ou daquilo, é preciso que a maioria da população esteja vivendo as causas e consequências daquela pertinência. 


Não é o que acontece no nosso país.


Há muitas informações, verdadeiras e falsas, circulando no mundo virtual e à disposição de quem acessar.


No entanto, para transformar uma informação em conhecimento, o sujeito tem de compreendê-la, analisá-la, interpretá-la; pelo menos.


Aí está o busílis; o nosso sistema educacional não está conseguindo levar os jovens a adquirir essas mínimas competências, como demonstram os resultados de provas nacionais como o IDEB (Índice de desenvolvimento da Educação Básica) e internacionais como o PISA (Programa internacional de Avaliação de alunos).


Portanto, não há que se dizer que vivemos uma época do conhecimento. Pelo menos, para a maioria da população brasileira.


Um conhecimento, quando comunicado, se torna um saber. 


A construção de novos conhecimentos tem sido privilégio de um pequeno percentual de cidadãos, que têm e tiveram acesso a um processo educacional e de aprendizado, na família e na escola, que os tornaram aptos a compor o concerto daqueles que representam e alimentam a sabedoria do povo brasileiro. É um grupo de homens e mulheres de todas as classes sociais que honram e dignificam a nossa cidadania com suas contribuições nos diversos segmentos da vida nacional.


Entretanto, é pouco.


Os países que conseguiram vencer essas barreiras privilegiaram o sistema educacional amplo como base e sustentáculo para o desenvolvimento sustentável e perene. Vejam os exemplos da Finlândia e do próprio Japão. 


Sabemos muito bem, de há muito, onde estão as nossas fragilidades. Falta o enfrentamento desses desafios.


Vamos juntos preparar os jovens para que sejam capazes de transformar informações e dados em conhecimentos, saberes e, consequentemente, em sabedoria!


Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 15/06/19.


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sexta-feira, 26 de julho de 2024

MENSAGEM - "ERRAR É HUMANO; PERSISTIR NO ERRO É BURRICE"


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“Errar é humano; persistir no erro é burrice”. Há os que erram por ignorância, ou por teimosia, ou por soberba, e nem sempre conseguem reconhecer as implicações dos seus erros. Há os que erram nas melhores intenções, corrigem--se e seguem em frente. Às vezes, inventam-se mentiras para justificar um erro. Mas “mentira tem pernas curtas”, já diz outro ditado popular; cedo ou tarde, a verdade prevalecerá. Portanto, devemos sempre aprender com os nossos erros, assumindo-os e evitando ficar na defensiva ou procurar culpados ou justificativas para autoproteção. Quem assume os próprios erros e trabalha para não os repetir, cresce em sabedoria como ser humano e em competência como profissional.

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sexta-feira, 5 de julho de 2024

ESCOLHAS NEM SEMPRE SÃO FÁCEIS

Roberto Gameiro


Frequentemente, temos de fazer escolhas. Nem sempre a escolha é fácil de ser feita, pois ela depende de diversos fatores a serem pesados e considerados, como o contexto, as circunstâncias desse contexto, dos seus possíveis efeitos colaterais (positivos e negativos), culturais, sociais, familiares, profissionais, espirituais ...


Toda escolha é uma tomada de decisão que pode impactar nossas vidas e a sociedade ao nosso redor, principalmente quando são constituídas de temas complexos e desafiadores; ainda mais se houver influências externas. 


Alvin Toffler, escritor e futurista norte-americano, escreveu que “o futuro é constituído pelas nossas decisões diárias, inconstantes e mutáveis, e cada evento influencia todos os demais”.


Cada um de nós tem um sentido de vida construído e reconstruído ao longo dos anos, calcado especialmente no nosso caráter, na nossa personalidade e, consequentemente, nos princípios e valores que norteiam nossas posturas e ações. Qualquer tomada de decisão que nos leve a uma escolha precisa estar coerente com esse conjunto de atributos pessoais. 


Tem de ser assim, por exemplo, quando escolhemos os nossos candidatos a funções eletivas como síndicos, conselheiros tutelares, diretorias de entidades representativas, vereadores, prefeitos, deputados, senadores e presidentes da república. Supõe-se que cada um deles, nosso escolhido, tenha princípios e valores equivalentes aos nossos e vai nos representar efetivamente no exercício do seu cargo.


Entretanto, nem sempre isso acontece. Não é raro acontecer que o nosso escolhido, eleito, passe a ser favorável a temas que contrariam o seu próprio plano de ação apresentado quando era candidato, e que nos levou a escolhê-lo, decepcionando-nos como nosso representante. Com certeza, vamos “pensar duas vezes” antes de escolher novamente esse indivíduo. 


