O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

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sábado, 12 de agosto de 2023

CUIDADOS NA COMUNICAÇÃO ESCOLA-FAMÍLIA-ESCOLA


Roberto Gameiro

Noutro dia, encontrei na Internet este diálogo cuja autoria desconheço.

Gabriela envia uma mensagem para o whatsApp de Rodrigo.

- Boa noite, Rodrigo. Preciso falar com você

A esposa lê a mensagem e responde: 

- Sou a esposa dele. Quero saber que história é essa de mandar boa noite para o meu marido. Quem você pensa que é?

Gabriela responde: 

- Sou a professora do filho de vocês. Na ficha escolar você colocou seu nome como a primeira pessoa a ser chamada quando necessário e por isso te mandei vários recados no caderno da criança, mas você nunca respondeu; que tal olhar o caderno do seu filho o tanto quanto olha o whatsApp do marido?

O “pano de fundo” do conteúdo desse diálogo não é raro de acontecer.

Entretanto, ele nos leva a uma reflexão acerca dos limites e cuidados que devemos ter no relacionamento escola/família/escola. 

Cada família tem seus acordos e critérios no que diz respeito à privacidade e comunicação que, muitas vezes, podem não ser compreendidos pelos outros. Há que se ter cuidado para não invadir a privacidade do casal. 

Por isso, a comunicação com a família deve ser aberta e não impulsiva e invasiva. 

Neste caso, o melhor seria responder apenas explicando para a mãe os motivos de você ter se comunicado com o marido sobre assunto vinculado ao filho deles, o que foi feito. Deve-se enfatizar que as comunicações da professora com a família são sempre relacionadas a temas escolares.

A última frase do diálogo, além de ser uma “tirada” sarcástica, pode ser conclusão precipitada pois o assunto pode eventualmente ter explicação plausível e, nesse caso, será ofensiva à mãe, o que, talvez, causará uma ruptura difícil de ser superada a curto prazo (mesmo que seja verdade).

Melhor teria sido sugerir à mãe que verificasse o caderno do filho com regularidade para contribuir positivamente com o aproveitamento escolar dele, e, assim, evitar mal-entendidos.

Há que se agir sempre com profissionalismo e com foco no bem-estar da criança, facilitando o seu aprendizado e a sua educação.

Sob o meu olhar, no diálogo objeto deste post, tanto a mãe quanto a professora foram precipitadas e perderam uma ótima oportunidade para estreitar os laços de parceria entre a escola e a família. 

Mas, quem não ...?

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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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sábado, 22 de julho de 2023

MENSAGEM - PROFESSORES SÃO LÍDERES E PESQUISADORES

MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

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TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS
TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES 

Professores são líderes. E, como tal, têm a missão de conduzir e orientar seus pupilos para que alcancem suas metas e objetivos na vida; ajudam-nos, pelo exemplo e posturas, inclusive a escolhê-las. Para isso, precisam ser honestos e verdadeiros, assumindo sua condição humana de incompletude. Professor não tem resposta para tudo. Mas, como pesquisador por profissão, sabe conduzir-se e conduzir seus alunos para a busca de informações e saberes no amplo espaço online que aí está. Portanto, nada vergonhoso em dizer para o aluno: “eu não sei a resposta para essa sua pergunta, mas vou pesquisar e te informo”; ao contrário, tudo de corajoso e verdadeiro.























 

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sábado, 27 de maio de 2023

PODCAST - PROFESSORES NÃO TÊM TODAS AS RESPOSTAS


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PROFESSORES NÃO TÊM TODAS AS RESPOSTAS


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sábado, 4 de março de 2023

PODCAST - A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA PARA A FAMÍLIA

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A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA PARA A FAMÍLIA 


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sábado, 8 de outubro de 2022

PODCAST - MUNDO VIRTUAL - Representação, espelho ou prospectiva?

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      MUNDO VIRTUAL - Representação, espelho ou prospectiva?




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quarta-feira, 27 de abril de 2022

PODCAST - NINGUÉM QUIS FAZER COMIGO


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NINGUÉM QUIS FAZER COMIGO


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sábado, 24 de julho de 2021

PROFESSORES NÃO TÊM TODAS AS RESPOSTAS

 


Roberto Gameiro


Professor não é um super-homem

 

Entretanto, há os que pensam que são. Há, também, alguns que têm certeza de que são. Mas, talvez, pensassem assim qualquer que fosse a profissão que abraçassem.


