O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

terça-feira, 27 de março de 2018

O DESEJO DE TER OU SER






Roberto Gameiro

Certa vez, ouvi esta frase, da qual não consegui identificar a autoria: “o homem vive a desejar o que não tem, a fazer mau uso do que tem, e a lamentar o que já não tem”.

“Desejar”, “fazer mau uso” e “lamentar” podem perfeitamente caber numa análise consumista, caracterizada mais pelo “ter” e menos pelo “ser”.

No entanto, basta aprofundar um pouco a reflexão para encontrarmos essa “verdade” também nas posturas subjetivas do indivíduo humano; “desejo ser o que ainda não sou, desperdiço o que sou, e lamento não ser mais o que já fui”.

Claro que, mesmo estando nos campos do “ter” e do “ser”, nem sempre essas posturas podem ser consideradas negativas ou nefastas. O desejo de ter ou de ser o que ainda não se tem ou se é pode vir a ser combustível positivo para a busca da superação pessoal e da perseverança, desde que baseado em princípios e valores saudáveis.

Entretanto, vejam, a título de exemplo, os casos de muitos homens e mulheres públicos brasileiros que estão enxovalhados pela adesão a processos de corrupção. Acredito que muitos deles, quando entraram para a vida pública, tinham boas intenções e propósitos. Estando no exercício dos mandatos, porém, foram contaminados pelas “pressões”, “facilidades” e “demandas”, historicamente próprias desses locais, e deixaram-se perverter, certos da impunidade, que, aliás, ainda grassa no nosso país, apesar de operações como “Mensalão”, “Petrolão” e “Lava jato”. Será que eles se arrependem de não ser mais o que já foram, ou seja, “gente do bem”?

Se houver aqueles que se arrependem, não nos iludamos, porém, que todos se arrependam, pois há os maus-caracteres que não têm “conserto”.


Sigamos os exemplos daqueles que fazem bom uso do que têm ou são e nada têm a lamentar por já não ter ou ser.

Artigo publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 27/03/18.

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terça-feira, 6 de março de 2018

FAROESTE DOCENTE

Tiro de Light'N

Publicado em 06/03/18
Roberto Gameiro

Mas, o que é isso? Em que mundo estamos?

Do jeito que as coisas vão, em breve os currículos das licenciaturas deverão ser “enriquecidos” com disciplinas como “Tiro ao Alvo” e “Uso, manutenção e limpeza de armas de fogo”, entre outras. Na mesma onda, ao concluírem o curso, os licenciados provavelmente farão jus a, além do anel de formatura, um cinturão com uma grande fivela, uma cartucheira e um ”trintoitão”, ou uma automática, para usar por baixo do jaleco (ou por cima). 

“O que dá pra rir dá pra chorar...” já dizia a música de Billy Blanco (1924/2011). 

Essa ideia de os professores portarem armas para se defender e defender os alunos de atiradores solitários está, por enquanto, neste mês de março de 2018, apenas na cabeça do presidente americano e dos cartéis dos fabricantes de armas que o apoiam (e o elegeram). 

Entretanto, se isso vingar por lá, podemos esperar que, consequentemente, algum grupo de “iluminados” daqui também defenderá a ideia para ser implantada no nosso país varonil. E, provavelmente, alegarão que “se lá foi necessário, aqui, mais ainda”. 

Há uma máxima na Medicina que diz: “suprima a causa que o efeito cessa”. 

Tanto lá como cá, a violência que atinge as escolas tem causas já muito bem diagnosticadas, mas, por motivos e pesos diferentes, essas causas são de difícil supressão, pelo menos, a curto prazo. 

Os nossos professores têm sido vítimas de governos incompetentes em todos os níveis que não honraram o mandato que o povo lhes outorgou, e de uma geração de pais em que muitos delegam para a escola atribuições que constitucionalmente a eles pertencem. 

Está mais do que na hora de se prestigiar os professores, dando-lhes o valor e o apoio que fazem por merecer, assim como fizeram países vencedores como o Japão, onde dizem que o Imperador só se curva diante de um professor.

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Artigo publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 06/03/2018.

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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

PRECISA-SE DE PROFESSORES!

Quadro Negro, Quadro De Giz, Conselho

Roberto Gameiro

O Brasil precisa de professores; precisa urgentemente de mais bons professores; precisa manter os professores atuais; precisa resgatar o respeito e a dignidade dos professores; precisa melhorar a remuneração dos professores, especialmente nas redes públicas estaduais e municipais.