Escolhas nem sempre são fáceis. Elas constituem um aprendizado constante e imprevisível, difícil de se “acertar no alvo”.


Assim é em todos os setores da coexistência em sociedade. Seja na escolha do futuro marido, ou esposa; na escolha da profissão ou atividade laborativa; na escolha do melhor candidato a uma vaga de trabalho; na escolha do lugar ideal para realizar uma cirurgia etc.


Por isso, antes de fazer uma escolha, busque a maior quantidade possível de informações, faça pesquisas, pergunte, pergunte e pergunte. Não seja precipitado.


Quem faz escolhas, e todos nós fazemos, assume riscos. Mas esses riscos são inerentes à condição humana. Estamos sempre nos equilibrando entre uma escolha e outra, o que nos fortalece, nos faz crescer e propicia condições para que nos adaptemos aos inevitáveis desafios que teremos de enfrentar na vida.


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sábado, 20 de abril de 2024

MENSAGEM - CONVIVENDO, CONHECENDO E DIALOGANDO


 MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

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À  medida  que convivemos  com   conhecidos,   amigos e parentes, vamos conhecendo  as   suas  posturas,   suas  formas de   ver  o mundo,  seus  assuntos   prediletos,  suas peculiaridades e suas aspirações. Daí, com o tempo, vamos nos adequando à forma de  conversar   com  cada  um   deles   para  tentar  tornar  os  diálogos  frutíferos. Vamos  conhecer  alguns  deles.  Há  os que  só falam  em doenças, médicos, exames, remédios, dores aqui e ali; com esses,  evite  a pergunta trivial “Como você está?” Há os que falam o tempo todo e não deixam  você  falar;  quando  você  consegue  uma  deixa  para falar,  é  perda  de  tempo  porque eles não o ouvem. Há os que só falam   de um determinado assunto o tempo todo, seja futebol, política,  governo. Há,  também,  aqueles que quando  lhe falam sobre João,   você   fica   sabendo   mais sobre   eles   mesmos   do   que sobre João. Há,  ainda  os que  sempre  têm  uma fofoca para contar; cuidado com esses; a próxima fofoca poderá ser sobre você.























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sábado, 6 de abril de 2024

MENSAGEM - A ABORDAGEM PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR


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A abordagem interdisciplinar reúne diferentes componentes curriculares num contexto mais coletivo no tratamento dos fenômenos a serem estudados ou, ainda, das situações-problema em destaque. É uma abordagem que exige compromisso do professor com a intercomunicação, ampliação e ressignificação de conteúdos, conceitos e terminologias. O trabalho integrado interdisciplinar alarga as possibilidades de compreensão, construção, contextualização e recontextualização dos conhecimentos, dos saberes e dos fazeres, e flexibiliza o fazer pedagógico, explicitando as formas de relação, de reciprocidade e de aproximação em diferentes áreas, facilitando, assim, o ensino e a aprendizagem.

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sábado, 17 de fevereiro de 2024

NÓS SOMOS O "PESSOAL DO LIXO"


Roberto Gameiro

Noutro dia, li uma historieta que relatava que um menino que andava nas ruas de mãos dadas com o pai, ao avistar o caminhão que recolhia a sujeira e as coisas deixadas nas calçadas, perguntou: - esse é o pessoal do lixo, não é papai? Ao que o pai respondeu:


- Não, meu filho, esse é o pessoal da limpeza... o pessoal do lixo somos nós!


Segundo o site Ciclo Vivo, “(...) ao longo    do ano--base de 2022, foram gerados no Brasil 77, 1 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos. Esse montante corresponde a mais de 211 mil toneladas de resíduos gerados por dia, ou cerca de 380 kg por habitante no ano. Em média, cada brasileiro produz 1,04kg de resíduos todos os dias...”. (1)



É muito lixo, principalmente se considerarmos que a maior geração se concentra nos grandes centros urbanos.


Grande parte desses resíduos é coletado pelo “pessoal da limpeza”, como explicitado na historieta acima; ao fazer esse enfoque, o pai destaca a importância do trabalho deles e propõe um ponto de vista mais valorativo dessa atividade.


Cada um de nós tem uma visão de mundo própria, fruto do dom de livre-arbítrio que nos foi concedido pelo Criador. Por isso, há os que os veem como “pessoal do lixo”, assim como os que os veem como “pessoal da limpeza”.


Por outro lado, ao nos definir como “pessoal do lixo”, o pai dá uma deixa para refletirmos sobre as nossas posturas e ações em relação à produção, descarte, e valorização das pessoas que cuidam da limpeza nos espaços públicos e privados.


