O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro
sábado, 2 de abril de 2022
sábado, 26 de março de 2022
TROCANDO IDEIAS E DISSEMINANDO IDEAIS
Roberto Gameiro
Há um provérbio chinês que diz que se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando um pão, e, ao se encontrarem, trocarem os pães; cada um vai embora com um. Porém, se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando uma ideia, e, ao se encontrarem, trocarem as ideias, cada um vai embora com duas ideias.
Esse provérbio dá margem a uma interessante reflexão.
Vou me ater, então, à multiplicação de ideias, relacionando-a, consequentemente, a ideais.
Mas, antes, por oportuno, vamos ver o que consta do Dicionário Aurélio, versão 7.0, a respeito de “ideia” e “ideal”.
“Ideia - Representação mental de uma coisa concreta ou abstrata; imagem. Projeto, plano. Invenção, criação. Maneira particular de ver as coisas; opinião, conceito, juízo. Conhecimento, memória, lembrança.
Ideal - A síntese de tudo a que aspiramos, de toda a perfeição que concebemos ou se pode conceber. Aquilo que é objeto da nossa mais alta aspiração intelectual, estética, espiritual, afetiva, ou de ordem prática.”
Eu tive uma ideia!
Quantas vezes já ouvimos essa expressão, não é mesmo?
Uma ideia pode surgir como resposta a uma demanda provocada por uma situação-problema proposta para solucionar uma “dor” que aflige determinado segmento. E daí para se transformar num projeto é um passo. Assim foi na criação das hoje grandes empresas de tecnologia como o Facebook, o WhatsApp e outras; nestes casos, as ideias-fonte se transformaram em objetos de aspiração de ordem prática. Ou seja: transformaram-se em ideais. Em puro protagonismo empreendedor.
Muito desse protagonismo é fruto das mudanças que têm ocorrido nos últimos tempos na escola.
A utilização de novas tecnologias como facilitadoras das aprendizagens vem ao encontro das expectativas e necessidades desta nova geração, também chamada de geração do milênio ou geração da Internet, nascida numa época de grandes avanços tecnológicos e acostumada com a multitarefa. Agregam o tradicional ao contemporâneo, mudam a maneira de operacionalizar o processo de ensino e aprendizagem, relacionando-o aos meios de comunicação, à cultura, à socialização e à sociabilidade; contribuem para a formação de um sujeito crítico, interativo, sociável, solidário, mediador, empreendedor, enfim, um ser humano sério, comprometido, verdadeiro protagonista.
Mas enganam-se os que pensam que as inovações estão restritas aos jovens das novas gerações. Mais do que uma época de mudanças, vivemos uma mudança de época, na era da informação e do conhecimento, fenômenos esses que atingem e contagiam a todos, qualquer que seja a idade. As novas ideias, nos últimos anos, pululam em todos os setores da sociedade, provocando a criação de novos empreendimentos frutos de ideias que se transformaram em verdadeiros ideais. E aqui podemos incluir as pessoas das diversas gerações, sejam os Baby Boomers, gerações X, Y (ou Millennials), Z e, daqui a pouco, os da geração Alfa. A criação de novas ideias não está restrita aos mais jovens.
Por falar em idade, lembrei de um texto do filósofo Mário Sergio Cortella no qual ele afirma que “velho” é diferente de “idoso”.
“Idoso é quem tem bastante idade. Velho é o que acha que já sabe tudo, que já está pronto. Velho é arrogante. Idosa é uma pessoa de sessenta anos, sessenta e cinco, setenta. Velho você pode ser aos quinze anos de idade, aos vinte, trinta, quarenta, cinquenta, sessenta. Velho não tem humildade, não aprende. Velho perece, porque é incapaz de acompanhar a mudança. Algumas empresas, há alguns anos, fizeram uma bobagem: em nome da reengenharia, mandaram embora vários idosos e ficaram com um bando de velhos. Agora, estão chamando os idosos de volta com o nome de consultor. Gente idosa é cheia de vitalidade. O velho é reativo, o idoso é proativo.”
Você, “Baby Boomer” ou “X”, é velho ou idoso?
E você, das gerações Y ou Z, já está velho?
Como estão suas novas ideias e os seus ideais?
Já li em algum lugar que a pessoa que não tem sonhos a realizar, perde o propósito da sua vida.
