O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

Mostrando postagens com marcador Caráter. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Caráter. Mostrar todas as postagens

sábado, 22 de maio de 2021

PODCAST - CRIANÇAS ADORAM OUVIR HISTÓRIAS



PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO


    CRIANÇAS ADORAM OUVIR HISTÓRIAS




SIGA-ME  -  COMPARTILHE!


















Share:

sábado, 6 de fevereiro de 2021

COMO EU ME VEJO E VOCÊ ME VÊ

 





Atualizado em 04/11/22

Roberto Gameiro


É de Clarice Lispector (1920-1977), escritora e jornalista ucraniana naturalizada brasileira, a afirmação: “Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar”.



Cada um de nós tem uma imagem de si próprio, fruto das vivências e do concerto formado pelas características da personalidade e do caráter.


Nem sempre a forma como nós nos vemos coincide com a forma como os outros nos veem. Essa relação não necessariamente coincidente tem a ver com os valores que direcionam os olhares do emissor e do receptor, o que significa que não se pode afirmar que uma das visões é mais correta do que a outra.


Nesse contexto, o escritor e conferencista Paulo Vieira complementa: “A maneira como você se vê determina suas escolhas, ações, reações e, sobretudo, os resultados que tem e terá na vida”, e que “Nossas crenças sobre nós mesmos influenciam todas as nossas escolhas mais significativas e importantes, direcionando todas as nossas decisões e, portanto, determinando a vida que levamos.”.


Isso ocorre de maneira especial com as crianças e adolescentes que, por não terem ainda as conexões cerebrais suficientemente amadurecidas, apresentam tendências de copiar comportamentos sem passá-los pelo filtro da razão, o que atrapalha o discernimento da forma como se veem, e se sujeitam a aceitar facilmente a forma como os outros os veem.


Por isso, a importância da existência de “pessoas de referência” na educação e formação das crianças e adolescentes. De preferência, os próprios pais. Pessoas que sejam presentes e inspiradoras de posturas e ações construtivas e saudáveis, que encarnem valores profundos e os proclamem com força significativa para auxiliá-los no processo de amadurecimento de suas conexões cerebrais.


Leve-se em conta,também, quem nos vê e, como escreve Clarice Lispector, quando e como nos vê. Dependendo do quem, onde, como e quando nos veem, poderemos ser valorizados positivamente ou negativamente. Procuremos, portanto, sempre que possível, estar nos lugares certos, nos momentos certos e com as pessoas certas, não nos sujeitando a sermos “avaliados” por pessoas erradas e inadequadas.


Carl Rogers (1902-1987), fundador da psicologia humanista, afirmou: “Todo ser humano, sem exceção, pelo mero fato do ser, é digno do respeito incondicional dos demais e de si mesmo; merece estimar-se a si mesmo e que se lhe estimem.”.


Cuidemos da nossa autoestima.




Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 16/04/2019.

(Leia também) (Siga-me)  (Compartilhe!)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI

















Share:

sábado, 21 de novembro de 2020

PODCAST - ATÉ QUE PONTO SOMOS SOLIDÁRIOS?

 

PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO

ATÉ QUE PONTO SOMOS SOLIDÁRIOS?


SIGA-ME  -  COMPARTILHE!

Share:

sábado, 14 de novembro de 2020

PODCAST - A FRAGILIDADE DO CARÁTER DE CERTOS INDIVÍDUOS

 

PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO

A FRAGILIDADE DO CARÁTER DE CERTOS INDIVÍDUOS


SIGA-ME  -  COMPARTILHE!
















Share:

sábado, 7 de novembro de 2020

PODCAST - IDENTIDADE E DIGNIDADE SE SUSTENTAM



PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO

IDENTIDADE E DIGNIDADE SE SUSTENTAM

 

      SIGA-ME  -  COMPARTILHE!













 

Share:

domingo, 25 de outubro de 2020

PODCAST: BULLYING - CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

 

PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO

BULLYING - CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

                       CLIQUE AQUI                                  


 SIGA-ME  -  COMPARTILHE!
 














