O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

domingo, 8 de setembro de 2019

AS CRIANÇAS NO WHATSAPP



Whatsapp, Iphone, Homescreen, Ios

Roberto Gameiro

Era uma época em que a busca por inovações tecnológicas didático-pedagógicas para aperfeiçoar o trabalho docente e melhorar o aprendizado dos estudantes enchia de ânimo os professores na escola que eu dirigia.


O instrumento WhatsApp ganhava corpo e começava a ajudar na comunicação da escola e dos professores com os alunos, o que ocorreria mais tarde no relacionamento com as famílias. Nesse afã, uma professora do sexto ano, entusiasta da tecnologia educacional, passou a usar o aplicativo para desenvolver atividades e comunicar-se com os seus alunos.

Crianças e professora estavam entusiasmadas com o uso do aplicativo que facilitava a comunicação entre elas e auxiliava muito no aprendizado com as respostas da professora às dúvidas dos alunos. 

Tudo parecia indo bem, quando chegou uma observação crítica de um pai de aluno à professora: “Como Podem fazer uso do WhatsApp crianças que têm entre 11 e 12 anos de idade, se a idade mínima para inscrição no aplicativo, no Brasil, é de 13 anos?”

Muitas vezes, ao receber uma crítica, as pessoas têm tendência a uma primeira reação negativa em relação ao autor da observação. A história da humanidade está cheia de situações em que se culpabiliza o mensageiro quando a notícia trazida não agrada ao destinatário. Nesse caso, não foi muito diferente, principalmente por parte das crianças.

Entretanto, quando o caso chegou à diretoria e se fez a análise da informação do pai, concluiu-se, e não podia ser diferente, que ele tinha total razão no questionamento. Ninguém na escola tinha percebido essa incoerência, inclusive eu.

Trago essa narrativa para considerar o quanto os pais estão fechando os olhos para essa situação. Todos sabemos que crianças brasileiras com menos de 13 anos de idade estão usando o WhatsApp (na Europa, a idade mínima é de 16 anos). Isso significa que por trás de cada uma dessas situações há uma mentira; ou seja, essas crianças mentiram a idade ao se inscrever no aplicativo.

Os pais podem até não saber dessa limitação (embora muitos sejam coniventes), mas a escola não pode concordar com a mentira (nem aqueles pais deveriam).

Claro que, no caso narrado, o uso do instrumento foi imediatamente abandonado e a instituição tratou de criar um aplicativo próprio que substituiu, com vantagens, o que se pretendia pedagogicamente. E o pai em questão recebeu o agradecimento da administração da escola e da professora pela colaboração. 

Pode ser até que você ignore que está cometendo um deslize e descumprindo normas, regras e leis por desconhecimento delas; até que descubra ou seja informado  do equívoco; a partir daí, não há desculpa possível.

“Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”; esse é o texto do artigo 3º do Decreto-Lei nº 4.657 de 04/09/1942, “Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro” ainda vigente. Isso, obviamente, vale também para o cumprimento de artigos, cláusulas, alíneas, incisos ou itens de qualquer tipo de contratação pública ou privada. (https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-4657-4-setembro-1942-414605-publicacaooriginal-68798-pe.html)

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Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 03/09/19.


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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.

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domingo, 11 de agosto de 2019

O DEVER DE EDUCAR E DE SER EDUCADO – PAIS E FILHOS


Roberto Gameiro

Está lá no texto constitucional e, por isso, não é questionável: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores.”. (art. 229)

Está, também, no texto do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores.”. (art. 22 – Lei 8069/90)

E, ainda, no texto do Código Civil: “São deveres de ambos os cônjuges: (...) IV - sustento, guarda e educação dos filhos.”. (Inciso IV do artigo 1566 - Lei 10.406/02)

Ora, ora, se está tão claro nesses textos legais, por que cargas-d’água alguns pais não cumprem o dever de educar os filhos? 

E mais: por que muitos filhos se negam a obedecer aos pais?

Claro que a análise desta temática não se esgota num texto limitado como este; daria um tratado com muitas cláusulas, parágrafos, incisos e alíneas...

