O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

Mostrando postagens com marcador Valores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Valores. Mostrar todas as postagens

sábado, 11 de maio de 2024

INDISCIPLINA NAS ESCOLAS

Classe, Sala De Aula, Professora

Roberto Gameiro


É de fácil constatação que a indisciplina dos estudantes em muitas das escolas públicas começa nos ciclos iniciais e vai progressivamente aumentando  conforme se desenvolvem as séries da Educação Básica.


Isso se deve em grande parte à desagregação de famílias e a consequente falta de orientação em valores morais e éticos. Deve-se, também, à violência que grassa ao redor das vivências sociais de muitas dessas crianças e adolescentes que passam a ser verdadeiras vítimas do ambiente em que convivem. Claro que não se pode generalizar a questão, sob pena de sermos injustos com aquela parcela de alunos disciplinados e famílias bem constituídas, cooperadoras e participativas.



Essa violência é levada de diversas formas para dentro das escolas públicas, o que torna os professores reféns de um ambiente inóspito que causa angústia e desestímulo.

Mas acreditem; não são apenas as escolas públicas que estão sofrendo desses males. Com nuances um pouco diferentes nas causas e nas consequências, também as escolas particulares padecem nas mãos de certo número de estudantes irreverentes e famílias não participativas que “sabem” de seus direitos, mas ignoram seus deveres.

Telma Vinha, pedagoga e doutora em educação, escreve que  “independentemente de a família desempenhar seu papel, a escola necessita educar seus alunos para a vivência em uma sociedade democrática e contemporânea. Não pode ficar esperando mudanças nas famílias, receber alunos ideais ou que já tenham determinadas características para achar que, assim, terá êxito em sua tarefa. O desafio é dar conta do que acontece dentro do espaço de sua responsabilidade, no que se refere tanto à construção da moralidade, quanto à aquisição do conhecimento.”.  

Entretanto, é significativo o nível de tensão existente no dia a dia de diretores, coordenadores, orientadores e professores, fruto desse fenômeno que atualmente aparece em muitas das relações escolares envolvendo escolas, famílias e estudantes.

Isso tem levado um grande número de professores a abandonar o magistério para procurar outras áreas de atuação profissional, além de desestimular a escolha do magistério nas opções de graduação em nível superior.

A erradicação desses males terá de ser feita através de um esforço competente de toda a sociedade, a partir das posturas e ações dos cidadãos, especialmente dos pais e ou responsáveis, bem como das escolas.

Há que se valorizar aqueles pais que são verdadeiros parceiros das escolas e dos educadores que cuidam de seus filhos, dando-lhes o apoio e o reconhecimento que eles fazem por merecer no exercício dessa nobre profissão.


Há que se valorizar, também, aquelas escolas que já perceberam que sua atuação não se restringe à aquisição de conhecimentos por parte dos alunos, mas extrapola esse quesito, movimentando-se também nos aspectos educacionais da formação em valores morais e éticos para a capacitação de cidadãos conscientes e participativos.


Publicado originalmente em 04/02/2019

(Leia também)  (Siga-me)  (Compartilhe!)



SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI













































 


Share:

sábado, 4 de maio de 2024

MENSAGEM - A MENTIRA É COMO UMA BOLA DE NEVE


MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

                  LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI

                               SIGA-ME      COMPARTILHE! 

            TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
            TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

Se você estiver numa situação de conflito, seja no campo profissional, seja no campo pessoal, aja sempre em consonância com seu caráter, com seus princípios, não deixando que eventuais maledicências ou maldades da outra parte façam com que você mude a sua natureza, a sua índole. Tenha cautela pois mais importante do que a sua imagem, que é o que os outros veem em você, é a sua consciência, o seu caráter. Decisões tomadas à revelia do seu caráter são como se você estivesse falando uma mentira. E sabemos que para suportar uma mentira, outras mentiras terão de ser faladas; é uma bola de neve que vai aumentando, aumentando, causando-lhe angústia e arrependimento.

 

Share:

sábado, 30 de março de 2024

VALORES PARA UMA VIDA CORRETAMENTE ÉTICA



Roberto Gameiro

Não sabendo que era impossível, foi lá e fez.

Essa frase, atribuída a Mark Twain (1) e, também, a Jean Cocteau (2), pode servir de introdução a este texto.