O país está perdendo bons professores, alguns dos quais preferem outras opções de trabalho, no Uber por exemplo, a ter de enfrentar a baixa remuneração, a falta de condições de trabalho e a violência intramuros.

O “Censo da Educação Superior”, divulgado em agosto de 2017 pelo Instituto Nacional de Estudos e Estatísticas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), traz informações relevantes que corroboram estes alertas e provocam a necessidade de ações urgentes para resolvê-los a curto e médio prazos.

O “Censo” faz uma análise diacrônica 2006/2016. Revela, por exemplo, que no país, nesse período, o número de cursos presenciais de licenciatura aumentou apenas 4% (de 6.436 para 6.693); informa, também, que o número de matriculados em licenciaturas presenciais aumentou de 873.774 alunos para 880.167 – menos de 1%); que do total de matriculados em licenciaturas, 44,4% estão no curso de Pedagogia, o que denota a falta de interesse pelo magistério do sexto ano em diante.

Nesse lapso de tempo que vai de 2006 a 2016, segundo o IBGE , a população do Brasil aumentou em cerca de 18 milhões de pessoas. Observa-se, entretanto, uma estagnação no número de matriculados em cursos de licenciatura presenciais, o que significa proporcionalmente menos professores para suprir as demandas. (https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/)

Os futuros profissionais fogem das licenciaturas e preferem outros tipos de graduação, os “bacharelados” por exemplo, cujas matrículas aumentaram, no período considerado, de 3.172.620 para 5.549.736 (75%).  

A crise já está instalada. Faltam professores nas redes públicas, os estudantes estão sem aulas de determinadas disciplinas e não sabem se os seus professores ainda estarão com eles amanhã.

Pessimismo? Não!

Realismo? Sim!

Socorro!
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Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 20/02/2018.


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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O FUTURO DO EMPREGO



É de Platão (428-347 aC), filósofo do período clássico da Grécia Antiga, a frase: “Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida”.

Essa mensagem ilustra bem o que o mundo e, especialmente o Brasil, passa neste momento histórico.

Um jornal paulista de grande circulação publicou, recentemente, uma reportagem sobre as transformações no mercado de trabalho, com dados provenientes, entre outros, do Fórum Econômico Mundial e da Consultoria McKinsey, em relação ao uso da automação.

No Brasil, segundo o diário, quase 16 milhões de pessoas serão afetadas, até 2030, na medida em que suas funções serão desempenhadas por robôs.

Outras vagas serão criadas, mas, com certeza, exigirão competências mais apuradas.

Os dados são alarmantes e já nos fazem antever uma grande crise que está por vir e que afetará significativamente o mercado, especialmente aqueles indivíduos com baixa escolarização e que, consequentemente, exercem funções mais simples, menos qualificadas.

O nosso país tem hoje cerca de 12 milhões de analfabetos (15 anos de idade ou mais) e um número parecido de desempregados e já vive uma grande crise envolvendo esses grupos.

Há que se alfabetizar essas pessoas, incluída aí a alfabetização digital, e treiná-las para exercer funções mais qualificadas. E isso inclui os mais velhos (acima de 60 anos), que constituem metade dos analfabetos, devido ao aumento da longevidade.

Entretanto, corremos contra o tempo e os nossos governos não têm sido competentes o suficiente para se antecipar às crises.

Vamos esperar que uma nova crise se instale para aí então descobrir o que é importante para todo esse contingente?

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Artigo publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 30/01/2018.


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domingo, 7 de janeiro de 2018

ANALFABETISMO NO BRASIL

字母表 3D
Roberto Gameiro

Você já imaginou se quase toda a população da cidade de São Paulo fosse constituída de analfabetos?

Segundo o IBGE, a população estimada de São Paulo, em 2017, era de 12.106.920 pessoas. E segundo o mesmo IBGE, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-2016), divulgada no dia 21/12/17, o número de analfabetos (15 anos de idade ou mais) no Brasil era de 11.800.000 pessoas, ou 7,2% do contingente (no Pnad-2014, eram 13.200.000).

A comparação que faço pode parecer esquisita, mas o número, embora não seja novidade, assusta, pois a quantidade de analfabetos no país beira o número de habitantes da cidade mais populosa, já tendo sido maior. 