A obrigação de os pais educarem seus filhos e de os filhos serem educados por seus pais, é uma condição lógica inerente à formação humana. A Lei apenas regula essa necessidade. Mesmo que não houvesse as leis, deveria ser assim. E, aliás, sempre foi; com exageros e excessos aqui e ali, é assim que se espera que ocorra o processo de educação das crianças e adolescentes.

Quando os filhos não obedecem aos pais, é possível que estejam faltando limites. A falta de limites tem diversas causas. Entre muitas outras, uma delas é a falta de um elenco definido de valores nos quais a família se apoia para orientar suas posturas e ações; outra, quando os pais são separados e um dos cônjuges é o “bonzinho” e o outro, geralmente o que tem a guarda, é o que tenta colocar regras de conduta, entre as quais há, invariavelmente, por necessidade óbvia, a palavra “não”; outra possibilidade é o receio de, ao colocar limites, "frustrar" a criança ou o adolescente, trazendo “traumas” para sua formação. E quem não obedece aos pais, será um candidato potencial a não obedecer aos professores. E o ciclo continua... 

Essas situações criam um vazio que para ser preenchido apresenta-se em extremos: educação severíssima no passado e liberdade quase total no presente.

Por outro lado, como já dizia Paulo Freire, “a educação é um ato eminentemente político.”.  

A sociedade está sujeita a mudanças nos seus hábitos e costumes e, conforme a ideologia dominante, acaba tendendo para um lado e para outro, ou para lado nenhum, ficando apenas derrapando nas certezas ou incertezas das forças políticas dominantes, o que “tira o chão” de pais e educadores, alguns dos quais já não sabem se os valores reinantes ainda valem, ou se mudou tudo. De qualquer forma, famílias e escolas que têm princípios e valores claros, bem definidos, enfrentam com mais facilidade essas “intempéries”. 

Ainda Paulo Freire: “A educação é um ato de amor e, por isso, um ato de coragem.”.

Com efeito: amor e coragem devem nortear as relações entre pais e filhos, crianças, adolescentes e professores. O amor exige autenticidade. A autenticidade faz fluir o incentivo à transparência nas relações, o que leva à coragem de abordar as questões mais melindrosas, suportada pela confiança decorrente dessa postura.

Lembremo-nos, então, do texto bíblico em Provérbios 22,6: “Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar.”.

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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 06/08/19, sob o título "Educar e ser educado".

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

INDISCIPLINA NAS ESCOLAS

Classe, Sala De Aula, Professora

Roberto Gameiro

É de fácil constatação que a indisciplina dos estudantes em muitas das escolas públicas começa nos ciclos iniciais e vai progressivamente aumentando  conforme se desenvolvem as séries da Educação Básica.


Isso se deve em grande parte à desagregação de famílias e a consequente falta de orientação em valores morais e éticos. Deve-se, também, à violência que grassa ao redor das vivências sociais de muitas dessas crianças e adolescentes que passam a ser verdadeiras vítimas do ambiente em que convivem. Claro que não se pode generalizar a questão, sob pena de sermos injustos com aquela parcela de alunos disciplinados e famílias bem constituídas, cooperadoras e participativas.



Essa violência é levada de diversas formas para dentro das escolas públicas, o que torna os professores reféns de um ambiente inóspito que causa angústia e desestímulo.

Mas acreditem; não são apenas as escolas públicas que estão sofrendo desses males. Com nuances um pouco diferentes nas causas e nas consequências, também as escolas particulares padecem nas mãos de certo número de estudantes irreverentes e famílias não participativas que “sabem” de seus direitos, mas ignoram seus deveres.

Telma Vinha, pedagoga e doutora em educação, escreve que  “independentemente de a família desempenhar seu papel, a escola necessita educar seus alunos para a vivência em uma sociedade democrática e contemporânea. Não pode ficar esperando mudanças nas famílias, receber alunos ideais ou que já tenham determinadas características para achar que, assim, terá êxito em sua tarefa. O desafio é dar conta do que acontece dentro do espaço de sua responsabilidade, no que se refere tanto à construção da moralidade, quanto à aquisição do conhecimento.”.  

