O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

quarta-feira, 17 de junho de 2020

MENSAGEM: PROFESSORES - VERDADEIROS GESTORES DAS APRENDIZAGENS


MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
SIGA-ME          COMPARTILHE!
 (Cópia e compartilhamento autorizados)
Share:

sábado, 13 de junho de 2020

CONSTRUINDO UM SENTIDO PARA A VIDA


Roberto Gameiro
Educar as crianças e os jovens é uma nobre missão e um grande desafio que pais e educadores enfrentam no seu dia a dia nesta sociedade globalizada em que os relacionamentos se tornam cada vez mais complexos, as individualidades prosperam e costumes antes muito valorizados deixam de sê-lo, contribuindo para uma certa anestesia social, um descompromisso com o outro, um descompasso relacional.
Por isso, é sempre bom valorizarmos, priorizarmos e enfatizarmos aquelas posturas que dão norte saudável aos relacionamentos e contribuem positivamente para que a vida seja mais leve, mais agradável e com mais qualidade.
Jung Mo Sung escreveu que é preciso assumir um sentido para a sua vida para que as coisas e pessoas possam ser “organizadas” dentro de sua visão do mundo. Sem um sentido último da vida, nós não conseguimos estabelecer uma certa direção para a nossa vida. E acrescenta que é por isso que pessoas que não encontraram o sentido para a sua vida se sentem perdidas e têm muita dificuldade em articular os fatos e experiências da sua vida. (Educar para reencantar a vida – 2007)
A alegria é a força que contagia as pessoas e melhora os ambientes,  tornando-os lugares de aconchego, ternura, carinho, e valorizando as maravilhas da criação e da cultura humana, exaltando os acontecimentos que aquecem o coração e conduzem à paz.
Paulo Freire acrescenta que “a minha abertura ao querer bem significa a minha disponibilidade à alegria de viver. Justa alegria de viver, que, assumida plenamente, não permite que me transforme num ser “adocicado”, nem tampouco num ser arestoso e amargo.”. (Pedagogia da autonomia – 2000)
A amorosidade é, também, tema recorrente em Paulo Freire, que relacionando amor e diálogo,  escreveu:
Sendo fundamento do diálogo, o amor é, também, diálogo. (…) Ao fundar-se no amor, na humildade, na fé nos homens, o diálogo se faz uma relação horizontal, em que a confiança de um polo no outro é consequência óbvia. Seria uma contradição se, amoroso, humilde e cheio de fé, o diálogo não provocasse este clima de confiança entre seus sujeitos. (Pedagogia do Oprimido – 1987)
Mas, por que relacionar “alegria“, “amorosidade” e “diálogo” com “sentido de vida”?
Sentido de vida não se “busca”. Sentido de vida se constrói. Para se construir um projeto de vida deve-se sonhar, planejar e viver em um movimento dinâmico de construção e reconstrução de si mesmo.
Nada disso se faz sem a necessária alegria que deve estar sempre presente nos encontros, nos reencontros, na partilha, na convivência fraterna, no respeito mútuo, ou seja, nos diálogos. O afeto, a alegria, o "sorriso nos lábios", o brilho no olhar são fatores catalisadores de relações sadias, autênticas, amorosas, construtivas e sementes de reciprocidades promissoras.
Na Wikipédia, encontramos a palavra japonesa “Ikigai” que significa um estilo de vida que preconiza, entre outros propósitos, que “A busca pelo sentido na vida está (na sociedade moderna) profundamente ligada ao entendimento de quem somos (nossas crenças, relacionamentos, cultura, formação etc), mas também em boa parte sobre O Que Fazemos (profissão, vocação, trabalho, lazer, etc). Assim, em muitos casos nossa percepção sobre nossa Razão de Ser dificilmente estará completa sem encontrarmos consonância entre o que somos e o que fazemos.”. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Ikigai)
Precisamos de líderes que realmente vivam a Boa Nova e sejam verdadeiros discípulos missionários de Jesus Cristo, para juntos promovermos as mudanças que a sociedade requer. Isso se faz melhor com alegria, amorosidade, diálogo e, principalmente, com sentido de vida bem construído na nossa individualidade; desta forma, poderemos colaborar para um sentido mais significativo de vida para todos.
A educação, na escola e na família, entre outras finalidades, deve ajudar o educando a criar, a inventar, a construir um sentido para a sua vida e a torná-lo uma pessoa do bem e comprometida com a construção de uma sociedade melhor.
Assim, talvez tenhamos menos jovens construindo sentido para suas vidas na adesão a propostas inconfessáveis e ou socialmente destrutivas.
(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)
Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 28/01/16, no “Jornal do Tocantins” em 30/01/16, no “Diário Indústria e Comércio” – digital – em 03/02/16, na revista “Brasília.com” em 01/03/16 e na revista "Nova família" em 11/03/20.

SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br

Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor na área de “Gestão de escolas de Educação Básica”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI





Share:

quarta-feira, 10 de junho de 2020

MENSAGEM: NÃO É FÁCIL CRIAR E EDUCAR FILHOS HOJE


MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
SIGA-ME          COMPARTILHE!
(Cópia e compartilhamento autorizados)
Share:

domingo, 7 de junho de 2020

A IMPORTÂNCIA DO RELACIONAMENTO ESCOLA-FAMÍLIA-ESCOLA

Família, Galeria, Geração, Memória, Home

Roberto Gameiro

Muito se tem escrito e ouvido a respeito das reais finalidades da escola no mundo de hoje. Sabe-se, por exemplo, que a escola tem assumido responsabilidades e atribuições que, tradicionalmente, pertenciam ao núcleo familiar. Isso tem acontecido principalmente devido ao novo formato das famílias nesta sociedade pós-moderna. Alguns dizem que a família está desestruturada; eu prefiro afirmar que a família está diferente.


No colégio que eu dirigia, há alguns anos, pesquisa realizada apontou um percentual de 30% de estudantes filhos de pais separados. Isso significava aproximadamente 900 meninos e meninas.  Trata-se, portanto, de um universo que não pode ser desconsiderado; ao contrário, a escola precisa, então, adequar o seu projeto educacional para atender, com qualidade, a essa parcela representativa de seus alunos e famílias.

Acrescente-se o fato de que as mães dos estudantes, na sua maioria, estão no mercado de trabalho. Guardadas as proporções em virtude das faixas socioeconômicas, as mães têm três expedientes diários: dois no trabalho e um em casa para resolver e encaminhar os assuntos da casa e dos filhos, inclusive o acompanhamento escolar. Muitas vezes, os filhos passam mais tempo sozinhos, ou com as babás, ou com os educadores, do que com os pais.

Note-se, portanto, que a escola ganha, cada vez mais, importância na vida das famílias e, consequentemente, crescem as expectativas de pais e mães na direção de uma escola parceira que se preocupa não apenas com a excelência acadêmica e a formação integral dos estudantes, mas, também, com essa realidade social, da qual não se tem como fugir.

Essa necessidade pode ser uma excelente oportunidade para a implementação de diferenciais que tornem a escola especialmente importante para as famílias. Isso pode significar, entre outras possibilidades, suprir as famílias dos estudantes com informações, através de minicursos, palestras, workshops, reuniões, lives, que agreguem valor e instrumentalizem os pais para enfrentar esses novos desafios e necessidades, inclusive e para além dos processos pedagógicos. Como exemplos, cito os temas: alimentação, cuidados com as crianças menores, organização de horários na família, acompanhamento escolar, álcool na adolescência, amizades, tabagismo, festas e confraternizações, higiene, deveres de casa, tempo de estudo diário, diversidade, sustentabilidade, justiça, solidariedade, uso da internet, vida após a separação, filhos de pais separados...
 


Esses temas poderão ser abordados ou desenvolvidos pelos próprios pais, num trabalho voluntário, ou por professores, coordenadores, orientadores, diretores ou profissionais convidados. São iniciativas fáceis de serem implementadas, não precisando ser “grandes eventos”, podendo, ainda, ser feitas pelas redes sociais. 

