O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

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sábado, 16 de março de 2024

QUANDO DIZER "SIM" OU "NÃO" AOS FILHOS?


Roberto Gameiro


Às vezes, nós, pais e mães, ficamos pensando sobre como está o nosso relacionamento com os filhos. E nos perguntamos se estamos falando “nãos” demais para eles. Isso pode nos trazer uma espécie de sentimento de culpa por estarmos, talvez, tirando deles a liberdade que merecem ter.


Podemos, então, refletir a respeito do “merecer ter” e do “poder ter”.  

             

O Papa Francisco, há alguns anos, assim se referiu às inúmeras formas de injustiça e violência que acontecem no mundo: “Como é possível que perdure a prepotência do homem sobre o homem? Que a arrogância do mais forte continue a humilhar o mais fraco, relegando-o às margens mais esquálidas do nosso mundo? Até quando a maldade humana semeará violência e ódio na terra, causando vítimas inocentes? Como pode ser ‘tempo da plenitude’ quando, diante dos nossos olhos, multidões de homens, mulheres e crianças fogem da guerra, da fome, da perseguição, dispostos a arriscar a vida para que sejam respeitados os seus direitos fundamentais?”.


Há os que dizem que o mundo não está nem mais nem menos violento do que sempre foi; que a diferença é que hoje, com o avanço tecnológico dos diversos meios de comunicação, ficamos sabendo imediatamente de tudo o que acontece no bairro, na cidade, no estado e no mundo.


As próprias pessoas ditas “do bem” veem-se enredadas em intrigas através das redes sociais que, muitas vezes, não têm limites de urbanidade e respeito. Pior: repassam informações possivelmente inverídicas, sem tomar o cuidado de buscar evidências de que aquilo seja verdade.


Sob o meu olhar, nunca se teve tanta facilidade e multiplicidade de meios de comunicação; nunca se usou a comunicação tão mal.


Entretanto, como já escrevi num outro artigo, no mundo há mais gente do bem do que do mal. Há, portanto, esperança.


Aqui, já se torna possível voltar ao questionamento proposto no primeiro parágrafo acima: estamos falando muitos “nãos” aos nossos filhos?


Nós pais temos naturalmente uma postura de proteção em relação à nossa prole. Essa postura nos leva à preocupação constante com o bem-estar deles. Entretanto, as maternidades não entregam os bebês às mães com um “manual” sobre como educar. Ainda bem que não o fazem. Cada filho é um. Eu tenho três; todos são “gente do bem”; mas nenhum é igual ao outro.


Quanto a dizer “sim” ou “não”, julgo ser muito importante a harmonia do casal; até porque, as crianças e os jovens, espertos como geralmente são, sabem exatamente a quem pedir cada coisa; eles sabem quem vai dizer “sim” e quem vai dizer “não”, pai ou mãe, de acordo com o tema do pedido.


Numa época como esta, em que vivemos, é conveniente darmos para os nossos filhos não simplesmente aquilo que merecem ter, segundo o nosso ponto de vista, mas aquilo que eles podem ter segundo a realidade que nos cerca, preservando a segurança deles e evitando, por óbvio, o materialismo e o consumismo exagerados.


Tanto no “sim” como no “não”, convém dialogar com os filhos acerca dos porquês daquela posição assumida pelos pais; é a presença parental que, então, se torna significativa na vida deles.


E, nesse sentido, é conveniente que estejamos atentos à colocação de limites de comportamento e de desejos materiais, fazendo-os entender o porquê de certas coisas serem possíveis e outras não, de acordo com as nossas possibilidades financeiras e com os princípios e valores que norteiam a família. 


Façamos com que nossos filhos assumam uma forte autoestima. Dessa forma, talvez, eles se contentem e se valorizem pelo que são, e não pelo que têm; e passem, eles mesmos, a dizer “não” ao consumismo.

Publicado originalmente em 13/11/2018.

Atualizado em 14/03/2024.

