O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro
sábado, 11 de dezembro de 2021
sábado, 3 de julho de 2021
NEM TUDO É TRIGO; NEM TUDO É JOIO
Roberto Gameiro
Nem tudo é trigo; nem tudo é joio.
Uma construção semântica com sentido figurado.
Sentido figurado é o que a palavra adquire quando é empregada com um sentido simbólico, ampliado, conotativo, e que depende do contexto para ser compreendida.
Vamos aprofundar um pouco essa análise reflexiva.
Você já teve oportunidade de ter nas mãos uma espiga de trigo e uma de joio quando pequenos? São quase iguais uma à outra. Até o cheiro de ambas é característico e semelhante.
Porém, aos poucos, enquanto vão amadurecendo, as espigas vão tomando formas e aparências bastante diferentes; o trigo muda de cor, mas permanece altivo e aponta para o alto. Frutifica pleno de sementes. O joio por sua vez, vai ficando disforme e até secando totalmente antes de amadurecer e fenecer sem nada produzir.
Mas, quando você os esfacela, do trigo ficam nas suas mãos as sementes; do joio, ficam palhas, ou seja...nada. O trigo, portanto, representa vida. O joio representa nada, mas, quando ingerido por humanos pode ser tóxico.
O joio é uma planta considerada erva daninha, mas compete com o trigo pelos mesmos nutrientes do solo.
O trigo possui a essência; o joio, apenas a aparência.
Você vai perguntar, então: por que você escreveu sobre trigo e joio?
Simples.
Para ter a oportunidade de comparar trigo e joio respectivamente com gente do bem e gente do mal.
Procure reler este artigo substituindo “trigo” por “gente do bem”, e “joio” por “gente do mal”.
Prosseguindo...
Também as pessoas ao longo da vida passam por transformações que as distanciam umas das outras. Umas seguem o caminho correto da dignidade, da verdade, da honestidade, enquanto outras enveredam por trilhas obscuras, por posturas e ações tóxicas e incorretamente éticas.
E pensar que quando crianças eram tão parecidas umas com as outras; na graça, na aparência, na inocência, na ingenuidade, na naturalidade e até nos cheiros.
Entretanto, ao tempo em que vão atingindo a maturidade, são levadas pelas circunstâncias da vida, ou pela genética, ou por sei lá o que mais, a extremos opostos caracterizados ora pelo bem, ora pelo mal.
Os professores que têm uma caminhada docente mais longa, que convivem com crianças que se tornam adolescentes e, depois, adultos, têm o privilégio de acompanhar e observar essas mudanças em muitos deles; os médicos, especialmente os pediatras, também. Quanto orgulho em relação àqueles que seguiram o caminho do bem; quanta decepção em relação àqueles que seguiram a trilha do mal, e neste caso, alguns pais e professores até se perguntam, quase sempre indevidamente: onde foi que nós erramos?
Não nos culpemos. Cada um é um. Deus criou o homem com o dom do livre-arbítrio, o que significa que cada um de nós tem a liberdade de escolher entre o certo e o errado. Entretanto, por óbvio, essa liberdade não é uma licença para malfeitos, dolo e demais ilícitos.
Continuemos, todos nós, a jornada da busca do bem em detrimento do mal. Insistamos na prática cristã de fazer o bem sem olhar para quem. Plantando sementes do bem, nossa vida se completará plena de frutos valiosos, em energias indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida de todos.
Depende de cada um de nós.
A propósito, vale lembrar o que escreveu Augusto Cury, psiquiatra, professor e escritor brasileiro contemporâneo: “Educar é semear com sabedoria e colher com paciência”.
Precisa mais?
Sim, precisa, se for do seu interesse.
Que tal ler, ou reler, “Mateus 13, versículos 24 a 30”?
E, também, ver o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=KGQkHFTUdbw
Muito a pensar, conversar e refletir.
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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
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sábado, 10 de abril de 2021
MENSAGEM - O PODER VERDADEIRO É PRÓPRIO DE HOMENS FORTES
sábado, 20 de fevereiro de 2021
PODCAST - ERRANDO TAMBÉM SE APRENDE
PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO
OPS...erro no texto sobre
o erro...rss: quando me refiro ao site do SISU, onde digo “no início das
inscrições, o correto é “no início da busca pelos resultados”.
