O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

MENSAGEM: A BNCC E A QUALIDADE DAS APRENDIZAGENS

MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
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domingo, 3 de novembro de 2019

TEORIA VERSUS PRÁTICA DOCENTE: O XIS DA QUESTÃO

Academia, Acadêmico, Conselho, Negócios
Roberto Gameiro

Este artigo faz uma breve análise das dificuldades que os professores recém-formados têm para iniciar-se na profissão. 

Começo com uma pergunta: o que é mais importante: a teoria ou a prática?

Já se disse que “na prática, a teoria é outra”; prefiro a máxima que diz que “na prática, nada melhor do que uma boa teoria”. 

Paulo Freire fala em “práxis”; que pode ser entendida como uma relação direta entre teoria e prática, ou seja, o sujeito aplica a teoria na prática e esta o leva à reflexão que o remete de volta à teoria que é realimentada pela prática e se torna uma nova teoria, num ciclo virtuoso saudável que constrói novos conhecimentos que, ao serem comunicados, se tornam saberes. Acrescenta que o refletir por refletir ainda não é práxis pois a teoria em si não leva automaticamente à prática. Por outro lado, o fazer pelo fazer é simples pragmatismo. 

Quem conhece a teoria tem condições de saber como agir em situações novas não previstas e ainda não vividas na sua prática. Por outro lado, quem só conhece a prática, sem consubstanciá-la com a pesquisa, fica limitado em suas ações. 

No seu livro “Pedagogia da Autonomia”, de 1996, Paulo Freire escreveu: “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino [...] Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.”

Levando esta reflexão para a prática docente, por que será que as boas escolas exigem que os seus novos professores tenham, entre outras competências, geralmente, experiência de dois ou três anos na docência? Eles não foram formados nos cursos superiores de licenciatura e Pedagogia para serem professores?

Claro que há que se levar em conta que os recém-formados, em qualquer profissão, têm certa insegurança ao iniciar o exercício profissional. 

Mas por que em algumas outras áreas as empresas vão buscar os novos profissionais  diretamente nas  universidades, entre os formandos, e estes já saem com empregos garantidos?

Os professores e os pedagogos recém-formados geralmente saem da universidade com muita teoria na cabeça mas pouca, ou, às vezes, nenhuma prática, salvo raras e honrosas exceções. 

Os cursos de Pedagogia e de Licenciaturas têm a obrigatoriedade do “estágio” como forma de levar o futuro professor ao contato com a prática de sala de aula. Sabemos, porém, das dificuldades para o encontro de oportunidades de estágio, e estágio sério...

Quando começam a lecionar, muitos fazem uso de saberes decorrentes de suas vivências anteriores à formação superior e ao exercício da docência, como, por exemplo, quando davam aulas particulares ou ajudavam os colegas ou, ainda, como fruto da observação de seus professores do Ensino Fundamental e do Médio...

Aí está o xis da questão, não o único: levar a práxis docente para dentro dos currículos dos cursos de pedagogia e licenciaturas, aproximando as teorias estudadas de suas práticas decorrentes para dar mais segurança aos futuros profissionais.

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Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 17/11/18 sob o título “Teoria x prática docente”.

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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.

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domingo, 13 de outubro de 2019

TRAGO TUDO COMIGO


Livros Prateleira Biblioteca Estante De Li

Roberto Gameiro

A escola em que cursei o que hoje corresponde à segunda fase do Ensino Fundamental tinha como lema a frase latina “omnia mecum porto”. Embora tivéssemos no currículo a disciplina “Latim”, poucos de nós tínhamos a real percepção da profundidade semântica dessa frase; mas usávamos com orgulho o uniforme com a frase bordada nas costas!


Omnia mecum porto” significa “trago tudo comigo”. Conta-se que quando Priene, na Grécia antiga, estava cercada pelos Persas, todos se preocupavam em fugir levando bens, joias, ouro e prata, à exceção de Bias, um dos sete sábios da Grécia, que fugiu levando apenas seus livros e seus conhecimentos. Perguntado, ele respondeu: “Omnia mecum porto”, ou seja, o conhecimento e o saber são os bens que realmente têm valor para o ser humano.