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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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sábado, 9 de março de 2024

MENSAGEM - TRANSFORMANDO SONHOS EM REALIDADE


MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

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          TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
          TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

Cabe a nós, adultos, proporcionar às crianças condições favoráveis para que sejam crianças enquanto  ainda  são  crianças,  dando-lhes  oportunidades para brincar, e brincar   muito,  pois  as   brincadeiras  desenvolvem   nelas   a  capacidade  de  se relacionar   consigo  mesmas   e   com   os   outros,  contribuindo  para  que  deem conformidade  aos seus sonhos, aos seus projetos de vida. Mas não  são  apenas  as crianças  que têm  sonhos. Nós, adultos, também os temos.  E muitos!  Ainda bem! E nesta seara, há que  se  ponderar  que um sonho sem objetivo é apenas um sonho;  nada  mais.  Portanto  vá  atrás   dos  seus  sonhos de criança  e  de  adulto.  Só  você   pode  torná-los  realidade. Seja protagonista  dos  seus sonhos.  Não seja um simples coadjuvante dos sonhos dos outros.



























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sábado, 20 de janeiro de 2024

FILHOS - FALTA DE LIMITES


Roberto Gameiro


Era um domingo ensolarado. Estávamos em um restaurante. O casal, o marido à frente e a esposa atrás, saía em um silêncio que era absurdamente atropelado pelos gritos estridentes do filho, de uns  cinco  anos,  que, ao  lado  da  mãe,  batia  nela  e  bradava repetidamente: - Eu não quero, porr ...!


Quando tinha mais ou menos essa idade, eu gritei essa mesma interjeição. Em fração de segundo, levei um safanão da minha mãe, que me fez rodar feito um pião. Até hoje, idoso, não consigo pronunciá-la. E isso não fez com que diminuísse o amor que sempre senti pela minha mãe. Tempos diferentes.

 

Não.

 

Não estou incentivando que se bata nos filhos. Até porque, acertadamente, esse tipo de atitude agora é proibido por Lei no Brasil.

 

Entretanto, cenas grotescas como essa aqui narrada no primeiro parágrafo acontecem com lamentável constância em shoppings, restaurantes, clubes e congêneres.

 

São cenas que carregam intensas sensações de desconforto em quem as vive e em quem as presencia.


Há os que focam a atenção nos pais. Há os que focam na criança. 

 

Nessas situações, as pessoas veem os pais e a criança ora como culpados, ora como vítimas; assim como, na forma de pano de fundo, reina em muitos o sentimento de “atire a primeira pedra quem nunca ...”


Aos meus filhos, quando faziam algo de errado, bastava um olhar firme da mãe, que eles chamavam de “olhar 43”, para tudo voltar à normalidade.


De qualquer maneira, a obrigação de colocar limites comportamentais nas crianças, desde a mais tenra idade, é dos pais. Essa obrigação não pode ser transferida aos professores. Os pais educam; os professores ensinam e reforçam a educação que os alunos trazem de casa. 


Certo é que para colocar limites nos filhos, os pais precisam, antes de tudo, definir os seus próprios limites comportamentais através de um elenco de princípios e valores significativos que norteiem as suas posturas e ações e que sirvam de exemplos para a condução da educação da prole.


Como já escrevi num outro artigo, se os pais não colocarem limites nos filhos, quem vai fazer isso no futuro? A polícia?


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sábado, 16 de dezembro de 2023

ESPALHANDO POSITIVIDADE, FELICIDADE E ALEGRIA

 

Roberto Gameiro


O primeiro deu uma resposta “atravessada”, cheia de grosserias, para o amigo; este, sentindo-se ofendido, retrucou no mesmo baixo nível. O bate-boca terminou com o que parecia ser o fim de uma amizade de muitos anos. 


Passados alguns meses, o primeiro procurou o “amigo” e pediu-lhe desculpas pela forma como o tratou; disse que estava num dia ruim, com problemas pessoais e profissionais, e “descarregou” nele. Estava arrependido. 


O amigo, por sua vez, também se desculpou pela sua contrapartida, e que igualmente se arrependia da forma como agiu. A amizade voltou à normalidade. 