Assim como preocupa o fato de que na população com mais de 60 anos, o número é de mais de seis milhões de analfabetos, ou 20,4%; entretanto, numa análise simples, o fato de este contingente constituir mais da metade do total, mostra que estão aparecendo resultados positivos nos investimentos do país no processo de alfabetização da população mais jovem. Há esperança, portanto, a médio e longo prazos.

A pesquisa mostra, também, que, no Nordeste, a taxa de analfabetos entre os que têm 15 anos ou mais, 14,8%, é mais do dobro da média nacional (7,2%), enquanto no Norte é de 8,5%, no Centro-Oeste 5,7%, no Sudeste 3,8% e no Sul 3,6%.

Nesse contexto, a economia brasileira apresenta sinais de recuperação nesta passagem de 2017 para 2018, ao tempo em que o desemprego, a passos curtos, diminui gradativamente, mas longe de voltar a um patamar aceitável (12,2% até outubro). A recuperação, porém, não se apresenta uniforme em todo o território nacional; é mais lenta no Nordeste, justamente a região que tem mais analfabetos, e mais alentadora no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 

Essa performance da economia influencia, por óbvio, a realização de novos projetos em Educação, por absoluta falta de verbas, ou de vontade política para fazê-lo, ou, ainda, por falta de competência de quem de dever.

País continental, com características regionais que desafiam cotidianamente os cidadãos e os governos, agravadas por um sistema de corrupção endêmico, resiliente e contumaz, o Brasil carece de mais iniciativas na área da Educação que sejam perenes, persistentes e competentes. Especialmente no campo da alfabetização.

Será que um dia o brasileiro vai ouvir a notícia de que o analfabetismo foi erradicado do país?

Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 07/01/2018.

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domingo, 17 de dezembro de 2017

ESCOLA COMO EQUIPE

Roberto Gameiro

Há um bom número de anos, e haja anos nisso, atuava eu como vice-diretor de uma escola em São Paulo, quando numa certa manhã, recebi a mãe de um aluno de quinto ano, que vinha fazer reclamação sobre procedimento de uma professora.

Coincidentemente, a professora chegou e, de sua iniciativa, juntou-se a nós. A mãe mostrava-se muito chateada e, após um bate-boca com a professora, afirmou que a docente tinha chamado o filho dela de cafajeste. Levei um grande susto e tive vontade de me esconder embaixo da mesa, de vergonha. Passaram algumas frações de segundo, que pareceram um século, quando a professora retrucou:  “eu não chamei o seu filho de cafajeste!”. Aí, eu “cresci” de novo. Afinal, a professora estava desmentindo a mãe que, talvez, estivesse enganada, ou mal informada. Mas, qual não foi a minha decepção quando a professora arrematou: “eu o chamei de cafajestinho!”.

Esse fato realmente aconteceu. Não é apenas enredo/mote para um artigo. É um caso extremo que, felizmente, não teve similar em toda a minha vida posterior de diretor. Sempre tive a felicidade de trabalhar com docentes muito comprometidos, respeitosos e amorosos; mas mostra as agruras que o gestor escolar passa no dia a dia do funcionamento de uma escola.

Direção, técnicos, professores e auxiliares formam um todo que precisa ser coeso e coerente em relação ao projeto pedagógico da escola.

O diretor é o “padrinho” de todos, inclusive, e principalmente, dos estudantes, cabendo-lhe garantir um clima de respeito recíproco entre todos os agentes que ali atuam. Costumo dizer que a principal missão do diretor é fazer com que todos “sejam felizes na escola”; não uma felicidade descomprometida, um laisser-faire, mas algo fruto da assunção, por cada um, das suas responsabilidades, inclusive em relação aos aspectos da competência e da urbanidade.

Todos precisam conhecer, cumprir e fazer cumprir a missão, os princípios, os valores, as normas e as regras da Instituição e, nas confessionais, o carisma.

O futebol nos fornece pista comparativa interessante, que, embora possa parecer esdrúxula, serve para um bom debate: numa escola, o professor é o centroavante; o diretor é o goleiro; o projeto pedagógico é o técnico; a boa formação e o aprendizado dos alunos é o gol. Todos trabalham para atingir o gol e, para isso, devem formar uma equipe que precisa ser, além de eficiente, eficaz, seguindo disciplinarmente as orientações do técnico. Equipe eficaz é aquela que marca gols; se não, ela será, quando muito, eficiente.