Muitas escolas já têm esse diferencial há algum tempo; entretanto, é preciso perseverar nessas iniciativas, sem exagerar na periodicidade, garantindo-lhes qualidade e foco, de forma que, aos poucos se necessário, se crie essa “cultura” na comunidade escolar. Eu mesmo tive, mais de uma vez, experiência em que numa determinada palestra, havia, no auditório da escola, mais educadores da casa do que pais e mães. Mas, ainda assim, considerei válido o evento pois os presentes, educadores e pais, aproveitaram bem o conteúdo. 

A escola precisa ser tão importante para a família, que esse fato pesará consistentemente tanto na hora da decisão da escolha do colégio, quanto na fidelização, incluído aí o “boca a boca”.

(Este texto foi redigido antes da Pandemia da COVID-19. Para complementar o contexto, sugiro a leitura dos meus artigos “A pandemia da COVID-19 e os professores”, “COVID-19 – Crianças em casa. E agora?” e, ainda, “Aumento dos divórcios no Brasil”. Para isso, basta seguir a sequência dos links (Leia também) logo abaixo deste e dos demais artigos.)

(Leia também)     (Siga-me)    (Compartilhe!)

SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.

Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI




Share:

quarta-feira, 3 de junho de 2020

MENSAGEM: VALORES FAMILIARES, EXEMPLO E TESTEMUNHO


MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
SIGA-ME          COMPARTILHE!
 (Cópia e compartilhamento autorizados)
Share:

domingo, 31 de maio de 2020

A PANDEMIA DA COVID-19 E OS PROFESSORES

Corona, Coronavírus, Vírus, Empresária

Roberto Gameiro

Por incrível que possa parecer, a pandemia da COVID-19 está trazendo um fato novo, esperado por todas as pessoas de bom senso, mas que se apresentava como difícil de ser concretizado nesta sociedade em que muitos querem fazer valer os seus direitos, ou pretensos direitos, mas cumprem pouco os seus deveres, mesmo aqueles subjetivos como a valorização do trabalho e das competências dos outros.


Ainda é cedo para afirmar se esse fato vai perdurar por muito tempo ou não, já que outra característica desta coletividade é a “memória curta”.

Refiro-me à valorização do trabalho, das competências e das responsabilidades dos professores, especialmente aqueles da Educação Básica.

De repente e inusitadamente, pais e mães estão em casa, isolados, 24 horas por dia, com seus filhos. É uma experiência nova que não pode ser comparada, por óbvio, com os períodos de férias escolares.

Antes da pandemia, podia parecer que tudo estava bem e indo como sempre nas escolas públicas e privadas. Muitos alunos continuavam a desrespeitar os professores, a desvalorizar o seu trabalho e, em muitos casos, a vê-los como empregados seus. Os professores continuavam a ser vigiados por alguns pais que, especialmente pelas redes sociais, não lhes davam trégua; idem em relação aos coordenadores, seus auxiliares e diretores. Embora esses pais talvez não percebessem, estavam fazendo mau uso do que tinham.

Parecia. Mas não estava “tudo bem”. Mas, sim, estava “tudo como sempre”.

Com os professores desprestigiados e desvalorizados, inclusive nos salários, em especial nas redes públicas, começou desde há alguns anos, a debandada docente para outras ocupações e a redução das matrículas nos cursos de licenciatura no país todo. Hoje, algumas escolas públicas não têm professores de determinadas disciplinas.

Agora, com a pandemia, muitas escolas continuam na sua missão de levar a aprendizagem aos seus alunos através da Internet. Os professores estão tendo de se superar exercendo uma ocupação para a qual não foram previamente capacitados, preparando e “dando” aulas e atividades para seus alunos através das redes sociais, com o objetivo de não interromper o processo de ensino, o que seria muito danoso. E as escolas, com a mesma preocupação, estão investindo nessa tecnologia, inclusive em algumas redes públicas, embora saibamos que um enorme contingente de famílias não tem acesso à Internet; e aqui está um óbice deveras preocupante que faz por merecer atenção especial das escolas e das autoridades constituídas.  