Você já teve, ou soube, de alguma situação assim?


É mais comum do que parece.


Mas, muitas vezes, o desfecho é definitivo e grandes amizades, que tinham tudo para prosperar, acabam, por motivo fútil ou desnecessário.


E, pasmem; acontece muito entre irmãos.


Entre dois, quando um não quer, não tem briga.


Entre dois, um deles precisa ter a iniciativa da reconciliação. 


Mas, o ideal é que não se chegue ao “bate-boca”.


Por mais próximo que o outro seja de nós, amigo ou parente, não conhecemos os desafios e dificuldades que ele está enfrentando no momento; por isso, eventualmente podemos encontrá-lo de mau humor e irritadiço. Nestes casos, não é aconselhável responder da mesma forma. Ao contrário, devemos assumir uma postura dialogal de simpatia e empatia. Talvez, seja disso que ele esteja precisando. 


Nos relacionamentos sociais, familiares e profissionais, a postura de bondade, positividade e alegria pode ser um divisor de águas que aplaca a irritabilidade e produz empatia e compreensão mútuas. 


Ofereça um sorriso acompanhado de um olhar compreensivo. Esse simples gesto pode ser significativo o bastante para provocar um clima ameno e aproximativo, que poderá desbancar a negatividade do outro, assim como a água morna desfaz um bloco de neve. 


Também nossos filhos e alunos passam por momentos difíceis, principalmente na adolescência, para enfrentar seus desafios na construção e amadurecimento das estruturas mentais. Por isso, a importância da presença significativa e constante dos adultos, especialmente dos pais, durante o processo de educação deles.


Dessa forma, seremos agentes de positividades, contribuindo para a construção de ambientes interativos que poderão impactar a vida daqueles com quem nos relacionamos. 


E como escreveu Mahatma Gandhi ...

“Mantenha seus pensamentos positivos, porque seus pensamentos tornam-se suas palavras. Mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-se suas atitudes. Mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se seus hábitos. Mantenha seus hábitos positivos, porque seus hábitos tornam-se seus valores. Mantenha seus valores positivos, porque seus valores ... tornam-se seu destino.”

É isso!

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sábado, 18 de novembro de 2023

ADULTOS AUTÊNTICOS, JOVENS SEGUROS

Roberto Gameiro


Cabe perguntar qual é aquele “modelo” de adulto que satisfaz a procura do jovem.

O engenheiro testa a composição da argamassa a ser usada na construção para saber se ela trará a segurança prevista em normas e necessária para a resistência e solidez da obra. Em outras palavras, ele testa para saber se pode confiar nela, se ela tem as características de que ele necessita; se não as encontra, vai procurar outras opções, outras possibilidades.



Ainda que possa parecer um tanto esdrúxula a comparação, acredito que possamos cotejar essa postura do engenheiro com a das crianças e jovens nas suas relações com os adultos, sejam eles os próprios pais ou (especialmente) os seus educadores.

Os jovens, em processo de formação, buscam encontrar modelos nos adultos com quem convivem e, quase sempre inconscientemente, testam-nos para saber se podem confiar neles, se eles lhes trazem a segurança necessária para a sua formação. Se não encontram nesses, vão, invariavelmente, buscar essa segurança noutras opções, noutras possibilidades nem sempre recomendáveis, como temos visto frequentemente no dia a dia e pela imprensa.

Entretanto, cabe perguntar qual é aquele “modelo” de adulto que satisfaz a procura do jovem.

Será aquele que só diz “sim” e assim se contrapõe àquele que diz “não”?

Educar uma criança, um jovem, implica dizer “sim” ou “não”, dependendo da situação, das circunstâncias, dos princípios e valores que regulam as relações nas famílias e, inclusive, nas escolas.

Esse é um discernimento que é de difícil, ou impossível regulação, normatização. Na educação dos nossos filhos, dos nossos alunos, erramos algumas vezes, mas, ainda bem, acertamos mais do que erramos.

