O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

domingo, 29 de setembro de 2019

CELULARES: VIDA PRESENCIAL OU VIRTUAL?


 Roberto Gameiro

Uma charge parecida com esta cena nós já vimos nas revistas, nos jornais, na Internet: uma família em visita à vovó, todos sentados nos sofás da sala, cada um “ligado” no seu celular; menos a vovó, que aguardara ansiosamente por esse momento e, mais uma vez, estava ali esperando algum sinal de vida presencial fora da vida virtual. 


Só se ouve o barulho das teclas sendo apertadas num ritual frenético que, visto de fora, conhecidas as circunstâncias da visita, causa espanto e até indignação. 

Certa feita, a vovó teve uma ideia que lhe pareceu brilhante: desligou o Wi-Fi; assim, sem Internet, haveria algum diálogo, alguma aproximação afetiva, algum “olho no olho”, enfim, uma visita familiar de fato. Ledo engano. Ela descobriu que tem o 3G, o 4G, o 5G e qualquer outro “G”. E tudo aconteceu como sempre. 

De repente, na cena familiar, ouve-se uma voz. Que bom! Parece que vai se iniciar uma conversa. Tomara que os outros se contagiem e o relacionamento presencial aconteça!

Que nada! Era a neta gravando uma mensagem de voz para a mãe...que estava ali a menos de dois metros dela.

Houve época, recente, em que a televisão fazia esse papel anestesiador de relacionamentos. As poltronas das salas, antes posicionadas umas diante das outras para facilitar as conversas, mudaram de posição, ficando viradas na direção da TV, que “roubava” a atenção dos familiares para si, frustrando os diálogos interpessoais. 

Interessante notar que em casos como esse aqui narrado, a TV geralmente está desligada, tal é o encanto e o arrebatamento que o celular provoca nos indivíduos.  Estamos diante de uma mudança de época.

Não se pode negar, por outro lado, a importância que têm os celulares no dia a dia das pessoas, facilitando contatos, agilizando decisões pessoais e profissionais, enviando mensagens de texto, mensagens e ligações de voz e de vídeo, armazenando dados e contatos, calendário, e outras inúmeras funções. 

Neste texto, eu faço enfoques que causam preocupação devido ao excesso, ao vício e à possível falta de bom senso, em algumas circunstâncias, no uso desse pequeno notável.

Educar as crianças e os jovens é uma nobre missão e um grande desafio que pais e educadores enfrentam diariamente, nesta sociedade globalizada.

Sociedade essa em que os relacionamentos se tornam cada vez mais complexos, as individualidades prosperam e costumes antes muito valorizados deixam de ser, contribuindo para uma certa anestesia social, um descompromisso com o outro, um descompasso relacional.

A família é o porto seguro que lastreia todas as nossas posturas e ações. Daí, a importância do diálogo constante dentro da família para que as crianças e os jovens se sintam fortalecidos para enfrentar os desafios que a vida inevitavelmente lhes trará.  

E a visita familiar, na cena focada, continuou num “silêncio ensurdecedor”.

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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 25/09/19 sob o título "Celulares: vida virtual?"


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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.

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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

MENSAGEM: SENTIDO DE VIDA NÃO SE BUSCA

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domingo, 22 de setembro de 2019

A COMUNICAÇÃO SIGNIFICATIVA

Isso é muito importante

Roberto Gameiro

A curiosidade é própria das crianças; a moderna pedagogia dissemina teorias e práticas que procuram explorar essa característica em prol de uma aprendizagem que seja significativa. 


Por aprendizagem significativa podemos nos referir àquelas informações que são adicionadas aos conhecimentos prévios que o indivíduo já possui e que, consequentemente, constituirão novos conhecimentos, agregarão valor à sua cognição e acrescentarão sentido à sua práxis.

Quanto aos jovens, é forçoso reconhecer que nem sempre a curiosidade destes é acompanhada pela curiosidade significativa de pais e professores em relação a eles.

Por curiosidade significativa em relação aos jovens, designo o interesse pelo que realmente acontece no dia a dia com eles; e não me refiro ao costume de perguntar “como foi na escola hoje?”, que geralmente se contenta com a resposta: “foi tudo bem”. Refiro-me a algo mais profundo, a um diálogo participativo, interativo, olho no olho. Isso requer constância, confiança recíproca, ou seja, uma presença significativa.

“Aprendizagem”, “curiosidade” e “presença” são significantes que carecem de profundidade quando não vêm acompanhados do adjetivo “significativo”. Esse adjetivo qualifica cada um dos substantivos citados.

Esse termo “significativo” acrescenta clareza, relevância, importância, expressividade e valor a qualquer substantivo que usemos no nosso dia a dia relativo a convivência e relacionamento.