Adriana B. Scheeren Selau e Luciana Fofonka escreveram: “A questão do descarte do lixo urbano é tema que deve ser trabalhado sobretudo na esfera escolar, onde se possa construir no indivíduo e na coletividade a consciência no controle do consumo exagerado e do descarte de resíduos. A proposta da educação ambiental nas escolas deverá levar à mudança de atitudes que fomente a preservação do ambiente. Esse novo comportamento envolve desde o controle do consumo de materiais a serem descartados até o rejeite que favoreça a reciclagem, a reutilização e o reuso.”. (2)


Lembrando, também, que o tema “Educação Ambiental” aparece com ênfase em muitos enfoques da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), inclusive numa das Competências Gerais.


Entretanto, apenas a conscientização e a compreensão não bastam. É importante que os estudantes saibam como adequar as suas posturas e ações em relação a essa temática. E isso se alcança com a prática. O dia a dia das atividades escolares precisa estar pleno de cuidados com a limpeza e a conservação ambiental, a higiene, o descarte adequado, o consumo consciente, a redução de resíduos e a sustentabilidade na sala de aula, na escola, na região, no país e no planeta. E isso vale para cada um de nós; não apenas para os estudantes.


Há que se reconhecer e valorizar todos os tipos de ocupação, dos mais simples aos mais complexos, pois é do somatório de todos eles que se constrói uma Nação forte, produtiva, solidária e organizada.


Aí, talvez, nós não seremos mais “o pessoal do lixo” ...

 

REFERÊNCIAS


(  1) CICLO VIVO – Brasil descarta 33 milhões de toneladas de lixo de forma irregular. Encontrado em:

https://ciclovivo.com.br/planeta/desenvolvimento/brasil-descarta-33-milhoes-de-toneladas-de-lixo-de-forma-irregular/ . Acessado em 11/02/2024

 

(  2) SELAU, Adriana Bordignon Scheeren e FOFONKA, Luciana – O descarte consciente através da Educação ambiental. Encontrado em https://revistaea.org/artigo.php?idartigo=3124.

   Acessado em 12/02/2024.

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sábado, 13 de janeiro de 2024

MENSAGEM - EDUCANDO PARA O BEM

MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

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Formar cidadãos conscientes do seu necessário envolvimento na construção de uma sociedade mais justa, solidária, amorosa e sustentável, passa, sem dúvida, pelo incentivo e acompanhamento de suas performances, desde a mais tenra idade, pela família e pela escola, educando-os para o bem, para serem agentes protagonistas do seu próprio desenvolvimento e partícipes da busca constante da melhoria da qualidade de vida de todos. Qualidade de vida que se pauta pelo amor a Deus, pelo amor-próprio e pelo amor ao próximo.































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sábado, 30 de dezembro de 2023

QUEM ACHA QUE SABE TUDO, SABE NADA


 
Roberto Gameiro


O conhecimento vem de fora; a sabedoria vem de dentro e aflora sob a forma de saberes.


O indivíduo humano é um ser incompleto. Ele pode saber de tudo sobre um determinado tema, mas ignora tudo sobre muitos outros assuntos. Portanto, ele pode ser um sábio e, ao mesmo tempo, um ignorante. Ninguém é sábio o tempo todo, assim como ninguém é ignorante o tempo todo.


Lembrando que ignorância, neste contexto, é o estado de quem ignora ou desconhece alguma coisa, que não tem conhecimento dela. Portanto, não é “burrice”, nem falta de inteligência.


Reconhecer a incompletude do ser humano, compreendendo a sua transitoriedade e sua cognição limitada, é passo largo para se posicionar adequadamente neste mundo cada vez mais complexo e multifacetado. 


Aceitar que não temos respostas para todas as perguntas revela humildade intelectual e forte coragem. Ao mesmo tempo, nos tornamos prontos e abertos à aquisição de novos conhecimentos.

 

Brené Brown, professora e pesquisadora americana, escreveu:

“É preciso coragem para ser imperfeito. Aceitar e abraçar as nossas fraquezas e amá-las. É deixar de lado a imagem da pessoa que devia ser, para aceitar a pessoa que realmente sou.”


Quem acredita que sabe tudo fecha-se para a inovação e para a renovação. Assume uma posição estática. Aceitar a própria ignorância é um ato de coragem e de abertura para o aprendizado. 


Às crianças e adolescentes, deve-se proporcionar a possibilidade da flexibilidade cognitiva para que sejam capazes de se adaptar a novos contextos, conceitos e tecnologias ao longo da vida, pois a busca do conhecimento é uma tarefa que não tem fim e começa na mais tenra idade.