Nas famílias, esse discernimento fica, muitas vezes, comprometido quando os pais se separam. Nestas situações, dever-se-ia priorizar a boa formação da criança, do jovem, o que nem sempre acontece. Muitas vezes, o cônjuge de maior poder econômico financeiro só diz “sim”, deixando para o outro, geralmente o que tem a guarda, a incumbência de dizer os “nãos”; essa postura não tem contribuído para a boa formação dos meninos e das meninas. Felizmente, parece que essa não é a regra geral. Fica, entretanto, o convite para a reflexão.

Autenticidade; creio que essa é a palavra-chave que deve nortear as nossas posturas, as nossas ações como pais e como educadores nas relações com nossos filhos e nossos alunos; esse termo vem de “autêntico”, que significa: a que se pode dar fé, fidedigno, legalizado, verdadeiro, real, genuíno, legítimo.

Entendê-los, mas não pretender ser um deles. Compreendê-los para poder contribuir na sua formação, na construção da sua personalidade. Ser exemplo de justiça, de respeito, da verdade, de solidariedade e de amorosidade, levando-os para o bom caminho de uma religiosidade, de uma espiritualidade.

Para finalizar, lembremo-nos, sempre, das palavras do Papa Francisco: “Se nos comportarmos como filhos de Deus, sentindo-nos amados por Ele, a nossa vida será nova, cheia de serenidade e de alegria”.

Publicado originalmente em 23/10/2018

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Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 28/04/16 sob o título “Jovens Seguros”.



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sábado, 11 de novembro de 2023

MÃE, DE ONDE EU VIM?

Perguntas

Roberto Gameiro

De vez em quando, ouvimos ou lemos pequenas estórias que parecem ou são efetivamente anedotas, mas que podem nos levar a reflexões profundas a respeito da forma como acompanhamos o dia a dia da educação e da formação dos filhos e alunos.


É o caso da criança que pergunta à mãe:

- Mãe, de onde eu vim?

A mãe, meio engasgada com a pergunta que lhe parece merecer uma resposta cuidadosa e bem pensada, discorre, durante uns 10 minutos, sobre aquelas abordagens-padrão: fala dos aparelhos reprodutores masculino e feminino, sobre a sementinha, sobre o feto, sobre o processo de gestação, tomando o especial cuidado de não falar na cegonha....

Após a explanação, pergunta à filha se ela entendeu.
 
E a filha responde: 

- Isso tudo eu já sabia; o que eu quero saber é o seguinte: o Paulinho veio do Pará; o Joãozinho, da Bahia; e eu, de onde eu vim?

Você já se perguntou quantas vezes nós pais e professores respondemos a perguntas que nunca foram feitas?

Naqueles momentos-chave em que temos de interceder, ou por iniciativa nossa, ou por clamor dos filhos e ou alunos, é bom sempre começar por uma pergunta; uma pergunta certeira cuja resposta nos traga ao mesmo tempo alguma informação pertinente, bem como pistas sobre como desenvolver o diálogo.

Entretanto, há pais e professores que entendem que precisam ter respostas imediatas para todas e quaisquer perguntas que lhes sejam feitas pelo filho ou pelo aluno. E, nessa saga, mais confundem do que ajudam. 

Lembro-me de um professor meu, de francês, que traduziu, no contexto da vida de Joana d'Arc, a palavra “bannière” como “banheira” e, pior, argumentou que, como heroína, ela tinha uma banheira especial para a sua higiene. E, pior ainda, nós, estudantes, acreditamos! A propósito, “bannière”, em francês, significa estandarte, ou bandeira; aí, sim, tudo a ver com Joana d'Arc. 


Você já se perguntou, também, quantas vezes perguntas não foram verbalizadas, mas estavam explícitas nos comportamentos dos filhos e ou alunos, e nós não aproveitamos a situação para fazer presença significativa na vida deles? 

