O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

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sábado, 6 de janeiro de 2024

O VALOR DO NOME


Roberto Gameiro


Há alguns anos, comecei a frequentar um restaurante na cidade onde morava. Comida boa, ambiente sadio, higiene a toda prova, era um lugar agradável que dava gosto levar a família. Na primeira vez, fomos recebidos educadamente pelo proprietário e sua esposa, me apresentei e aos meus, e fomos muito bem atendidos.


Na segunda vez, o proprietário, ao nos receber, me chamou de Paulo. Eu, com educação e sutileza, o corrigi dizendo que meu nome é Roberto, e não Paulo. Mas nas vezes seguintes, ele continuou a me chamar de Paulo. Corrigi-o mais uma vez e tive vontade de corrigi-lo depois de novo, mas não o fiz. Ora, se ele me identificava sempre como Paulo, é que para ele eu era o seu cliente Paulo. E eu virei Paulo quando no restaurante daquele senhor. Mas, nem por isso, perdi a minha identidade – que eu prezo muito. Aliás, Paulo é um nome muito bonito; e bíblico.


Foi uma concessão que fiz para aquele senhor e sua família, até porque ele não fazia a troca do meu nome por malícia ou deboche.


Segundo o jornalista Marcelo Testoni (1), “em um estudo de 2016, cientistas da Universidade Duke (EUA) descobriram que essa é uma situação corriqueira, após analisarem cinco pesquisas diferentes (...) segundo os cientistas, na primeira pesquisa, metade dos entrevistados teve seu nome trocado, independentemente (...) do grau de afinidade com os interlocutores. Ocorre tanto quando se trata de desconhecidos como com quem se conhece pouco ou até se convive há décadas. Mas não tem a ver necessariamente com ser menos amado ou lembrado (...) a confusão entre nomes ainda tem a ver com o fato de o cérebro armazenar e distribuir informações sobre pessoas do nosso dia a dia em diferentes "caixinhas" cognitivas que se interligam. Nomes são representações de alguém e são recobrados com lembranças, emoções, sensações, eventualmente distorcidos".


Nós, seres humanos, temos a nossa identidade como tal, mas também a temos projetada nos diversos papéis sociais que desempenhamos. Eu sou o ser humano Roberto, que posso exercer diversos papéis sociais: diretor de escola, professor, sócio de clube, pai, avô, bisavô, esposo, cliente de um restaurante …


O nome é um bem de incomensurável valor, e deve ser preservado e valorizado, pois ele representa o que somos, a forma como nos vemos e como as outras pessoas nos veem, o nosso caráter, a nossa personalidade, a nossa visão de mundo e como nos inserimos nele.


Mesmo que eventualmente façamos alguma condescendência.


Para terminar, tem a história daquele “coronel” latifundiário que chamava a sua mulher de “amor”. Era amor para cá, amor para lá ... Certa vez uma repórter foi entrevistá-lo e comentou que achava lindo o fato de ele chamar a esposa de “amor”, ao que ele lhe confidenciou que fazia dez anos que tinha esquecido o nome dela ...


Como já escrevi várias vezes: o que dá pra rir, dá, também, pra chorar ... 


REFERÊNCIA


(1)TESTONI, Marcelo. Vive trocando o nome das pessoas? Saiba por que isso ocorre. Encontrado em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/05/16/vive-trocando-os-nomes-das-pessoas-saiba-por-que-isso-ocorre.htm?cmpid=copiaecola. Acessado em 03/01/2024.


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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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sábado, 19 de agosto de 2023

SOBRE BOTÕES, FLORAÇÕES E SABER



Roberto Gameiro

Há uma música infantil muito conhecida que tem diversas letras adaptadas à bela melodia. 

Talvez, você se lembre desta:

Antes de, antes de entrar na escola, somos simples, somos simples “bootões”, mas o saber, o saber nos transforma em risonhas, em risonhas florações ... 
 
Lembrou?

Pois é; trata-se de uma peça semântica que traz, além de uma mensagem agradável aos ouvidos, um texto que dá prazer aos sentidos das crianças.
 
