O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro
sábado, 3 de dezembro de 2022
sábado, 19 de novembro de 2022
MENSAGEM - A BELEZA DOS PORES DO SOL
sábado, 5 de novembro de 2022
sexta-feira, 21 de outubro de 2022
EU TIVE UM SONHO
Roberto Gameiro
Eu tive um sonho.
Sonhei que havia o bem e não havia o mal.
Que havia o bom e não havia o mau.
Que havia a verdade e não havia a mentira.
Que todos se respeitavam e se ajudavam.
Mas, no meu sonho, eu, pobre incrédulo, achava que só podia estar sonhando.
E não acreditava no que via e sentia.
Embora fosse aquilo o que eu sempre pedia nas minhas orações.
Então, por que a minha dúvida?
Será que eu estava sonhando um sonho do passado?
Ou do futuro?
Tudo aquilo era muito bom para ser verdade.
Mas no fundo, no fundo, meu coração teimava em crer que era realidade.
E se não fosse um sonho?
Que era o ceticismo que conduzia os meus pensamentos?
Mas eu nunca fui cético. Eu sempre procurei acreditar no lado bom das pessoas.
Que um mundo novo era possível.
E agora que esse mundo se apresentava para mim, eu duvidava dele?
Resolvi testar.
Tentei corromper, mas não encontrei quem pudesse ser corrompido.
Caminhei sozinho na noite e não encontrei quem tentasse me assaltar.
Tentei comprar uns produtos pirateados, mas não encontrei ninguém que se dispusesse a vendê-los.
É claro que eu não pretendia corromper quem quer que fosse, nem comprar produtos pirateados.
(...)
Mas, por um momento, achei que podia não ser um sonho, porque ele não acabava; permanecia, e eu continuava lá.
Então, comecei a usufruir daquele mundo perfeito, me relacionando com as pessoas, "sorriso nos lábios", brilho no olhar, paz de espírito, empatias, tranquilidade, sem medos, sem receios, um mundo ideal...
E lá estava eu, vivendo uma realidade almejada, esperada e buscada, entregando-me completamente à nova prazerosa realidade.
Mas, de repente, um barulho estridente foi tomando conta do ambiente, e aumentando, aumentando, até ... me acordar.
Eram as sirenes de viaturas policiais que chegavam para atender a uma ocorrência de violência numa casa vizinha.
(...)
Eu tive um sonho.
Que bom se tivesse sido verdade.
Mas me acode a esperança de que sonhos podem se transformar em realidade.
Augusto Cury escreveu: “Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir! Não tenha medo dos tropeços da jornada.” (Você é insubstituível. Rio de Janeiro, 2002)
E continuo crendo que um mundo novo ainda é possível.
Miguel de Cervantes escreveu no seu "Dom Quixote de La Mancha": "quando se sonha só é só um sonho; quando se sonha junto é o começo da realidade".
Só depende de mim, de você, de todos nós.
Vamos fazer a nossa parte?
(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)
Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional.
Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
sábado, 15 de outubro de 2022
SOMOS TODOS SEMEADORES
Atualizado em 11/10/22
Roberto Gameiro
Certa vez, ouvi uma parábola que dizia que um senhor de certa idade, numa pequena cidade, caminhava pelas ruas, quando, ao virar uma esquina, presenciou uma cena que o chocou demais: um menino de uns seis anos de idade, vestindo roupas sujas e rasgadas, revirava um monte de lixo procurando algo para comer.
Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional.
Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
sábado, 8 de outubro de 2022
PODCAST - MUNDO VIRTUAL - Representação, espelho ou prospectiva?
PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO
MUNDO VIRTUAL - Representação, espelho ou prospectiva?
sábado, 1 de outubro de 2022
MENSAGEM - MAUS-CARACTERES QUE NÃO TÊM "CONSERTO"
sábado, 24 de setembro de 2022
CASAIS, VALORIZEM-SE!
Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional.
Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
sábado, 10 de setembro de 2022
sábado, 3 de setembro de 2022
MENTIRA E VERDADE
Atualizado em 03/09/2022
Roberto Gameiro
Começo com uma pergunta simples.
Você já mentiu?
No caso de a sua resposta ter sido “não”, eu pergunto novamente: você realmente nunca mentiu?
A reflexão sobre “mentira e verdade” para a formação dos nossos filhos precisa passar, antes de mais nada, por um autoexame das nossas posturas em relação a esse tema.
E, aqui, nos vemos, muitas das vezes, numa situação “espinhosa”.
Como formá-los para a verdade se, por exemplo, seu filho atende ao telefone e diz:
-Pai! É o “Fulano de Tal”!
E você diz: “Diga que não estou”.
Alguém vai dizer: “Essa é uma mentirinha inocente”.
“Mentira inocente” continua sendo uma mentira; adjetivada, mas mentira.