Os filhos e os alunos nos mandam mensagens constantemente, nem sempre por meio de palavras. Muitas vezes, o olhar da criança ou do adolescente na direção dos nossos olhos é significativo o bastante para que percebamos que algo não vai bem, e que ele espera a nossa atenção, a nossa aproximação, o nosso contato, a nossa presença na vida dele ou dela. Esses são momentos preciosos e oportunos que fazem por merecer, da nossa parte, grande cuidado e afeto na abordagem, evitando expor o filho ou o aluno a situação que o possa constranger diante de outras pessoas.


A educação dos filhos e a formação dos alunos não seguem regras para cada situação. Cada situação é ímpar, mas poderá ser melhor equacionada se família e escola compartilharem princípios e valores saudáveis que sejam propagados com insistência e vividos em plenitude por todos os membros.

E não nos esqueçamos de que a pedagogia de Jesus é feita de perguntas e de diálogos.

Publicado originalmente em 29/05/2018



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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 29/05/18.


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quinta-feira, 12 de outubro de 2023

CUIDADO - CRIANÇA - CONTÉM SONHOS!


Roberto Gameiro


Mirko Badiale, filósofo italiano, escreveu certa vez: “Deve ser colocada uma placa em cada criança que diga:

          

        "Trate com cuidado. Contém sonhos. 


Nós, professores, somos seres privilegiados pois tratamos, diariamente, com os tesouros mais preciosos deste mundo: as crianças. 


Como é gratificante conviver com “serzinhos” tão especiais que chegaram num mundo que já existia e ao qual estão se abrindo, conhecendo, interagindo, sentindo-se parte e percebendo, ao longo dos anos, que podem (e devem) intervir nele para torná-lo melhor.  


O que dizer, então, dos pais que os geraram e têm a alegria, a emoção e a responsabilidade de os educar, formando-os para o bem e para valores morais e éticos saudáveis, dedicando-lhes um amor que é infinito, e por quem dariam a própria vida para garantir e preservar as deles.


Cada uma delas (as crianças) vai crescendo e, aos poucos e sempre, construindo um sentido para sua vida baseado nas suas vivências e nos ensinamentos vindos dos pais e da escola. 


Sentido de vida se constrói com base em sonhos. E as crianças os têm e muitos. Qual a criança que não tem uma resposta pronta para a pergunta “o que você quer ser quando crescer?”. A resposta pode ser uma num dia e outra bem diferente no dia seguinte, tal a vitalidade do que passa na mente e no coração de uma criança. 


Cabe a nós, adultos, proporcionar às crianças condições favoráveis para que sejam crianças enquanto ainda são crianças, dando-lhes oportunidades para brincar, e brincar muito, pois as brincadeiras desenvolvem nelas a capacidade de se relacionar consigo mesmas e com os outros, contribuindo para que deem conformidade aos seus sonhos, aos seus projetos de vida. 


A propósito, entre os “Direitos de aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil” propostos na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), está:

“Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.”


Mas não são apenas as crianças que têm sonhos. Nós, adultos, também os temos. E muitos! Ainda bem! E nesta seara, há que se ponderar que um sonho sem objetivo é apenas um sonho; nada mais. 


Augusto Cury escreveu:


“Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir!” (Você é insubstituível. Rio de Janeiro: Sextante, 2002)


Portanto, caro leitor, vá atrás dos seus sonhos de criança e de adulto. Só você pode torná-los realidade. Seja protagonista dos seus sonhos. Não seja um simples coadjuvante dos sonhos dos outros.

Assuma a placa que diz:

                      Contenho sonhos!


Publicado originalmente em 16/04/22


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sábado, 30 de setembro de 2023

A HUMANIDADE PRECISA ACABAR COM AS GUERRAS


Roberto Gameiro

Parte da Humanidade está doente.

Desde os irmãos Caim e Abel.

John Fitzgerald Kennedy, 35º Presidente americano, no seu discurso à Assembleia Geral da ONU, em 1961, disse:

“A humanidade tem de acabar com a guerra antes que a guerra acabe com a humanidade.”

Várias décadas nos separam desse momento histórico. Muitos já repetiram essa frase em circunstâncias de emoção, de tristeza, de tragédias, de genocídios e de esperança.