Trata-se de uma metáfora que, ao relacionar botões, florações e saber, nos conduz ao núcleo do processo de aprendizagem e do crescimento humano, mostrando-nos o caminho que trilhamos desde pequenos, indicando-nos como o conhecimento nos torna pessoas mais realizadas e plenas.

Muito feliz a escolha da palavra “saber”, pois o saber é a comunicação do “conhecimento” sob a forma de informação (que se transformará, então, em novo conhecimento na memória do interlocutor).

Na primeira infância, nossas mentes estão abertas e sedentas por entender o mundo que não fizemos, mas ao qual temos de nos adequar e conviver. A curiosidade povoa nossas mentes e, a cada nova descoberta, construímos e delineamos mais e mais nossa cognição e equilibramos nossas emoções. 

No extraordinário mundo do conhecimento (e do saber) aprendemos sobre geografia, matemática, ciências, línguas e um sem-número de possibilidades cognitivas e emocionais. 

Isso nos proporciona a possibilidade de acrescentar às nossas mentes inimagináveis quantidades de conhecimentos que nos permitirão florescer, crescer e nos desenvolvermos, tornando-nos capazes de entender e de usufruir das intrincadas características do mundo em que vivemos.

Assim como as plantas não param de crescer e florescer, e, para isso, precisam de cuidados, também o processo de busca do conhecimento e do consequente saber deve ser permanentemente alimentado para que estejamos sempre prontos para enfrentar os desafios que a vida inexoravelmente nos trará.
 
Botões, florações e saber: um ciclo metafórico virtuoso.
 
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sábado, 22 de julho de 2023

MENSAGEM - PROFESSORES SÃO LÍDERES E PESQUISADORES

MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

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TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS
TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES 

Professores são líderes. E, como tal, têm a missão de conduzir e orientar seus pupilos para que alcancem suas metas e objetivos na vida; ajudam-nos, pelo exemplo e posturas, inclusive a escolhê-las. Para isso, precisam ser honestos e verdadeiros, assumindo sua condição humana de incompletude. Professor não tem resposta para tudo. Mas, como pesquisador por profissão, sabe conduzir-se e conduzir seus alunos para a busca de informações e saberes no amplo espaço online que aí está. Portanto, nada vergonhoso em dizer para o aluno: “eu não sei a resposta para essa sua pergunta, mas vou pesquisar e te informo”; ao contrário, tudo de corajoso e verdadeiro.























 

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sábado, 11 de março de 2023

SENDO VOCÊ MESMO


Roberto Gameiro

Carlos Drummond de Andrade escreveu na sua "Obra poética", de 1989, que "Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar.".


Noutro dia, li que Charles Chaplin quis provar uma teoria inscrevendo-se num concurso de sósias dele mesmo.

Você já se imaginou participando de um concurso como esse?

Provavelmente, você procuraria ser o mais natural que possível, falando com a mesma entonação de sempre, assim como os gestos e a expressão facial, andando no mesmo compasso que o caracteriza, discorrendo sobre temas que fizeram-no se destacar no seu entorno.

(...)

Um concurso de sósias de mim mesmo! 

Que graça.

Impossível eu não ganhar esse concurso, pois ninguém é tão igual a mim quanto eu mesmo!

Vendo as apresentações dos outros candidatos, percebo tantas falhas, tantas incoerências, tanto do que nada tem a ver comigo...

(...)

Pois bem; Chaplin ficou em terceiro lugar no concurso. 

Espirituoso como era, ele deve ter rido muito ao saber desse resultado. Rindo “por dentro”.

Como escrito no início do texto, Chaplin queria provar uma teoria. E provou. 

Provou o quê?


Charles Chaplin provou que se depender da opinião dos outros, você não serve nem para ser você mesmo.

Dessa afirmação, retiro a expressão  “ser você mesmo”.

É de Clarice Lispector a afirmação: “Depois que aprendi a pensar por mim mesma, nunca mais pensei igual aos outros.”.

Daí, decorre o fato de que a minha cognição é só minha. Não há outra igual. 

Isso, considerando a cognição, conforme o dicionário “Aurélio”, como “o conjunto dos processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação e no reconhecimento”.