Professores são seres de relações. Não que os super-heróis não sejam “seres de relações”; eles “existem” para fazer o bem e proteger a humanidade de malfeitos.


Professores são da vida real. Super-heróis são da ficção. 


Mas há outras atividades em que alguns profissionais pensam que são deus, enquanto outros têm certeza disso. Vejam que escrevi “deus” com letra minúscula por respeito ao Criador; mas, tenha certeza de que esses “pensam” com letra maiúscula. Você se recorda de alguma figura assim?


Aí, você poderá me perguntar: que raio de comparação esdrúxula é essa?


“Super-homens” têm respostas para tudo, sem titubear. São perfeitos e completos.

 

Professores são líderes. E, como tal, têm a missão de conduzir e orientar seus pupilos para que alcancem suas metas e objetivos na vida; ajudam-nos, pelo exemplo e posturas, inclusive a escolhê-las. Para isso, precisam ser honestos e verdadeiros, assumindo sua condição humana de incompletude.

 

Brené Brown, professora, escritora e conferencista norte-americana, escreveu: “este conceito de que o líder precisa estar “no comando” e “ter todas as respostas” é ultrapassado e paralisante. Ele causa um impacto prejudicial sobre as (outras) pessoas ao arraigar a ideia de que elas são bem menos e são inferiores.”. O “outras” foi acréscimo meu para melhorar o entendimento.


Já foi a época em que o professor era a fonte de todos os saberes decorrentes de conhecimentos, especialmente na sua área de magistério. Era a época do “ensino bancário”, em que os alunos eram depositórios dos ensinamentos vindos do professor. 


Tem razão a professora Brown ao dizer que o líder não precisa “ter todas as respostas”. O professor que se pretende “sabe tudo” não cabe mais no mundo atual. E isso vale para qualquer profissão ou atividade humana. 


Docente que tem essa postura, e ainda os há, faz um grande mal a si mesmo. Por ser “perfeccionista”, acha-se “invulnerável”. Acredito eu que ele viva com receio da próxima pergunta, do próximo questionamento. É, realmente, paralisante.

 

Aqui, a escritora nos socorre novamente, ao dizer que o perfeccionismo é autodestrutivo simplesmente porque a perfeição não existe, e que “a vulnerabilidade soa como verdade e sente-se como coragem. Verdade e coragem não são sempre confortáveis, mas elas nunca são fraqueza.”.


É preciso ser verdadeiro e corajoso para aceitar-se como “incompleto”, “imperfeito”, e, portanto, humano. Os conhecimentos estão aí disseminados pela internet. Cabe, agora, diferentemente do “ensino bancário”, saber o que fazer com eles. 


Um personagem humorístico da televisão tem um refrão que diz: “se sei, digo que sei; se não sei, digo que não sei”. Provoca risos, mas constitui uma corajosa verdade (embora as contradições do personagem).


Professor não tem resposta para tudo. Mas, como pesquisador por profissão, sabe conduzir-se e conduzir seus alunos para a busca de informações e saberes no amplo espaço online que aí está.


Portanto, nada vergonhoso em dizer para o aluno: “eu não sei a resposta para essa sua pergunta, mas vou pesquisar e te informo”; ao contrário, tudo de corajoso, verdadeiro e “vulnerável”.

 

Professor não é super-man. Professora não é super-woman.

 

E olha que eu nem falei da kryptonita...rsrs.


Deixo a indicação para que vejam um vídeo (dublado) da profa. Brené Brown sobre “vulnerabilidade”: https://www.youtube.com/watch?v=I52gMeIwbOMEla está, também, no Netflix, com outra apresentação; esta, sobre “coragem”. 


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domingo, 20 de setembro de 2020

"NINGUÉM QUIS FAZER COMIGO"

 


Roberto Gameiro


Recentemente, a foto da página de uma atividade escolar de uma aluna de escola municipal de Curitiba viralizou na internet. 


Nela, a criança envia uma mensagem à sua professora: desculpa professora, não ter feito essa lição; ninguém quis fazer comigo. A atividade era um “jogo da velha”. 


