O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

Mostrando postagens com marcador Adolescente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Adolescente. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 18 de abril de 2025

NÃO É FÁCIL SER ADOLESCENTE



Roberto Gameiro


Não é fácil ser adolescente hoje. Nunca foi. A diferença é que atualmente são outros os quesitos que regulam as posturas e ações desses jovens. 


Houve época em que se dizia que o adolescente começava a fumar para ter algo a fazer com os braços que crescem de forma desproporcional ao corpo. Cigarro entre os dedos, ele tinha até pose para “desfilar” nas festinhas e bailinhos. 


Não havia os excessos de hoje. 


Agora, as preocupações são outras; dos jovens e de seus pais e educadores. Entre elas, podemos citar o aumento assustador do número de suicídios, o consumo crescente do uso de drogas das mais variadas espécies, lícitas e ilícitas, a violência que grassa na sociedade e coloca as pessoas de bem atrás de grades nas suas próprias casas enquanto a bandidagem corre solta pelas ruas das grandes cidades, o individualismo exacerbado, a baixa  qualidade do ensino, especialmente nas escolas públicas, o desrespeito aos professores, o bullying, a quebra constante de paradigmas morais e éticos que deixa pais e educadores perplexos e indecisos etc. E põe “etc” nisso...


Fala-se num “mal-estar ético” que ronda a vida dos adolescentes. A pergunta que se faz, então, é: o adolescente é um ser que sofre de “vazio de sentido?” 


Yves de La Taille e Elizabeth Harkot-de-La-Taille realizaram uma pesquisa com 5.160 estudantes de escolas de Ensino Médio particulares e públicas da Grande São Paulo para tentar responder a essa pergunta. Os resultados demonstraram que não se pode responder afirmativamente à pergunta devido, entre outros, a um otimismo a respeito do progresso pessoal e do mundo.  Mas apresentaram indícios que sim; há um certo mal-estar no jovem de hoje em virtude de ele parecer desertar o espaço público e recolher-se no espaço privado. 


Saliento a seguir partes do quadro traçado pelos autores referente ao perfil do aluno de ensino médio: otimista em relação ao progresso da sociedade e também quanto às chances de se realizar na vida; mais influenciado pelos seus pais e amigos do que pela escola, pela mídia e pela religião; nutre grande desconfiança nas instituições políticas e seus representantes; atribui grande importância ao papel social dos professores e neles tende a confiar.


Na questão específica sobre a família, 80,7% confiam muito e 16,6% confiam, o que dá quase a totalidade da amostra: 97,3%; “logo, a família aparece longe na frente das outras instituições sociais em termos de confiança.”.


A pesquisa alcançou o seu objetivo de fornecer subsídios para guiar políticas públicas para a educação de crianças e jovens. Está publicada no livro “Moral e Ética – Dimensões intelectuais e afetivas” (2006) do primeiro autor, e foi aplicada em jovens com idade média de 15 anos, no período de março a abril de 2005. As meninas não diferem dos meninos nas questões essenciais da pesquisa. 


(Leia também)  (Siga-me)  (Compartilhe!)


Publicado originalmente neste blogue em 09/02/20.


Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 08/01/20. 


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. 

Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI


Share:

sábado, 12 de abril de 2025

MENSAGEM -VOCÊ É OU JÁ FOI FUMANTE PASSIVO?

                       MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

                LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI

                             SIGA-ME      COMPARTILHE! 

          TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
          TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

Durante muito tempo, eu costumava dizer  que o mais próximo da imagem de um cigarro  que  eu já tinha  chegado eram os chocolates da Pan cujas embalagens até lembravam maços de cigarros. Eu e os meus amiguinhos gostávamos de nos exibir com  o  cigarrinho  de  chocolate  entre  os  dedos,  imitando  a  pose  dos  adultos fumantes. Entretanto, sei que não posso afirmar que nunca fumei. Tornei-me, com o exercício do magistério superior, um fumante passivo. As minhas turmas  tinham,  em  média, 100  alunos  cada;  e  a  maioria dos alunos  fumava. Quem  olhasse a sala de aula pelo lado de fora, poderia,  inadvertidamente,  acionar  os  bombeiros,  devido  a tanta  fumaça  saindo  pelas  janelas.  Afinal,  “onde  há  fumaça, há fogo", já diz o ditado popular. Naquela época, anos 1980, não havia, ainda, a proibição do uso de cigarros em recintos fechados.