No entanto, as guerras estão aí espalhadas pelo mundo afora ceifando vidas, todas elas preciosas, desestruturando nações, instituições e famílias.

Causando traumas psicológicos, emigração de pessoas e danos patrimoniais. 

Rita Lee e Roberto de Carvalho compuseram, em 1980, uma musica que foi interpretada por Elis Regina, com o título "Alô, alô, Marciano".

Alô, alô, Marciano. Aqui quem fala é da Terra. Pra variar, estamos em guerra. Você não imagina a loucura. O ser humano tá na maior fissura ...

Escrita há 43 anos, essa letra cai como uma luva nos dias de hoje.


O drama da humanidade começou com uma pedra. Hoje, há o risco de uma guerra com armas nucleares, o que é deveras preocupante pois poderá provocar uma devastação em nível planetário.

Há, portanto, que se trabalhar incansavelmente para o desarmamento nuclear em todos os países. 

Eu sou um otimista por princípios. Procuro, sempre, encontrar o caminho da conciliação, do consenso, da paz.

Entretanto, na curadoria que desenvolvi para escrever este texto, encontrei mais expressões de desesperança realista do que de esperança pacificadora.

Uma delas, que me tocou demais, foi a que preconiza que se conseguirem encontrar vida em outros planetas, os Humanos destruirão todos.


Entretanto, ainda há esperança. 

Um novo mundo ainda é possível.

E começa pela Educação. Pela parceria positiva entre a família e a escola. A primeira, cuidando da educação para a moral, a ética e os bons costumes; a segunda, cuidando da formação das crianças e adolescentes, desde as mais tenras idades, para a aquisição de competências e habilidades que as levem a ser bons cidadãos, conscientes, partícipes e solidários. 

É a “Educação para a paz”, que se baseia nos valores de tolerância, compreensão e resolução pacífica dos conflitos, sejam eles familiares, sociais, profissionais, locais, regionais, nacionais ou globais. Deveria estar nos currículos escolares de todos os níveis de Ensino. 

Segundo a INEE (Rede Interinstitucional para a Educação em Situações de Emergência), a  educação para a paz é o processo de promoção de conhecimentos, competências, atitudes e valores necessários para criar mudanças no comportamento, que permitam às crianças, aos jovens e às pessoas adultas prevenir conflitos e violência, tanto explícitos como estruturais, resolver os conflitos de forma pacífica e criar as condições propícias à paz, seja a nível interpessoal, intergrupal, nacional ou internacional. (1)

As crianças e adolescentes de hoje serão os adultos que no futuro vão tomar as decisões que poderão evitar que a destruição advinda das guerras comprometa a nossa própria existência como humanidade.

Eu acredito! 

Ah! Em tempo - John F. Kennedy foi assassinado em 22 de novembro de 1963 em Dallas, Texas, EUA, aos 46 anos de idade.

Referência

(1) INEE, Rede Interinstitucional para a Educação em Situações de Emergência. Encontrado em https://inee.org/pt/eie-glossary/educacao-para-paz. Acessado em 27/09/2023.

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sábado, 12 de agosto de 2023

CUIDADOS NA COMUNICAÇÃO ESCOLA-FAMÍLIA-ESCOLA


Roberto Gameiro

Noutro dia, encontrei na Internet este diálogo cuja autoria desconheço.

Gabriela envia uma mensagem para o whatsApp de Rodrigo.

- Boa noite, Rodrigo. Preciso falar com você

A esposa lê a mensagem e responde: 

- Sou a esposa dele. Quero saber que história é essa de mandar boa noite para o meu marido. Quem você pensa que é?

Gabriela responde: 

- Sou a professora do filho de vocês. Na ficha escolar você colocou seu nome como a primeira pessoa a ser chamada quando necessário e por isso te mandei vários recados no caderno da criança, mas você nunca respondeu; que tal olhar o caderno do seu filho o tanto quanto olha o whatsApp do marido?

O “pano de fundo” do conteúdo desse diálogo não é raro de acontecer.