E, então, o que fica, numa circunstância como essa, para a formação da criança? Ela, provavelmente, vai pensar: “então, existem “mentiras inocentes” que eu posso dizer e “mentiras não inocentes” que eu não posso dizer”. Entretanto, como o pai vai explicar para o filho qual o limite entre uma e outra?
Não existem “meias mentiras”, nem “meias verdades”. Ou é mentira, ou é verdade.
E de pouco adianta o recurso do “faça o que eu digo; não faça o que eu faço”; essa é uma postura autoritária que está fora de uso e, com certeza, mais afasta do que aproxima pais de filhos.
Difícil, não é?
Acredito que a expressão-chave para situações assim é “bom senso”. Mas, o que é “bom senso”?
Veja o que Descartes escreveu no seu “Discurso sobre o Método" a respeito do bom senso:
“(...) cada indivíduo acredita ser tão bem provido dele que mesmo os mais difíceis de satisfazer em qualquer outro aspecto não costumam desejar possuí-lo mais do que já possuem. (...) isso é antes uma prova de que o poder de julgar de forma correta e discernir entre o verdadeiro e o falso, que é justamente o que é denominado bom senso ou razão, é igual em todos os indivíduos. (...) Pois é insuficiente ter o espírito bom; o mais importante é aplicá-lo bem. As maiores almas são capazes dos maiores vícios, como também das maiores virtudes."
No “Aurélio”, encontramos que “bom senso” é a aplicação correta da razão para julgar ou raciocinar em cada caso particular da vida.
Aplicar corretamente a razão, julgar de forma correta e discernir entre o verdadeiro e o falso, entre a mentira e a verdade, agir sob a égide da justiça, devem ser norte para os pais no processo de formação dos seus filhos. O dia a dia, entretanto, nos lança desafios que só a presença significativa, a proximidade, o diálogo constante, a gratidão, o olho no olho, a sinceridade, a assunção das próprias fragilidades e limitações humanas, podem resultar em educação de verdade.
Educamos nossos filhos através do uso da razão e da emoção, às vezes exagerando numa ou noutra.
Entretanto, há que se buscar o equilíbrio no exemplo e no testemunho baseados nos valores familiares, dos quais não podemos nos afastar.
Acrescente-se, por oportuno, diante da proximidade das eleições para o Executivo e o Legislativo, nos níveis estaduais e federal, a necessidade do uso do bom senso na escolha dos candidatos. Há que se escolher as propostas que estejam calcadas na melhoria da qualidade de vida da população em todos os níveis socioeconômicos e na soberania nacional.
Para que essa escolha seja isenta, devemos ler, ver e ouvir todos os lados que se apresentam.
Há muitas verdades e muitas mentiras circulando pelas redes sociais, jornais, revistas, televisão, rádio e rodas de bate-papos. Discernir entre elas, exige a busca de evidências comprobatórias que as validem, excluindo-se, então, as mentiras e ficando apenas com as verdades. Assim, estaremos usando a razão e agindo como verdadeiros cidadãos, cônscios das nossas responsabilidades em relação ao futuro dos nossos filhos, netos, bisnetos...
“Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo”. (Efésios 4,25)
Publicado originalmente em 25/09/2018.
Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional.
Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
sábado, 27 de agosto de 2022
MENSAGEM - FILHOS NÃO ACEITAM MAUS EXEMPLOS
sábado, 20 de agosto de 2022
PODCAST - VIOLÊNCIA E BENEVOLÊNCIA - O BEM E O MAL
PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO
VIOLÊNCIA E BENEVOLÊNCIA
- O BEM E O MAL -
sábado, 6 de agosto de 2022
CONFUNDIR OU EXPLICAR?
Roberto Gameiro
Um famoso apresentador de programas de televisão, já falecido, tinha diversos bordões que repetia sempre. Um deles era: “Alô, atenção! Eu vim para confundir e não para explicar”. No contexto do entretenimento a que se propunha, a frase não trazia maiores consequências.
Essa frase, se falada hoje, parece caber sob medida, especialmente no Brasil, para definir muita gente que através de diversas mídias propaga informações que “confundem as cabeças” das pessoas, principalmente as das crianças e dos adolescentes. E eu não estou falando apenas de maus políticos.
Vivemos uma época de incertezas. Os conceitos, as certezas e as crenças são postos à prova a cada “novidade” que aparece, algumas das quais estapafúrdicas, mas defendidas com tal ênfase pelos introdutores, que, de tanto serem repetidas, passam a parecer verdades. E, nesse clima, muitos pais já não sabem como encaminhar a educação dos filhos, e muitos educadores já não têm certeza se as normas e as regras da escola continuam valendo.