Por trás dos “processos mentais” indicados pelo “Aurélio, sob o meu olhar, estão as competências ou capacidades da Taxionomia de Bloom”, especialmente a “análise”, a “síntese” e a “avaliação ou julgamento”.

Mas não basta ter uma cognição avantajada se o indivíduo não tiver aprendido a usá-la, a explorá-la. Vejam que a escritora escreveu “depois que aprendi a pensar por mim mesma...”.

Pensar por si mesmo é “ser você mesmo”, é ser autêntico, é não ser “Maria vai com as outras”, é ser reflexivo.

É saber usar em seu favor e em favor da sociedade como um todo, os recursos cognitivos ou conhecimentos que conquistou, que construiu ao longo da sua formação.

Mesmo que você fique em terceiro lugar num concurso de sósias de você mesmo. Rss. 

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sábado, 31 de dezembro de 2022

O CARÁTER, A NATUREZA, A ÍNDOLE



Roberto Gameiro


“Existem várias lendas dentro da tradição Zen, transmitidas e renovadas pela tradição oral e parte dos folclores chinês e japonês, que se entrelaçam com a história. Narrativas da tradição oral, muitas das quais compiladas em antologias literárias, podem ser, de acordo com diferentes visões de teóricos, consideradas lendas, folclore, mitologias ou literatura propriamente dita.” (1) 

Conta-se, através de uma lenda Zen, que um mestre do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou. Pela reação de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava se afogando de novo. O mestre tentou tirá-lo novamente e novamente o animal o picou. Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:
— Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas as vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?
O mestre respondeu:
— A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar.
Então, com a ajuda de uma folha o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida.

Esse texto nos serve de pretexto para levar nossas reflexões na direção de diversos contextos, todos ricos na forma e no conteúdo.

Opto por retirar do texto a frase: “A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar”.

Na nossa trajetória de vida encontramo-nos, às vezes, em situações análogas à do Mestre do Oriente.

O mestre deixa claro que a sua natureza é ajudar. Neste caso “natureza” tem o sentido de “caráter”, “índole” e “temperamento”.
  
O seu caráter, portanto, é o que você realmente é; sua índole, seu temperamento, sua natureza. 

Um homem se identifica na sociedade como pessoa através do seu caráter e da sua personalidade. Sob o meu olhar, o caráter tem como frutos os princípios; a personalidade, os valores.
 
Se você estiver numa situação de conflito, seja no campo profissional, seja no campo pessoal, aja sempre em consonância com seu caráter, com seus princípios, não deixando que eventuais maledicências ou maldades da outra parte façam com que você mude a sua natureza, a sua índole. Tenha cautela pois mais importante do que a sua imagem, que é o que os outros veem em você, é a sua consciência, o seu caráter. Decisões tomadas à revelia do seu caráter é como se você estivesse falando uma mentira. E sabemos que para suportar uma mentira, outras mentiras terão de ser faladas; é uma bola de neve que vai aumentando, aumentando, causando-lhe angústia e arrependimento.

Portanto, não seja afoito. Não seja apressado para tomar as suas decisões num conflito. Melhor adiar uma resposta para amanhã ou depois, do que dá-la imediatamente e se arrepender em seguida ou depois. Tenha essa postura como parte dos seus princípios de vida; ela cabe em inúmeras situações, sejam elas corriqueiras ou excepcionais e, especialmente, permite que na sua mente a situação passe, da forma adequada e necessária, pelo crivo do seu caráter, da sua natureza, da sua índole. 

Charles Chaplin escreveu: “Não se mede o valor de um homem pelas suas   roupas ou pelos bens que possui; o verdadeiro valor do homem é o seu caráter, suas ideias e a nobreza dos seus ideais.”.


Referência
 (1) ZEN. Wikipédia, a enciclopédia livre. Encontrado em https://pt.wikipedia.org/wiki/Zen. Acessado em 28/12/22.