Share:

domingo, 4 de outubro de 2020

AS CRIANÇAS, A NARRATIVA E A IMAGINAÇÃO

 

Atualizado em 20/05/21

Roberto Gameiro


É de Cecília Meireles (1901-1964) a frase: “Quando eu ainda não sabia ler, brincava com livros e imaginava-os cheios de vozes, contando o mundo”.


Este artigo já tem a sua versão editada e ou atualizada em PODCAST no SPOTIFY para sua comodidade ou para pessoas com deficiência. CLIQUE AQUI E OUÇA!


Todos sabemos como as crianças adoram ouvir histórias. Qual de nós não se lembra do quão prazeroso era escutar as histórias de vida contadas pelos mais velhos, e como a nossa imaginação navegava, emocionada, por possibilidades ora de mistério, ora de alegria, ou de tristeza, ou de esperança...


O período de vida que vai até os seis anos de idade é o que apresenta as maiores e melhores oportunidades para a aquisição das competências humanas; nele, os cérebros das crianças são como verdadeiras esponjas que absorvem com facilidade, e retêm, as informações que recebem. 


Muito apropriadamente, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda aos médicos que orientem as famílias a ler em voz alta diariamente para os pequenos, pois isso resulta no fortalecimento do vínculo familiar e da capacidade de aprendizado, com reflexos positivos até a vida adulta. 


E, ainda, que a escolha da hora de dormir é importante pois a leitura proporciona para a criança um adormecimento tranquilo (sem TV, tablet, celular ou computador), com a presença dos pais ao lado, num momento em que ela tem que se desligar do dia e entrar no mundo dos sonhos e fantasias.


Também a Academia Americana de Pediatria preconiza, há muito tempo, a importância da leitura em casa durante a infância, acrescentando que esse hábito pode aprimorar as habilidades da linguagem e ajudar no desenvolvimento da alfabetização.


Um estudo do Hospital Infantil de Cincinnati, localizado em Ohio nos Estados Unidos, e publicado em agosto de 2015 na revista “Pediatrics”, foi um passo largo para os estudos mais aprofundados que vieram depois.  


O estudo foi realizado com 19 crianças de 3 a 5 anos de idade usando imagens de ressonância magnética enquanto ouviam uma mulher lendo histórias, e demonstrou que em ambientes de leitura em casa, elas tinham maior atividade nas partes do cérebro que ajudam na compreensão narrativa e na imaginação visual.


Compreensão narrativa e imaginação visual... Vejam o cacife de ganhos para a formação da linguagem na criança. Enquanto ouve as histórias, ela, ao compreender a narrativa, “viaja”, através dos personagens, pelos cenários que cria na sua imaginação... Quanta riqueza na construção de novos conhecimentos nas memórias dos pequeninos!


Na área específica da Educação, vejamos o que consta da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) a respeito: “Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.”


Não por menos, a palavra “histórias” aparece na BNCC exatas 79 vezes, ora como “objetivo de aprendizagem”, ora como “habilidade”. 


A criança que agora “ouve histórias”, daqui a pouco, estará “contando histórias”. A educadora Rosa Costa escreve no seu artigo “A importância e o desafio da contação de histórias no desenvolvimento infantil: o conto e o reconto”, que “A contação de história no desenvolvimento escolar e cognitivo favorece, aguça e ativa o conhecimento da criança por meio do imaginário, do criar e recriar, do conte outra vez. Faz a criança apropriar-se de um mundo mágico, com grandes possibilidades de viagem pelo mundo do encantamento, proporciona abertura de portas, permitindo um desenvolvimento linguístico a partir do enriquecimento do seu vocabulário, além de todo um contexto que envolve a reprodução da literatura ou contação de história vivenciada."(https://www.construirnoticias.com.br/a-importancia-e-o-desafio-da-contacao-de-historias-no-desenvolvimento-infantil-o-conto-e-o-reconto/   


Ressalte-se, também, que ao ouvir histórias, a criança aprimora a competência do “saber ouvir os outros”, capacidade que perpassa os campos do cognitivo e do emocional, partes integrantes e inter-relacionadas do processo de aprendizagem. E aqui, vale enfatizar, no campo das emoções, as cinco habilidades socioemocionais preconizadas por Daniel Goleman: autoconsciência, autorregulação, automotivação, empatia e habilidades sociais, estas envolvidas na capacidade de interação social. Tudo a ver com a contação de histórias, não é?