O processo de educação dos jovens, na família e na escola, exige muito de perseverança e resiliência de pais e educadores; a eles cabe não deixar passar nenhuma oportunidade através da qual possam, os pais, transmitir valores morais e éticos, e os professores, fazer com que as crianças e adolescentes adquiram competências que os ajudem a trilhar caminhos de “boa” cidadania, aplicando e reforçando os atributos saudáveis que trazem de casa. Defino essas ações como “onda do bem”, que enfatiza a importância da parceria da família com a escola.
Entretanto, a sociedade atual promove, também com muita insistência, uma ação que defino como “onda do mal”.
Essa “onda do mal” nos coloca atrás de grades nas nossas próprias casas, dificulta os relacionamentos presenciais, nossos e dos nossos filhos, causa o receio de sermos vítimas de assaltos, traz desinformações pelas mídias sociais, as incertezas acima referidas etc. E nesse “etc” tem muita coisa; inclusive o desejo de muitas famílias de deixar o país.
No entanto, as pessoas do bem são maioria na população. Há, portanto, esperança.
Façamos com que a “onda do bem” seja muito maior do que a “onda do mal”, num “confronto” pacífico, legal e democrático que pode perfeitamente começar com boas escolhas de governantes e legisladores nas próximas eleições.
Não percamos essa oportunidade!
Publicado originalmente em 04/09/2018
SE VOCÊ GOSTOU DESTE ARTIGO, veja outros posts de Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.
Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
Conheça o PORTFÓLIO de Roberto Gameiro:
sábado, 23 de julho de 2022
MENSAGEM - SEUS FILHOS SABEM O QUE É CERTO E O QUE É ERRADO?
sábado, 28 de maio de 2022
MENSAGEM - PRINCÍPIOS E VALORES NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
sábado, 21 de maio de 2022
sábado, 30 de abril de 2022
sábado, 16 de abril de 2022
CUIDADO - CRIANÇA - CONTÉM SONHOS!
Roberto Gameiro
Mirko Badiale, filósofo italiano, escreveu certa vez: “Deve ser colocada uma placa em cada criança que diga:
Trate com cuidado. Contém sonhos”.
Nós, professores, somos seres privilegiados pois tratamos, diariamente, com os tesouros mais preciosos deste mundo: as crianças.
Como é gratificante conviver com “serzinhos” tão especiais que chegaram num mundo que já existia e ao qual estão se abrindo, conhecendo, interagindo, sentindo-se parte e percebendo, ao longo dos anos, que podem (e devem) intervir nele para torná-lo melhor.
O que dizer, então, dos pais que os geraram e têm a alegria, a emoção e a responsabilidade de os educar, formando-os para o bem e para valores morais e éticos saudáveis, dedicando-lhes um amor que é infinito, e por quem dariam a própria vida para garantir e preservar as deles.
Cada uma delas (as crianças) vai crescendo e, aos poucos e sempre, construindo um sentido para sua vida baseado nas suas vivências e nos ensinamentos vindos dos pais e da escola.
Sentido de vida se constrói com base em sonhos. E as crianças os têm e muitos. Qual a criança que não tem uma resposta pronta para a pergunta “o que você quer ser quando crescer?”. A resposta pode ser uma num dia e outra bem diferente no dia seguinte, tal a vitalidade do que passa na mente e no coração de uma criança.
Cabe a nós, adultos, proporcionar às crianças condições favoráveis para que sejam crianças enquanto ainda são crianças, dando-lhes oportunidades para brincar, e brincar muito, pois as brincadeiras desenvolvem nelas a capacidade de se relacionar consigo mesmas e com os outros, contribuindo para que deem conformidade aos seus sonhos, aos seus projetos de vida.
A propósito, entre os “Direitos de aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil” propostos na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), está:
“Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.”
Mas não são apenas as crianças que têm sonhos. Nós, adultos, também os temos. E muitos! Ainda bem! E nesta seara, há que se ponderar que um sonho sem objetivo é apenas um sonho; nada mais.
Augusto Cury escreveu:
“Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir!” (Você é insubstituível. Rio de Janeiro: Sextante, 2002)
Portanto, caro leitor, vá atrás dos seus sonhos de criança e de adulto. Só você pode torná-los realidade. Seja protagonista dos seus sonhos. Não seja um simples coadjuvante dos sonhos dos outros.
Assuma a placa que diz:
Contenho sonhos!
(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)
Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional.
Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
sábado, 22 de janeiro de 2022
VOCÊ É FUMANTE PASSIVO?
Roberto Gameiro
"É, portanto, fundamental que os adultos não fumem em locais onde haja crianças, para que não sejam transformadas em fumantes passivos.".
