O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
domingo, 23 de fevereiro de 2020
REDAÇÕES DO ENEM
23.2.20Aprendizagem, Avaliação, caligrafia, Desafio, EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, ENEM, Equipe, GESTÃO ESCOLAR, Regras, Vestibulares
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Roberto Gameiro
O MEC, através do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), divulgou pelas mídias sociais os resultados das redações do ENEM de 2019. De um total de três milhões e novecentos mil candidatos, apenas cinquenta e três tiveram nota máxima. É um número muito pequeno que corresponde a um percentual ínfimo em relação ao total.
Mas não é de estranhar. Nos anos anteriores, os números não foram muito diferentes. Em 2014, 250 estudantes tiraram nota máxima; em 2015, 104; em 2016, 77; em 2017, 53; e em 2018, 55. Estamos mantendo a média mais baixa. Em vez de melhorar, estamos piorando.
No ENEM, conforme explicação do MEC, cinco mil professores participam da correção manual das redações. Cada redação é avaliada por dois professores em plataforma online, com texto sem identificação, os quais não têm acesso à nota pelo outro atribuída. Quando a diferença entre as notas é superior a 100 pontos no total, ou 80 em uma das cinco competências avaliadas, um terceiro professor faz a correção; a nota final é a média aritmética das duas notas que mais se aproximam. E ainda há a chance de uma nova correção por uma banca de docentes. Mais informações no site “agenciabrasil.ebc.com.br”.
A estrutura de funcionamento das correções é boa e pode propiciar resultados justos e ponderados.
Corrigir redações de concursos, vestibulares e ENEM é uma tarefa que exige muita concentração, experiência e dedicação. Eu mesmo, durante dois ou três anos, corrigi redações de uma faculdade de São Bernardo do Campo (SP), onde eu lecionava nos cursos de Letras, Psicologia e Pedagogia.
Embora soubesse que haveria outro professor corrigindo as mesmas redações, eu procurava caprichar nas correções não só pelo zelo profissional, mas também para facilitar o trabalho dos colegas.
É um trabalho estafante que precisa ser devidamente dosado para que o cansaço não influencie os resultados; nem para mais, nem para menos.
E, acreditem, depois de um tempo de correção e de ver tantas palavras grafadas de forma errada, havia um momento em que se colocava errado onde estava certo e certo onde estava errado. Mas a disciplina profissional conseguia identificar o equívoco e a “correção da correção” era feita imediatamente.
Por isso, e por mais, dependendo dos critérios da instituição, as redações são corrigidas por pelo menos dois professores.
Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 20/02/20.
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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas
áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e
adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.
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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020
domingo, 16 de fevereiro de 2020
VACINAÇÃO - CRIANÇAS SUSCETÍVEIS NAS ESCOLAS
16.2.20Bem-estar, Cidadania, Convivência, EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, Escolhas, Família, GESTÃO ESCOLAR, Qualidade de vida
3 comentários
Publicado em 11/07/18 e atualizado em 23/10/19
Roberto Gameiro
Criança suscetível, no contexto
deste artigo, é aquela que tem propensão à aquisição de doença contagiosa por
não ter sido vacinada em tempo.
Em 2009, houve um surto mundial
de gripe inicialmente designada como “gripe suína” e, depois, como “gripe A”,
que atingiu todos os segmentos da sociedade e, em especial, as escolas, onde
encontrou ambientes favoráveis à sua proliferação. A escola que eu dirigia, por
exemplo, teve todas as atividades interrompidas por 23 dias letivos por causa
daquela pandemia. Todos fomos pegos de “surpresa” pois não havia, ainda, vacina
contra aquela enfermidade.
Em 2018, o
UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a infância), em conjunto com a OMS
(Organização mundial da saúde), divulgou dados sobre a vacinação de crianças no
Brasil. Considerando o período de 2015/2017, houve um decréscimo preocupante na
cobertura vacinal de doenças como a Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e
Rubéola): de 96,15% para 85%, a da Poliomielite (Paralisia Infantil): de 98,9%
para 78,55% e a Tríplice Bacteriana – DTP – (Difteria, Tétano e Coqueluche): de
96,9% para 78,2%.
Ainda que se desconte a
possibilidade de imperfeições no sistema de coleta de informações, o fato é que
cada vez mais temos crianças suscetíveis em nossas salas de aulas.
O Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei 8069/90), no parágrafo primeiro do artigo 14, institui que é
obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades
sanitárias, e, no artigo 249, prevê pena de multa aos que descumprirem, dolosa
ou culposamente, os deveres inerentes ao poder familiar.
O inciso II do artigo 5º da
Constituição da República Federativa do Brasil prevê que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Ora, no caso da vacinação existe a
Lei. Portanto, as famílias são obrigadas a vacinar seus filhos conforme o “Calendário
Nacional de Vacinação” divulgado pelo Ministério da Saúde.