Share:

sexta-feira, 4 de abril de 2025

ADOLESCENTES E BORBOLETAS



Roberto Gameiro


A mulher grávida é a síntese da beleza da natureza humana. Durante nove meses, um novo ser se constrói no ventre da mãe, e esta enfrenta esse período com um misto de alegria pelo amor que já nutre por aquele “serzinho” que está se formando, e tensão, pelo receio de que algo dê errado; e sofre por isso.



Este artigo já tem a sua versão editada e ou atualizada em PODCAST no SPOTIFY para sua comodidade ou para pessoas com deficiência. CLIQUE AQUI E OUÇA!


Esse ser nasce, cresce e se torna um adolescente. E aí, ele se torna “grávido de si mesmo”, como reflete o filósofo Mário Sérgio Cortella: “ele dará à luz ele mesmo em outro momento; alterações hormonais, dificuldades de humor, impasses no corpo e na mente e impaciência são algumas das características dessa fase”. Isso faz parte do ciclo de vida humana. Todos nós passamos por isso. 


Assim como a borboleta que vem da transformação da lagarta num processo que exige muito esforço e resiliência, os adolescentes enfrentam, ainda imaturos, momentos de transformações biológicas e psicossociais que lhes causam aflição e angústia. E sofrem por isso, assim como quem convive com eles. 


E por ser “fase”, esses momentos devem ser vistos como transitórios, como passagem de um estágio de maturidade para outro, mais aperfeiçoado. 


Para isso, precisam da ajuda dos adultos. Não adultos que se fazem de adolescentes para conquistar a simpatia dos meninos e meninas, mas adultos autênticos, conscientes de que são espelhos nos quais os jovens se miram na busca de segurança e de orientação positiva e assertiva. 


Mas não nos enganemos que, em função da “fase”, tudo seja permitido. O diálogo e a presença constantes dos adultos junto deles propiciam as condições para a busca do equilíbrio que não aceita o desrespeito, a agressão física ou verbal, o uso de drogas ou bebidas alcoólicas etc. Isso se faz especialmente na família, na escola e na Igreja. 


E evita suicídios!


Como disse Rubem Alves (1933-2014): "Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.".


 (Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)


Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 26/06/18.

Publicado neste blogue em 02/01/2019.


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO,  veja   outros   posts  de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br  

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:
                                      CLIQUE AQUI




























Share:

sábado, 29 de março de 2025

MENSAGEM - QUEM SÃO OS HERÓIS DE HOJE?

                      MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

                LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI

                             SIGA-ME      COMPARTILHE! 

          TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
          TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

Vivemos uma época em que os valores são constantemente invertidos e subvertidos. É tão comum esperar-se das pessoas ações e reações com contravalores, que o pior virou rotina, a ponto de quando alguém age de forma natural, verdadeira e autêntica, receber elogios e, nalguns casos, ser até visto e exaltado como um herói. Um bombeiro que arrisca sua vida, num incêndio, para tirar uma criança do meio das chamas, é aclamado como   herói; nada mais justo e merecido. Entretanto, como aceitar que, na mesma noite, os participantes de um reality show sejam chamados de “heróis”? E como não aceitar, se o próprio dicionário “Aurélio” apresenta, por extensão, “herói” como “pessoa que por qualquer motivo é centro de atenções”? O bombeiro e os participantes do “reality show” cabem nessa definição. Durma-se com esse “barulho”.
Share:

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

MENSAGEM - VALORIZE O QUE VOCÊ POSSUI

                       MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

                LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI

                             SIGA-ME      COMPARTILHE! 

          TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
          TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

Um amigo de Olavo Bilac lhe pediu uma descrição do sítio que possuía para o anúncio de venda pois, se ele descrevesse a propriedade, seria fácil vendê-la. Bilac redigiu: "Vende-se encantadora propriedade onde cantam os pássaros no extenso arvoredo. É cortada por cristalinas águas de um ribeirão. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra das tardes, na varanda.". Algum tempo depois, Bilac perguntou se tinha vendido o sítio, ao que O amigo respondeu que, após a descrição feita por Bilac, ele reconheceu o valor do que possuía e decidiu não mais vendê-lo. Foi preciso alguém “de fora” para fazer aflorar nele a percepção da maravilha que possuía; será que o poeta fez o texto com esse propósito? Se sim, mostrou-se realmente um grande amigo.




























 

Share:

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

LEVANDO VANTAGEM EM TUDO?


Roberto Gameiro


Dois amigos reuniram-se numa tardezinha para uma “cervejinha”.


Um deles, notando  que  o  outro estava  com a barba por fazer, brincou com ele dizendo:


- Você  sabia  que  tombou  um  caminhão  ali na avenida Marginal carregado com giletes?


O amigo deu uma risadinha demonstrando que entendeu a “indireta” e justificou o porquê de não ter “feito a barba”.


Até aí, trata-se de um diálogo até corriqueiro e uma licença metafórica jocosa em que se faz uma comparação subjetiva para se referir a algo de forma indireta.


Mas, então, há que se perguntar: - qual é esse “algo” a que o diálogo está se referindo?


Resposta: o hábito de muitos brasileiros de saquear cargas de veículos acidentados.


O diálogo sugere que o amigo perdeu uma boa chance de obter giletes de graça. Não significa, porém, que esses personagens fariam isso.


As imagens desses saques correm o mundo e tornam-se triste e vergonhosa representação de falta de decoro e decência de alguns, que contamina a forma como o mundo vê o nosso país.


Essa é uma ação criminosa que se soma a inúmeras outras que, infelizmente, estamos acostumados a ver nos noticiários diários.


No ranking do “Índice Global da Paz” de 2024, divulgado recentemente pelo “Institute for Economics & Peace” (Instituto de Economia e Paz), os três países mais seguros do mundo são, na ordem decrescente, a Islândia, a Irlanda e a Áustria”. Nesses países, nenhum cidadão entenderia a indireta que o conteúdo inicial deste texto traz.


Nesse ranking, o Brasil está na vergonhosa 131ª posição. Igual à da pesquisa anterior.


Rui Barbosa, quando Senador, em dezembro de 1914, escreveu: “A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem: (...) semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, (...) promove a desonestidade, promove a venalidade (...)” E mais: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”.


Como se percebe, essa situação é antiga.


Os cidadãos virtuosos, honestos, honrados, idôneos, especialmente os que são pais e professores de crianças e adolescentes, estão se sentindo impotentes para enfrentar essa falta de vergonha que grassa pelo país afora. Os princípios e os valores saudáveis que devem reger a vida em sociedade estão sendo destruídos pela desonestidade e pela corrupção, desestimulando os indivíduos a lutar contra essas influências deteriorantes que trarão danos também às próximas gerações.


Há que se buscar a transformação desta sociedade, cada um de nós fazendo a sua parte, para consertar o estrago que já foi feito por esta e pelas gerações anteriores, com perseverança e muita resiliência. Assim, talvez um dia, possamos nos orgulhar, como povo, da virtude, da honradez, do decoro e da honestidade. Aqui dentro e pelo mundo afora.

 

“O negócio é levar vantagem em tudo. Certo?”


- ERRADO!!


 (Leia também(Siga-me)  (Compartilhe!)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI




























 

Share:

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

MENSAGEM - O CIGARRO SOB A PERSPECTIVA DA LÓGICA


                                MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

                            SIGA-ME      COMPARTILHE! 

            LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
               
               TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
               TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

O cigarro constitui um dos piores males deste século e do anterior. O uso do cigarro já foi moda e estilo de vida de muita gente incentivada por propagandas vistosas que relacionavam o sucesso pessoal e profissional ao uso do cigarro entre os dedos. Hoje, esse tipo de propaganda está proibido. Ainda bem. Todos sabemos que esse hábito é a causa de diversas doenças, entre elas o câncer de pulmão, o AVC (Acidente vascular cerebral), o diabetes, o DPOC (Doença pulmonar obstrutiva crônica), o infarto e as úlceras gástricas. Se todos sabemos disso, e de sobejo, por que muita gente está, neste momento, iniciando-se nesse hábito? Não é preciso colocar a mão no fogo para constatar que queima. É uma questão de lógica. Simples lógica. 

Share:

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

A IMPORTÂNCIA DA ESCRITA CURSIVA



Roberto Gameiro


Conta-se que certo escritor rascunhava seus textos manuscrevendo-os e depois sua secretária os transcrevia. Ocorre que certa vez a secretária não conseguiu entender uma passagem manuscrita e pediu ajuda ao escritor. Ele tentou ler o que havia escrito e, depois de várias tentativas, devolveu a ela e disse:


- Quando eu escrevi esse texto, eu e Deus sabíamos o que estava escrito;


- Agora, só Deus!




Nos Estados Unidos, muitos Estados aboliram a letra cursiva nas escolas, sob a alegação de que o uso cada vez mais frequente, pelos alunos, de computadores, torna desnecessário que a criança concentre esforços na forma cursiva. 


Magda Becker Soares, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, afirma que a abolição da letra cursiva na escola não traz perda propriamente na aprendizagem escolar, mas sim na aprendizagem para a vida social, nas comunicações pessoais como bilhetes, listas de compras, atividades que a escrita com lápis e papel resolve mais rapidamente, preservando a intimidade da comunicação.


Entre os médicos, a situação está sendo amenizada, já que a maioria utiliza o computador para "escrever" as receitas. No site do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas há um artigo da revista Superinteressante de maio de 2009 que informa que aquele sistema registrou, só em 2007, 1853 casos de intoxicação por erros de administração, dos quais, pelo menos 10% por “garranchos médicos”. Talvez por isso, o art. 11 do Código de Ética do CFM prevê que é vedado ao médico “receitar...ou emitir laudos...de forma...ilegível”. No dicionário eletrônico “Aurélio”, versão 7.0, a expressão “letra de médico” é definida como: “letra muito ruim, mais ou menos ininteligível”. Entretanto, não se pode generalizar; há médicos com letras exemplares. Por outro lado, não creio que nessa área, especialmente, a letra deva ser uma das principais competências dessa nobre profissão.


Nas escolas, públicas ou privadas, não há uma generalização da importância do ensino da escrita cursiva, faltando iniciativas para assumir a importância da caligrafia como parte do aprendizado escolar. Parece que muitos professores e gestores têm receio de serem taxados de “atrasados” se insistirem nesse ensino e nesse aprendizado. O fato, porém, é que, em geral, as nossas crianças e os nossos adolescentes escrevem muito mal, sendo difícil entender o que eles querem dizer nos seus textos.


Lembremo-nos de que a redação do ENEM, conforme a “Cartilha do Participante”, deve ser manuscrita com letra legível (não necessariamente cursiva), para evitar dúvidas no momento da avaliação, e que redação com letra ilegível não poderá ser avaliada.


Ademais, a versão final da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) faz referência à escrita cursiva como “habilidade” essencial nos 1º e 2º anos do Ensino Fundamental.


Mesmo com o avanço da tecnologia e com a facilidade da escrita digital, que tem os seus méritos sem dúvida, há que se enfatizar, também, com as crianças e jovens, o aprendizado da escrita cursiva.


Afinal, ela não foi abolida do nosso dia a dia.

Ainda.

(Leia também) (Siga-me)  (Compartilhe!)

Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 03/12/2017 sob o título "A escrita cursiva".

SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI



 

Share:

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

MENSAGEM - NÃO É FÁCIL SER ADOLESCENTE


                            MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

                            SIGA-ME      COMPARTILHE! 

            LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
               
               TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
               TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

Não é fácil ser adolescente hoje. Nunca foi. A diferença é que atualmente são outros os quesitos que regulam as posturas e ações desses jovens. Agora, as preocupações são outras; dos jovens e de seus pais e educadores. Entre elas, podemos citar o aumento assustador do número de suicídios, o consumo crescente do uso de drogas das mais variadas espécies, lícitas e ilícitas, a violência que grassa na sociedade, o individualismo exacerbado, a baixa qualidade do ensino, especialmente nas escolas públicas, o desrespeito aos professores, o bullying, a quebra constante de paradigmas morais e éticos que deixa pais e educadores perplexos e indecisos etc. E põe “etc” nisso...

Share:

terça-feira, 18 de junho de 2024

AINDA DÁ TEMPO - de evitar o caos planetário



Roberto Gameiro


Às vezes, nas nossas pesquisas, encontramos mensagens que mexem com a gente, nos emocionam e nos fazem refletir.


Esta é uma delas. É um pouco longa, mas vale a pena.


“O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.”.


Parece que foi escrita hoje, não é?


Foi escrita por Charles Chaplin e utilizada na parte final do filme: “O Grande Ditador”, em 1940.


Ela nos leva, imediatamente, a uma primeira reflexão sobre como se encontra a sociedade de hoje e à necessidade de se equilibrar os avanços materiais com os bem-estares humanos.


Esse equilíbrio, necessário, é imprescindível para a garantia da longevidade do planeta e da raça humana.


É inacreditável que o homem que, por ganância econômica e financeira, está, dia a dia, destruindo a Terra, e encontra-se investindo fortunas em pesquisas para identificar planetas com características climáticas convergentes, como saída para o caos que ele mesmo está conscientemente preparando para o futuro.


Parece incrível, mas é fato.


Essa preocupação não existia em 1940.


Daqui a 100 anos, a maioria de nós, que vivemos hoje, não estará aqui. Mas nossos descendentes, com certeza, estarão. O que eles vão pensar de nós, que teremos permitido que o caos se instalasse progressivamente ao longo dos anos? Haverá tempo para “consertar” o estrago?


Refletir sobre os erros da humanidade no passado é importante para que não cometamos os mesmos equívocos que nos levaram, e, talvez, ainda nos estejam levando a enfrentar desafios e desastres climáticos, bem como situações de desassossego social. Os erros do passado são duro aprendizado para melhorar o presente e entregarmos um planeta melhor para nossos descendentes, evitando o caos que se vislumbra.


Que se vislumbra, ou que já está aqui?


O planeta já está dando respostas às ações danosas ao meio ambiente perpetradas pelo ser humano, algumas das quais já não podem mais voltar ao estado anterior. Ainda temos a chance, neste “mundo globalizado’, de atenuar, diminuir e, talvez, eliminar a possibilidade de danos futuros e viabilizar uma sociedade sustentável, justa e pacífica.


Para isso, há que haver muita colaboração entre países com ações que possam levar a soluções de curto, médio e longo prazos. 


Nenhum de nós pode se excluir dessa jornada. Qualquer solução não poderá vir apenas “de cima para baixo”. Todos estamos “no mesmo barco”, e depende das providências individuais e coletivas em níveis local, regional, nacional e internacional. 


A começar, obviamente, por otimizar o processo de formação e educação das crianças, adolescentes e jovens para que tenham visão crítica da grave situação em que o planeta se encontra, e sejam também protagonistas das mudanças necessárias.


(Leia também) (Siga-me)  (Compartilhe!)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI























 

Share:

sexta-feira, 14 de junho de 2024

MENSAGEM - PROCUREMOS ESTAR SEMPRE NOS LUGARES CERTOS

                    MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

               LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI

                               SIGA-ME      COMPARTILHE! 

