O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro
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quarta-feira, 20 de novembro de 2019
domingo, 15 de setembro de 2019
BNCC - EDUCAÇÃO INFANTIL - Artigo em áudio no YouTube
15.9.19Aprendizagem, Cidadania, Conhecimento, Convivência, EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, GESTÃO ESCOLAR, Primeira Infância
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Publicado em texto em 30/10/18 - atualizado no texto em 29/08/19. Atenção: a Convenção Sobre os Direitos da Criança do UNICEF completa 30 anos em novembro de 2019.
Artigo de Roberto Gameiro: “BNCC – EDUCAÇÃO INFANTIL – em áudio no YouTube”: clique neste texto
terça-feira, 30 de outubro de 2018
BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL
30.10.18Aprendizagem, Cidadania, Conhecimento, Convivência, EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, GESTÃO ESCOLAR, Primeira Infância
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Roberto Gameiro
Começo este artigo com uma recomendação.
A revista “Nova Escola”, mantida pela “Fundação Lemann”, publicou um “Guia” para melhor entendimento da BNCC, sob o título: “BNCC NA PRÁTICA”. Trata-se de material de alto valor para ajudar os educadores na implementação da Base Nacional. Indico, especialmente, a análise que é feita sobre as “Competências Gerais”. Sugiro o acesso e o compartilhamento. Endereço: bncc.novaescola.org.br/
As abordagens indicadas na BNCC para a Educação Infantil baseiam-se nas mesmas 10 “Competências Gerais” que consubstanciam os direitos de aprendizagem e desenvolvimento para toda a Educação Básica.
Entretanto, enquanto no Ensino Fundamental as abordagens se distribuem entre as “Áreas do conhecimento”, “Competências específicas de cada área”, “Componentes curriculares” e as “Competências específicas de cada componente”, na Educação Infantil, devem ser assegurados seis “Direitos de aprendizagem e desenvolvimento” em cinco “Campos de experiências”, em cada um dos quais são definidos os “Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento”, organizados e distribuídos em três grupos por faixa etária. Essa é a estrutura pilar macro sobre a qual repousa todo o concerto sistêmico do documento.
Segundo a BNCC, os “Direitos de aprendizagem e desenvolvimento” (conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se) devem propiciar “condições para que as crianças aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural”.
Observem que as palavras “situações”, “desempenho”, “ambientes”, “resolver” e “desafios” nos aproximam da definição de “competência” incluída na própria BNCC, especialmente no trecho que diz: “resolver demandas complexas da vida cotidiana”. Por isso usei aí acima a expressão “concerto sistêmico do documento”, caracterizado por uma “costura” interna que harmoniza todas as abordagens. Isso é muito bom. Traz confiabilidade.
Em novembro de 2019, a “Convenção Sobre os Direitos da Criança”, do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a infância) completou 30 anos de sua adoção pela Assembleia Geral da ONU. Do texto da convenção, extraí o que segue: “Dar-se-á à criança uma educação que favoreça sua cultura geral e lhe permita desenvolver suas aptidões e sua individualidade, seu senso de responsabilidade social e moral. Chegando a ser um membro útil à sociedade... A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito”.
Embora com outras palavras, é bom constatar a conformidade da nossa BNCC com a convenção do UNICEF.
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A revista “Nova Escola”, mantida pela “Fundação Lemann”, publicou um “Guia” para melhor entendimento da BNCC, sob o título: “BNCC NA PRÁTICA”. Trata-se de material de alto valor para ajudar os educadores na implementação da Base Nacional. Indico, especialmente, a análise que é feita sobre as “Competências Gerais”. Sugiro o acesso e o compartilhamento. Endereço: bncc.novaescola.org.br/
As abordagens indicadas na BNCC para a Educação Infantil baseiam-se nas mesmas 10 “Competências Gerais” que consubstanciam os direitos de aprendizagem e desenvolvimento para toda a Educação Básica.