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domingo, 23 de agosto de 2020
VIOLÊNCIA E BENEVOLÊNCIA - O BEM E O MAL
Roberto Gameiro
Jean-Yves Leloup, filósofo francês, escreveu no seu texto O poder do silêncio: “Acredita-se que o silêncio não combina com o poder, pois este tem se confundido com prepotência e violência (...) o verdadeiro poder do homem não consiste em atos de violência física. Quando um homem conquista o verdadeiro poder, toda a antiga violência acaba em benevolência. A violência é sinal de fraqueza, a benevolência é indício de poder.”.
O poder verdadeiro é próprio de homens fortes que não se deixam levar pela pretensão de tornar submissas as pessoas com quem convivem. Dão-lhes oportunidades de expressão e de ação livres de bloqueios e restrições. Sabem ouvir, não interrompem falas e argumentos; não são afoitos.
Homens fortes sabem que não são donos da verdade e que o diálogo é importante para a busca da melhor opção para cada iniciativa, para cada empreitada, para cada decisão.
Homens prepotentes têm geralmente por trás da sua opressão e da sua tirania uma fraqueza no caráter e na personalidade que os impede de serem benevolentes para não perderem a “armadura” com que se protegem.
A história da humanidade está cheia de homens fracos que chegaram ao poder fazendo uso da violência e assim submeteram povos a sacrifícios e cometeram verdadeiros genocídios. Mas como não há mal que sempre dure, muitos deles terminaram como vítimas do mesmo estigma.
Por outro lado, na nossa memória “pululam” exemplos de homens e mulheres que dedicaram e dedicam suas vidas a promover o bem, a enfrentar o mal e os maus, a proteger os vulneráveis, fazendo uso da palavra, dos bons argumentos, da sinceridade, da verdade, do convencimento dialogal.
No processo de educação/formação das crianças e dos adolescentes, eles passam a ter conhecimento das histórias de homens fortes e de homens fracos; homens bons e homens maus. No regime democrático, há a possibilidade da alternância no poder de grupos políticos, o que é muito bom. Entretanto, dependendo da ideologia que está por trás dos que detêm o poder, os heróis podem virar vilões e os vilões podem virar heróis.
As famílias na educação e as escolas na formação precisam estar bem sintonizadas para propiciar aos filhos e alunos opções para o bom discernimento das diversas facetas que caracterizam esta sociedade plural em que vivemos; eles precisam estar preparados para dizer “sim” ao bem e “não” ao mal; “sim” à benevolência e “não” à violência.
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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 27/10/19 sob o título de "Violência e benevolência".
Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.
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sábado, 21 de março de 2020
COVID-19-CRIANÇAS EM CASA-E AGORA?
Roberto Gameiro
A "Dentro da História" reuniu 21 atividades e brincadeiras criativas para fazer com os pequenos utilizando materiais que temos em casa:
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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 20/03/20 sob o título: "Crianças em casa: e agora?"
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
domingo, 26 de janeiro de 2020
O ERRO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Tomar decisões é fazer escolhas. Nem sempre acertamos nas nossas escolhas. Erros e acertos são consequências de escolhas; ambos são inerentes à condição humana, assim como o livre-arbítrio.
Levanta o braço quem nunca errou!
Dificilmente alguém vai levantar o braço ao comando dessa pergunta.
Confúcio disse, certa vez, que a única maneira de não cometer erros é fazendo nada, e que este, no entanto, é certamente um dos maiores erros que se poderia cometer em toda uma existência. Por outro lado, “não fazer nada” já é uma escolha. Não há como fugir dessa realidade.
Vivemos fazendo escolhas. Isso acontece no dia a dia desde o momento em que acordamos e vale tanto para nossas atividades de cunho pessoal, quanto para as de cunhos social e profissional. Qualquer que seja o status socioeconômico do indivíduo, ele estará sempre tomando decisões das mais simples às mais complexas optando por uma escolha que a ele parecerá a mais apropriada e possível diante das circunstâncias.
Tomar decisões é fazer escolhas. Nem sempre acertamos nas nossas escolhas. Erros e acertos são consequências de escolhas; ambos são inerentes à condição humana, assim como o livre-arbítrio.
Entretanto, há erros que não deveriam depender do livre-arbítrio; recentemente, os militares de um país do Oriente Médio, abateram por engano, com mísseis, um avião comercial. Os 176 ocupantes do voo morreram. Foi um erro fruto de uma decisão infeliz.