Longe de mim querer dizer que é “pecado” ter bens, joias, ouro e prata. O que quero ressaltar da frase em questão é a importância que têm o conhecimento e o saber nas nossas vidas, bem como a percepção de segurança e liberdade que nos trazem para enfrentar os desafios cotidianos.

Conhecimento e saber são constituintes de um concerto humanístico que pode trazer, além de felicidade, a conquista de bens materiais. 

Por oportuno, vale recordar a diferença entre conhecimento e saber. O conhecimento é uma pertença do indivíduo, construído no seu cérebro através da inserção das informações que recebe no dia a dia. Quando você se dispõe a comunicar um conhecimento, ele volta à condição de informação e toma a forma de saber. 

Entretanto, cuidemos, porque conhecimento e saber podem ser usados para o bem, assim como para o mal.

Descartes (1596-1650) escreveu no seu “Discurso sobre o Método”: “Não é suficiente ter a mente sã: o essencial é bem aplicá-la. As maiores almas estão capacitadas aos maiores vícios como às maiores virtudes. Os que caminham muito vagarosamente podem se adiantar muito mais, se prosseguirem sempre em seu caminho reto, do que os que correm e se afastam desse roteiro.”.

Haja vista a situação de certos governantes, políticos e empresários envolvidos em processos de corrupção. Muitos usaram seus conhecimentos e seus saberes para o mal, acumulando ilegalmente imensas fortunas e bens dos quais não terão condições de usufruir nem que vivam vários séculos; para estes, dizer “omnia mecum porto” significaria o aporte de muitos contêineres com peso proporcional ao peso na consciência de cada um deles.

Lembremo-nos sempre do que disse Platão: “A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento.”.

Obs.: Na passagem do tradutor para o inglês, “conhecimento” e “saber” têm a mesma tradução: knowledge.


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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 10/04/18. Atualizado em 13/10/19.


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domingo, 6 de outubro de 2019

CONHECIMENTO E SABER



Crânio, Cabeça, Humano, Masculino, Homem

Roberto Gameiro

Diversos são os olhares que se pode ter a respeito do que se entende por “conhecimento” e do que se entende por “saber”.  

Bernard Charlot(1), reportando--se a Monteil(2), afirma que o conhecimento é o resultado de uma experiência pessoal ligada   à   atividade de um sujeito provido de qualidades afetivo-cognitivas; como tal, é intransmissível, está sob a primazia da subjetividade; mas é uma informação de que o sujeito se apropria; afirma, também, que desse ponto de vista é também conhecimento, porém desvinculado do invólucro dogmático no qual a subjetividade tende a instalá-lo. E completa que o saber é produzido pelo sujeito confrontado a outros sujeitos, é construído em quadros metodológicos, e pode, portanto, entrar na ordem do objeto tornando-se, então, um produto comunicável, uma informação disponível para outrem. 

Sob o meu olhar, então, a mesma informação transmitida para dois sujeitos propiciará a construção de conhecimentos com características diferentes em cada um deles, na medida em que a construção de um novo conhecimento depende da interação que a nova informação terá com os conhecimentos prévios já existentes na memória de cada um deles. Por isso, o conhecimento é uma pertença do sujeito, algo inédito, ímpar nas suas particularidades. Quando, através da linguagem, você se propõe a “transmitir” um conhecimento, nesse momento ele volta à condição de informação e toma a forma de “saber”.  

Assim, poderíamos considerar, como forma de provocar reflexão e debate, que “conhecimento” está para o subjetivo, o individual, o psicológico, a moral, o não transmissível, enquanto “saber” está, na mesma ordem, para o objetivo, o coletivo, o sociológico, a ética e o transmissível. 

Conhecer as características de cérebro, mente, tipos de memória, informação, dados, conhecimento e saber é habilidade necessária para todos os que se pretendem pesquisadores, como forma de enriquecer seus fundamentos teóricos para desenvolver uma práxis adequada ao nosso tempo.

Paulo Freire escreveu no seu “Pedagogia da Autonomia” que não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino e que esses quefazeres se encontram um no corpo do outro. E, ainda, que “enquanto ensino continuo buscando, reprocurando, que ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago, e pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade”.