A professora, emocionada, responde à menina: Meu amor, vou fazer com você quando retornarmos! Prometo! Se cuide minha flor. Saudades de você. Beijos.

Este artigo já tem a sua versão editada e ou atualizada em PODCAST no SPOTIFY para sua comodidade ou para pessoas com deficiência. CLIQUE AQUI

Esse fato nos apresenta um contexto que serve de pretexto para uma breve análise da situação do ensino no nosso país neste momento de pandemia, e deste caso em particular.

 

É grande a emoção contida nessa comunicação entre aluna e professora. E decorre da meritória iniciativa daquela prefeitura municipal de proporcionar o envio das atividades escolares para as casas das crianças que não têm acesso à Internet. Iniciativa essa também tomada por inúmeras cidades pelo Brasil afora.

 

Parece que 2020 só não vai se tornar nulo como ano letivo devido ao uso das redes sociais pela maioria das escolas e redes particulares e um bom número de redes públicas, bem como por essa sistemática pedagógica encontrada pela prefeitura de Curitiba e tantas outras. Mas, ainda assim, haverá muito de conteúdo e de formação a serem compensados nos próximos anos.

 

A Fundação Lemann divulgou um estudo sobre como professores, alunos e familiares estão sentindo a educação durante a pandemia, baseado em algumas pesquisas realizadas recentemente por várias entidades com professores, estudantes e famílias. 


Desse estudo, vale ressaltar que  88% dos professores se sentem nada ou pouco preparados para o novo cenário; 66% já se afastaram por problemas de saúde durante a pandemia; 64% dos alunos estão se sentindo ansiosos, 45% irritados e 37% tristes. 


75% dos professores dizem não estar recebendo apoio emocional e 55% não receberam suporte e ou treinamento para ensinar a distância; 64% dos familiares dizem que sempre ou na maioria das vezes conseguem ajudar nas atividades escolares e 34% dizem não conseguir ajudar por terem dificuldades próprias como limitação de tempo, desconhecimento ou falta de disciplina.

 

Por outro lado, 89% dos responsáveis defendem a continuidade das atividades em casa junto com as aulas presenciais no retorno às aulas; 50% dos professores têm dedicado mais tempo nos estudos e indicam como pontos positivos a oportunidade de aprender e testar novos conhecimentos, aprimorar práticas pedagógicas que envolvem recursos tecnológicos e a possibilidade de se reinventar profissionalmente.


"Ninguém quis fazer comigo!". Um simples “jogo da velha”. O que se dirá de atividades que exijam disponibilidade de tempo, conhecimento e disciplina por parte dos familiares. 


Entretanto, não podemos sair por aí apontando dedos e procurando culpados.


Há pouco tempo, o Prof. Amaro França escreveu: "Nas relações interpessoais devo reconhecer minhas emoções, antes mesmo que elas me levem a percepções equivocadas sobre os outros (...). Assim, seja paciente para com você e para com o outro; afinal, Deus ainda não terminou o seu trabalho na sua pessoa e, tampouco, no seu irmão."


E ele complementa: "saber conviver com o outro é um processo de aprendizagem que exige uma respeitosa delicadeza no trato com o diferente.".


Afinal, todos nós, sem exceção, somos, de uma forma ou de outra, “vítimas” dessa pandemia. 

Deus seja louvado!


Veja uma reportagem sobre a professora e a aluna no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=1nhFbpmYvfs.


Veja, também, o estudo da Fundação Lemann: https://fundacaolemann.org.br/noticias/panorama-da-

educacao.


Veja,  ainda,  o  texto  do  Prof.  Amaro  França  no

Linkedin: https://www.linkedin.com/posts/amaro-fran%C3%A7a-5912265a_bomdia-bomdomingo-reflexaeto-activity-6703394171639631872-UMAn  

 

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domingo, 6 de setembro de 2020

“MUNDO VIRTUAL” – REPRESENTAÇÃO, ESPELHO OU PROSPECTIVA?

Vidros Cibernéticos, Cibernético, Óculos


Roberto Gameiro

Através das redes sociais, recebemos, diariamente, muitas mensagens através de textos e vídeos. Muitas delas não fazem por merecer compartilhamentos por não acrescentarem nada que possa agregar algum valor aos nossos conhecimentos e, por tabela, aos nossos saberes e aos dos outros. 