Entretanto, é significativo o nível de tensão existente no dia a dia de diretores, coordenadores, orientadores e professores, fruto desse fenômeno que atualmente aparece em muitas das relações escolares envolvendo escolas, famílias e estudantes.

Isso tem levado um grande número de professores a abandonar o magistério para procurar outras áreas de atuação profissional, além de desestimular a escolha do magistério nas opções de graduação em nível superior.

A erradicação desses males terá de ser feita através de um esforço competente de toda a sociedade, a partir das posturas e ações dos cidadãos, especialmente dos pais e ou responsáveis, bem como das escolas.

Há que se valorizar aqueles pais que são verdadeiros parceiros das escolas e dos educadores que cuidam de seus filhos, dando-lhes o apoio e o reconhecimento que eles fazem por merecer no exercício dessa nobre profissão.


Há que se valorizar, também, aquelas escolas que já perceberam que sua atuação não se restringe à aquisição de conhecimentos por parte dos alunos, mas extrapola esse quesito, movimentando-se também nos aspectos educacionais da formação em valores morais e éticos para a capacitação de cidadãos conscientes e participativos.


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Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 29/01/19.

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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

VALORES PARA UMA VIDA CORRETAMENTE ÉTICA



Roberto Gameiro

Não sabendo que era impossível, foi lá e fez.

Essa frase, atribuída a Mark Twain (1) e, também, a Jean Cocteau (2), pode servir de introdução a este texto.

Claro que não podemos entender como absoluto o significado da afirmação, concluindo que nada é impossível, que tudo é possível; se assim fosse, correríamos o risco de encaminhar nossas crianças e jovens, às vezes, por caminhos perigosos e fatais.

Quero enfatizar, da frase, o que ela nos apresenta de incentivo às possibilidades que nos apresenta a vida e que, por vezes, por falta de ânimo, de crença em nós mesmos, de perseverança, de vontade forte, de princípios norteadores, de sentido de vida, deixamos de aproveitar.

Jung Mo Sung escreveu que “O ambiente social e cultural também está passando por profundas transformações. Os valores tradicionais ou modernos que vinham norteando a vida das pessoas e da própria sociedade estão sendo modificados ou até mesmo dissolvidos. Essa dissolução das referências culturais antes vistas como sólidas e as profundas transformações no campo econômico-social têm gerado, por exemplo, a banalização da violência, a exacerbação do consumismo e a busca, quase que obsessiva, do corpo e a beleza perfeitos.”. (Educar para reencantar a vida, 2007)

A história da humanidade está repleta de exemplos de homens e mulheres que, cada um à sua época e no seu contexto, fizeram a diferença – tanto para o bem como, infelizmente, para o mal.

As oportunidades podem surgir para todos e, tendo tido a pessoa uma boa formação, ela aproveitará e seguirá aquelas que, ao tempo em que contemplam seu projeto de vida, sejam corretamente éticas e agreguem valor social.

Estou falando de “gente do bem”. A nossa sociedade tem muitas pessoas do bem, com certeza em número muito maior do que as do mal. Felizmente. Há, portanto, esperança.

A formação das pessoas do bem se faz através de um processo de educação baseado em valores, na escola, na família, na igreja e na sociedade em geral.

Albert Einstein disse certa vez:  “Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele você conquistará o mundo.”.

Há que se orientar as crianças e os jovens para serem construtores de uma nova sociedade, mais solidária, mais justa, amorosa e sustentável; e fazê-lo sob as premissas do bom exemplo, do testemunho, da autenticidade e da vivência de valores.

Jovens autênticos, formados para o bem, serão cidadãos conscientes que contribuirão, com suas ações e posturas, para a melhoria da qualidade de vida de todos que com eles convivem.

Depende deles, depende de cada um de nós.

Um mundo novo não é impossível.

Vamos lá e façamos a nossa parte!