Há erros que atingem milhares de pessoas causando insegurança e frustração. Refiro-me aqui ao lamentável erro havido na correção das provas do ENEM de 2019. Além de toda a tensão por que passam os estudantes durante a preparação para a prova, acrescenta-se, agora, a dúvida em relação ao resultado. Fala-se em 6.000 afetados ou mais. O ENEM é a base para a participação dos estudantes que pretendem uma das 237 mil vagas nas universidades federais através do SISU (Sistema de Seleção Unificada). E aí começam outras chateações e inseguranças quando os estudantes encaram, no início da busca pelos resultados, um site (do SISU) difícil de acessar, lento e com informações incongruentes. É angustiante demais para a moçada! Parece até que eles estão enfrentando uma corrida com obstáculos!
Há os que erram por ignorância, ou por teimosia, ou por soberba e nem sempre conseguem reconhecer as implicações dos seus erros. Há os que erram nas melhores intenções, corrigem-se e seguem em frente.
Mas há erros circunstanciais que não oferecem a possibilidade de correção: o erro médico com o consequente óbito do paciente, o erro de um controlador de voos num aeroporto causando desastre com a perda de vidas...
Já nas escolas, os erros dos alunos nas avaliações e atividades são oportunidade de o professor voltar ao ensino daquele conteúdo usando uma metodologia e ou técnica diferentes. O erro faz parte do processo de aprendizagem e, consequentemente, do processo de ensino. Feliz o professor que sabe lidar com os erros dos alunos.
Às vezes, inventam-se mentiras para justificar um erro. Mas “mentira tem pernas curtas” já diz o ditado popular. Cedo ou tarde, a verdade prevalecerá.
Portanto, devemos sempre aprender com os nossos erros, assumindo-os, evitando ficar na defensiva ou procurar culpados ou justificativas para autoproteção.
Quem assume os próprios erros e trabalha para não os repetir, cresce em sabedoria como ser humano e em competência como profissional.
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Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia no dia 23/01/20.
quarta-feira, 30 de outubro de 2019
domingo, 27 de outubro de 2019
VIOLÊNCIA E BENEVOLÊNCIA - O BEM E O MAL
Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.
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quarta-feira, 9 de outubro de 2019
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019
NOSSOS FILHOS, NOSSOS PORES DO SOL
Roberto Gameiro
quarta-feira, 11 de julho de 2018
FAÇA VALER A PENA
domingo, 19 de novembro de 2017
EM CASA DE FERREIRO...
Nós pais, fruto do bem que desejamos para os nossos filhos, temos sempre preferências e desejos para influenciar as decisões deles em relação ao futuro pessoal e profissional. Entretanto, sabemos que não temos esse poder todo, já que cada um é um, singular e com potencialidades específicas.
Isso se revela, no dia a dia das famílias, de formas diversas.
Famílias há com pais formados em nível superior, bem-sucedidos nas suas profissões, com filhos que, pelo menos nas faixas etárias regulares, nada querem em termos de estudos.
Famílias com tradição em determinadas áreas, como a medicina, por exemplo, cujos filhos não querem seguir a mesma carreira.
Educadores dedicados a seus alunos, conselheiros naturais de crianças e adolescentes, com ascendência para orientação destes, mas que não logram o mesmo êxito em relação aos próprios filhos.
Empresários de sucesso em suas organizações, cujos filhos negam-se a assumir a sucessão familiar.
Essas situações não conduzem necessariamente a insucessos pessoais ou profissionais dos filhos. Howard Gardner na sua “Teoria das inteligências múltiplas” ajuda-nos a aprofundar estas questões.
Não se pode esperar, portanto, que os filhos façam suas escolhas em função da vontade de outrem, sejam amigos ou outras pessoas de referência, ou até os próprios pais.
O ser humano foi criado com a capacidade de livre-arbítrio regulada pela sua própria vontade e liberdade para a tomada de decisões em relação à sua vida. A livre escolha é, portanto, inerente à condição humana.
Até porque, como escreveu Khalil Gibran (1883-1931) no seu livro “O Profeta”: “Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.”.
Não podemos, entretanto, abdicar da função de orientadores naturais da nossa prole; especialmente quando os filhos são crianças ou adolescentes.
Enfim, na analogia iniciada no título deste artigo, há que se considerar que “espetos de pau” podem levar a resultados tão bons quanto quaisquer outros.
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