Isso deveria ser o estímulo que nos impeliria a questionar qualquer post que chega até nós pelo WhatsApp, pelo Messenger, pelo Instagram, pelo Twitter, pelo Telegram, pelo Facebook, pelo Linkedin... É verdade? Há evidências comprobatórias? Será útil para os meus amigos? Vai ajudar no dia a dia?  Vai auxiliar na educação das crianças e dos adolescentes? Vale a pena compartilhar? São algumas das perguntas que devemos nos fazer antes de compartilhar qualquer coisa. 

Por outro lado, há vídeos e textos maravilhosos que recebemos cujas mensagens nos fazem instintivamente aproximar mais da tela para prestar mais atenção, e, quando acabam, ficamos parados ali, olhando para a imagem estática pensando, refletindo, extasiados.

Por oportuno, vale aqui uma reflexão. Muitas vezes nos referimos ao “mundo virtual” em contraposição ao “mundo real”. Eu mesmo já usei essa estratégia semântica em alguns dos meus textos. Mas, agora, em consequência da pandemia, e com o uso mais intenso das redes sociais, eu tenho refletido acerca da veracidade total dessa proposição. Nunca a vida virtual significou tanto para a nossa vida real.  Muito do que postamos nas redes sociais é uma representação da realidade em que vivemos. Eu escrevi “representação”? Não será “espelho” ou outra definição à qual ainda não conseguimos chegar?

Ou, pensando bem, não será “prospectiva”? Até a ficção apresentada em filmes, vídeos e textos tem se tornado realidade com uma velocidade incrível. 

Vejam, por exemplo, os equipamentos utilizados pelos personagens da série televisiva “Star Trek – Jornada nas Estrelas”, que em 2016 completou 50 anos. Ali, nos foram apresentados o telefone celular, o computador pessoal, o tablet, os exames por imagens, o GPS, a memória USB, as telas planas gigantes e tantos outros; o teletransporte ainda não virou realidade, mas não estranhemos se chegarmos lá logo, logo. 

E nos "Jetsons", de 1962, já lá estavam a "aula online", a "videochamada", o "home office" e a "videoconsulta". 

Cada vez mais, a vida virtual se aproxima da vida real. Essa afirmação não nos traz muito a comemorar, ao contrário, muito a preocupar. 

Nada contra o virtual; ele agrega grandes vantagens nas comunicações, nos aprendizados, nas informações, conhecimentos, saberes e nas inovações tecnológicas. Entretanto, precisamos cuidar para que o mundo real não se transforme num mero coadjuvante do mundo virtual, no qual, entre outros perigos, as pessoas podem facilmente perder a própria identidade. Corremos um grande risco de as crianças e os jovens se entregarem “de corpo e alma” ao virtual e se esquecerem que corpo e alma são próprios do mundo real e espiritual. 

Rubem Alves escreveu: “O ser humano se vê em um mundo que não lhe pertence e, para tentar escapar deste, cria para si um outro em que o “princípio do prazer” se sobrepõe ao “princípio de realidade”. 

Muito “pano pra manga” nas nossas reflexões. 

Cuidemos. 

Vamos conversar com nossos filhos e alunos a respeito?


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domingo, 2 de agosto de 2020

A EDUCAÇÃO, A FAMÍLIA E A SOCIEDADE - Texto 3

Professor, Biblioteca, Livro, Médico


Texto 3/3 – Os Professores 


Roberto Gameiro

I - Ofício do Professor
O ofício de educar requer dos professores, além de sua competência técnica específica, uma prática reflexiva, entendendo que o processo ensino-aprendizagem se constrói ao longo de situações vivenciadas nos espaços-tempos escolares, que desafiem os estudantes a pensarem, a pesquisarem, a se comunicarem e a se ajudarem entre si. Nesse sentido, sugere-se que o professor oriente e acompanhe o desenvolvimento de atividades propostas aos alunos, atuando, sempre que possível, na ZDP (zona de desenvolvimento proximal) dos estudantes. De acordo com Vygotsky (Paganotti, 2011), esta diferença entre a zona de desenvolvimento potencial e  a real dos alunos, se bem trabalhada, ou seja, com a interferência positiva  de um colega ou de um adulto, pode desenvolver com eficácia o potencial deles. 