É neste momento que pais de diferentes perfis, ao ter de acompanhar, supervisionar e ajudar os filhos na execução das tarefas e atividades, têm reações divergentes a respeito dessa situação; alguns elogiam as escolas e os professores, outros reclamam porque entendem que as escolas e os professores estão a exigir muito de seus filhos (e deles); há que se compreender essas diferentes reações porque também os pais e os estudantes estão tendo de se adaptar a uma situação inédita que exige uma rotina diferenciada para a qual nem todos têm as competências necessárias (e não têm a obrigação de tê-las). 

Entretanto, devemos levar em conta que estamos no meio de um “furacão” chamado COVID-19 no mundo todo, e que numa pandemia como essa cada um de nós tem de se superar e enfrentar com discernimento e sem pânico o seu desafio particular, sem deixar de contribuir para o bem-estar da comunidade em que se insere.

De qualquer maneira, mesmo com as divergências, a sociedade como um todo agora parece ter um olhar diferente para o nobre trabalho das escolas e dos professores e lamenta o que já não tem, mesmo que temporariamente. Famílias estão percebendo a falta que fazem os professores e as escolas no dia a dia na formação e na educação dos seus filhos. É na falta que se valoriza o que não se tem.

E os pais podem perceber, segundo o meu olhar de ex-diretor de escola particular, em muitos momentos, a admiração que seus filhos têm pelos seus professores, que aparecem ali nas telinhas do smartphone e ou do computador, nas suas casas, aproximando-se deles com muito afeto, compreensão e ternura, admiração essa que muitos deles nem sabiam que tinham.

Quando a situação voltar à normalidade, acredito que a relação aluno-professor estará depurada, aperfeiçoada e, obviamente, melhorada, assim como a relação pais-professores-escola.

O ensino híbrido, que contempla atividades online e presenciais, que já era usado por poucos professores, agora, com esta pandemia, mostrou-se como uma possibilidade de enriquecimento do jeito de se desenvolver as aprendizagens escolares, e, ao que tudo indica, veio para ficar. Resta, entretanto, aos governos, prover os estudantes de famílias de pouco poder aquisitivo do acesso à Internet de banda larga e das ferramentas tecnológicas inerentes como smartphones e notebooks. É um grande desafio!


Já se disse que estamos numa “mudança de época”.

Espera-se que apesar dos males que essa pandemia está trazendo para o mundo todo, ocorra, no nosso país, uma vertiginosa guinada nos relacionamentos no campo da educação, com a necessária valorização das escolas e de seus professores. Talvez esse seja um largo passo para, como consequência, aumentarmos a eficiência e a eficácia das escolas, especialmente as públicas, e atingirmos melhores colocações nos rankings educacionais mundiais.

É uma oportunidade que não poderemos perder, mas investir nela.


Em tempo: o Papa Francisco, durante uma Missa na Casa Santa Marta, no Vaticano, dirigiu seu pensamento às dificuldades de docentes e alunos com as escolas fechadas em muitos países por causa da Covid-19. Veja o vídeo:   https://www.vaticannews.va/pt/papa-francisco/missa-santa-marta/2020-04/papa-francisco-missa-santa-marta-coronavirus-professores-alunos.html


(Leia também)      (Siga-me)    (Compartilhe!)

SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br

Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI

Share:

quarta-feira, 27 de maio de 2020

MENSAGEM: PERGUNTAS ERRADAS LEVAM A RESPOSTAS ERRADAS

MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
SIGA-ME          COMPARTILHE!
 (Cópia e compartilhamento autorizados)
Share:

domingo, 24 de maio de 2020

CONSCIENTIZAÇÃO E COMPAIXÃO BASTAM?

Pergunta, Problema, Acho Que, Pensamento

Roberto Gameiro

Noutro dia, uma amiga virtual, a quem eu respeito e  admiro muito o seu trabalho, pediu a minha opinião através do WhatsApp, a respeito da seguinte questão: “Será que podemos concluir que os jovens estão cada vez mais individualistas e alienados com os problemas individuais, familiares e sociais, ou o tempo que gastam na Internet inclui consciência social e demais problemas que os envolvem?”. 