Claro que não podemos entender como absoluto o significado da afirmação, concluindo que nada é impossível, que tudo é possível; se assim fosse, correríamos o risco de encaminhar nossas crianças e jovens, às vezes, por caminhos perigosos e fatais.

Quero enfatizar, da frase, o que ela nos apresenta de incentivo às possibilidades que nos apresenta a vida e que, por vezes, por falta de ânimo, de crença em nós mesmos, de perseverança, de vontade forte, de princípios norteadores, de sentido de vida, deixamos de aproveitar.

Jung Mo Sung escreveu que “O ambiente social e cultural também está passando por profundas transformações. Os valores tradicionais ou modernos que vinham norteando a vida das pessoas e da própria sociedade estão sendo modificados ou até mesmo dissolvidos. Essa dissolução das referências culturais antes vistas como sólidas e as profundas transformações no campo econômico-social têm gerado, por exemplo, a banalização da violência, a exacerbação do consumismo e a busca, quase que obsessiva, do corpo e a beleza perfeitos.”. (Educar para reencantar a vida, 2007)

A história da humanidade está repleta de exemplos de homens e mulheres que, cada um à sua época e no seu contexto, fizeram a diferença – tanto para o bem como, infelizmente, para o mal.

As oportunidades podem surgir para todos e, tendo tido a pessoa uma boa formação, ela aproveitará e seguirá aquelas que, ao tempo em que contemplam seu projeto de vida, sejam corretamente éticas e agreguem valor social.

Estou falando de “gente do bem”. A nossa sociedade tem muitas pessoas do bem, com certeza em número muito maior do que as do mal. Felizmente. Há, portanto, esperança.

A formação das pessoas do bem se faz através de um processo de educação baseado em valores, na escola, na família, na igreja e na sociedade em geral.

Albert Einstein disse certa vez:  “Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele você conquistará o mundo.”.

Há que se orientar as crianças e os jovens para serem construtores de uma nova sociedade, mais solidária, mais justa, amorosa e sustentável; e fazê-lo sob as premissas do bom exemplo, do testemunho, da autenticidade e da vivência de valores.

Jovens autênticos, formados para o bem, serão cidadãos conscientes que contribuirão, com suas ações e posturas, para a melhoria da qualidade de vida de todos que com eles convivem.

Depende deles, depende de cada um de nós.

Um mundo novo não é impossível.

Vamos lá e façamos a nossa parte!

(1) Mark Twain – escritor e humorista norte-americano  (1835-1910) 

(2) Jean Cocteau – poetaromancista cineastadesignerdramaturgo e ator  francês  (1889-1963)

 (Leia também) (Siga-me)  (Compartilhe!)

Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 30/03/16, sob o título “Valores para a vida”.

Publicado originalmente neste blogue em 28/11/2018.

SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI






























Share:

sábado, 9 de março de 2024

MENSAGEM - TRANSFORMANDO SONHOS EM REALIDADE


MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

                LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI

                             SIGA-ME      COMPARTILHE! 

          TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
          TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

Cabe a nós, adultos, proporcionar às crianças condições favoráveis para que sejam crianças enquanto  ainda  são  crianças,  dando-lhes  oportunidades para brincar, e brincar   muito,  pois  as   brincadeiras  desenvolvem   nelas   a  capacidade  de  se relacionar   consigo  mesmas   e   com   os   outros,  contribuindo  para  que  deem conformidade  aos seus sonhos, aos seus projetos de vida. Mas não  são  apenas  as crianças  que têm  sonhos. Nós, adultos, também os temos.  E muitos!  Ainda bem! E nesta seara, há que  se  ponderar  que um sonho sem objetivo é apenas um sonho;  nada  mais.  Portanto  vá  atrás   dos  seus  sonhos de criança  e  de  adulto.  Só  você   pode  torná-los  realidade. Seja protagonista  dos  seus sonhos.  Não seja um simples coadjuvante dos sonhos dos outros.



























Share:

sábado, 2 de março de 2024

A ADMIRÁVEL BELEZA DO "SABER OUVIR OS OUTROS"

Discussão, Telefone, Pote De Iogurte


Roberto Gameiro


Há muitos anos, numa noite chuvosa, estava eu saindo de um sanitário de posto de combustível de estrada, quando dei de frente com um senhorzinho que me olhou com um olhar de tristeza, abatido, debilitado, e me perguntou: “o senhor é sacerdote?". Rapidamente, respondi que não, segui em direção ao meu carro e parti. Até hoje, quando me lembro desse episódio, dói-me até a alma. Acredito que ao me perguntar se eu era sacerdote, ele procurava alguém que pudesse ouvi-lo, escutar com bondade as suas possíveis mazelas e, talvez, apaziguar o seu coração. Ora, mesmo sem ser sacerdote, eu poderia tê-lo ouvido e ajudado.