Aí, vêm as perguntas: 1- quantas crianças suscetíveis temos nas
nossas salas de aulas hoje? 2- Se um aluno nosso, suscetível, adquire uma
doença contagiosa passada por outro aluno suscetível que a adquiriu fora da
escola, de quem é a responsabilidade? Da família do primeiro ou da família do
segundo, ambos suscetíveis, ou seja, não foram vacinados em tempo?
Entretanto, mais do que procurar responsabilidades, devemos procurar disseminar entre nossos amigos e conhecidos a notícia da importância da vacinação de seus filhos como forma de proteger a saúde e a qualidade de vida das crianças e de suas famílias; oportuna e inoportunamente.
Entretanto, mais do que procurar responsabilidades, devemos procurar disseminar entre nossos amigos e conhecidos a notícia da importância da vacinação de seus filhos como forma de proteger a saúde e a qualidade de vida das crianças e de suas famílias; oportuna e inoportunamente.
Há um Projeto de Lei, o de número
3.146 de 07/02/12, que tramita no Congresso Nacional, teve a sua redação final
aprovada no dia 26/09/19 pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos
Deputados e foi enviado para o Senado Federal em 04/10/19. O PL dispõe sobre a
apresentação do Cartão da Criança ou da Caderneta de Saúde da Criança nas
escolas públicas e privadas do Sistema Nacional de Educação. A aguardar. (https://legis.senado.leg.br/sdleggetter/documentodm=8030080&ts=1571944884468&disposition=inline)
De qualquer forma, é recomendável
que as escolas acompanhem, com as famílias, a situação da vacinação das
crianças, não só na matrícula mas também em relação às atualizações.
Em 2009, não havia vacina para
prevenir a “Gripe A”. Hoje, há vacinas disponíveis, bem ou mal, para todas as
doenças acima citadas. Portanto, não poderemos alegar “surpresa” no caso de uma
pandemia de doença evitável com vacinação.
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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
domingo, 9 de fevereiro de 2020
NÃO É FÁCIL SER ADOLESCENTE
9.2.20Adolescente, Convivência, EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, Família, Gente do bem, GESTÃO ESCOLAR, Qualidade de vida, Sentido de vida, Valores
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Roberto Gameiro
Não é fácil ser adolescente hoje. Nunca foi. A diferença é que atualmente são outros os quesitos que regulam as posturas e ações desses jovens.
Houve época em que se dizia que o adolescente começava a fumar para ter algo a fazer com os braços que crescem de forma desproporcional ao corpo. Cigarro entre os dedos, ele tinha até pose para “desfilar” nas festinhas e bailinhos.
Não havia os excessos de hoje.
Agora, as preocupações são outras; dos jovens e de seus pais e educadores. Entre elas, podemos citar o aumento assustador do número de suicídios, o consumo crescente do uso de drogas das mais variadas espécies, lícitas e ilícitas, a violência que grassa na sociedade e coloca as pessoas de bem atrás de grades nas suas próprias casas enquanto a bandidagem corre solta pelas ruas das grandes cidades, o individualismo exacerbado, a baixa qualidade do ensino, especialmente nas escolas públicas, o desrespeito aos professores, o bullying, a quebra constante de paradigmas morais e éticos que deixa pais e educadores perplexos e indecisos etc. E põe “etc” nisso...
Fala-se num “mal-estar ético” que ronda a vida dos adolescentes. A pergunta que se faz, então, é: o adolescente é um ser que sofre de “vazio de sentido?”
Yves de La Taille e Elizabeth Harkot-de-La-Taille realizaram uma pesquisa com 5.160 estudantes de escolas de Ensino Médio particulares e públicas da Grande São Paulo para tentar responder a essa pergunta. Os resultados demonstraram que não se pode responder afirmativamente à pergunta devido, entre outros, a um otimismo a respeito do progresso pessoal e do mundo. Mas apresentaram indícios que sim; há um certo mal-estar no jovem de hoje em virtude de ele parecer desertar o espaço público e recolher-se no espaço privado.
Saliento a seguir partes do quadro traçado pelos autores referente ao perfil do aluno de ensino médio: otimista em relação ao progresso da sociedade e também quanto às chances de se realizar na vida; mais influenciado pelos seus pais e amigos do que pela escola, pela mídia e pela religião; nutre grande desconfiança nas instituições políticas e seus representantes; atribui grande importância ao papel social dos professores e neles tende a confiar.
Na questão específica sobre a família, 80,7% confiam muito e 16,6% confiam, o que dá quase a totalidade da amostra: 97,3%; “logo, a família aparece longe na frente das outras instituições sociais em termos de confiança.”.