Durante muito tempo, eu costumava dizer à boca cheia que nunca tinha fumado; e acrescentava que o mais próximo da imagem de um cigarro que eu já tinha chegado eram os chocolates da Pan que eram acondicionados numa embalagem que até lembrava um maço de cigarros. E o chocolate era muito saboroso. Eu e os meus amigos de infância gostávamos de nos exibir com o cigarrinho de chocolate entre os dedos, imitando a pose dos adultos fumantes – que eram muitos. Santa ingenuidade. Você, que tem mais de 40, talvez se lembre dessa época. Mas nem por isso tornei-me um fumante.
Embora nunca tenha colocado um cigarro de verdade nos lábios, sei que não posso afirmar que nunca fumei. Tornei-me, com o exercício do magistério superior, um arraigado fumante passivo. As minhas turmas na faculdade, dos cursos de Psicologia, Letras e Pedagogia, tinham, em média, 100 alunos cada. E a maioria dos alunos fumava. Eu costumo brincar que quem olhasse a sala de aula pelo lado de fora, poderia, inadvertidamente, acionar os bombeiros, devido a tanta fumaça saindo pelas janelas. Afinal, “onde há fumaça, há fogo”, já diz o ditado popular.
Talvez aqui haja um pouco de exagero meu...
Naquela época, anos 1980, não havia, ainda, a proibição do uso de cigarros em recintos fechados. A Lei que proibiu essa prática foi promulgada em 1996 incluindo repartições públicas, hospitais, postos de saúde, bibliotecas, recintos de trabalho coletivo, salas de teatro e cinema e, felizmente e finalmente, as salas de aula (Lei nº 9.294 de 15 de julho de 1996).
A propósito, em relação a crianças e adolescentes, encontrei no site do Instituto Nacional do Câncer (INCA) uma publicação pertinente:
“O tabagismo é hoje a principal causa de morte evitável, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa doença afeta também as pessoas que não fumam, mas que convivem com fumantes, principalmente as crianças que são as maiores vítimas. As crianças fumantes passivas apresentam uma grande chance de contrair problemas respiratórios em relação àquelas cujos familiares não fumam. Além disso, quanto maior o número de fumantes no domicílio, maior o percentual de infecções respiratórias nas crianças que vivem com fumantes. É, portanto, fundamental que os adultos não fumem em locais onde haja crianças, para que não sejam transformadas em fumantes passivos...”. (1)
Segundo a mesma OMS, o tabaco mata uma pessoa a cada quatro segundos em todo o mundo, o que equivale a quase 8 milhões por ano. Desse número, estima-se que um milhão não sejam usuários, mas os chamados fumantes passivos, muitos dos quais o foram quando eram crianças ou adolescentes.
O cigarro constitui um dos piores males deste século e do anterior. O uso do cigarro já foi moda e estilo de vida de muita gente incentivada por propagandas vistosas que relacionavam o sucesso pessoal e profissional ao uso do cigarro entre os dedos. Hoje, esse tipo de propaganda também está proibido. Ainda bem.
Todos sabemos que esse hábito é a causa de diversas doenças, entre elas o câncer de pulmão, o AVC (Acidente vascular cerebral), o diabetes, o DPOC (Doença pulmonar obstrutiva crônica), o infarto e as úlceras gástricas.
Se todos sabemos disso, e de sobejo, por que muita gente está, neste momento, iniciando-se nesse hábito? Não é preciso colocar a mão no fogo para constatar que queima. É uma questão de lógica. Simples lógica. Entretanto, adquirido o vício, não é uma tarefa simples deixá-lo. Acredito que a maioria dos fumantes conhece os danos que esse vício causa à saúde e o quanto ele reduz a longevidade.
“Equivocadamente, muitas pessoas acreditam que o tabagista é um “viciado", “sem força de vontade", “que não deixa de fumar porque não quer". Não é isso. Na verdade, quem fuma sofre de dependência química, ou seja, é alguém que ao tentar deixar de fumar, se defronta com grandes desconfortos físicos e psicológicos que trazem sofrimento, o que pode impor a necessidade de várias tentativas até que finalmente consiga abandonar o tabaco. Entender o que acontece com o tabagista e suas tentativas de parar de fumar é fundamental para que se possa ter a real dimensão do problema.”. (2)
Um conhecido me disse certa vez que é muito fácil deixar de fumar. Ele mesmo já tinha deixado de fumar umas 20 vezes...
"O que dá pra rir, dá pra chorar", diz um outro dito popular.
Referências
1- Instituto Nacional do Câncer. Crianças, adolescentes e jovens. Encontrado em https://www.inca.gov.br/tabagismo/criancas-adolescentes-jovens Acessado em 11/11/21.
2- Instituto Nacional do Câncer. Tratamento do tabagismo. Encontrado em https://www.inca.gov.br/programa-nacional-de-controle-do-tabagismo/tratamento Acessado em 11/11/21.
(Leia também) (Siga-me) (Compartilhe!)
Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional.
Contato: textocontextopretexto@uol.com.br