Este artigo já tem a sua versão editada e ou atualizada em PODCAST no SPOTIFY para sua comodidade ou para pessoas com deficiência. CLIQUE AQUI


Rubem Alves (1933-2014), educador e teólogo brasileiro, escreveu no seu texto “A Escutatória”: “Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir”. E acrescentou, com a sabedoria que lhe era peculiar, que: "Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também”.


No processo de formação de nossos filhos, as competências ligadas à comunicação devem ocupar um espaço privilegiado, com ênfase na habilidade de saber ouvir os outros.


Nos relacionamentos pessoais, sociais e profissionais, a “escutatória” faz por merecer atenção tão ou mais importante que a “oratória”.


Que triste é a figura de uma pessoa que não lhe permite terminar a sua fala, a sua argumentação, e o interrompe intempestivamente. Pior se você for subordinado a essa figura, ou, ainda, se for seu marido ou sua esposa, companheiro ou companheira.  


Então, o “saber ouvir” deve ser antecedido por uma atitude de predisposição a fazê-lo. Isso significa postura constante de abertura ao diálogo, na qual, ao “ouvir de verdade”, você procura se colocar no lugar do outro respeitando a individualidade dele, seus sentimentos, seus pontos de vista e seus argumentos (mesmo que você não concorde com eles).


Saber ouvir o outro é sinal de respeito, de bondade, de acolhida, de valorização do outro, de abertura ao diálogo franco e verdadeiro, constituindo característica positiva dos verdadeiros líderes, aqueles que conseguem fazer a diferença nos diversos segmentos da sociedade; ouvindo, completam-se, corrigem-se, aprimoram-se.


Como disse Mahatma Gandhi (1869-1948): “Não precisamos apagar a luz do próximo para que a nossa brilhe”.

Publicado originalmente em 21/11/2018


(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI

























 

Share:

sábado, 10 de fevereiro de 2024

MENSAGEM - PRATICANDO ATOS DE GENTILEZA E SOLIDARIEDADE

                 MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

            LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI

                             SIGA-ME      COMPARTILHE! 

         TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
         TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES

A prática de atos de gentileza e de solidariedade faz bem para quem pratica e para quem  recebe,  além  de  revelar  que você está de bem consigo mesmo  e,  por isso,  preocupado com o bem-
-estar  dos outros. Entretanto, ninguém pode dar o que não tem. Ao pensar no bem-estar coletivo, não podemos abdicar do nosso próprio bem-estar;  ao  contrário,  o  bem-estar coletivo  é  o  somatório  dos bem-estares  dos indivíduos que compõem o grupo. Se reduzirmos  o  bem-estar  do indivíduo, reduziremos, também, o bem-estar  do  coletivo.  Jesus Cristo  nos deixou vários ensinamentos.  Entre  eles,  destacam-se  o  “Amor  a  Deus”  e  o “Amarás ao teu próximo  como a ti mesmo”;  neste,  percebe-se que  para  amar  ao  seu  próximo  você precisa, antes, ter muito amor a Deus e por si mesmo.

Share:

sábado, 3 de fevereiro de 2024

HUMILDADE OU ARROGÂNCIA?

Roberto Gameiro

Se você estiver com seu carro num trânsito congestionado e precisar mudar de pista, se o motorista do veículo ao lado diminuir a velocidade para lhe dar passagem, ele demonstra humildade; se ele acelerar para não lhe dar passagem, ele demonstra arrogância. Em alguns locais, dizem que motoristas não dão a passagem porque significaria que o carro do outro é melhor do que o deles.
 
Humildade e arrogância. Dois extremos. 

Temas significativos para nortear o processo de educação e formação de crianças e adolescentes, nossos filhos e nossos alunos. 

Roberto Naves Amorim escreveu no seu artigo “A arrogância dos arrogantes” (1) que “Arrogância é o sentimento que caracteriza a falta de humildade. É Fingir-se de humilde; é não aceitar o erro; é não pedir desculpas quando erra. A Arrogância é filha do orgulho, irmã da soberba, prima da altivez, amiga da vanglória e parceira da jactância. (...) Pessoas arrogantes são extremamente vaidosas. Elas têm um espírito altivo. Elas se acham mais que os outros. Uma das demonstrações da vaidade é que elas nunca estão dispostas a ouvir.”. 