A pesquisa alcançou o seu objetivo de fornecer subsídios para guiar políticas públicas para a educação de crianças e jovens. Está publicada no livro “Moral e Ética – Dimensões intelectuais e afetivas” (2006) do primeiro autor, e foi aplicada em jovens com idade média de 15 anos, no período de março a abril de 2005. As meninas não diferem dos meninos nas questões essenciais da pesquisa.
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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 08/01/20.
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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020
domingo, 2 de fevereiro de 2020
AS AMIZADES NO NOVO ANO LETIVO
2.2.20Bem-estar, Cidadania, Convivência, EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, GESTÃO ESCOLAR, Presença Significativa, Qualidade de vida, Valores
Um comentário
A ABRANGÊNCIA DAS NOVAS POSSIBILIDADES
Roberto Gameiro
Roberto Gameiro
O início de um novo ano letivo traz
alvissareiras pistas para reforçar relacionamentos antigos e refazer os
perdidos.
É momento propício para renovação das
empatias e busca de novas amizades, abrindo-se para as muitas opções que o meio
escolar proporciona a estudantes e professores.
Superar desavenças, perdoar
diferenças, colocar-se a serviço do outro, num somatório virtuoso de vivências
significativas e valorativas.
Incrementar as antigas amizades,
investindo em novas possibilidades saudáveis e gratificantes.
Receber os novatos com os braços
abertos para o abraço fraterno e desinteressado e colocar-se à disposição para
ajudá-los na adaptação e na ambientação à nova realidade.
Sim, eu estou falando de estudantes e
também de professores. Não só os alunos precisam de ajuda ao começar suas
vivências numa nova escola; os professores novatos precisam tanto quanto.
Todos nós, professores da Educação
Básica, já fomos novatos numa escola n’algum momento da nossa atividade profissional. E como foi bom encontrarmos receptividade entre os novos colegas
de magistério.
Não é fácil para os docentes
enfrentar os primeiros dias numa nova escola, curso ou atividade. Sabemos que
os alunos, principalmente os adolescentes, testam vigorosamente os novos
professores, até para saber se podem encontrar segurança e confiar neles.
Nesses momentos, o ombro amigo de educadores veteranos na casa, pode ser
estratégico e oportuno.
Espera-se que os professores sejam
verdadeiros mentores de seus novos
colegas, assim como que os estudantes sejam padrinhos
compromissados com os colegas novatos.
Tudo em prol da construção de
relacionamentos humanos harmoniosos que proporcionem a criação de ambiente
favorável ao aprendizado, ao ensino e ao crescimento e desenvolvimento de
todos.
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Artigo publicado no jornal “O Popular”
de Goiânia em 22/01/2019.
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
domingo, 26 de janeiro de 2020
O ERRO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
26.1.20Aprendizagem, Autoconhecimento, Bom senso, Convivência, EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, Escolhas, Livre-arbítrio, Malfeitos, Qualidade de vida, Tomada de decisão
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Roberto Gameiro
Tomar decisões é fazer escolhas. Nem sempre acertamos nas nossas escolhas. Erros e acertos são consequências de escolhas; ambos são inerentes à condição humana, assim como o livre-arbítrio.
Levanta o braço quem nunca errou!
Dificilmente alguém vai levantar o braço ao comando dessa pergunta.
Tomar decisões é fazer escolhas. Nem sempre acertamos nas nossas escolhas. Erros e acertos são consequências de escolhas; ambos são inerentes à condição humana, assim como o livre-arbítrio.
Levanta o braço quem nunca errou!
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Confúcio disse, certa vez, que a única maneira de não cometer erros é fazendo nada, e que este, no entanto, é certamente um dos maiores erros que se poderia cometer em toda uma existência. Por outro lado, “não fazer nada” já é uma escolha. Não há como fugir dessa realidade.
Vivemos fazendo escolhas. Isso acontece no dia a dia desde o momento em que acordamos e vale tanto para nossas atividades de cunho pessoal, quanto para as de cunhos social e profissional. Qualquer que seja o status socioeconômico do indivíduo, ele estará sempre tomando decisões das mais simples às mais complexas optando por uma escolha que a ele parecerá a mais apropriada e possível diante das circunstâncias.
Tomar decisões é fazer escolhas. Nem sempre acertamos nas nossas escolhas. Erros e acertos são consequências de escolhas; ambos são inerentes à condição humana, assim como o livre-arbítrio.
Entretanto, há erros que não deveriam depender do livre-arbítrio; recentemente, os militares de um país do Oriente Médio, abateram por engano, com mísseis, um avião comercial. Os 176 ocupantes do voo morreram. Foi um erro fruto de uma decisão infeliz.