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segunda-feira, 13 de junho de 2022

MENSAGEM - CRIANÇAS OUVEM E CONTAM HISTÓRIAS


  MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
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TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS
TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES 

Todos sabemos como as crianças adoram ouvir histórias. Qual de nós não se lembra do quão prazeroso era escutar as histórias de vida contadas pelos mais velhos, e como a nossa imaginação navegava, emocionada, por possibilidades ora de mistério, ora de alegria, ou de tristeza, ou de esperança. A criança que agora "ouve histórias", daqui a pouco estará "contando histórias". Ressalte-se, também, que ao ouvir histórias, a criança aprimora a competência do "saber ouvir os outros", capacidade que perpassa os campos do cognitivo e do emocional, partes integrantes e inter-relacionadas do processo de aprendizagem.

Roberto Gameiro

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sábado, 14 de maio de 2022

MARKETING EDUCACIONAL - MARCA, ATRIBUTOS E IMAGEM

 Marketing, Negócios, Mercado, Estratégia

Roberto Gameiro


American Marketing Association define marketing como sendo o processo de planejar e executar a concepção, a determinação do preço, a promoção e a distribuição de ideias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizações (KOTLER e KELLER, 2005).

Referindo-se ao marketing educacional (marketing para instituições de ensino), Facó (2005), afirma que o marketing não abrange somente a comunicação comumente chamada de propaganda. Enfatiza que não se trata apenas de atrair novos alunos para as escolas e faculdades, mas envolve questões como produto, preço, promoção e ponto (os quatro “pês” do marketing). Define produto como sendo os serviços educacionais prestados, e preço como o valor monetário que é cobrado (de uma instituição que cobra uma mensalidade de valor elevado espera-se encontrar uma qualidade em seus serviços que seja superior à encontrada em outra que aplica uma mensalidade mais barata). Facó acrescenta que a promoção é o aspecto mais conhecido do marketing e forma a imagem da instituição para a sua comunidade; quanto ao ponto, refere-se à localização e aos modos de distribuição dos serviços.

 “Não existe marketing sem ações integradas nesses quatro aspectos. Dessa forma, devemos ter em mente que marketing é uma atividade bastante abrangente dentro de uma empresa ou instituição de ensino. (...) O administrador de uma instituição de ensino deve entender o que é marketing, tanto quanto um profissional de marketing deve compreender o que é educação” (FACÓ, 2005).

Segundo a definição da American Marketing Association (AMA), “marca é um termo, símbolo, desenho ou uma combinação desses elementos, que deve identificar os bens ou serviços de um fornecedor ou grupo de fornecedores e diferenciá-los dos da concorrência (KELLER e MACHADO, 2006).

As marcas podem sinalizar determinado nível de qualidade e, dessa maneira, consumidores satisfeitos podem facilmente optar novamente pelo produto. A fidelidade à marca proporciona à empresa previsibilidade e segurança de demanda (KOTLER e KELLER, 2005).

O que caracteriza uma marca, identificando-a para o público a que se destina, são os seus atributos. Esses atributos são associados à marca, diferenciando-a de outras marcas congêneres. Keller (2006) escreve sobre pontos de paridade e pontos de diferença, os quais constituem o que denomina de “conjunto de diferenciação”. Os pontos de paridade são aqueles atributos que qualquer marca precisa ter para estar no mercado oferecendo o produto ou serviço. Os pontos de diferença são associados a atributos que apenas uma marca tem, os quais não são encontrados nas marcas concorrentes.

Quando se abordam os princípios e os valores de uma escola, seja ela confessional ou laica, pode-se considerar a escola em si ou a rede a que pertence, como uma marca, e os próprios princípios e valores, como atributos dessa marca.

Por oportuno, lembro que “princípios são características perenes da organização, que, consequentemente, ela não se dispõe a mudar; são as crenças básicas, o “credo” da instituição, as motivações fundacionais, enfim, aquilo em que se acredita como justificativa da sua existência e que, se forem mudados, se perderá a razão de ser da organização, e que valores são características da organização que constituem virtudes, qualidades e méritos considerados importantes para o cumprimento da missão e para perenizar os princípios; devem ser preservados e incentivados, mas podem ser classificados numa escala entre extremos, como, por exemplo, centrais e periféricos.”. (COSTA, 2007)

A identidade é a forma como a organização pretende ser vista. Constitui-se fundamentalmente pela explicitação da Visão, da Missão e dos Princípios e Valores. A área do Marketing estuda, com mais ênfase, a imagem. A imagem é a forma como a organização é vista pelo consumidor dos seus produtos ou serviços.