Há os que dizem que “na prática a teoria é outra”. Eu prefiro a máxima de que “na prática, nada melhor do que uma boa teoria”. 

Recordando Platão: “a coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento”. 

Referências 

1 - Charlot, Bernard. Da Relação com o Saber: elementos para uma teoria.    Trad. Bruno Magne, Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. 

2 - Monteil, Jean-Marc. Dynamique sociale et systèmes de formation, Paris, Éditions Universitaires, 1985.

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Publicado originalmente em 01/01/18.

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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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domingo, 22 de setembro de 2019

A COMUNICAÇÃO SIGNIFICATIVA

Isso é muito importante

Roberto Gameiro

A curiosidade é própria das crianças; a moderna pedagogia dissemina teorias e práticas que procuram explorar essa característica em prol de uma aprendizagem que seja significativa. 


Por aprendizagem significativa podemos nos referir àquelas informações que são adicionadas aos conhecimentos prévios que o indivíduo já possui e que, consequentemente, constituirão novos conhecimentos, agregarão valor à sua cognição e acrescentarão sentido à sua práxis.

Quanto aos jovens, é forçoso reconhecer que nem sempre a curiosidade destes é acompanhada pela curiosidade significativa de pais e professores em relação a eles.

Por curiosidade significativa em relação aos jovens, designo o interesse pelo que realmente acontece no dia a dia com eles; e não me refiro ao costume de perguntar “como foi na escola hoje?”, que geralmente se contenta com a resposta: “foi tudo bem”. Refiro-me a algo mais profundo, a um diálogo participativo, interativo, olho no olho. Isso requer constância, confiança recíproca, ou seja, uma presença significativa.

“Aprendizagem”, “curiosidade” e “presença” são significantes que carecem de profundidade quando não vêm acompanhados do adjetivo “significativo”. Esse adjetivo qualifica cada um dos substantivos citados.

Esse termo “significativo” acrescenta clareza, relevância, importância, expressividade e valor a qualquer substantivo que usemos no nosso dia a dia relativo a convivência e relacionamento.

Experimente fazê-lo com palavras tão comuns na nossa linguagem coloquial, como, por exemplo: conversa, olhar, abraço, cumprimento e tantas outras.

Claro que não vamos passar a juntá-lo obrigatoriamente a essas palavras em todos os nossos textos e às nossas falas, o que constituiria algo enfadonho e chato.

Trata-se, na realidade, de uma construção muitas vezes apenas mental, não necessariamente escrita, mas que fundamenta propósitos e posturas e qualifica positivamente as nossas ações e decisões, acrescentando sinceridade, força, relevância, foco e intenção na nossa comunicação.

Experimente!

Publicado originalmente em 24/01/18 sob o título "O que é significativo?".

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domingo, 15 de setembro de 2019

BNCC - EDUCAÇÃO INFANTIL - Artigo em áudio no YouTube

Desenhos Animados, Escola, Estrada

Publicado em texto em 30/10/18 - atualizado no texto em 29/08/19. Atenção: a Convenção Sobre os Direitos da Criança do UNICEF completa 30 anos em novembro de 2019. 
Artigo de Roberto Gameiro: “BNCC –          EDUCAÇÃO INFANTIL – em áudio no YouTube”: clique neste texto



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domingo, 8 de setembro de 2019

AS CRIANÇAS NO WHATSAPP



Whatsapp, Iphone, Homescreen, Ios

Roberto Gameiro

Era uma época em que a busca por inovações tecnológicas didático-pedagógicas para aperfeiçoar o trabalho docente e melhorar o aprendizado dos estudantes enchia de ânimo os professores na escola que eu dirigia.


O instrumento WhatsApp ganhava corpo e começava a ajudar na comunicação da escola e dos professores com os alunos, o que ocorreria mais tarde no relacionamento com as famílias. Nesse afã, uma professora do sexto ano, entusiasta da tecnologia educacional, passou a usar o aplicativo para desenvolver atividades e comunicar-se com os seus alunos.

Crianças e professora estavam entusiasmadas com o uso do aplicativo que facilitava a comunicação entre elas e auxiliava muito no aprendizado com as respostas da professora às dúvidas dos alunos. 