O aluno deve ser o centro do processo ensino-aprendizagem. Deve ser desafiado continuamente a pensar sobre as suas aquisições de saberes e o conhecimento que constrói. 

Para que isso aconteça, é necessário que a prática do educador contemple momentos significativos no processo ensino-aprendizagem a fim de que o estudante seja estimulado e orientado a percorrer alguns “caminhos” que o remetam à metacognição. Que exista uma relação de confiança entre as partes, orientação e acompanhamento do rendimento escolar e a busca contínua, de ambas, para superar possíveis defasagens ou dificuldades de aprendizagem apresentadas.
 
Segundo Hadji (2001) "a regulação (ação do professor) e a autorregulação (ação do aluno) do conhecimento são partes integrantes do processo, assim como a avaliação processual e o feedback contínuo. Os ajustes serão feitos desde que o professor tenha indicadores de aprendizagem que o levem a promover retomadas de conteúdos e situações que favoreçam aos alunos regular a sua própria aprendizagem.".
 
Zabala (1998) enfatiza a importância de ensinar aos estudantes além dos conteúdos conceituais, também os procedimentais e os atitudinais, elaborando situações de aprendizagem, como por exemplo as sequências didáticas e os projetos a fim de favorecer a investigação e o desenvolvimento de habilidades diversas, para atuar com competência frente a uma situação inusitada. 

Acrescente-se a necessidade de cuidados especiais com os estudantes. Os relacionamentos intramuros devem ser caracterizados pela atenção humanizada, em especial para a acolhida, para o “saber ouvir”, para o “estar junto” e para a presença significativa. Dessa forma, o aluno vai assumir o sentimento de pertença à instituição e o de parceria com o professor, vai produzir mais individualmente, em grupos e em pares, e haverá mais empatias e menos conflitos.

II - Formação continuada dos Professores

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Brasil, 1996), zelar pela aprendizagem dos alunos é responsabilidade do professor. Portanto investir em sua formação continuada e no desenvolvimento de uma práxis que entende a aprendizagem como interação entre os sujeitos favorece aos estudantes a construção dos conhecimentos e o alargamento da visão de mundo.

A propósito da formação continuada dos professores, Paulo Freire escreveu: "A segurança com que a autoridade docente se move implica uma outra, a que se funda na sua competência profissional. Nenhuma autoridade docente se exerce ausente desta competência. O professor que não leve a sério sua formação, que não estuda, que não se esforce para estar à altura de sua tarefa, não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe.". (Freire, 1996)

Nos dias de hoje, o professor que não cuidar continuamente do seu aperfeiçoamento através da participação em cursos, palestras, seminários, congressos etc., corre o risco de ficar fora do mercado de trabalho em curto prazo. A formação continuada, entretanto, é processo cuja responsabilidade não deve ser atribuída apenas à instituição em que se trabalha, mas também, e principalmente, aos próprios professores e colaboradores.

Estamos, constantemente, em busca não apenas de novas teorias, nem apenas de novas práticas. Estamos em busca de uma práxis que signifique teoria que se aplica na prática e que, refletida, se torna nova teoria, e assim sucessivamente.

Por isso é que, na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática. O próprio discurso teórico, necessário à reflexão crítica, tem de ser tal modo concreto que quase se confunde com a prática. (Freire, 1996)

No processo pedagógico, trabalhamos no sentido de proporcionar às crianças e jovens oportunidades para que alcancem gradativamente a autonomia e, em consequência, passem a ser agentes do seu próprio desenvolvimento, como verdadeiros protagonistas da sua formação, tendo os professores como mediadores, orientadores, tutores. 

III - Novas Tecnologias – metodologias ativas – ensino híbrido

A utilização de novas tecnologias como facilitadoras das aprendizagens vem ao encontro das expectativas e necessidades desta nova geração, também chamada de geração do milênio ou geração da Internet, nascida numa época de grandes avanços tecnológicos e acostumada com a multitarefa. Agregam o tradicional ao contemporâneo, mudam a maneira de operacionalizar o processo de ensino e aprendizagem, relacionando-o aos meios de comunicação, à cultura, à socialização e à sociabilidade; contribuem para a formação de um sujeito crítico, interativo, sociável, solidário, mediador, empreendedor, enfim, um ser humano sério, comprometido, verdadeiro protagonista. 