Os arrogantes sempre procuram nos outros as culpas pelos seus erros. Assumem como suas, expressões e ideias de outrem. Causam conflitos desnecessários nos ambientes familiar, social e profissional. E sempre têm a convicção de que estão certos e os outros errados.

Você conhece alguma figura assim?

Você já imaginou ter um companheiro de trabalho, um chefe, um cônjuge ou filhos assim?

É difícil conviver com pessoas arrogantes. Elas não deixam você terminar de falar, de argumentar, de explicar. Enquanto você fala, elas não o estão ouvindo. Estão só esperando uma deixa para continuar sua soberba, sua jactância. 

O texto bíblico define a soberba como o princípio da ruína, assim como a humildade como elevação à honra. (Provérbios 16,18 e 15,33)

Pessoas arrogantes geralmente não conseguem permanecer por muito tempo num mesmo emprego; desempregadas, passam por muitos processos de seleção sem lograr êxito; julgam-se mais importantes do que os próprios entrevistadores. Que bom seria se para cada arrogante houvesse um amigo verdadeiro e sincero que conseguisse vencer a prepotência dele e falar-lhe as verdades que ele precisa ouvir. Ouvir, compreender e aceitar. 

Essas são algumas possíveis características de alguém arrogante. Entretanto, precisamos tomar o cuidado de não generalizar, nem simplificar demais uma eventual avaliação de posturas, atitudes e ações de uma pessoa. Entre ser e estar há uma distância significativa. Afinal, qualquer um de nós pode eventualmente estar numa atitude ou postura arrogante intempestiva sem perceber e nos arrependermos ato seguinte.

Já a humildade significa o reconhecimento das limitações humanas e, em função disso, o relacionamento adequado com os outros, com estima, deferência e amorosidade. Neste contexto, a humildade representa uma pessoa respeitosa, reverente, solícita e cativante. Isso facilita e catalisa relacionamentos abertos a novas ideias, e perseverança em função dos desafios. Esta é a melhor forma de comunicar-se e desarmar (ou tentar desarmar) a soberba dos arrogantes.
 
Você é arrogante ou humilde?

REFERÊNCIA

(1) AMORIM, Roberto Naves. A Arrogância dos arrogantes, 2015. Encontrado em https://rnavesamorim.com/2015/11/09/a arrogancia-dos-arrogantes/.   Acessado em 27/01/2024.

(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI




































Share:

sábado, 20 de janeiro de 2024

FILHOS - FALTA DE LIMITES


Roberto Gameiro


Era um domingo ensolarado. Estávamos em um restaurante. O casal, o marido à frente e a esposa atrás, saía em um silêncio que era absurdamente atropelado pelos gritos estridentes do filho, de uns  cinco  anos,  que, ao  lado  da  mãe,  batia  nela  e  bradava repetidamente: - Eu não quero, porr ...!


Quando tinha mais ou menos essa idade, eu gritei essa mesma interjeição. Em fração de segundo, levei um safanão da minha mãe, que me fez rodar feito um pião. Até hoje, idoso, não consigo pronunciá-la. E isso não fez com que diminuísse o amor que sempre senti pela minha mãe. Tempos diferentes.

 

Não.

 

Não estou incentivando que se bata nos filhos. Até porque, acertadamente, esse tipo de atitude agora é proibido por Lei no Brasil.

 

Entretanto, cenas grotescas como essa aqui narrada no primeiro parágrafo acontecem com lamentável constância em shoppings, restaurantes, clubes e congêneres.

 

São cenas que carregam intensas sensações de desconforto em quem as vive e em quem as presencia.


Há os que focam a atenção nos pais. Há os que focam na criança. 

 

Nessas situações, as pessoas veem os pais e a criança ora como culpados, ora como vítimas; assim como, na forma de pano de fundo, reina em muitos o sentimento de “atire a primeira pedra quem nunca ...”


Aos meus filhos, quando faziam algo de errado, bastava um olhar firme da mãe, que eles chamavam de “olhar 43”, para tudo voltar à normalidade.


De qualquer maneira, a obrigação de colocar limites comportamentais nas crianças, desde a mais tenra idade, é dos pais. Essa obrigação não pode ser transferida aos professores. Os pais educam; os professores ensinam e reforçam a educação que os alunos trazem de casa. 