Experimente fazê-lo com palavras tão comuns na nossa linguagem coloquial, como, por exemplo: conversa, olhar, abraço, cumprimento e tantas outras.

Claro que não vamos passar a juntá-lo obrigatoriamente a essas palavras em todos os nossos textos e às nossas falas, o que constituiria algo enfadonho e chato.

Trata-se, na realidade, de uma construção muitas vezes apenas mental, não necessariamente escrita, mas que fundamenta propósitos e posturas e qualifica positivamente as nossas ações e decisões, acrescentando sinceridade, força, relevância, foco e intenção na nossa comunicação.

Experimente!

Publicado originalmente em 24/01/18 sob o título "O que é significativo?".

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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

MENSAGEM: A OPORTUNIDADE FAZ O LADRÃO

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domingo, 15 de setembro de 2019

BNCC - EDUCAÇÃO INFANTIL - Artigo em áudio no YouTube

Desenhos Animados, Escola, Estrada

Publicado em texto em 30/10/18 - atualizado no texto em 29/08/19. Atenção: a Convenção Sobre os Direitos da Criança do UNICEF completa 30 anos em novembro de 2019. 
Artigo de Roberto Gameiro: “BNCC –          EDUCAÇÃO INFANTIL – em áudio no YouTube”: clique neste texto



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domingo, 8 de setembro de 2019

AS CRIANÇAS NO WHATSAPP



Whatsapp, Iphone, Homescreen, Ios

Roberto Gameiro

Era uma época em que a busca por inovações tecnológicas didático-pedagógicas para aperfeiçoar o trabalho docente e melhorar o aprendizado dos estudantes enchia de ânimo os professores na escola que eu dirigia.


O instrumento WhatsApp ganhava corpo e começava a ajudar na comunicação da escola e dos professores com os alunos, o que ocorreria mais tarde no relacionamento com as famílias. Nesse afã, uma professora do sexto ano, entusiasta da tecnologia educacional, passou a usar o aplicativo para desenvolver atividades e comunicar-se com os seus alunos.

Crianças e professora estavam entusiasmadas com o uso do aplicativo que facilitava a comunicação entre elas e auxiliava muito no aprendizado com as respostas da professora às dúvidas dos alunos. 

Tudo parecia indo bem, quando chegou uma observação crítica de um pai de aluno à professora: “Como Podem fazer uso do WhatsApp crianças que têm entre 11 e 12 anos de idade, se a idade mínima para inscrição no aplicativo, no Brasil, é de 13 anos?”

Muitas vezes, ao receber uma crítica, as pessoas têm tendência a uma primeira reação negativa em relação ao autor da observação. A história da humanidade está cheia de situações em que se culpabiliza o mensageiro quando a notícia trazida não agrada ao destinatário. Nesse caso, não foi muito diferente, principalmente por parte das crianças.

Entretanto, quando o caso chegou à diretoria e se fez a análise da informação do pai, concluiu-se, e não podia ser diferente, que ele tinha total razão no questionamento. Ninguém na escola tinha percebido essa incoerência, inclusive eu.

Trago essa narrativa para considerar o quanto os pais estão fechando os olhos para essa situação. Todos sabemos que crianças brasileiras com menos de 13 anos de idade estão usando o WhatsApp (na Europa, a idade mínima é de 16 anos). Isso significa que por trás de cada uma dessas situações há uma mentira; ou seja, essas crianças mentiram a idade ao se inscrever no aplicativo.

Os pais podem até não saber dessa limitação (embora muitos sejam coniventes), mas a escola não pode concordar com a mentira (nem aqueles pais deveriam).

Claro que, no caso narrado, o uso do instrumento foi imediatamente abandonado e a instituição tratou de criar um aplicativo próprio que substituiu, com vantagens, o que se pretendia pedagogicamente. E o pai em questão recebeu o agradecimento da administração da escola e da professora pela colaboração. 

Pode ser até que você ignore que está cometendo um deslize e descumprindo normas, regras e leis por desconhecimento delas; até que descubra ou seja informado  do equívoco; a partir daí, não há desculpa possível.

“Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”; esse é o texto do artigo 3º do Decreto-Lei nº 4.657 de 04/09/1942, “Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro” ainda vigente. Isso, obviamente, vale também para o cumprimento de artigos, cláusulas, alíneas, incisos ou itens de qualquer tipo de contratação pública ou privada. (https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-4657-4-setembro-1942-414605-publicacaooriginal-68798-pe.html)

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Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 03/09/19.


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domingo, 1 de setembro de 2019

O VALOR DE UMA AMIZADE


Roberto Gameiro

“Amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves dentro do coração”: assim canta Milton Nascimento numa de suas mais belas canções.

Sócrates, o filósofo, disse, um dia, que "para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolver em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos".