O caso que encima este artigo foi um verdadeiro “gol contra”.


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domingo, 19 de novembro de 2017

EM CASA DE FERREIRO...



Roberto Gameiro

Nós pais, fruto do bem que desejamos para os nossos filhos, temos sempre preferências e desejos para influenciar as decisões deles em relação ao futuro pessoal e profissional. Entretanto, sabemos que não temos esse poder todo, já que cada um é um, singular e com potencialidades específicas. 

Isso se revela, no dia a dia das famílias, de formas diversas.

Famílias há com pais formados em nível superior, bem-sucedidos nas suas profissões, com filhos que, pelo menos nas faixas etárias regulares, nada querem em termos de estudos. 

Famílias com tradição em determinadas áreas, como a medicina, por exemplo, cujos filhos não querem seguir a mesma carreira. 

Educadores dedicados a seus alunos, conselheiros naturais de crianças e adolescentes, com ascendência para orientação destes, mas que não logram o mesmo êxito em relação aos próprios filhos. 

Empresários de sucesso em suas organizações, cujos filhos negam-se a assumir a sucessão familiar. 

Essas situações não conduzem necessariamente a insucessos pessoais ou profissionais dos filhos. Howard Gardner na sua “Teoria das inteligências múltiplas” ajuda-nos a aprofundar estas questões. 

Não se pode esperar, portanto, que os filhos façam suas escolhas em função da vontade de outrem, sejam amigos ou outras pessoas de referência, ou até os próprios pais. 

O ser humano foi criado com a capacidade de livre-arbítrio regulada pela sua própria vontade e liberdade para a tomada de decisões em relação à sua vida. A livre escolha é, portanto, inerente à condição humana. 

Até porque, como escreveu Khalil Gibran (1883-1931) no seu livro “O Profeta”: “Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.”.                     

Não podemos, entretanto, abdicar da função de orientadores naturais da nossa prole; especialmente quando os filhos são crianças ou adolescentes.

Enfim, na analogia iniciada no título deste artigo, há que se considerar que “espetos de pau” podem levar a resultados tão bons quanto quaisquer outros.  

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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 19/11/2017.


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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A ESCOLA COMO VÍTIMA




Roberto Gameiro

O assassinato de dois meninos numa escola particular de Goiânia em outubro de 2017, com mais quatro estudantes feridos, repercutiu em nível nacional e internacional, deixando-nos estarrecidos com tal barbárie cometida por um estudante de 14 anos de idade.

Passado o primeiro choque proveniente da notícia, o fato passou a ser objeto de muitas reportagens pela mídia e tema obrigatório nas redes sociais. E, como sói acontecer em ocasiões como essa, começaram a aparecer os “iluminados” que se atribuem o direito de apontar culpados.

A busca por “culpados” tende a ser, então, o principal assunto da preocupação dessas pessoas, deixando para segundo plano a dor de todas as famílias envolvidas e dos agentes educacionais da escola.

E é para a escola que eu direciono o foco deste texto, fazendo uma análise genérica que não necessariamente tem a ver com este caso. Ser professor, coordenador, orientador educacional/disciplinar, diretor de escola, hoje em dia, tornou-se profissão de risco, seja em escolas públicas, seja em particulares. Esses profissionais vivem sob tensão como que esperando quem, onde e o que acontecerá no momento seguinte, fruto do descompasso vivencial que norteia as atitudes dos personagens atuantes na escola, especialmente os alunos e, pasmem, os pais.

É constitucional a responsabilidade da família pela educação dos filhos. Todos sabemos, também, que à escola cabe fazer a gestão das aprendizagens dos jovens, levando-os a adquirir as competências delas decorrentes. No entanto, de há muito, a escola tem sido instada a atuar como protagonista também na educação das crianças e adolescentes, por omissão nesse mister de muitas famílias.

Em função dessas posturas, a escola e, principalmente, os professores, passam a ser considerados responsáveis por tudo. É uma total inversão de valores. Esse é um dos porquês de a escola brasileira falhar; uns abdicam de suas responsabilidades e culpam os outros pelos males decorrentes.

Está mais do que na hora desses pais assumirem por completo a educação dos filhos e tornarem-se parceiros dos professores, respeitando-os e valorizando-os.

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Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 29/10/17.


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