Charles Chaplin escreveu: “Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui; o verdadeiro valor do homem é o seu caráter, suas ideias e a nobreza dos seus ideais.”.
É isso!
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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional.
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sábado, 11 de dezembro de 2021
sábado, 4 de dezembro de 2021
OS BEM-ESTARES INDIVIDUAL E COLETIVO
Roberto Gameiro
Noutro dia, encontrei, numa postagem do Facebook, esta parábola, cujo autor não consegui identificar.
“Um professor deu um balão para cada aluno que teve de o encher e escrever o seu nome. O professor então, misturou todos os balões. Os alunos tinham 5 minutos para encontrar o seu próprio balão. Apesar de toda a agitação, ninguém encontrou o seu balão. Naquele momento, o professor disse aos alunos para apanharem o primeiro balão que encontrassem e entregar à pessoa cujo nome estava escrito nele. Em 5 minutos, cada um tinha o seu próprio balão. Então, o professor disse: Esses balões são como a felicidade. Nunca a encontraremos se todos no mundo estiverem à procura só da sua. Mas, se nos preocuparmos com a felicidade dos outros, também encontraremos a nossa.”.
Com efeito, a prática de atos de gentileza e de solidariedade faz bem para quem pratica e para quem recebe, além de revelar que você está de bem consigo mesmo e, por isso, preocupado com o bem-estar dos outros.
Entretanto, ninguém pode dar o que não tem. Ao pensar no bem-estar coletivo, não podemos abdicar do nosso próprio bem-estar; ao contrário, o bem-estar coletivo é o somatório dos bem-estares dos indivíduos que compõem o grupo. Se reduzirmos o bem-estar do indivíduo, reduziremos, também, o bem-estar do coletivo.
Num avião, quando caem as máscaras de oxigênio, devemos colocá-las primeiro em nós e depois nas crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais. Primeiro temos de cuidar de nós para que depois tenhamos condições de poder cuidar do outro e do grupo.
Os bem-estares individual e coletivo devem ser lastreados pelo ambiente num processo sustentável que permita o alcance do equilíbrio biopsicossocial.
A melhor forma de se alcançar esse equilíbrio entre o individual e o coletivo é a partir das práticas solidárias. Para sobreviver, precisamos, sem dúvida, uns dos outros. Quem pratica o bem, sem esperar recompensas, está plantando sementes de solidariedade, cujos frutos tornarão o mundo melhor.
Clint Eastwood, cineasta americano disse certa vez: “Todo mundo fala sobre como deixar um planeta melhor para nossos filhos. Na verdade, deveríamos tentar deixar filhos melhores para o nosso planeta.”.
No site da ONG "Passo Amigo", encontrei este texto: "O psiquiatra e professor do Curso de Medicina da PUC Minas, Renato Diniz Silveira, explica que o bem acaba provocando o bem. Segundo ele, com a redução dos níveis de estresse e a sensação de renovação de energia, são atenuados problemas como insônia, gripe, depressão, resfriado, dor de cabeça e sintomas de fobia social. A solidariedade gera, então, energia, melhora a saúde e impulsiona a gente para o bem". (1)
Jesus Cristo nos deixou vários mandamentos. Entre eles, destacam-se o “Amor a Deus” e o “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”; neste, percebe-se que para amar ao seu próximo você precisa, antes, ter muito amor a Deus e por si mesmo, cujos parâmetros o orientarão, então, para o exercício do amor ao próximo.
Boas reflexões!
REFERÊNCIA
(1) PASSO AMIGO, ONG. Como um ato de solidariedade pode ajudar a Equoterapia. Encontrado em. https://passoamigo.org.br/como-um-ato-de-solidariedade-pode-ajudar-a-equoterapia/
Acessado em 13/07/23.
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domingo, 12 de setembro de 2021
sábado, 24 de julho de 2021
PROFESSORES NÃO TÊM TODAS AS RESPOSTAS
Roberto Gameiro
Professor não é um super-homem.
Entretanto, há os que pensam que são. Há, também, alguns que têm certeza de que são. Mas, talvez, pensassem assim qualquer que fosse a profissão que abraçassem.
Professores são seres de relações. Não que os super-heróis não sejam “seres de relações”; eles “existem” para fazer o bem e proteger a humanidade de malfeitos.
Professores são da vida real. Super-heróis são da ficção.