Certo é que para colocar limites nos filhos, os pais precisam, antes de tudo, definir os seus próprios limites comportamentais através de um elenco de princípios e valores significativos que norteiem as suas posturas e ações e que sirvam de exemplos para a condução da educação da prole.


Como já escrevi num outro artigo, se os pais não colocarem limites nos filhos, quem vai fazer isso no futuro? A polícia?


(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI




































Share:

sábado, 13 de janeiro de 2024

MENSAGEM - EDUCANDO PARA O BEM

MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO

            LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI

                         SIGA-ME      COMPARTILHE! 

        TEXTO PARA VERSÕES EM OUTRAS LÍNGUAS 
        TEXT FOR VERSIONS IN OTHER LANGUAGES 

Formar cidadãos conscientes do seu necessário envolvimento na construção de uma sociedade mais justa, solidária, amorosa e sustentável, passa, sem dúvida, pelo incentivo e acompanhamento de suas performances, desde a mais tenra idade, pela família e pela escola, educando-os para o bem, para serem agentes protagonistas do seu próprio desenvolvimento e partícipes da busca constante da melhoria da qualidade de vida de todos. Qualidade de vida que se pauta pelo amor a Deus, pelo amor-próprio e pelo amor ao próximo.































Share:

sábado, 6 de janeiro de 2024

O VALOR DO NOME


Roberto Gameiro


Há alguns anos, comecei a frequentar um restaurante na cidade onde morava. Comida boa, ambiente sadio, higiene a toda prova, era um lugar agradável que dava gosto levar a família. Na primeira vez, fomos recebidos educadamente pelo proprietário e sua esposa, me apresentei e aos meus, e fomos muito bem atendidos.


Na segunda vez, o proprietário, ao nos receber, me chamou de Paulo. Eu, com educação e sutileza, o corrigi dizendo que meu nome é Roberto, e não Paulo. Mas nas vezes seguintes, ele continuou a me chamar de Paulo. Corrigi-o mais uma vez e tive vontade de corrigi-lo depois de novo, mas não o fiz. Ora, se ele me identificava sempre como Paulo, é que para ele eu era o seu cliente Paulo. E eu virei Paulo quando no restaurante daquele senhor. Mas, nem por isso, perdi a minha identidade – que eu prezo muito. Aliás, Paulo é um nome muito bonito; e bíblico.


Foi uma concessão que fiz para aquele senhor e sua família, até porque ele não fazia a troca do meu nome por malícia ou deboche.


Segundo o jornalista Marcelo Testoni (1), “em um estudo de 2016, cientistas da Universidade Duke (EUA) descobriram que essa é uma situação corriqueira, após analisarem cinco pesquisas diferentes (...) segundo os cientistas, na primeira pesquisa, metade dos entrevistados teve seu nome trocado, independentemente (...) do grau de afinidade com os interlocutores. Ocorre tanto quando se trata de desconhecidos como com quem se conhece pouco ou até se convive há décadas. Mas não tem a ver necessariamente com ser menos amado ou lembrado (...) a confusão entre nomes ainda tem a ver com o fato de o cérebro armazenar e distribuir informações sobre pessoas do nosso dia a dia em diferentes "caixinhas" cognitivas que se interligam. Nomes são representações de alguém e são recobrados com lembranças, emoções, sensações, eventualmente distorcidos".


Nós, seres humanos, temos a nossa identidade como tal, mas também a temos projetada nos diversos papéis sociais que desempenhamos. Eu sou o ser humano Roberto, que posso exercer diversos papéis sociais: diretor de escola, professor, sócio de clube, pai, avô, bisavô, esposo, cliente de um restaurante …


O nome é um bem de incomensurável valor, e deve ser preservado e valorizado, pois ele representa o que somos, a forma como nos vemos e como as outras pessoas nos veem, o nosso caráter, a nossa personalidade, a nossa visão de mundo e como nos inserimos nele.


Mesmo que eventualmente façamos alguma condescendência.


Para terminar, tem a história daquele “coronel” latifundiário que chamava a sua mulher de “amor”. Era amor para cá, amor para lá ... Certa vez uma repórter foi entrevistá-lo e comentou que achava lindo o fato de ele chamar a esposa de “amor”, ao que ele lhe confidenciou que fazia dez anos que tinha esquecido o nome dela ...