É isso!


(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br

 Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

 Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

 PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI













Share:

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

MENSAGEM - DISCERNINDO ENTRE O CERTO E O ERRADO

MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
SIGA-ME       COMPARTILHE!

 (Cópia e compartilhamento autorizados)













Share:

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

MENSAGEM - VALORES DIRECIONAM OLHARES

MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
SIGA-ME          COMPARTILHE!

 (Cópia e compartilhamento autorizados)










 

Share:

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

MENSAGEM - AS FALSAS INFORMAÇÕES E A CONSTRUÇÃO DE NOVOS CONHECIMENTOS

MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
SIGA-ME          COMPARTILHE!
  (Cópia e compartilhamento autorizados)

Share:

quarta-feira, 29 de julho de 2020

MENSAGEM - A IDENTIDADE "FALA ALTO" E NOS REVELA


MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
SIGA-ME          COMPARTILHE!
 (Cópia e compartilhamento autorizados)
Share:

quarta-feira, 8 de julho de 2020

MENSAGEM - APROVEITANDO OPORTUNIDADES NA VIDA

MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
SIGA-ME          COMPARTILHE!
 (Cópia e compartilhamento autorizados)
Share:

domingo, 5 de abril de 2020

MORAL E ÉTICA EM CASA: EDUCAÇÃO OU DESEDUCAÇÃO?

Família, Crianças, Pai, Mãe, Proteção

Roberto Gameiro


Certa vez, há muitos anos, viajando de ônibus em direção a um estado do Centro-Oeste, quando entramos na região, o motorista fez uma parada obrigatória num local em que o Órgão da Saúde aplicava a vacina contra a febre amarela nos passageiros ainda não vacinados. A vacina está recomendada nas ações de rotina dos programas de imunizações (Calendário Nacional de Vacinação) e deve ser aplicada em residentes de área com recomendação de vacina e em viajantes que se deslocam para essa área. (1)


Havia duas filas: uma para identificação e preenchimento do cartão com o registro da vacina, e outra para, com o cartão na mão, receber a vacina. Pois bem; terminada toda aquela movimentação, com as confusões inerentes, todos dentro do ônibus e em seus lugares, ao prosseguirmos a viagem não pude deixar de ouvir a conversa de dois homens sentados nos assentos de trás do meu. 

Eles contavam uma grande vantagem e riam ao mesmo tempo. Diziam que tinham passado apenas pela primeira fila, a do cartão da vacina, sem passar pela segunda fila para serem vacinados. E acrescentavam que agora eles tinham o documento que provava que eles estavam vacinados contra a febre amarela para apresentar na empresa em que trabalhavam. A um senhor que também ouvira a conversa e tentou, com toda educação, argumentar sobre o ilícito do ato que praticaram e sobre os malefícios que poderiam acontecer com a saúde deles mesmos, as respostas dos dois foram e são impublicáveis. 

Mais do que uma personalidade deturpada, atos como esse demonstram a fragilidade de caráter de indivíduos desse naipe. Acostumado a abordar assuntos ligados à educação de crianças e adolescentes, fiquei imaginando qual seria o tipo de educação em moral e ética que esses senhores poderiam dar a seus filhos e, especialmente, nos campos da religiosidade e da espiritualidade. Além do exemplo de conduta, cabe aos pais conversar sempre com seus filhos acerca das (boas) posturas que devem ter individualmente e na coletividade. Mas não nos enganemos; há vários desses por aí. Que o digam os professores, coordenadores e seus assistentes e diretores de escolas públicas e privadas.