Mas há outras atividades em que alguns profissionais pensam que são deus, enquanto outros têm certeza disso. Vejam que escrevi “deus” com letra minúscula por respeito ao Criador; mas, tenha certeza de que esses “pensam” com letra maiúscula. Você se recorda de alguma figura assim?
Aí, você poderá me perguntar: que raio de comparação esdrúxula é essa?
“Super-homens” têm respostas para tudo, sem titubear. São perfeitos e completos.
Professores são líderes. E, como tal, têm a missão de conduzir e orientar seus pupilos para que alcancem suas metas e objetivos na vida; ajudam-nos, pelo exemplo e posturas, inclusive a escolhê-las. Para isso, precisam ser honestos e verdadeiros, assumindo sua condição humana de incompletude.
Brené Brown, professora, escritora e conferencista norte-americana, escreveu: “este conceito de que o líder precisa estar “no comando” e “ter todas as respostas” é ultrapassado e paralisante. Ele causa um impacto prejudicial sobre as (outras) pessoas ao arraigar a ideia de que elas são bem menos e são inferiores.”. O “outras” foi acréscimo meu para melhorar o entendimento.
Já foi a época em que o professor era a fonte de todos os saberes decorrentes de conhecimentos, especialmente na sua área de magistério. Era a época do “ensino bancário”, em que os alunos eram depositórios dos ensinamentos vindos do professor.
Tem razão a professora Brown ao dizer que o líder não precisa “ter todas as respostas”. O professor que se pretende “sabe tudo” não cabe mais no mundo atual. E isso vale para qualquer profissão ou atividade humana.
Docente que tem essa postura, e ainda os há, faz um grande mal a si mesmo. Por ser “perfeccionista”, acha-se “invulnerável”. Acredito eu que ele viva com receio da próxima pergunta, do próximo questionamento. É, realmente, paralisante.
Aqui, a escritora nos socorre novamente, ao dizer que o perfeccionismo é autodestrutivo simplesmente porque a perfeição não existe, e que “a vulnerabilidade soa como verdade e sente-se como coragem. Verdade e coragem não são sempre confortáveis, mas elas nunca são fraqueza.”.
É preciso ser verdadeiro e corajoso para aceitar-se como “incompleto”, “imperfeito”, e, portanto, humano. Os conhecimentos estão aí disseminados pela internet. Cabe, agora, diferentemente do “ensino bancário”, saber o que fazer com eles.
Um personagem humorístico da televisão tem um refrão que diz: “se sei, digo que sei; se não sei, digo que não sei”. Provoca risos, mas constitui uma corajosa verdade (embora as contradições do personagem).
Professor não tem resposta para tudo. Mas, como pesquisador por profissão, sabe conduzir-se e conduzir seus alunos para a busca de informações e saberes no amplo espaço online que aí está.
Portanto, nada vergonhoso em dizer para o aluno: “eu não sei a resposta para essa sua pergunta, mas vou pesquisar e te informo”; ao contrário, tudo de corajoso, verdadeiro e “vulnerável”.
Professor não é super-man. Professora não é super-woman.
E olha que eu nem falei da kryptonita...rsrs.
Deixo a indicação para que vejam um vídeo (dublado) da profa. Brené Brown sobre “vulnerabilidade”: https://www.youtube.com/watch?v=I52gMeIwbOM. Ela está, também, no Netflix, com outra apresentação; esta, sobre “coragem”.
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sábado, 10 de julho de 2021
sexta-feira, 2 de abril de 2021
sábado, 20 de fevereiro de 2021
PODCAST - ERRANDO TAMBÉM SE APRENDE
PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO
OPS...erro no texto sobre
o erro...rss: quando me refiro ao site do SISU, onde digo “no início das
inscrições, o correto é “no início da busca pelos resultados”.