Entretanto, ele nos leva a uma reflexão acerca dos limites e cuidados que devemos ter no relacionamento escola/família/escola. 

Cada família tem seus acordos e critérios no que diz respeito à privacidade e comunicação que, muitas vezes, podem não ser compreendidos pelos outros. Há que se ter cuidado para não invadir a privacidade do casal. 

Por isso, a comunicação com a família deve ser aberta e não impulsiva e invasiva. 

Neste caso, o melhor seria responder apenas explicando para a mãe os motivos de você ter se comunicado com o marido sobre assunto vinculado ao filho deles, o que foi feito. Deve-se enfatizar que as comunicações da professora com a família são sempre relacionadas a temas escolares.

A última frase do diálogo, além de ser uma “tirada” sarcástica, pode ser conclusão precipitada pois o assunto pode eventualmente ter explicação plausível e, nesse caso, será ofensiva à mãe, o que, talvez, causará uma ruptura difícil de ser superada a curto prazo (mesmo que seja verdade).

Melhor teria sido sugerir à mãe que verificasse o caderno do filho com regularidade para contribuir positivamente com o aproveitamento escolar dele, e, assim, evitar mal-entendidos.

Há que se agir sempre com profissionalismo e com foco no bem-estar da criança, facilitando o seu aprendizado e a sua educação.

Sob o meu olhar, no diálogo objeto deste post, tanto a mãe quanto a professora foram precipitadas e perderam uma ótima oportunidade para estreitar os laços de parceria entre a escola e a família. 

Mas, quem não ...?

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sábado, 5 de agosto de 2023

A ESPONTANEIDADE INFANTIL


Roberto Gameiro

Augusto Cury, psiquiatra, professor e escritor brasileiro contemporâneo, escreveu: “É possível que, se não trabalharmos a inteligência das crianças, elas percam a ousadia, a criatividade e até a espontaneidade". 

A espontaneidade nas crianças é, sob o meu olhar, um dom que Deus deu a elas e que complementa a graça, a meiguice e a ingenuidade próprias daquelas faixas etárias, além de emoldurar nelas a criatividade e a ousadia. 

Acrescida do brilho no olhar e do “sorriso nos lábios”, ela, a espontaneidade, torna o convívio com a criança um agradável exercício de amorosidade e empatia.

Além disso, ela é contagiosa, pois nos leva a um estágio de temperança e crença na beleza que nos traz o Criador ao colocar nas nossas vidas seres tão especiais.


Elas pensam, falam e agem sem filtros, baseadas em seus impulsos naturais, não se prendendo a convenções sociais e, geralmente, surpreendendo os adultos.

Dependendo da educação que recebem dos pais ou responsáveis, a espontaneidade pode ser diferente de criança para criança. Conforme vão crescendo e se desenvolvendo na sociedade em que vivem, passam a assumir comportamentos mais adequados, conseguindo, então, controlar suas reações de forma mais consciente. 

Entretanto...

Sempre há um “entretanto”, não é mesmo?

As crianças não têm todas as estruturas do cérebro suficientemente amadurecidas e, como uma das consequências, ainda não têm o bom senso do discernimento entre o que é certo e o que é errado totalmente “instalado” na sua cognição e nas suas emoções. 

E, devido a isso, a espontaneidade pode, às vezes, soar como desrespeito ou indelicadeza.

Aí, entra a importância do acompanhamento dos adultos, seus pais ou responsáveis, para ir trabalhando as atitudes das crianças, sempre com muito cuidado, respeito e sutileza, evitando fazê-lo na presença de terceiros.

Portanto, cuidemos; porque ao tempo em que a espontaneidade pode ser motivo de muita alegria, pode, também, ser causa de descontentamentos. 

Crianças que não têm o privilégio dessa atenção dos adultos e, por isso, não têm controle sobre a própria espontaneidade, podem se tornar adultos impulsivos, chatos, enxeridos, intrometidos e desagradáveis nos convívios social, profissional e familiar. 

Você conhece alguma figura assim?

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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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