Como já escrevi várias vezes: o que dá pra rir, dá, também, pra chorar ... 


REFERÊNCIA


(1)TESTONI, Marcelo. Vive trocando o nome das pessoas? Saiba por que isso ocorre. Encontrado em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/05/16/vive-trocando-os-nomes-das-pessoas-saiba-por-que-isso-ocorre.htm?cmpid=copiaecola. Acessado em 03/01/2024.


(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI



























 

Share:

sábado, 18 de novembro de 2023

ADULTOS AUTÊNTICOS, JOVENS SEGUROS

Roberto Gameiro


Cabe perguntar qual é aquele “modelo” de adulto que satisfaz a procura do jovem.

O engenheiro testa a composição da argamassa a ser usada na construção para saber se ela trará a segurança prevista em normas e necessária para a resistência e solidez da obra. Em outras palavras, ele testa para saber se pode confiar nela, se ela tem as características de que ele necessita; se não as encontra, vai procurar outras opções, outras possibilidades.



Ainda que possa parecer um tanto esdrúxula a comparação, acredito que possamos cotejar essa postura do engenheiro com a das crianças e jovens nas suas relações com os adultos, sejam eles os próprios pais ou (especialmente) os seus educadores.

Os jovens, em processo de formação, buscam encontrar modelos nos adultos com quem convivem e, quase sempre inconscientemente, testam-nos para saber se podem confiar neles, se eles lhes trazem a segurança necessária para a sua formação. Se não encontram nesses, vão, invariavelmente, buscar essa segurança noutras opções, noutras possibilidades nem sempre recomendáveis, como temos visto frequentemente no dia a dia e pela imprensa.

Entretanto, cabe perguntar qual é aquele “modelo” de adulto que satisfaz a procura do jovem.

Será aquele que só diz “sim” e assim se contrapõe àquele que diz “não”?

Educar uma criança, um jovem, implica dizer “sim” ou “não”, dependendo da situação, das circunstâncias, dos princípios e valores que regulam as relações nas famílias e, inclusive, nas escolas.

Esse é um discernimento que é de difícil, ou impossível regulação, normatização. Na educação dos nossos filhos, dos nossos alunos, erramos algumas vezes, mas, ainda bem, acertamos mais do que erramos.

Nas famílias, esse discernimento fica, muitas vezes, comprometido quando os pais se separam. Nestas situações, dever-se-ia priorizar a boa formação da criança, do jovem, o que nem sempre acontece. Muitas vezes, o cônjuge de maior poder econômico financeiro só diz “sim”, deixando para o outro, geralmente o que tem a guarda, a incumbência de dizer os “nãos”; essa postura não tem contribuído para a boa formação dos meninos e das meninas. Felizmente, parece que essa não é a regra geral. Fica, entretanto, o convite para a reflexão.

Autenticidade; creio que essa é a palavra-chave que deve nortear as nossas posturas, as nossas ações como pais e como educadores nas relações com nossos filhos e nossos alunos; esse termo vem de “autêntico”, que significa: a que se pode dar fé, fidedigno, legalizado, verdadeiro, real, genuíno, legítimo.

Entendê-los, mas não pretender ser um deles. Compreendê-los para poder contribuir na sua formação, na construção da sua personalidade. Ser exemplo de justiça, de respeito, da verdade, de solidariedade e de amorosidade, levando-os para o bom caminho de uma religiosidade, de uma espiritualidade.

Para finalizar, lembremo-nos, sempre, das palavras do Papa Francisco: “Se nos comportarmos como filhos de Deus, sentindo-nos amados por Ele, a nossa vida será nova, cheia de serenidade e de alegria”.

Publicado originalmente em 23/10/2018

(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)

Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 28/04/16 sob o título “Jovens Seguros”.



SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. 

Contato: textocontextopretexto@uol.com.br


Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI


































Share:
Powered By Blogger

TRADUZA - TRANSLATE

PESQUISE NESTE BLOGUE (digite)

ADQUIRA O MEU LIVRO DIGITAL NA AMAZON

ADQUIRA O MEU LIVRO DIGITAL NA AMAZON
O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO: PARA LEITURA E DEBATE EM FAMÍLIA - COM OS FILHOS

CÓPIA, REPRODUÇÃO, CITAÇÃO E COMPARTILHAMENTO

Autorizadas, desde que com a inclusão dos nomes do blogue e do autor.

Busca na Wikipedia. Digite o assunto.

Resultados da pesquisa