Algumas vezes, nas escolas, nos defrontamos com meninos e meninas indisciplinados, desrespeitosos com os professores, agressivos com os colegas, descumpridores das normas e regras, e ao chamarmos e conversarmos com o pai ou a mãe, constatamos que os jovens são verdadeiras vítimas da deseducação que recebem em casa. Esses casos não são tão raros quanto se possa imaginar (nas famílias e nas escolas).

Entretanto, felizmente, a maioria dos pais, além de ser muito cuidadosa com a formação em valores, é parceira da escola e não é conivente com malfeitos praticados pelos filhos; nem na escola, nem fora dela. 

(1) Em tempo: A vacinação de rotina para febre amarela é ofertada em 19 estados (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Fonte: Ministério da Saúde.

(Leia também)      (Siga-me)     (Compartilhe!)

SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI



Share:

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

domingo, 13 de outubro de 2019

TRAGO TUDO COMIGO


Livros Prateleira Biblioteca Estante De Li

Roberto Gameiro

A escola em que cursei o que hoje corresponde à segunda fase do Ensino Fundamental tinha como lema a frase latina “omnia mecum porto”. Embora tivéssemos no currículo a disciplina “Latim”, poucos de nós tínhamos a real percepção da profundidade semântica dessa frase; mas usávamos com orgulho o uniforme com a frase bordada nas costas!


Omnia mecum porto” significa “trago tudo comigo”. Conta-se que quando Priene, na Grécia antiga, estava cercada pelos Persas, todos se preocupavam em fugir levando bens, joias, ouro e prata, à exceção de Bias, um dos sete sábios da Grécia, que fugiu levando apenas seus livros e seus conhecimentos. Perguntado, ele respondeu: “Omnia mecum porto”, ou seja, o conhecimento e o saber são os bens que realmente têm valor para o ser humano.

Longe de mim querer dizer que é “pecado” ter bens, joias, ouro e prata. O que quero ressaltar da frase em questão é a importância que têm o conhecimento e o saber nas nossas vidas, bem como a percepção de segurança e liberdade que nos trazem para enfrentar os desafios cotidianos.

Conhecimento e saber são constituintes de um concerto humanístico que pode trazer, além de felicidade, a conquista de bens materiais. 

Por oportuno, vale recordar a diferença entre conhecimento e saber. O conhecimento é uma pertença do indivíduo, construído no seu cérebro através da inserção das informações que recebe no dia a dia. Quando você se dispõe a comunicar um conhecimento, ele volta à condição de informação e toma a forma de saber. 

Entretanto, cuidemos, porque conhecimento e saber podem ser usados para o bem, assim como para o mal.

Descartes (1596-1650) escreveu no seu “Discurso sobre o Método”: “Não é suficiente ter a mente sã: o essencial é bem aplicá-la. As maiores almas estão capacitadas aos maiores vícios como às maiores virtudes. Os que caminham muito vagarosamente podem se adiantar muito mais, se prosseguirem sempre em seu caminho reto, do que os que correm e se afastam desse roteiro.”.

Haja vista a situação de certos governantes, políticos e empresários envolvidos em processos de corrupção. Muitos usaram seus conhecimentos e seus saberes para o mal, acumulando ilegalmente imensas fortunas e bens dos quais não terão condições de usufruir nem que vivam vários séculos; para estes, dizer “omnia mecum porto” significaria o aporte de muitos contêineres com peso proporcional ao peso na consciência de cada um deles.

Lembremo-nos sempre do que disse Platão: “A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento.”.

Obs.: Na passagem do tradutor para o inglês, “conhecimento” e “saber” têm a mesma tradução: knowledge.


(Leia também)          (Siga-me)

Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 10/04/18. Atualizado em 13/10/19.


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.


Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor na área de “Gestão de escolas de Educação Básica”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.


Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI




Share:

segunda-feira, 29 de abril de 2019

COMO EU ME VEJO E VOCÊ ME VÊ

Rosto, Cabeça, Perfil, Perfil, Perfil






Atualizado em 04/11/22


Roberto Gameiro

É de Clarice Lispector (1920-1977), escritora e jornalista ucraniana naturalizada brasileira, a afirmação: “Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar”.


Cada um de nós tem uma imagem de si próprio, fruto das vivências e do concerto formado pelas características da personalidade e do caráter.

Nem sempre a forma como nós nos vemos coincide com a forma como os outros nos veem. Essa relação não necessariamente coincidente tem a ver com os valores que direcionam os olhares do emissor e do receptor, o que significa que não se pode afirmar que uma das visões é mais correta do que a outra.

Nesse contexto, o escritor e conferencista Paulo Vieira complementa: “A maneira como você se vê determina suas escolhas, ações, reações e, sobretudo, os resultados que tem e terá na vida”, e que “Nossas crenças sobre nós mesmos influenciam todas as nossas escolhas mais significativas e importantes, direcionando todas as nossas decisões e, portanto, determinando a vida que levamos.”.

Isso ocorre de maneira especial com as crianças e adolescentes que, por não terem ainda as conexões cerebrais suficientemente amadurecidas, apresentam tendências de copiar comportamentos sem passá-los pelo filtro da razão, o que atrapalha o discernimento da forma como se veem, e se sujeitam a aceitar facilmente a forma como os outros os veem.

Por isso, a importância da existência de “pessoas de referência” na educação e formação das crianças e adolescentes. De preferência, os próprios pais. Pessoas que sejam presentes e inspiradoras de posturas e ações construtivas e saudáveis, que encarnem valores profundos e os proclamem com força significativa para auxiliá-los no processo de amadurecimento de suas conexões cerebrais. 

Leve-se em conta, também, quem nos vê e, como escreve Clarice Lispector, quando e como nos vê. Dependendo do quem, onde, como e quando nos veem, poderemos ser valorizados positivamente ou negativamente. Procuremos, portanto, sempre que possível, estar nos lugares certos, nos momentos certos e com as pessoas certas, não nos sujeitando a sermos “avaliados” por pessoas erradas e inadequadas.

Carl Rogers (1902-1987), fundador da psicologia humanista, afirmou: “Todo ser humano, sem exceção, pelo mero fato do ser, é digno do respeito incondicional dos demais e de si mesmo; merece estimar-se a si mesmo e que se lhe estimem.”.

Cuidemos da nossa autoestima.

Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 16/04/2019.

(Leia também)          (Siga-me)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI


Share:

segunda-feira, 4 de março de 2019

A BUSCA NECESSÁRIA DE EVIDÊNCIAS

Silhuetas, Pessoa, Máscara



Roberto Gameiro


As ponderações constantes neste artigo nos impelem a refletir sobre o processo de formação das crianças e adolescentes cuja condução está sob a nossa responsabilidade.


Na nossa memória de longo prazo, temos conhecimentos construídos ao longo da vida, os quais são denominados “conhecimentos prévios” que sustentam nossa cognição e nossas emoções e servem de base para a construção de novos conhecimentos a partir dos novos dados e informações que recebemos a todo momento. É, portanto, uma construção somativa cumulativa que vai crescendo sem que percebamos e formatando nossas percepções, nossas tomadas de decisão e nossas identidades como seres humanos e sujeitos de papéis sociais.

René Descartes (1596-1650) escreveu no seu “Meditações Metafísicas”, na “Meditação Primeira”: “Há já algum tempo me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera grande quantidade de falsas opiniões como verdadeiras e que o que depois fundei sobre princípios tão mal assegurados só podia ser muito duvidoso e incerto; ...”

Quantas falsas informações recebemos como verdadeiras sem cotejar com evidências que as validem, e as aceitamos como tal, inserindo-as na nossa memória e ponto.

Essas falsas informações vão servir de “adubo” receptáculo na inserção de novos dados e informações, construindo novos conhecimentos falhos na base.