Tudo parecia indo bem, quando chegou uma observação crítica de um pai de aluno à professora: “Como Podem fazer uso do WhatsApp crianças que têm entre 11 e 12 anos de idade, se a idade mínima para inscrição no aplicativo, no Brasil, é de 13 anos?”

Muitas vezes, ao receber uma crítica, as pessoas têm tendência a uma primeira reação negativa em relação ao autor da observação. A história da humanidade está cheia de situações em que se culpabiliza o mensageiro quando a notícia trazida não agrada ao destinatário. Nesse caso, não foi muito diferente, principalmente por parte das crianças.

Entretanto, quando o caso chegou à diretoria e se fez a análise da informação do pai, concluiu-se, e não podia ser diferente, que ele tinha total razão no questionamento. Ninguém na escola tinha percebido essa incoerência, inclusive eu.

Trago essa narrativa para considerar o quanto os pais estão fechando os olhos para essa situação. Todos sabemos que crianças brasileiras com menos de 13 anos de idade estão usando o WhatsApp (na Europa, a idade mínima é de 16 anos). Isso significa que por trás de cada uma dessas situações há uma mentira; ou seja, essas crianças mentiram a idade ao se inscrever no aplicativo.

Os pais podem até não saber dessa limitação (embora muitos sejam coniventes), mas a escola não pode concordar com a mentira (nem aqueles pais deveriam).

Claro que, no caso narrado, o uso do instrumento foi imediatamente abandonado e a instituição tratou de criar um aplicativo próprio que substituiu, com vantagens, o que se pretendia pedagogicamente. E o pai em questão recebeu o agradecimento da administração da escola e da professora pela colaboração. 

Pode ser até que você ignore que está cometendo um deslize e descumprindo normas, regras e leis por desconhecimento delas; até que descubra ou seja informado  do equívoco; a partir daí, não há desculpa possível.

“Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”; esse é o texto do artigo 3º do Decreto-Lei nº 4.657 de 04/09/1942, “Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro” ainda vigente. Isso, obviamente, vale também para o cumprimento de artigos, cláusulas, alíneas, incisos ou itens de qualquer tipo de contratação pública ou privada. (https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-4657-4-setembro-1942-414605-publicacaooriginal-68798-pe.html)

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Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 03/09/19.


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domingo, 4 de agosto de 2019

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR - CURRÍCULO POR COMPETÊNCIAS - Artigo em áudio no YouTube


Inovação, Acho Que, Novo, Idéia

Publicado em texto em 14/10/18

Artigo de Roberto Gameiro: “BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR – CURRÍCULO POR COMPETÊNCIAS” em áudio no YouTube: clique neste texto


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domingo, 28 de julho de 2019

COMMODITIES – PRODUTOS, ATLETAS E (...) CIENTISTAS?


Mapa, Voo, Férias, Bagagem, Visto

Roberto Gameiro 

Commodities são produtos de origem primária, de qualidade e características uniformes, que não são diferenciados de acordo com quem os produziu. São produtos no seu estado natural, ainda isentos de processamento industrial, ou seja, que não foram modificados, mas têm alto potencial para a modificação, aperfeiçoamento e produção industrial e de alta tecnologia. Sete commodities (soja, óleos de petróleo, minério de ferro, carnes, celulose, açúcar e café) constituem 50% das exportações brasileiras. O Brasil é, portanto, um grande exportador de commodities nas áreas agrícola, mineral e ambiental.

Na área dos esportes, acontece atualmente um fenômeno parecido. O País, que foi um celeiro de grandes craques do futebol, reconhecidos como protagonistas em seus clubes e seleções, de um tempo para cá, tornou-se um exportador de atletas recém-formados e ainda carentes de aperfeiçoamento, mas com muito potencial para tal. Por mais esdrúxula que possa parecer a comparação, pode-se dizer que esses atletas são verdadeiros commodities. E isso não acontece apenas no futebol; vejam os casos de bons atletas de diversas modalidades que optam por ser treinados no exterior.