A capacitação dos professores, pessoal de apoio e estudantes para o uso de novas tecnologias é passo importante para a utilização adequada e para se tirar o maior proveito possível dessas ferramentas de aprendizagem. Dê-se destaque especial ao treinamento dos estudantes, que, bem preparados, tornam-se relevantes auxiliares dos professores, principalmente daqueles que têm alguma dificuldade para operar novos instrumentos tecnológicos. 

Já há muito tempo, se ouve que o professor não é mais o “dono do conhecimento”, mas, entre o discurso e a prática, tem havido um abismo. Muitas escolas (e professores) continuam com o tipo de ensino tradicional herdado dos séculos anteriores, carteiras enfileiradas, e usando as possíveis tecnologias disponíveis simplesmente para substituir a lousa e o giz. 

A pandemia do corona-vírus trouxe a necessidade emergencial do uso das metodologias ativas baseadas em atividades online para substituir, embora ainda de forma não muito competente, as atividades presenciais. Esse fato fez com que a comunidade educacional (professores, coordenadores, gestores e mantenedores) se abrisse para a valorização do ensino híbrido, que já vinha sendo usado por poucas instituições no país. 

O ensino híbrido se caracteriza pela realização de atividades online, naquilo que a Internet proporciona maior eficiência e eficácia para a aprendizagem, e  atividades presenciais de aprofundamento, debates, detalhamentos, troca de experiências etc. com a presença dos professores (e monitores) junto dos alunos.

Uma das modalidades do ensino híbrido é a aula invertida; aliás, “aula invertida” não é novidade. Muitos professores, inclusive eu, já usavam essa metodologia há muito tempo. A “novidade” agora é que com a valorização do uso da Internet, com o EAD, com as novas plataformas de ensino e com as planilhas de apoio e ajuda, o estudo anterior à atividade presencial, que no passado era feito através dos livros didáticos, dos paradidáticos, das enciclopédias e outros, agora é realizado prioritariamente através de meios eletrônicos como vídeos, textos e podcasts, e o estudante pode acessá-los quando e onde lhe seja mais acessível e confortável. Parece que esse tipo de processo de ensino e aprendizagem, agora, veio para ficar, o que é bom. 

O que a tecnologia traz hoje (nas metodologias ativas)(1) é a integração de todos os espaços e tempos. O ensinar e aprender acontece numa interligação simbiótica, profunda, constante entre o que chamamos mundo físico e mundo digital. Não são dois mundos ou espaços, mas um espaço estendido, uma sala de aula ampliada, que se mescla, hibridiza constantemente. Por isso a educação formal é cada vez mais blended, misturada, híbrida, porque não acontece só no espaço físico da sala de aula, mas nos múltiplos espaços do cotidiano, que incluem os digitais. O professor precisa seguir comunicando-se face a face com os alunos, mas também digitalmente, com as tecnologias móveis, equilibrando a interação com todos e com cada um. (Moran, 2013)

Significa, então, que os professores, agora, têm, também, a necessidade de aprenderem a usar essas novas possibilidades instrucionais. É, também, mais uma responsabilidade e obrigação de atualização dos currículos e dos programas dos cursos de licenciatura e pedagogia. 

Moran (2019) ainda complementa: "O papel docente mais relevante é ajudar os estudantes a aprender de forma profunda, ampla, experiencial, reflexiva. O docente será cada vez mais um orientador, um tutor e um mentor. Um orientador dos caminhos mais interessantes para aprender, das estratégias que fazem mais sentido para cada estudante e para os diversos grupos. Ele será um tutor que ajudará nas dúvidas mais significativas (as básicas a tecnologia o fará), a problematizar, a trazer outros pontos de vista."

Entretanto, há que se propiciar condições para todos os alunos e professores, das escolas privadas e públicas, terem acesso à Internet de boa qualidade e aos equipamentos. Um desafio para as redes e escolas privadas e um “grande desafio” para os governos federal, estaduais e municipais. 

(1) O texto entre parênteses é meu.

IV - Referências

BRASIL. Presidência da República. Lei 9394 de 20 dez. 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1996.


FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.


HADJI, Charles. Avaliação Desmistificada, Porto Alegre: Artmed, 2001.