É uma espécie de “bola de neve” que vai crescendo e nos iludindo, fazendo-nos tomar decisões erradas, conflituosas e ausentes de evidências comprobatórias.

Isso causa uma confusão mental significativa, principalmente se conflitivas com o nosso caráter e nossa personalidade.

É nesse momento que vale a pena conhecer a continuidade do texto de Descartes: “...de forma que me era preciso empreender seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões que até então aceitara em minha crença e começar tudo de novo desde os fundamentos, se quisesse estabelecer algo firme e constante nas ciências”.

 Você está ou já esteve nessa situação?

E as nossas crianças e adolescentes? Estão sendo capacitadas para discernir entre o certo e o errado?  Em meio a tantas novas tecnologias da informação disponíveis, estão habilitadas a procurar evidências que validem o que leem e ouvem, em fontes fidedignas, antes de aceitar como verdadeiras as informações, ou os dados? 

Não basta, portanto, que nós adultos assumamos a postura da dúvida proposta por Descartes há quase quatrocentos anos, no texto aqui apresentado, ou parte dela. Há que se capacitar os meninos e as meninas para assumir essa forma de tratar a construção dos seus conhecimentos, para não caírem nas armadilhas inerentes.

Se cada um de nós cuidar dos seus, além de contribuirmos para a importante formação de uma criança ou adolescente, construiremos, também, uma sociedade melhor, mais verdadeira e mais confiável. 


(Leia também) (Siga-me)  (Compartilhe!)

SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI



Share:

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

IDENTIDADE E DIGNIDADE


Roberto Gameiro

– Qual é a sua identidade? A resposta poderia, talvez, ser o número da cédula de identidade; mas não é a essa identidade que me refiro.
Refiro-me a algo mais relevante do que um simples documento. Refiro-me àquelas características que nos distinguem e nos qualificam. À forma como nos vemos e como as outras pessoas nos veem. O nosso caráter, a nossa personalidade, a nossa visão de mundo e como nos inserimos nele.

Este artigo já tem a sua versão editada e ou atualizada em PODCAST no SPOTIFY para sua comodidade ou para pessoas com deficiência. CLIQUE AQUI
As organizações são identificadas pela sua razão social, pela sua visão de futuro, pela sua missão, pelos seus princípios e valores. Estrategicamente, procuram fazer a gestão ancoradas nesses atributos como forma de adesão de todos os colaboradores para a consecução dos objetivos e das metas. E procuram disseminar essas informações para os seus clientes e fornecedores. É como elas (as organizações) se veem e como querem ser vistas.
Nós, seres humanos, temos a nossa identidade como tal, mas também temos a nossa identidade projetada nos diversos papéis sociais que desempenhamos. Eu sou o ser humano Roberto, que posso exercer diversos papéis sociais: diretor de escola, professor, sócio de clube, pai, avô, síndico…
Nem sempre a forma como nos vemos coincide com a forma como os outros nos veem. Mas, com a convivência e os relacionamentos mais chegados, acabamos por formatar algumas características próprias do nosso jeito de ser e de agir, o que passa a ser perfeitamente perceptível para as outras pessoas. Quantas vezes, diante de um fato acontecido, ouvimos alguém dizer: “isso só pode ser coisa do Fulano de Tal”. É a identidade “falando alto” e nos revelando para o bem, ou para o mal.
Por óbvio, não precisamos ser o que os outros querem ou preferem que sejamos. Temos de ser nós mesmos, baseados em valores saudáveis para projetar uma identidade real e defensável.
A identidade está diretamente relacionada à dignidade. A dignidade humana.
dignidade humana, junto da soberania, da cidadania, dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, e, ainda, do pluralismo político, constitui um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito da República Federativa do Brasil. (CF, 1988)
O artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948) registra que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
A dignidade é suportada pela identidade e vice-versa. São características das quais não podemos abdicar sob pena de perdermos o nosso sentido de vida. Ninguém tem o direito de se apoderar da identidade e ou da dignidade do outro, seja ele seu filho, seu pai, seu empregado, seu cônjuge, embora saibamos que isso acontece até com certa frequência, especialmente nas relações trabalhistas. A escravatura foi um exemplo claro dessa situação; o escravo perdia primeiro a sua identidade, e, logo em seguida, a sua dignidade como ser humano. E sabemos que, ainda hoje, há situações de verdadeira escravidão no Brasil e pelo mundo afora.
Jesus Cristo nos deixou um novo mandamento: que devemos nos amar uns aos outros como Ele nos amou. É isso. E ponto.