                  TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
                  TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

É de Clarice Lispector a afirmação: “Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar”. Cada um de nós tem uma imagem de si próprio, fruto das vivências e do concerto formado pelas características da personalidade e do caráter. Por isso, a importância da existência de “pessoas de referência” na vida das crianças e adolescentes; pessoas que sejam inspiradoras de posturas e ações construtivas e saudáveis, que encarnem valores profundos e os proclamem com força para auxiliá-los no amadurecimento de suas conexões cerebrais. Dependendo de quem, onde, como e quando nos veem, poderemos ser valorizados positiva ou negativamente. Procuremos, portanto, sempre estar nos lugares certos, nos momentos certos e com as pessoas certas, não nos sujeitando a sermos “avaliados” por pessoas erradas e inadequadas.



























Share:

sábado, 18 de maio de 2024

MENSAGEM - EXEMPLO DE VIDA E PRESENÇA COM OS FILHOS

                      MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

               LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI

                               SIGA-ME      COMPARTILHE! 

                  TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
                  TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

Muitas vezes, nós pais acreditamos que só o nosso exemplo de vida basta para que os  nossos filhos se contagiem e sigam uma vida correta e digna; isso, infelizmente, se dá cada vez menos devido à vida agitada, apressada, por  vezes  conturbada,  que a sociedade atual nos oferece e exige; muitas vezes  o  exemplo  apenas  não  basta. A “presença” é um valor importantíssimo para a boa formação das crianças e dos jovens. Não se trata, entretanto, de qualquer “presença”.  Trata-se de uma  presença que estabelece uma relação de confiança e  transparência,  que pratica a escuta ativa, que estimula a  comunicação  e  as  dimensões  do cuidado e da ternura e é marcada por uma aproximação atenta e acolhedora.





























 

Share:

sábado, 27 de abril de 2024

NA SINTAXE DA VIDA, DEUS É ORAÇÃO PRINCIPAL

 


Roberto Gameiro

Noutro dia, remexendo no meu “baú” de fotos e lembranças antigas, reencontrei um cartão, num papel datilografado e já amarelado, com uma mensagem dirigida a mim, que, mais uma vez, me emocionou sobremaneira. 


Quando estava no meu segundo ano de magistério, eu lecionava “Língua Portuguesa” no curso que hoje seria a segunda fase do Ensino Fundamental.


A escola pertencia a uma congregação religiosa feminina, em que os princípios e os valores cristãos imperavam e norteavam todas as ações administrativas e pedagógicas, além de uma disciplina exemplar por parte de todos. 


Eu mal havia terminado o curso de licenciatura em Letras Modernas e estava ainda aprendendo a ser professor, mas tive a sorte de começar num bom colégio e numa época em que os professores eram respeitados e valorizados pelos alunos, pais e comunidade escolar. 


Era gratificante e prazerosa a atividade docente, trabalhando com adolescentes, meninos e meninas, amorosos e cumpridores das suas obrigações escolares.


Mas não deixava de ser uma jornada pesada e cansativa devido à extensa carga horária semanal de aulas, somada às preparações de planejamentos, relatórios e aulas, correção de provas e redações... Nesse sentido, nada diferente dos demais professores (à exceção das benditas redações! Rss)


Na minha carreira de professor e diretor escolar, como em qualquer carreira profissional, sempre houve momentos de alegria, de realização e de regozijo; mas, também, houve ocasiões de tristeza, de incompreensões e de chateações. 


Pois foi nessa época, num “Dia dos Professores” que recebi a homenagem que mais me sensibilizou na minha jornada docente e administrativa. 

 

Na ocasião, eu estava trabalhando, com os alunos das sétimas séries, o conteúdo “Orações coordenadas e subordinadas”. Aliás, esse sempre foi um dos temas que mais gostava de lecionar ...


Qual não foi a minha surpresa quando, ao entrar na sala para mais uma aula, os alunos de uma das sétimas séries me entregaram um cartão dobrado, com um decalque de crianças na capa, com uma página interna, na qual estava datilografada a seguinte mensagem:

Na sintaxe da vida, somos todos orações subordinadas que interdependem umas das outras. Todos nós exercemos o papel de subordinante e subordinada. A vida é um período composto por subordinação em que apenas “ELE” exerce o papel de oração principal. E, na nossa vida, a oração principal chama-se professor Roberto.