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sábado, 6 de fevereiro de 2021
COMO EU ME VEJO E VOCÊ ME VÊ
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sábado, 9 de janeiro de 2021
MENSAGEM - O INDIVÍDUO HUMANO É UM SER DE RELAÇÕES
(Cópia e compartilhamento autorizados)
sábado, 31 de outubro de 2020
domingo, 25 de outubro de 2020
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
MENSAGEM - VALORES DIRECIONAM OLHARES
(Cópia e compartilhamento autorizados)
domingo, 16 de agosto de 2020
AS MARAVILHAS QUE SOMOS E QUE POSSUÍMOS
Roberto Gameiro
Um grande amigo de Olavo Bilac lhe pediu, numa ocasião, que fizesse uma descrição do sítio que possuía para o anúncio de venda pois acreditava que se ele descrevesse a propriedade seria fácil vendê-la. Bilac, que conhecia bem o sítio e o amigo, atendeu ao pedido e redigiu: "Vende-se encantadora propriedade onde cantam os pássaros, ao amanhecer, no extenso arvoredo. É cortada por cristalinas e refrescantes águas de um ribeirão. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda.". Algum tempo depois, os dois se encontraram e Bilac perguntou se tinha vendido o sítio, ao que o amigo respondeu que depois da descrição que ele havia feito da propriedade, percebeu a maravilha que possuía e resolveu não mais vendê-la.
Essa historieta me fez refletir sobre como o amigo de Bilac estava fazendo mau uso da linda propriedade que tinha, não percebendo o quanto poderia usufruir de tudo aquilo. Foi preciso alguém “de fora” para fazer aflorar nele a percepção da maravilha que possuía; e a me perguntar: será que o poeta fez o texto com esse propósito? Se sim, mostrou-se realmente um grande amigo.
Desejar o que ainda não se tem e lamentar aquilo que já não se tem são outras características comuns dos seres humanos.
Ela também me fez pensar sobre como o mote que nos é trazido por esse contexto pode ser pretexto para nos ajudar no processo de educação dos nossos filhos enquanto são crianças e adolescentes. Embora não tenham ainda todos os processos cerebrais amadurecidos, trata-se do momento da vida em que o testemunho e o exemplo dos pais mais ficam guardados na memória deles. Cada um de nós tem registros de fatos ocorridos quando tínhamos aquelas faixas etárias, que nos vêm à mente até com uma certa constância; os bons e os não tão bons.
Saber dar valor e fazer bom uso do que se é e do que se tem através do cultivo da autoestima, da perseverança, da resiliência e da espiritualidade, são elementos indispensáveis nos nossos diálogos com os filhos para que possam crescer não apenas em estatura, mas, também, em sabedoria; esta, com o sentido de prudência, moderação, temperança, sensatez e, especialmente, reflexão.
Assim, talvez, ao longo da vida, eles terão menos motivos para lamentar o que eventualmente perderam, já não tenham ou já não sejam, num ciclo virtuoso de autovalorização e de percepção de que na vida passamos por inúmeros estágios de acertos e erros, de ganhos e perdas, de sucessos e fracassos, procurando, porém, não nos afastar do que nos move sempre para a frente: os sonhos, a esperança e, especialmente, a crença em Deus.
Cora Coralina escreveu: “A verdadeira coragem é ir atrás dos seus sonhos mesmo quando todos dizem que é impossível.”.
Conheça a sua realidade, usando a razão e a emoção, e valorize o que você tem; não apenas bens materiais, mas também as pessoas que você ama, os seus familiares e amigos, seu emprego ou sua atividade laborativa, os seus conhecimentos, competências e habilidades, a sua saúde e a sua espiritualidade. Tudo isso somado constitui a verdadeira riqueza que uma pessoa pode possuir.
“O que você tem, todo mundo pode ter, mas o que você é ... ninguém pode ser.”. Esta frase é atribuída a Costanza Pascolato e, também, a Clarice Lispector. Independentemente de quem a formulou, ela nos traz a mensagem de que nós somos seres únicos criados à semelhança do Criador para, com as nossas qualidades e as nossas limitações, colocarmo-nos a serviço do próximo, fazendo bom uso do que temos e, especialmente, do que somos.
Vamos, portanto, nos colocar a serviço como verdadeiros Discípulos Missionários de Jesus Cristo, disseminando a Boa-Nova no tempo oportuno e inoportuno, como nos ensina o texto Bíblico.
Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
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quarta-feira, 27 de maio de 2020
MENSAGEM: PERGUNTAS ERRADAS LEVAM A RESPOSTAS ERRADAS
domingo, 24 de maio de 2020
CONSCIENTIZAÇÃO E COMPAIXÃO BASTAM?
O texto bíblico também nos ajuda: "Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas por atos e em verdade." I João, 3, 18
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quarta-feira, 6 de maio de 2020
MENSAGEM: AUTENTICIDADE COMO NORTE NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
domingo, 26 de abril de 2020
GESTOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL - SINFONIA DE ENCANTOS
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