(Leia também)    (Siga-me)
Artigo publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 01/06/2016.


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br

Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor na área de “Gestão de escolas de Educação Básica”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br


Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI



Share:

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

VAGAS ESPECIAIS PARA QUEM?

Blue handicapped parking spot

Roberto Gameiro 

Depois de buscar a neta na escola de educação infantil, a senhora se dirigiu à universidade para pegar seu filho. Lá chegando, encontrou o estacionamento lotado.

Idosa, resolveu parar perto das vagas especiais, na esperança de conseguir um lugar à saída de algum carro.  

Estava com a neta no carro, e esta, como ela, observava as pessoas que eventualmente pudessem chegar para retirar seus veículos e sair. 

De repente, ao longe, surge a silhueta d’alguém que se dirigia para o local. Era uma moça que caminhava carregando alguns livros, entre eles um Vade-mécum. Tratava-se, ao que tudo indicava, de uma estudante do curso de Direito.

Qual não foi a surpresa de avó e neta, quando a estudante, por sinal, muito bonita, se encaminhou a uma vaga de idoso, onde estava o seu carro, uma vistosa caminhoneta utilitária de luxo, acomodou-se e saiu.

A neta, tão estupefata quanto a avó, observou a cena e perguntou se aquilo “podia”.

Claro que não podia, especialmente por parecer tratar-se de aluna de um curso de formação de advogados, nobre profissão dos que são os primeiros guardiães da Constituição e das Leis.

Espera-se dos adultos que sirvam de exemplo para as crianças e adolescentes, que veem, nas suas posturas, modelos a serem seguidos, especialmente aqueles ligados à cidadania, aos bons costumes e ao cumprimento das Leis.

Que péssimo exemplo deu aquela estudante a uma criança, estacionando seu carro em vaga a ela não permitida. Entretanto, foi uma oportunidade para um diálogo frutífero com a menina por parte da avó; até porque não era isso que ela aprendia na escola; ao contrário, as professoras sempre diziam que as pessoas precisam obedecer às sinalizações de trânsito.

Esse tipo de situação repete-se diariamente em estacionamentos de locais públicos e privados, no Brasil, em vagas de idosos e deficientes, com um descaramento sem igual. E não há fiscalização que dê conta de inibir com eficácia esse mau comportamento, tal a incidência com que ocorre.

Isso é próprio do “jeitinho brasileiro” do “levar vantagem em tudo”. Mas é, antes de tudo, desonestidade. 


Desculpem, mas não tem como eu deixar de repetir aqui o final de um outro artigo meu, citando Capistrano de Abreu, historiador cearense de Maranguape, a quem se atribui a afirmação de que a nossa Constituição deveria ter apenas dois artigos: Art. 1º - Todo brasileiro deve ter vergonha na cara. Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário.

(Siga-me)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br

Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor na área de “Gestão de escolas de Educação Básica”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br


Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI
Share:
Powered By Blogger

TRADUZA - TRANSLATE

PESQUISE NESTE BLOGUE (digite)

ADQUIRA O MEU LIVRO DIGITAL NA AMAZON

ADQUIRA O MEU LIVRO DIGITAL NA AMAZON
O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO: PARA LEITURA E DEBATE EM FAMÍLIA - COM OS FILHOS

CÓPIA, REPRODUÇÃO, CITAÇÃO E COMPARTILHAMENTO

Autorizadas, desde que com a inclusão dos nomes do blogue e do autor.

Busca na Wikipedia. Digite o assunto.

Resultados da pesquisa