(1) Mark Twain – escritor e humorista norte-americano  (1835-1910) 

(2) Jean Cocteau – poetaromancista cineastadesignerdramaturgo e ator  francês  (1889-1963)

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Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 30/03/16, sob o título “Valores para a vida”.

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terça-feira, 23 de outubro de 2018

ADULTOS AUTÊNTICOS. JOVENS SEGUROS


Roberto Gameiro

Cabe perguntar qual é aquele “modelo” de adulto que satisfaz a procura do jovem.

O engenheiro testa a composição da argamassa a ser usada na construção para saber se ela trará a segurança prevista em normas e necessária para a resistência e solidez da obra. Em outras palavras, ele testa para saber se pode confiar nela, se ela tem as características de que ele necessita; se não as encontra, vai procurar outras opções, outras possibilidades.


Ainda que possa parecer um tanto esdrúxula a comparação, acredito que possamos cotejar essa postura do engenheiro com a das crianças e jovens nas suas relações com os adultos, sejam eles os próprios pais ou (especialmente) os seus educadores.

Os jovens, em processo de formação, buscam encontrar modelos nos adultos com quem convivem e, quase sempre inconscientemente, testam-nos para saber se podem confiar neles, se eles lhes trazem a segurança necessária para a sua formação. Se não encontram nesses, vão, invariavelmente, buscar essa segurança noutras opções, noutras possibilidades nem sempre recomendáveis, como temos visto frequentemente no dia a dia e pela imprensa.

Entretanto, cabe perguntar qual é aquele “modelo” de adulto que satisfaz a procura do jovem.

Será aquele que só diz “sim” e assim se contrapõe àquele que diz “não”?

Educar uma criança, um jovem, implica dizer “sim” ou “não”, dependendo da situação, das circunstâncias, dos princípios e valores que regulam as relações nas famílias e, inclusive, nas escolas.

Esse é um discernimento que é de difícil, ou impossível regulação, normatização. Na educação dos nossos filhos, dos nossos alunos, erramos algumas vezes, mas, ainda bem, acertamos mais do que erramos.

Nas famílias, esse discernimento fica, muitas vezes, comprometido quando os pais se separam. Nestas situações, dever-se-ia priorizar a boa formação da criança, do jovem, o que nem sempre acontece. Muitas vezes, o cônjuge de maior poder econômico financeiro só diz “sim”, deixando para o outro, geralmente o que tem a guarda, a incumbência de dizer os “nãos”; essa postura não tem contribuído para a boa formação dos meninos e das meninas. Felizmente, parece que essa não é a regra geral. Fica, entretanto, o convite para a reflexão.

Autenticidade; creio que essa é a palavra-chave que deve nortear as nossas posturas, as nossas ações como pais e como educadores nas relações com nossos filhos e nossos alunos; esse termo vem de “autêntico”, que significa: a que se pode dar fé, fidedigno, legalizado, verdadeiro, real, genuíno, legítimo.

Entendê-los, mas não pretender ser um deles. Compreendê-los para poder contribuir na sua formação, na construção da sua personalidade. Ser exemplo de justiça, de respeito, da verdade, de solidariedade e de amorosidade, levando-os para o bom caminho de uma religiosidade, de uma espiritualidade.

Para finalizar, lembremo-nos, sempre, das palavras do Papa Francisco: “Se nos comportarmos como filhos de Deus, sentindo-nos amados por Ele, a nossa vida será nova, cheia de serenidade e de alegria”.

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Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 28/04/16 sob o título “Jovens Seguros”.


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domingo, 19 de agosto de 2018

IDENTIDADES DA FAMÍLIA E DA ESCOLA

Família, Pai, Mãe, Criança, Menina, Casa

Roberto Gameiro

Toda empresa organizada, seja ela comercial, educacional, industrial, bancária ou de serviços, tem a sua identidade definida e explicitada para conhecimento dos seus públicos interno e externo. É através dela que a instituição garante a coesão de estratégias e procedimentos dos colaboradores para permanecer viável no mercado e se projeta para além dos seus muros nas diversas mídias para se fazer conhecer pelos atuais e futuros clientes, usuários e consumidores.