A proposição da amiga, acredito, surgiu após a leitura do meu artigo “Os jovens e a individualidade”, publicado no meu blogue em 19/04/20; você poderá ter acesso direto a ele, clicando em (Leia também) ao final deste texto.

Muito oportuna a pergunta sobre consciência social e problemas que envolvem os jovens, porque vivemos uma época que está a colocar dúvidas quanto a alguns conceitos que tínhamos a respeito do bom e do mau uso da Internet e seus subprodutos. 

Aqui está um questionamento, prezada leitora, prezado leitor, que pode ser objeto de muita reflexão da sua parte, com grau de abertura para inúmeras abordagens, numa diversidade que poderia eventualmente elevá-lo à categoria de pergunta-chave para a proposição de hipóteses em Dissertações e Teses. 

Por isso, delimito aqui a minha abordagem enfocando a palavra “consciência” e, consequentemente, a “conscientização”. Você notará que este artigo não esgotará o contido na questão, mas peço a sua compreensão devido à limitação de espaço neste tipo de texto. 

Para isso, valho-me da metodologia “ver, pensar e agir” em relação a uma situação, a um fato.  A taxionomia de Bloom pode também ajudar na pontuação das fases. 

Nessa sequência, o “ver” poderia ser o “tomar conhecimento de”, inteirar-se acerca de” como primeiro e importante passo na elaboração de uma possível reflexão em relação à situação, ao fato; até porque não se pode pensar a respeito de algo, sem conhecê-lo a contento. 

Conhecido o objeto, segue-se o “pensar”, ou seja, o momento de abstração em que se procura chegar a uma compreensão do analisado. É a hora da reflexão que pode levar à conscientização. Essa conscientização do problema ou fato deveria levar à busca de ações que pudessem resolver ou pelo menos minimizá-lo. Entretanto, ouvimos falar muito de “conscientização dos jovens” como momento final de projetos; para-se na conscientização como objetivo final.

Não basta, portanto, levar os jovens seja presencialmente ou através da Internet, apenas à conscientização a respeito de uma situação-problema se o mesmo projeto não contiver propostas de ações sobre ele, o que seria o “Agir” da proposta metodológica, ou seja, a aplicação do que foi conhecido, compreendido e conscientizado. 

Neste ponto, é oportuno lembrar que a “Taxionomia de Objetivos Educacionais”, de Benjamin Bloom e outros, propõe capacidades cumulativas, quais sejam: conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação. Aqui, ficamos apenas com as três primeiras que, no texto acima, apresentam-se em negrito. 

Por analogia, podemos também nos ater à palavra “compaixão” como decorrência de um processo de conscientização. Daniel Goleman, autor do best seller “Inteligência Emocional”, caracteriza-a (a inteligência emocional) como a capacidade que um indivíduo tem de identificar os seus próprios sentimentos e os dos outros, de se motivar e de gerir bem as emoções internas e nos relacionamentos. E escreveu que “A verdadeira compaixão não significa apenas sentir a dor de outra pessoa, mas estar motivado a eliminá-la”. 

Dalai Lama escreveu a respeito: “A verdadeira compaixão não consiste em sofrer pelo outro. Se ajudamos uma pessoa que sofre e nos deixamos invadir por seu sofrimento, é que somos ineficazes e estamos somente reforçando nosso ego.”.

O texto bíblico também nos ajuda: "Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas por atos e em verdade."  I João, 3, 18

Muito a pensar, refletir e conversar com nossos filhos e alunos.

(Leia também)         (Siga-me)    (Compartilhe!) 


SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br

Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI


Share:

quarta-feira, 20 de maio de 2020

MENSAGEM: UM MUNDO NOVO NÃO É IMPOSSÍVEL

MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
LEIA TB O ARTIGO COMPLETO: CLIQUE AQUI
SIGA-ME          COMPARTILHE!
 (Cópia e compartilhamento autorizados)
Share:

domingo, 17 de maio de 2020

A CAPACITAÇÃO, O MERCADO DE TRABALHO E A CIDADANIA

Ponto De Interrogação, Labirinto, Perdeu

Roberto Gameiro

Quando o trem parava em cada uma das estações, ele descia e batia com um martelo em todas as rodas da composição. Ele sabia do valor do seu trabalho porque o trem só saía depois que ele tivesse batido em todas as rodas. E se sentia “importante”. Assim foi durante 35 anos.