E o que dizer da área científica? Quantos talentos, quantos projetos substancialmente importantes para a pesquisa e o conhecimento científico estão morrendo no nascedouro por falta de uma Política de Estado ampla, perene, consistente e bem planejada de financiamento? Não é de hoje que o Brasil tem exportado “diamantes brutos” nessa área, que optam por procurar reconhecimento e apoio no exterior (e muitos conseguem) para desenvolver seus planos e projetos de pesquisa na área das ciências, inclusive publicando-os em revistas especializadas e creditadas. Há, entretanto, uma boa notícia: revista de renome nacional publicou reportagem em março deste ano na qual informa: “Em sua quinta edição, lançada no fim do ano, a lista Highly Cited Researches (pesquisadores altamente citados) destaca 6.078 pesquisadores, em um universo estimado de 9 milhões de cientistas espalhados pelo mundo. (...) Atuam no Brasil 12 dos autores mais citados do mundo. São 11 brasileiros e uma portuguesa (casada com um brasileiro – a observação é minha). Trata-se de uma parcela ínfima do cenário mundial, o equivalente a 0,19%. Ainda assim, em anos anteriores, o elenco nacional era menor. Eram 3 ou 4 nomes. (...) De qualquer forma, o país ocupa a 32ª posição entre 60 nações.”. (acessado em 07/07/2019 em https//valor.com.br/cultura/6186949/brasil-sobe-no-ranking-mundial-da-ciencia).

Espera-se que tenhamos mais boas notícias nos diversos segmentos da sociedade ao longo dos próximos anos e que possamos, de forma sistêmica e organizada, mudar os desígnios do nosso país varonil, para aproveitarmos melhor as nossas possibilidades, as nossas potencialidades.

E isso se fará com fortes investimentos na Educação, especialmente na Educação Básica, que constitui, como o próprio nome diz, a base para a continuidade de uma boa formação nos níveis superiores de graduação e pós-graduação, de investigação, de extensão e de domínio e cultivo do saber.

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Artigo editado e publicado no jornal "O Popular"  de Goiânia em 13/07/19 sob o título "Ciência e commodities".


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domingo, 14 de julho de 2019

INFORMAÇÃO VERSUS SABEDORIA



Roberto Gameiro

Muitas informações, muitos dados, poucos conhecimentos, saberes escassos, pouquíssima sabedoria.

Assim é o momento histórico que vivemos. Há os que dizem que vivemos a época do conhecimento. Ledo engano. Vivemos, isso sim, a época da informação.

Isso porque para se afirmar que vivemos uma época disto ou daquilo, é preciso que a maioria da população esteja vivendo as causas e consequências daquela pertinência. 

Não é o que acontece no nosso país.

Há muitas informações, verdadeiras e falsas, circulando no mundo virtual e à disposição de quem acessar.

No entanto, para transformar uma informação em conhecimento, o sujeito tem de compreendê-la, analisá-la, interpretá-la; pelo menos.

Aí está o busílis; o nosso sistema educacional não está conseguindo levar os jovens a adquirir essas mínimas competências, como demonstram os resultados de provas nacionais como o IDEB (Índice de desenvolvimento da Educação Básica) e internacionais como o PISA (Programa internacional de Avaliação de alunos).

Portanto, não há que se dizer que vivemos uma época do conhecimento. Pelo menos, para a maioria da população brasileira.

Um conhecimento, quando comunicado, se torna um saber. 

A construção de novos conhecimentos tem sido privilégio de um pequeno percentual de cidadãos, que têm e tiveram acesso a um processo educacional e de aprendizado, na família e na escola, que os tornaram aptos a compor o concerto daqueles que representam e alimentam a sabedoria do povo brasileiro. É um grupo de homens e mulheres de todas as classes sociais que honram e dignificam a nossa cidadania com suas contribuições nos diversos segmentos da vida nacional.

Entretanto, é pouco.

Os países que conseguiram vencer essas barreiras privilegiaram o sistema educacional amplo como base e sustentáculo para o desenvolvimento sustentável e perene. Vejam os exemplos da Finlândia e do próprio Japão. 

Sabemos muito bem, de há muito, onde estão as nossas fragilidades. Falta o enfrentamento desses desafios.

Vamos juntos preparar os jovens para que sejam capazes de transformar informações e dados em conhecimentos, saberes e, consequentemente, em sabedoria!

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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 15/06/19.

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