A identidade organizacional é explicitada através da missão, da visão de futuro, dos princípios e dos valores.

Uma instituição educacional faz uso dos mesmos instrumentos para se colocar como opção às famílias para atuar no processo de escolarização das crianças e dos adolescentes, e o faz através de diferentes mídias nos ambientes interno e externo.

A família também tem a sua identidade. Embora raramente explicitada por escrito, toda família tem a sua forma peculiar de ver o mundo, a sociedade e a cidadania, e, através de ideias e ideais, projeta o seu presente e o seu futuro, inclusive, por óbvio, o futuro desejado para os filhos.

A família tem princípios e valores que regem a forma como orienta o processo de educação dos filhos. Tem, também, normas e regras de convivência. E se apoia nesses atributos para escolher a escola que melhor a ajudará na educação e desenvolvimento dos filhos.

Quanto mais convergentes forem as identidades da família e da escola, maior será a possibilidade de êxito na parceria para a educação das crianças e adolescentes em valores morais e éticos e na aquisição das competências necessárias para enfrentar os desafios que a vida fatalmente lhes trará.

Família e escola devem ser parceiras. Para isso, idealmente, suas identidades devem ter pontos comuns. 

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terça-feira, 8 de maio de 2018

ESCOLA É MAIS DO QUE ISSO!

Teste, Testes, Formulário De Bolha

Atualizado em 15/06/21

Roberto Gameiro

Rubem Alves (1933-2014) escreveu certa vez: “É comum dizer-se que a função das escolas é preparar as crianças e os adolescentes para a vida. Como se a vida fosse algo que irá acontecer em algum ponto do futuro, depois da formatura. Mas a vida não acontece no futuro. Ela só acontece no aqui e no agora.”.



Certa vez, como diretor, recebi a visita de um possível futuro pai de aluno. Ele queria saber qual era a performance dos alunos da escola nos vestibulares e, especialmente, no ENEM.

Como percebi que o objetivo dele era bem restrito e delineado, respondi prontamente à pergunta, mostrando os últimos resultados da escola, que a situavam entre as mais bem classificadas da cidade. Ele ficou satisfeito e disse que matricularia o seu filho. Nada mais indagou.

Perguntei-lhe, então, para que série seria a matrícula, e ele respondeu: Maternal 1.

Situações como essa nos fazem perguntar quais são as expectativas dos pais em relação às escolas.

Cada família tem seus princípios e valores os quais norteiam a forma como vê o mundo e educa os filhos. A escolha da escola, portanto, deve ser orientada pelo casamento desses princípios e valores com os propostos pela escola.

Aprovação em vestibulares não constitui princípio, nem valor; quando muito, é um objetivo ou uma meta.

Enganam-se aqueles que medem a qualidade de uma escola pelos seus resultados no ENEM. Escola é muito mais do que isso.

No caso em questão, quinze anos letivos separam o “Maternal 1” do final da Educação Básica na qual, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), “competências gerais se inter-relacionam, se desdobram e se articulam na construção de conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na formação de valores”.

Conhecimentos, habilidades e valores constituem, portanto, o verdadeiro núcleo das competências a serem supridas pelas escolas na formação escolar dos estudantes; cada uma norteada pela sua missão, por seus princípios, por seus valores, e, no caso das confessionais, pelo Carisma. É um grande desafio!

Aprovações em vestibulares e ENEM são consequências naturais da aplicação da escola, do estudante e da família.

Que falta fazem as escolas e os professores na vida das crianças e dos adolescentes! A percepção dessa falta foi e está sendo sentida pelas famílias durante a pandemia do coronavírus que nos aflige neste momento histórico. É na falta que se valoriza o que não se tem, mesmo que temporariamente. 

Escola é caminhada. Escola é vida. Nela, pulsam corações, vibram mentes, transbordam emoções, constroem-se conhecimentos e saberes, numa travessia cheia de energias positivas, propositivas e prometedoras. 


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Artigo publicado em 08/05/2018 no jornal “O Popular” de Goiânia e atualizado no blogue em 15/06/21.

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