Entretanto, enquanto no Ensino Fundamental as abordagens se distribuem entre as “Áreas do conhecimento”, “Competências específicas de cada área”, “Componentes curriculares” e as “Competências específicas de cada componente”, na Educação Infantil, devem ser assegurados seis “Direitos de aprendizagem e desenvolvimento” em cinco “Campos de experiências”, em cada um dos quais são definidos os “Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento”, organizados e distribuídos em três grupos por faixa etária. Essa é a estrutura pilar macro sobre a qual repousa todo o concerto sistêmico do documento.
Segundo a BNCC, os “Direitos de aprendizagem e desenvolvimento” (conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se) devem propiciar “condições para que as crianças aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural”.
Observem que as palavras “situações”, “desempenho”, “ambientes”, “resolver” e “desafios” nos aproximam da definição de “competência” incluída na própria BNCC, especialmente no trecho que diz: “resolver demandas complexas da vida cotidiana”. Por isso usei aí acima a expressão “concerto sistêmico do documento”, caracterizado por uma “costura” interna que harmoniza todas as abordagens. Isso é muito bom. Traz confiabilidade.
Em novembro de 2019, a “Convenção Sobre os Direitos da Criança”, do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a infância) completou 30 anos de sua adoção pela Assembleia Geral da ONU. Do texto da convenção, extraí o que segue: “Dar-se-á à criança uma educação que favoreça sua cultura geral e lhe permita desenvolver suas aptidões e sua individualidade, seu senso de responsabilidade social e moral. Chegando a ser um membro útil à sociedade... A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito”.
Embora com outras palavras, é bom constatar a conformidade da nossa BNCC com a convenção do UNICEF.
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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 30/10/18 e no "Portal UAI". Atualizado em texto em 05/02/20.
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Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.
Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor
nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e
adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.
sexta-feira, 27 de julho de 2018
INVESTIR NAS CRIANÇAS
27.7.18EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, GESTÃO ESCOLAR, Políticas Públicas, Primeira Infância, Qualidade de vida
2 comentários
Atualizado em 28/08/21
Roberto Gameiro
É atribuída a Platão (427 a 347aC) a frase: "A orientação inicial que alguém recebe da educação também marca a sua conduta ulterior.".
A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) regula, desde 2013, que a educação básica é de matrícula obrigatória dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015 apontava um crescimento da taxa de escolarização de crianças de 4 e 5 anos. Em 2007, 70% dessas crianças frequentavam a escola. Em 2011, 77,4%, e, em 2015, 84,3%. Já em 2018, foi de 92,4 e, em 2019, 92,9%. Ressalto o aumento do percentual após o MEC definir a obrigatoriedade a partir dos 4 anos de idade.
São boas notícias.
Por que esses dados são importantes?
“Os investimentos na educação das crianças até a faixa dos 6 anos de idade são decisivos para o sucesso na vida adulta”. Essa afirmação é de James Heckman, prêmio Nobel de Economia de 2000, que esteve no Brasil recentemente. Nas entrevistas que tem dado a jornais e revistas, Heckman ainda diz que essa é uma fase em que o cérebro se desenvolve em velocidade frenética e tem um enorme poder de absorção, como uma esponja. Informa, ainda, que países que não investem na primeira infância apresentam índices de criminalidade mais elevado e níveis menores de produtividade, e lamenta que essa fase seja negligenciada.
Não basta, entretanto, que estejam matriculados. É preciso levar em conta a qualidade do serviço prestado pela escola, que, em média, no ensino público, no Brasil, é muito baixa.
Por outro lado, além da escola, Heckman proclama a necessidade de políticas públicas que façam convergir diversos agentes como famílias, creches, pré-escolas, centros de saúde e outros órgãos, em prol da integração das crianças à sociedade, longe da violência e com bom poder de julgamento e autocontrole. E completa afirmando que investir nessas faixas etárias é o caminho mais certeiro para pôr um país na rota do desenvolvimento.
Há que se investir significativamente na educação, em especial na formação das crianças, com ênfase na melhoria da qualidade do ensino nas escolas públicas, incluindo a necessária valorização dos professores, em todos os níveis: municipais, estaduais e federal (no que couber).
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Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 03/10/2017.
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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor
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