A identidade organizacional tem relação direta com a cultura que forma o corpo da instituição ou de uma rede. Essa identidade é comunicada através dos serviços que são prestados pela instituição. À forma como os usuários dos serviços percebem os mesmos, positiva ou negativamente, podemos chamar de Imagem. Não adianta trabalhar uma imagem positiva se a identidade não a suporta ou não a comprova. Às vezes, constrói-se uma imagem altamente positiva por uma estratégia de marketing com um mix bem coordenado, porém, se a identidade não confirmar a imagem transmitida, não haverá fidelização.

De Toni e Schuler (2007) afirmam que a imagem é o que as pessoas pensam e sentem sobre o produto ou marca, sendo condicionada pela natureza do objeto bem como pela natureza do observador, e que são representações, impressões, convicções e redes de significados de um objeto armazenado na memória de forma holística.

Kotler e Keller (2006) analisam a imagem da marca tendo como referência o brand equity, o qual definem como sendo um valor agregado atribuído a produtos e serviços, e que pode se refletir no modo como os consumidores pensam, sentem e agem em relação à marca, bem como aos preços. Afirmam que na perspectiva da construção da marca, todas as opções de comunicação devem ser avaliadas em termos de sua capacidade de influenciar o brand equity, e que se devem diferenciar os conceitos de imagem e identidade. Definem identidade como sendo o modo como a empresa busca identificar ou posicionar a si mesma ou seu produto, e imagem, como o modo como o público vê a empresa ou seus produtos.

Farias (2005) ressalta a importância do gerenciamento da comunicação externa, pois permite uma visão não apenas verossímil da cultura e da identidade e pode otimizar o relacionamento da organização com os seus diversos públicos. Afirma, ainda, que a comunicação organizacional é moldada por impulsos externos e causa efeitos positivos ou negativos nos públicos externo e interno, em especial neste último. Esses inputs transformam-se na cultura organizacional, que se materializa na identidade corporativa e que reverbera por meio da imagem.

(*) Artigo adaptado baseado no “Apêndice A” da dissertação de mestrado de Roberto Gameiro (Gameiro, 2007)

REFERÊNCIAS 

COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão Estratégica: da empresa que temos para a empresa que queremos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

DE TONI, Deonir; SCHULER, Maria. Gestão da imagem: desenvolvendo um instrumento para a configuração da imagem do produto. 2007. Porto Alegre, 2005. 268f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2005.

FACÓ, Marcos Henrique. A essência do marketing educacional. In: COLOMBO, Sônia Simões (org.). Marketing Educacional em Ação: estratégias e ferramentas. Porto Alegre: Artmed/Bookman, 2005.

FARIAS, Luiz Alberto Beserra de. Comunicação Organizacional: identidade e imagem corporativas fortalecendo marca e produto. Disponível em: < http://www.comunicacaoempresarial.com.br  >. Acesso em: 20 set. 2005.

GAMEIRO, Roberto. Princípios dominantes na escola católica de educação básica. Dissertação de Mestrado, Fumec, 2007. Disponível em http://www.fumec.br/anexos/cursos/mestrado/dissertacoes/completa/roberto_val_gameiro.pdf. Acesso em 05/01/2019

KELLER, Kevin Lane; MACHADO, Marcos. Gestão Estratégica de Marcas. São Paulo: Pearson, Prentice Hall, 2006. 289 p.

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2005.

Publicado originalmente em 15/01/19

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sábado, 25 de setembro de 2021

OS VERDADEIROS HERÓIS DE HOJE

 


Roberto Gameiro


Vivemos uma época em que os valores são constantemente invertidos e subvertidos. É tão comum esperar-se das pessoas ações e reações com contravalores, que o pior virou rotina, a ponto de quando alguém age de forma honesta, verdadeira e autêntica, receber elogios e, nalguns casos, ser até visto e exaltado como um herói.