MORAN, José. Ampliando as práticas de mentoria na educação, 2019. Disponível em:  http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2019/08/mentoria_Moran.pdf


MORAN, José. Mudando a educação com metodologias ativas, 2013. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/mudando_moran.pdf. Acessado em 29/07/2020.


PAGANOTTI, Ivan. Vygotsky e o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal. Revista Nova Escola, 2011 Disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/1972/vygotsky-e-o-conceito-de-zona-de-desenvolvimento-proximal. Acessado em 29/07/20.


ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.


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domingo, 7 de junho de 2020

A IMPORTÂNCIA DO RELACIONAMENTO ESCOLA-FAMÍLIA-ESCOLA

Família, Galeria, Geração, Memória, Home

Roberto Gameiro

Muito se tem escrito e ouvido a respeito das reais finalidades da escola no mundo de hoje. Sabe-se, por exemplo, que a escola tem assumido responsabilidades e atribuições que, tradicionalmente, pertenciam ao núcleo familiar. Isso tem acontecido principalmente devido ao novo formato das famílias nesta sociedade pós-moderna. Alguns dizem que a família está desestruturada; eu prefiro afirmar que a família está diferente.


No colégio que eu dirigia, há alguns anos, pesquisa realizada apontou um percentual de 30% de estudantes filhos de pais separados. Isso significava aproximadamente 900 meninos e meninas.  Trata-se, portanto, de um universo que não pode ser desconsiderado; ao contrário, a escola precisa, então, adequar o seu projeto educacional para atender, com qualidade, a essa parcela representativa de seus alunos e famílias.

Acrescente-se o fato de que as mães dos estudantes, na sua maioria, estão no mercado de trabalho. Guardadas as proporções em virtude das faixas socioeconômicas, as mães têm três expedientes diários: dois no trabalho e um em casa para resolver e encaminhar os assuntos da casa e dos filhos, inclusive o acompanhamento escolar. Muitas vezes, os filhos passam mais tempo sozinhos, ou com as babás, ou com os educadores, do que com os pais.

Note-se, portanto, que a escola ganha, cada vez mais, importância na vida das famílias e, consequentemente, crescem as expectativas de pais e mães na direção de uma escola parceira que se preocupa não apenas com a excelência acadêmica e a formação integral dos estudantes, mas, também, com essa realidade social, da qual não se tem como fugir.

Essa necessidade pode ser uma excelente oportunidade para a implementação de diferenciais que tornem a escola especialmente importante para as famílias. Isso pode significar, entre outras possibilidades, suprir as famílias dos estudantes com informações, através de minicursos, palestras, workshops, reuniões, lives, que agreguem valor e instrumentalizem os pais para enfrentar esses novos desafios e necessidades, inclusive e para além dos processos pedagógicos. Como exemplos, cito os temas: alimentação, cuidados com as crianças menores, organização de horários na família, acompanhamento escolar, álcool na adolescência, amizades, tabagismo, festas e confraternizações, higiene, deveres de casa, tempo de estudo diário, diversidade, sustentabilidade, justiça, solidariedade, uso da internet, vida após a separação, filhos de pais separados...
 


Esses temas poderão ser abordados ou desenvolvidos pelos próprios pais, num trabalho voluntário, ou por professores, coordenadores, orientadores, diretores ou profissionais convidados. São iniciativas fáceis de serem implementadas, não precisando ser “grandes eventos”, podendo, ainda, ser feitas pelas redes sociais. 

Muitas escolas já têm esse diferencial há algum tempo; entretanto, é preciso perseverar nessas iniciativas, sem exagerar na periodicidade, garantindo-lhes qualidade e foco, de forma que, aos poucos se necessário, se crie essa “cultura” na comunidade escolar. Eu mesmo tive, mais de uma vez, experiência em que numa determinada palestra, havia, no auditório da escola, mais educadores da casa do que pais e mães. Mas, ainda assim, considerei válido o evento pois os presentes, educadores e pais, aproveitaram bem o conteúdo. 

A escola precisa ser tão importante para a família, que esse fato pesará consistentemente tanto na hora da decisão da escolha do colégio, quanto na fidelização, incluído aí o “boca a boca”.