Não precisa ser um estudioso de semântica para perceber que a última frase é incoerente em relação à penúltima. Mas numa linguagem poético-metafórica como essa, o que vale é a intenção carinhosa dos estudantes em relação ao seu professor de “Português”.


Ao receber a mensagem, engasguei-me, e quase não tive palavras para agradecer. Acho até que meus olhos descarregaram algumas lágrimas rosto abaixo. Afinal, qual professor, no seu segundo “Dia dos professores”, recém formado, não ficaria emocionado com tal homenagem, espontânea, não esperada e sincera?


Os anos passaram e fui paraninfo e patrono de diversas turmas no ensino superior de Pedagogia, além de muitas placas comemorativas de metas alcançadas como diretor de escolas particulares; mas, nenhuma homenagem me sensibilizou tanto quanto essa.


Hoje, passada a emoção da época, percebo que a homenagem a mim prestada revela a interconexão e a interdependência das pessoas na vida, enfatizando que cada pessoa desempenha papel ora de sujeito, ora de objeto em relação aos outros, e que existe uma força maior que nos une, nos guia e nos fortalece.


Aqui está um bom tema para refletirmos com nossos filhos sobre nossas ações individuais e coletivas.


Que Deus nos abençoe e nos traga a paz.


Sempre.


(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI




Share:

sábado, 13 de abril de 2024

ADOLESCENTES E BORBOLETAS

 Borboleta, Inseto, Verde, Azul, Distrito

Roberto Gameiro


Como disse Rubem Alves (1933-2014): "Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.".

A mulher grávida é a síntese da beleza da natureza humana. Durante nove meses, um novo ser se constrói no ventre da mãe, e esta enfrenta esse período com um misto de alegria pelo amor que já nutre por aquele “serzinho” que está se formando, e tensão, pelo receio de que algo dê errado; e sofre por isso.


Esse ser nasce, cresce e se torna um adolescente. E aí, ele se torna “grávido de si mesmo”, como reflete o filósofo Mário Sérgio Cortella: “ele dará à luz ele mesmo em outro momento; alterações hormonais, dificuldades de humor, impasses no corpo e na mente e impaciência são algumas das características dessa fase”. Isso faz parte do ciclo de vida humana. Todos nós passamos por isso. 

Assim como a borboleta que vem da transformação da lagarta num processo que exige muito esforço e resiliência, os adolescentes enfrentam, ainda imaturos, momentos de transformações biológicas e psicossociais que lhes causam aflição e angústia. E sofrem por isso, assim como quem convive com eles. 

E por ser “fase”, esses momentos devem ser vistos como transitórios, como passagem de um estágio de maturidade para outro, mais aperfeiçoado. 

Para isso, precisam da ajuda dos adultos. Não adultos que se fazem de adolescentes para conquistar a simpatia dos meninos e meninas, mas adultos autênticos, conscientes de que são espelhos nos quais os jovens se miram na busca de segurança e de orientação positiva e assertiva. 

Mas não nos enganemos que, em função da “fase”, tudo seja permitido. O diálogo e a presença constantes dos adultos junto deles propiciam as condições para a busca do equilíbrio que não aceita o desrespeito, a agressão física ou verbal, o uso de drogas ou bebidas alcoólicas etc. Isso se faz especialmente na família, na escola e na Igreja. 


E evita suicídios!

Como disse Rubem Alves (1933-2014): "Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.".

 (Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)

Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 26/06/18.

Publicado originalmente neste blogue em 02/01/19.

SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI





































































Share:
Powered By Blogger

TRADUZA - TRANSLATE

PESQUISE NESTE BLOGUE (digite)

ADQUIRA O MEU LIVRO DIGITAL NA AMAZON

ADQUIRA O MEU LIVRO DIGITAL NA AMAZON
O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO: PARA LEITURA E DEBATE EM FAMÍLIA - COM OS FILHOS

CÓPIA, REPRODUÇÃO, CITAÇÃO E COMPARTILHAMENTO

Autorizadas, desde que com a inclusão dos nomes do blogue e do autor.

Busca na Wikipedia. Digite o assunto.

Resultados da pesquisa