 

É o caso, por exemplo, da pessoa que procura devolver para o dono uma carteira com documentos e dinheiro achada na rua; esse fato, que deveria ser visto como uma obrigação natural e esperada de um cidadão, vai até parar nos jornais e nos sites como algo excepcional; vira notícia.


Um bombeiro que arrisca sua vida, num incêndio, para tirar uma criança do meio das chamas, é aclamado como   herói; nada mais justo e merecido. Entretanto, como aceitar que, na mesma noite, os participantes de um reality show sejam chamados de “heróis”? E como não aceitar, se o próprio dicionário “Aurélio” apresenta “herói” como “pessoa que por qualquer motivo é centro de atenções”? O bombeiro e os participantes do “reality show” cabem nessa definição.

 

Durma-se com esse “barulho”.


Para abrandar nossas inquietações a respeito, talvez seja conveniente considerarmos de pronto que alguém que é herói para mim pode não ser para você. E vice-versa. 


Claro que vamos excluir dessa nossa análise os heróis da ficção. Não nos interessam aqui o “Homem de Ferro”, o “Homem Aranha”, o “Batman”, o “Super Homem”, o “Capitão América”, a “Mulher Maravilha”...


Interessam-nos, isso sim, os heróis de “carne e osso”, pessoas reais que por seus feitos podem e devem ser assim denominados.


Afinal, o que é um herói?


No “Aurélio” encontramos, também, que herói é um “homem extraordinário por seus feitos guerreiros, seu valor ou sua magnanimidade”. Ainda bem. 


Essa segunda definição do “Aurélio” me leva a refletir que a caracterização de um feito como heroico depende de “onde”, de “como” e de “quando” ele ocorreu.

 

Assim, Martin Luther King Jr. foi um herói devido às suas ações no período histórico por que passavam os EUA (aliás, diga-se de passagem, Luther King seria um herói mesmo se estivesse vivendo hoje).


Mudam as épocas, mudam-se os valores, mudam as ideologias dominantes, e alguns personagens antes considerados heróis são hoje destronados dessa condição. Veja-se o movimento que acontece em várias partes do mundo com bustos e estátuas sendo derrubados e desonrados. Claro que nada justifica essa violência.


O “onde”, o “como” e o “quando” da minha reflexão nos coloca no centro da pandemia do Coronavírus e a forma como o ser humano está enfrentando esse difícil momento. 


Banksy (pseudônimo de um artista pintor de graffiti, pintor de telas e diretor de cinema britânico) tem uma obra de 2020 no Hospital da Universidade de Southampton, no sul da Inglaterra, que apresenta um menino que tem nas mãos o boneco de uma heroína, uma enfermeira, enquanto os bonecos do Batman e do Homem Aranha repousam esquecidos num cesto. (1)


Trata-se de uma justa e merecida homenagem porque esses são os nossos heróis de hoje. Médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares, verdadeiros guerreiros que por seus valores e sua magnanimidade, a despeito do perigo que corriam e correm, não deixaram de acolher e cuidar dos doentes, especialmente nos momentos mais desesperadores da pandemia mundo afora.

  

A vida é o dom mais precioso com que Deus nos dotou. Devemos cuidar dela com muito desvelo, agradecendo ao Criador, fazendo o bem e colocando-nos sempre a serviço do próximo.

 

Como disse Madre Teresa de Calcutá: “Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz!”.


Vida longa aos profissionais da saúde! Nossos verdadeiros heróis!


(1) Conheça a obra de Banksy: clique aqui  


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sábado, 24 de julho de 2021

PROFESSORES NÃO TÊM TODAS AS RESPOSTAS

 


Roberto Gameiro


Professor não é um super-homem

 

Entretanto, há os que pensam que são. Há, também, alguns que têm certeza de que são. Mas, talvez, pensassem assim qualquer que fosse a profissão que abraçassem.


Professores são seres de relações. Não que os super-heróis não sejam “seres de relações”; eles “existem” para fazer o bem e proteger a humanidade de malfeitos.