Os bons relacionamentos entre os indivíduos, tanto nos aspectos pessoais quanto nos profissionais, são caracterizados por posturas marcantes; entre elas, está, sem dúvida, a sinceridade. Ser sincero significa elogiar e alertar nos momentos e nas medidas certas. Um amigo que não elogia as nossas posturas e ações que merecem o elogio e não nos alerta para aquelas não adequadas, impróprias, não pertinentes, melhor não tê-lo como tal. Um amigo será solidário conosco nas nossas boas causas, mas não será conivente com os nossos erros.

Quando, no seu trabalho, você faz a gestão de uma colegiada e tem um  subordinado  que só faz dizer amém a tudo o que você fala ou propõe, sem jamais questionar ou acrescentar, e você sabe que vai ser sempre assim, tenha a certeza de que, para tomar decisões, das mais simples às mais complexas, você tem um voto confiável a menos na equipe. 

Há que se ter o cuidado, entretanto, de não confundir amizade com submissão. Amigos de verdade, autênticos, não têm hierarquia. Desenvolver em nós mesmos as qualidades daquele a quem admiramos, como caracteriza Sócrates, não deve nos colocar em situação inferior àquele, como se estivéssemos apenas “em busca” d’algo que ele já tem de sobejo e, por isso, obedecemos a qualquer comando dele. Essa postura é, a médio prazo, aniquiladora de identidades e de dignidades. Observe, porém, que não estamos falando em "competências", mas em "qualidades". 

Não existe “amizade boa” ou “amizade má”. O termo "amizade" só traz conotações ou qualidades positivas como afeição, simpatia, estima, entendimento, fraternidade, benevolência, bondade, dedicação, sinceridade; verdadeiras virtudes.

Por outro lado, há que se ter muito cuidado com os bajuladores. Não se pode confiar sempre neles. Alguns são "estratégicos"; podem trair a qualquer momento. O bajulador estratégico elogia no início e, quando consegue a sua confiança, começa a denegrir a sua imagem diante dos demais de forma gradativamente mais intensa, sob a pecha de ser "seu amigo". Geralmente, ele quer o cargo que você ocupa.


Um amigo é único entre muitos e necessita de mim, tanto quanto eu necessito dele. Temos laços criados, construídos e perenizados pela amizade. Lembram do diálogo da Raposa com o Pequeno Príncipe a respeito do termo “cativar”?

“(...) disse o principezinho (...)  

- Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços”.

- Criar laços?

- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto igual a cem mil outros garotos. Eu não tenho necessidade de ti. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativas, teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.”.

Saibamos valorizar as amizades que temos, mantendo-as cativas, alimentando-as, preservando-as e procuremos aumentar o nosso círculo de amigos; podemos precisar uns dos outros a qualquer momento. 

Isso não tem dinheiro que pague.

Vamos conversar sobre esse assunto com nossos familiares (especialmente com os filhos), alunos e amigos?

Artigo publicado originalmente em 08/09/17. Atualizado em 01/09/19. 

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domingo, 25 de agosto de 2019

AUMENTO DOS DIVÓRCIOS NO BRASIL


Roberto Gameiro

Nem tudo são flores na vida de casais.
A vida prega peças que pegam de improviso os cônjuges, que, muitas vezes, se veem despreparados para enfrentar e solucionar até pequenas pendengas do relacionamento.
Segundo o IBGE, o Brasil registrou um aumento no número de divórcios no período de 2004 a 2014 na ordem de 160% (130,5 mil em 2004, contra 341,1 mil em 2014). O número e o percentual de aumento são, sem dúvida, preocupantes e revelam uma mudança de comportamento dos brasileiros, fruto, entre outros motivos, da alteração da legislação que rege esse assunto e da mudança de mentalidade dos casais frente aos compromissos do casamento.
Interessante verificar casos de pessoas, homens ou mulheres, que no exercício profissional conseguem resolver os mais complicados problemas, inclusive de relacionamentos interpessoais, e na vida conjugal têm péssima performance; o contrário, também.
Um longo período de noivado, feito para que cada um conheça melhor o outro, nem sempre traz resultados satisfatórios. Conheço casos em que o casamento durou menos de um terço do tempo do noivado.
As brigas entre cônjuges, muitas vezes por motivos não relevantes, têm uma tendência de se transformar, por falta de abertura para o diálogo, numa “bola de neve”, acabando por constituir causas de separações.
E aí, eu pergunto: casais que se amam também brigam?
A resposta, óbvia, é sim!
Sem pretender oferecer receita para essas situações, parece-me que não se pode dar espaço para que o tempo em que permanece a desavença corroa ainda mais a relação, possibilitando pensamentos e fantasias que nada agregam ao relacionamento; apenas afastam mais.
Casais que se amam, normalmente ficam de “cara fechada” apenas por um período curto de tempo. Logo, um cônjuge ou outro, vai se achegando, se achegando, e pronto; tudo resolvido (ou, pelo menos, quase tudo); a vida volta ao normal.
Entretanto, as questões que provocam rusgas precisam ser conversadas para que se chegue a um denominador comum ou a um acerto. Os casais que não discutem seus problemas, suas queixas, suas mágoas, seus receios, medos e dúvidas, só vão aumentando as "pastas de arquivo morto", não havendo amor que consiga superar esse acúmulo.
Ora! Então, se sabem que tudo vai voltar ao normal depois de 4 ou 5 dias, uma semana, talvez, por que não encurtar racionalmente esse tempo, e resolver tudo imediatamente para não perder aquele tempo de relacionamento? Isso pode ser combinado entre os cônjuges, e, creiam, funciona!
Isso vale, também, para o relacionamento entre irmãos. Que tal discutir esse assunto com os filhos?