Há erros que atingem milhares de pessoas causando insegurança e frustração. Refiro-me aqui ao lamentável erro havido na correção das provas do ENEM de 2019. Além de toda a tensão por que passam os estudantes durante a preparação para a prova, acrescenta-se, agora, a dúvida em relação ao resultado. Fala-se em 6.000 afetados ou mais. O ENEM é a base para a participação dos estudantes que pretendem uma das 237 mil vagas nas universidades federais através do SISU (Sistema de Seleção Unificada). E aí começam outras chateações e inseguranças quando os estudantes encaram, no início da busca pelos resultados, um site (do SISU) difícil de acessar, lento e com informações incongruentes. É angustiante demais para a moçada! Parece até que eles estão enfrentando uma corrida com obstáculos!
Há os que erram por ignorância, ou por teimosia, ou por soberba e nem sempre conseguem reconhecer as implicações dos seus erros. Há os que erram nas melhores intenções, corrigem-se e seguem em frente.
Mas há erros circunstanciais que não oferecem a possibilidade de correção: o erro médico com o consequente óbito do paciente, o erro de um controlador de voos num aeroporto causando desastre com a perda de vidas...
Já nas escolas, os erros dos alunos nas avaliações e atividades são oportunidade de o professor voltar ao ensino daquele conteúdo usando uma metodologia e ou técnica diferentes. O erro faz parte do processo de aprendizagem e, consequentemente, do processo de ensino. Feliz o professor que sabe lidar com os erros dos alunos.
Às vezes, inventam-se mentiras para justificar um erro. Mas “mentira tem pernas curtas” já diz o ditado popular. Cedo ou tarde, a verdade prevalecerá.
Portanto, devemos sempre aprender com os nossos erros, assumindo-os, evitando ficar na defensiva ou procurar culpados ou justificativas para autoproteção.
Quem assume os próprios erros e trabalha para não os repetir, cresce em sabedoria como ser humano e em competência como profissional.
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Confúcio disse, certa vez, que a única maneira de não cometer erros é fazendo nada, e que este, no entanto, é certamente um dos maiores erros que se poderia cometer em toda uma existência. Por outro lado, “não fazer nada” já é uma escolha. Não há como fugir dessa realidade.
Vivemos fazendo escolhas. Isso acontece no dia a dia desde o momento em que acordamos e vale tanto para nossas atividades de cunho pessoal, quanto para as de cunhos social e profissional. Qualquer que seja o status socioeconômico do indivíduo, ele estará sempre tomando decisões das mais simples às mais complexas optando por uma escolha que a ele parecerá a mais apropriada e possível diante das circunstâncias.
Tomar decisões é fazer escolhas. Nem sempre acertamos nas nossas escolhas. Erros e acertos são consequências de escolhas; ambos são inerentes à condição humana, assim como o livre-arbítrio.
Entretanto, há erros que não deveriam depender do livre-arbítrio; recentemente, os militares de um país do Oriente Médio, abateram por engano, com mísseis, um avião comercial. Os 176 ocupantes do voo morreram. Foi um erro fruto de uma decisão infeliz.
Há erros que atingem milhares de pessoas causando insegurança e frustração. Refiro-me aqui ao lamentável erro havido na correção das provas do ENEM de 2019. Além de toda a tensão por que passam os estudantes durante a preparação para a prova, acrescenta-se, agora, a dúvida em relação ao resultado. Fala-se em 6.000 afetados ou mais. O ENEM é a base para a participação dos estudantes que pretendem uma das 237 mil vagas nas universidades federais através do SISU (Sistema de Seleção Unificada). E aí começam outras chateações e inseguranças quando os estudantes encaram, no início da busca pelos resultados, um site (do SISU) difícil de acessar, lento e com informações incongruentes. É angustiante demais para a moçada! Parece até que eles estão enfrentando uma corrida com obstáculos!
Há os que erram por ignorância, ou por teimosia, ou por soberba e nem sempre conseguem reconhecer as implicações dos seus erros. Há os que erram nas melhores intenções, corrigem-se e seguem em frente.
Mas há erros circunstanciais que não oferecem a possibilidade de correção: o erro médico com o consequente óbito do paciente, o erro de um controlador de voos num aeroporto causando desastre com a perda de vidas...
Já nas escolas, os erros dos alunos nas avaliações e atividades são oportunidade de o professor voltar ao ensino daquele conteúdo usando uma metodologia e ou técnica diferentes. O erro faz parte do processo de aprendizagem e, consequentemente, do processo de ensino. Feliz o professor que sabe lidar com os erros dos alunos.
Às vezes, inventam-se mentiras para justificar um erro. Mas “mentira tem pernas curtas” já diz o ditado popular. Cedo ou tarde, a verdade prevalecerá.
Portanto, devemos sempre aprender com os nossos erros, assumindo-os, evitando ficar na defensiva ou procurar culpados ou justificativas para autoproteção.
Quem assume os próprios erros e trabalha para não os repetir, cresce em sabedoria como ser humano e em competência como profissional.
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