Professores são da vida real. Super-heróis são da ficção. 


Mas há outras atividades em que alguns profissionais pensam que são deus, enquanto outros têm certeza disso. Vejam que escrevi “deus” com letra minúscula por respeito ao Criador; mas, tenha certeza de que esses “pensam” com letra maiúscula. Você se recorda de alguma figura assim?


Aí, você poderá me perguntar: que raio de comparação esdrúxula é essa?


“Super-homens” têm respostas para tudo, sem titubear. São perfeitos e completos.

 

Professores são líderes. E, como tal, têm a missão de conduzir e orientar seus pupilos para que alcancem suas metas e objetivos na vida; ajudam-nos, pelo exemplo e posturas, inclusive a escolhê-las. Para isso, precisam ser honestos e verdadeiros, assumindo sua condição humana de incompletude.

 

Brené Brown, professora, escritora e conferencista norte-americana, escreveu: “este conceito de que o líder precisa estar “no comando” e “ter todas as respostas” é ultrapassado e paralisante. Ele causa um impacto prejudicial sobre as (outras) pessoas ao arraigar a ideia de que elas são bem menos e são inferiores.”. O “outras” foi acréscimo meu para melhorar o entendimento.


Já foi a época em que o professor era a fonte de todos os saberes decorrentes de conhecimentos, especialmente na sua área de magistério. Era a época do “ensino bancário”, em que os alunos eram depositórios dos ensinamentos vindos do professor. 


Tem razão a professora Brown ao dizer que o líder não precisa “ter todas as respostas”. O professor que se pretende “sabe tudo” não cabe mais no mundo atual. E isso vale para qualquer profissão ou atividade humana. 


Docente que tem essa postura, e ainda os há, faz um grande mal a si mesmo. Por ser “perfeccionista”, acha-se “invulnerável”. Acredito eu que ele viva com receio da próxima pergunta, do próximo questionamento. É, realmente, paralisante.

 

Aqui, a escritora nos socorre novamente, ao dizer que o perfeccionismo é autodestrutivo simplesmente porque a perfeição não existe, e que “a vulnerabilidade soa como verdade e sente-se como coragem. Verdade e coragem não são sempre confortáveis, mas elas nunca são fraqueza.”.


É preciso ser verdadeiro e corajoso para aceitar-se como “incompleto”, “imperfeito”, e, portanto, humano. Os conhecimentos estão aí disseminados pela internet. Cabe, agora, diferentemente do “ensino bancário”, saber o que fazer com eles. 


Um personagem humorístico da televisão tem um refrão que diz: “se sei, digo que sei; se não sei, digo que não sei”. Provoca risos, mas constitui uma corajosa verdade (embora as contradições do personagem).


Professor não tem resposta para tudo. Mas, como pesquisador por profissão, sabe conduzir-se e conduzir seus alunos para a busca de informações e saberes no amplo espaço online que aí está.


Portanto, nada vergonhoso em dizer para o aluno: “eu não sei a resposta para essa sua pergunta, mas vou pesquisar e te informo”; ao contrário, tudo de corajoso, verdadeiro e “vulnerável”.

 

Professor não é super-man. Professora não é super-woman.

 

E olha que eu nem falei da kryptonita...rsrs.


Deixo a indicação para que vejam um vídeo (dublado) da profa. Brené Brown sobre “vulnerabilidade”: https://www.youtube.com/watch?v=I52gMeIwbOMEla está, também, no Netflix, com outra apresentação; esta, sobre “coragem”. 


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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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sábado, 22 de maio de 2021

PODCAST - CRIANÇAS ADORAM OUVIR HISTÓRIAS



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    CRIANÇAS ADORAM OUVIR HISTÓRIAS




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domingo, 4 de outubro de 2020

AS CRIANÇAS, A NARRATIVA E A IMAGINAÇÃO

 

Atualizado em 20/05/21

Roberto Gameiro


É de Cecília Meireles (1901-1964) a frase: “Quando eu ainda não sabia ler, brincava com livros e imaginava-os cheios de vozes, contando o mundo”.