Há que se ajudar os mais jovens a conquistar a autonomia e a autoconfiança, de forma que possam discernir entre o certo e o errado, a verdade e a mentira, o saber e o não saber, para que possam enfrentar o que desconhecem com confiança, perseverança e muita resiliência.

 

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sábado, 23 de dezembro de 2023

A GENTE FALA E ESCREVE O QUE OUVE, OU O QUE HOUVE?

Roberto Gameiro

Oswald de Andrade (1890-1954), escritor e dramaturgo brasileiro escreveu:

“A gente escreve o que ouve, nunca o que houve."
 
A frase, inteligentemente construída, além de revelar uma situação de eventual verdade, nos traz uma das facetas da Língua Portuguesa, qual seja, a dicotomia entre o texto escrito e o texto falado. Nela, os verbos “ouvir” e “haver” são contrapostos, causando uma confusão semântico/fonética que nos instiga a um aprofundamento analítico. 

Reescrito, o texto poderia ficar assim: 

“A gente escreve o que escuta, nunca o que aconteceu."

Mas não são apenas os escritos que podem causar dupla ou enviesada comunicação. Também as mensagens faladas, ao passarem por diversos interlocutores, correm grandes riscos de deturpação.

Quando a comunicação não se realiza de forma adequada, as mensagens, orientações e informações poderão ser interpretadas de variadas formas pelos receptores, causando “ruídos” comunicacionais danosos ao bom funcionamento de uma empresa, de uma família, escola ou da sociedade como um todo.

Assim é com uma anedota que corre pelas redes sociais há muito tempo, que talvez você conheça, da qual eu fiz a minha versão. Não consegui identificar o autor da original.
 
O Diretor Geral (de uma empresa fictícia) chama o Vice-Diretor da filial e lhe dá uma orientação para que repasse para os diversos níveis hierárquicos da organização, até chegar aos funcionários da linha de produção: 

“Amanhã, às 9h, haverá um eclipse do Sol, o que não ocorre todos os dias; providencie para que todos os funcionários estejam no pátio, uniformizados, para que vejam esse raro fenômeno, quando eu lhes darei as explicações convenientes. Em caso de chuva, não poderemos ver nada; então, leve os colaboradores para o Ginásio.”.

O Vice-Diretor repassa oralmente a orientação para o Coordenador Geral, que a repassa para o Supervisor, que a repassa aos Chefes de Setores, os quais a repassam aos funcionários.

A orientação chega ao conhecimento dos funcionários com a seguinte versão:
  
“Informo que amanhã, lá pelas 9h, o Diretor-Geral, uniformizado, eclipsará o Sol no Ginásio, fenômeno raro que não acontece todos os dias, ocasião em que ele dará as explicações necessárias.”

Os funcionários entre si: 

“Parece que amanhã às 9h, sem dar explicações a ninguém, vão prender o Diretor Geral no Ginásio por 24 horas porque ele só vem trabalhar em dias de Sol; nunca em dias de chuva. Pena que isso não ocorra todos os dias.”.

Anedota ou não, exagerado ou não, esse “relato”, cujo original foi escrito há décadas, leva a uma análise interessante.

Toda comunicação deve ser clara, concisa e objetiva, adequada na forma e no conteúdo ao público-alvo, considerando seu nível cultural e as eventuais individualidades.

Devem ser consideradas as possíveis barreiras hierárquicas que poderão interferir na eficiência e na eficácia da comunicação, identificando de antemão as características peculiares dos diversos ambientes-alvo. 

Vivemos a era do conhecimento e da informação. Diferentemente da época em que o original do texto aqui analisado foi escrito, hoje dispomos de variadas opções, inclusive tecnológicas, que facilitam sobremaneira a comunicação.
 
Entretanto, com as vivências do dia a dia, observamos que a Língua Portuguesa continua a ser “maltratada” por alguns meios de comunicação e seus agentes. 

Nunca houve tantas possibilidades de comunicação; entretanto, nunca se falou e escreveu com tantos erros de ortografia, acentuação e pontuação como hoje.
 
Salvo honrosas exceções!

Toda empresa deveria ter um profissional corretor de textos eventual ou contratado! A empresa que prima pelo cuidado com suas peças de comunicação tem essa qualidade agregada à sua própria competência profissional, o que reforça suas vantagens competitivas.

E para terminar, repito aqui uma obra prima, risível, de propaganda de uma escola.
 
“Seguro educacional gratuito já incluso na mensalidade.”
 
O que dá para rir, dá para chorar.

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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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