Um dia antes de se aposentar, o novo funcionário, o que ia substituí-lo e passara o dia com ele para aprender o ofício, quis saber o porquê de se bater nas rodas, o que o deixou chateado, mas respondeu-lhe: ora, eu trabalhei esse tempo todo sem saber, e você logo no primeiro dia já quer saber? 

Esse relato, que pode ser fictício embora eu não tenha elementos para afirmar, é encontrado nas redes sociais com diferentes formas e desfechos; ele nos remete ao questionamento sobre a importância da capacitação e do treinamento, para o exercício de uma atividade laborativa ou da própria cidadania.

Por oportuno, vale lembrar que a capacitação profissional se refere à criação de competências, ensinando habilidades para desempenhar uma determinada função, enquanto treinamento profissional refere-se à obtenção de novas e melhores formas para pôr em prática uma habilidade já existente. 

Fictício ou não, o relato acima nos estimula a realizar uma análise do contexto que nos apresenta: percebe-se que além da falha do funcionário, há uma falha da empresa que não conseguiu identificar essa fragilidade ao longo de tanto tempo; de gestores de RH, com certeza com nível superior de escolaridade, que não tiveram a percepção da importância dessa função para a segurança dos passageiros, constituindo, portanto, um ato de desrespeito aos usuários do serviço e, consequentemente, um ato falho de cidadania.

Remete-nos, também, por tabela, à importância da formação escolar para o mercado de trabalho e para o exercício da cidadania, colocando-nos no âmbito das escolas em seus diversos níveis.

E aqui, é importante abordar a figura do professor e sua formação na educação básica e na licenciatura.

 Ao abordar esta temática, com especial enfoque na figura do professor, trazemos à tona uma importante discussão, em torno da qual orbitam as preocupações dos gestores escolares, na medida em que se questiona o processo de formação desse profissional, imprescindível para que se garanta educação de qualidade para esta e para as próximas gerações.

Precisamos, nas nossas escolas, de professores capacitados para o uso das novas tecnologias, que se tornem presença junto dos alunos como mediadores, orientadores, verdadeiros gestores das aprendizagens. 

Que ajudem os estudantes a utilizar de maneira equilibrada e saudável as novas mídias e as redes sociais em prol da construção de novos conhecimentos, tornando prazerosas, instigadoras e desafiadoras as aulas e demais atividades pedagógicas, incluindo a conscientização para a cidadania, bem como para ações e posturas cidadãs. 

Que consigam aplicar e fazer aplicar as teorias na prática, capacitando os jovens para enfrentar e vencer os desafios que a vida lhes trará, em especial no mercado de trabalho, para que, capacitados, capacitem e treinem aqueles com quem venham a trabalhar, numa práxis renovadora e realizadora.

A pergunta que não quer calar é: podemos ter a esperança de que um dia o nosso sistema educacional como um todo vai formar professores com essas competências?

Artigo publicado no "Portal UAI" em 17/05/20 e na revista "Nova Família" em 18/05/20


(Leia também)         (Siga-me)     (Compartilhe!)
          
SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br

Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:

PORTFÓLIO DE ROBERTO GAMEIRO -  CLIQUE AQUI









Share:
Powered By Blogger

TRADUZA - TRANSLATE

PESQUISE NESTE BLOGUE (digite)

ADQUIRA O MEU LIVRO DIGITAL NA AMAZON

ADQUIRA O MEU LIVRO DIGITAL NA AMAZON
O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO: PARA LEITURA E DEBATE EM FAMÍLIA - COM OS FILHOS

CÓPIA, REPRODUÇÃO, CITAÇÃO E COMPARTILHAMENTO

Autorizadas, desde que com a inclusão dos nomes do blogue e do autor.

Busca na Wikipedia. Digite o assunto.

Resultados da pesquisa