Este artigo já tem a sua versão editada e ou atualizada em PODCAST no SPOTIFY para sua comodidade ou para pessoas com deficiência. CLIQUE AQUI E OUÇA!


Todos sabemos como as crianças adoram ouvir histórias. Qual de nós não se lembra do quão prazeroso era escutar as histórias de vida contadas pelos mais velhos, e como a nossa imaginação navegava, emocionada, por possibilidades ora de mistério, ora de alegria, ou de tristeza, ou de esperança...


O período de vida que vai até os seis anos de idade é o que apresenta as maiores e melhores oportunidades para a aquisição das competências humanas; nele, os cérebros das crianças são como verdadeiras esponjas que absorvem com facilidade, e retêm, as informações que recebem. 


Muito apropriadamente, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda aos médicos que orientem as famílias a ler em voz alta diariamente para os pequenos, pois isso resulta no fortalecimento do vínculo familiar e da capacidade de aprendizado, com reflexos positivos até a vida adulta. 


E, ainda, que a escolha da hora de dormir é importante pois a leitura proporciona para a criança um adormecimento tranquilo (sem TV, tablet, celular ou computador), com a presença dos pais ao lado, num momento em que ela tem que se desligar do dia e entrar no mundo dos sonhos e fantasias.


Também a Academia Americana de Pediatria preconiza, há muito tempo, a importância da leitura em casa durante a infância, acrescentando que esse hábito pode aprimorar as habilidades da linguagem e ajudar no desenvolvimento da alfabetização.


Um estudo do Hospital Infantil de Cincinnati, localizado em Ohio nos Estados Unidos, e publicado em agosto de 2015 na revista “Pediatrics”, foi um passo largo para os estudos mais aprofundados que vieram depois.  


O estudo foi realizado com 19 crianças de 3 a 5 anos de idade usando imagens de ressonância magnética enquanto ouviam uma mulher lendo histórias, e demonstrou que em ambientes de leitura em casa, elas tinham maior atividade nas partes do cérebro que ajudam na compreensão narrativa e na imaginação visual.


Compreensão narrativa e imaginação visual... Vejam o cacife de ganhos para a formação da linguagem na criança. Enquanto ouve as histórias, ela, ao compreender a narrativa, “viaja”, através dos personagens, pelos cenários que cria na sua imaginação... Quanta riqueza na construção de novos conhecimentos nas memórias dos pequeninos!


Na área específica da Educação, vejamos o que consta da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) a respeito: “Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.”


Não por menos, a palavra “histórias” aparece na BNCC exatas 79 vezes, ora como “objetivo de aprendizagem”, ora como “habilidade”. 


A criança que agora “ouve histórias”, daqui a pouco, estará “contando histórias”. A educadora Rosa Costa escreve no seu artigo “A importância e o desafio da contação de histórias no desenvolvimento infantil: o conto e o reconto”, que “A contação de história no desenvolvimento escolar e cognitivo favorece, aguça e ativa o conhecimento da criança por meio do imaginário, do criar e recriar, do conte outra vez. Faz a criança apropriar-se de um mundo mágico, com grandes possibilidades de viagem pelo mundo do encantamento, proporciona abertura de portas, permitindo um desenvolvimento linguístico a partir do enriquecimento do seu vocabulário, além de todo um contexto que envolve a reprodução da literatura ou contação de história vivenciada."(https://www.construirnoticias.com.br/a-importancia-e-o-desafio-da-contacao-de-historias-no-desenvolvimento-infantil-o-conto-e-o-reconto/   


Ressalte-se, também, que ao ouvir histórias, a criança aprimora a competência do “saber ouvir os outros”, capacidade que perpassa os campos do cognitivo e do emocional, partes integrantes e inter-relacionadas do processo de aprendizagem. E aqui, vale enfatizar, no campo das emoções, as cinco habilidades socioemocionais preconizadas por Daniel Goleman: autoconsciência, autorregulação, automotivação, empatia e habilidades sociais, estas envolvidas na capacidade de interação social. Tudo a ver com a contação de histórias, não é?


É isso!


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 Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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