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Artigo publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 16/05/17.


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domingo, 11 de agosto de 2019

O DEVER DE EDUCAR E DE SER EDUCADO – PAIS E FILHOS


Roberto Gameiro

Está lá no texto constitucional e, por isso, não é questionável: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores.”. (art. 229)

Está, também, no texto do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores.”. (art. 22 – Lei 8069/90)

E, ainda, no texto do Código Civil: “São deveres de ambos os cônjuges: (...) IV - sustento, guarda e educação dos filhos.”. (Inciso IV do artigo 1566 - Lei 10.406/02)

Ora, ora, se está tão claro nesses textos legais, por que cargas-d’água alguns pais não cumprem o dever de educar os filhos? 

E mais: por que muitos filhos se negam a obedecer aos pais?

Claro que a análise desta temática não se esgota num texto limitado como este; daria um tratado com muitas cláusulas, parágrafos, incisos e alíneas...

A obrigação de os pais educarem seus filhos e de os filhos serem educados por seus pais, é uma condição lógica inerente à formação humana. A Lei apenas regula essa necessidade. Mesmo que não houvesse as leis, deveria ser assim. E, aliás, sempre foi; com exageros e excessos aqui e ali, é assim que se espera que ocorra o processo de educação das crianças e adolescentes.

Quando os filhos não obedecem aos pais, é possível que estejam faltando limites. A falta de limites tem diversas causas. Entre muitas outras, uma delas é a falta de um elenco definido de valores nos quais a família se apoia para orientar suas posturas e ações; outra, quando os pais são separados e um dos cônjuges é o “bonzinho” e o outro, geralmente o que tem a guarda, é o que tenta colocar regras de conduta, entre as quais há, invariavelmente, por necessidade óbvia, a palavra “não”; outra possibilidade é o receio de, ao colocar limites, "frustrar" a criança ou o adolescente, trazendo “traumas” para sua formação. E quem não obedece aos pais, será um candidato potencial a não obedecer aos professores. E o ciclo continua... 

Essas situações criam um vazio que para ser preenchido apresenta-se em extremos: educação severíssima no passado e liberdade quase total no presente.

Por outro lado, como já dizia Paulo Freire, “a educação é um ato eminentemente político.”.  

A sociedade está sujeita a mudanças nos seus hábitos e costumes e, conforme a ideologia dominante, acaba tendendo para um lado e para outro, ou para lado nenhum, ficando apenas derrapando nas certezas ou incertezas das forças políticas dominantes, o que “tira o chão” de pais e educadores, alguns dos quais já não sabem se os valores reinantes ainda valem, ou se mudou tudo. De qualquer forma, famílias e escolas que têm princípios e valores claros, bem definidos, enfrentam com mais facilidade essas “intempéries”. 

Ainda Paulo Freire: “A educação é um ato de amor e, por isso, um ato de coragem.”.

Com efeito: amor e coragem devem nortear as relações entre pais e filhos, crianças, adolescentes e professores. O amor exige autenticidade. A autenticidade faz fluir o incentivo à transparência nas relações, o que leva à coragem de abordar as questões mais melindrosas, suportada pela confiança decorrente dessa postura.

Lembremo-nos, então, do texto bíblico em Provérbios 22,6: “Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar.”.

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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 06/08/19, sob o título "Educar e ser educado".

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domingo, 4 de agosto de 2019

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR - CURRÍCULO POR COMPETÊNCIAS - Artigo em áudio no YouTube


Inovação, Acho Que, Novo, Idéia

Publicado em texto em 14/10/18

Artigo de Roberto Gameiro: “BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR – CURRÍCULO POR COMPETÊNCIAS” em áudio no YouTube: clique neste texto


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