(Este texto foi redigido antes da Pandemia da COVID-19. Para complementar o contexto, sugiro a leitura dos meus artigos “A pandemia da COVID-19 e os professores”, “COVID-19 – Crianças em casa. E agora?” e, ainda, “Aumento dos divórcios no Brasil”. Para isso, basta seguir a sequência dos links (Leia também) logo abaixo deste e dos demais artigos.)

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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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domingo, 24 de maio de 2020

CONSCIENTIZAÇÃO E COMPAIXÃO BASTAM?

Pergunta, Problema, Acho Que, Pensamento

Roberto Gameiro

Noutro dia, uma amiga virtual, a quem eu respeito e  admiro muito o seu trabalho, pediu a minha opinião através do WhatsApp, a respeito da seguinte questão: “Será que podemos concluir que os jovens estão cada vez mais individualistas e alienados com os problemas individuais, familiares e sociais, ou o tempo que gastam na Internet inclui consciência social e demais problemas que os envolvem?”. 

A proposição da amiga, acredito, surgiu após a leitura do meu artigo “Os jovens e a individualidade”, publicado no meu blogue em 19/04/20; você poderá ter acesso direto a ele, clicando em (Leia também) ao final deste texto.

Muito oportuna a pergunta sobre consciência social e problemas que envolvem os jovens, porque vivemos uma época que está a colocar dúvidas quanto a alguns conceitos que tínhamos a respeito do bom e do mau uso da Internet e seus subprodutos. 

Aqui está um questionamento, prezada leitora, prezado leitor, que pode ser objeto de muita reflexão da sua parte, com grau de abertura para inúmeras abordagens, numa diversidade que poderia eventualmente elevá-lo à categoria de pergunta-chave para a proposição de hipóteses em Dissertações e Teses. 

Por isso, delimito aqui a minha abordagem enfocando a palavra “consciência” e, consequentemente, a “conscientização”. Você notará que este artigo não esgotará o contido na questão, mas peço a sua compreensão devido à limitação de espaço neste tipo de texto. 

Para isso, valho-me da metodologia “ver, pensar e agir” em relação a uma situação, a um fato.  A taxionomia de Bloom pode também ajudar na pontuação das fases. 

Nessa sequência, o “ver” poderia ser o “tomar conhecimento de”, inteirar-se acerca de” como primeiro e importante passo na elaboração de uma possível reflexão em relação à situação, ao fato; até porque não se pode pensar a respeito de algo, sem conhecê-lo a contento. 

Conhecido o objeto, segue-se o “pensar”, ou seja, o momento de abstração em que se procura chegar a uma compreensão do analisado. É a hora da reflexão que pode levar à conscientização. Essa conscientização do problema ou fato deveria levar à busca de ações que pudessem resolver ou pelo menos minimizá-lo. Entretanto, ouvimos falar muito de “conscientização dos jovens” como momento final de projetos; para-se na conscientização como objetivo final.

Não basta, portanto, levar os jovens seja presencialmente ou através da Internet, apenas à conscientização a respeito de uma situação-problema se o mesmo projeto não contiver propostas de ações sobre ele, o que seria o “Agir” da proposta metodológica, ou seja, a aplicação do que foi conhecido, compreendido e conscientizado. 

Neste ponto, é oportuno lembrar que a “Taxionomia de Objetivos Educacionais”, de Benjamin Bloom e outros, propõe capacidades cumulativas, quais sejam: conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação. Aqui, ficamos apenas com as três primeiras que, no texto acima, apresentam-se em negrito. 

Por analogia, podemos também nos ater à palavra “compaixão” como decorrência de um processo de conscientização. Daniel Goleman, autor do best seller “Inteligência Emocional”, caracteriza-a (a inteligência emocional) como a capacidade que um indivíduo tem de identificar os seus próprios sentimentos e os dos outros, de se motivar e de gerir bem as emoções internas e nos relacionamentos. E escreveu que “A verdadeira compaixão não significa apenas sentir a dor de outra pessoa, mas estar motivado a eliminá-la”. 

Dalai Lama escreveu a respeito: “A verdadeira compaixão não consiste em sofrer pelo outro. Se ajudamos uma pessoa que sofre e nos deixamos invadir por seu sofrimento, é que somos ineficazes e estamos somente reforçando nosso ego.”.

O texto bíblico também nos ajuda: "Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas por atos e em verdade."  I João, 3, 18

Muito a pensar, refletir e conversar com nossos filhos e alunos.

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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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