O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro
sábado, 2 de outubro de 2021
sábado, 25 de setembro de 2021
OS VERDADEIROS HERÓIS DE HOJE
Roberto Gameiro
Vivemos uma época em que os valores são constantemente invertidos e subvertidos. É tão comum esperar-se das pessoas ações e reações com contravalores, que o pior virou rotina, a ponto de quando alguém age de forma honesta, verdadeira e autêntica, receber elogios e, nalguns casos, ser até visto e exaltado como um herói.
É o caso, por exemplo, da pessoa que procura devolver para o dono uma carteira com documentos e dinheiro achada na rua; esse fato, que deveria ser visto como uma obrigação natural e esperada de um cidadão, vai até parar nos jornais e nos sites como algo excepcional; vira notícia.
Um bombeiro que arrisca sua vida, num incêndio, para tirar uma criança do meio das chamas, é aclamado como herói; nada mais justo e merecido. Entretanto, como aceitar que, na mesma noite, os participantes de um reality show sejam chamados de “heróis”? E como não aceitar, se o próprio dicionário “Aurélio” apresenta “herói” como “pessoa que por qualquer motivo é centro de atenções”? O bombeiro e os participantes do “reality show” cabem nessa definição.
Durma-se com esse “barulho”.
Para abrandar nossas inquietações a respeito, talvez seja conveniente considerarmos de pronto que alguém que é herói para mim pode não ser para você. E vice-versa.
Claro que vamos excluir dessa nossa análise os heróis da ficção. Não nos interessam aqui o “Homem de Ferro”, o “Homem Aranha”, o “Batman”, o “Super Homem”, o “Capitão América”, a “Mulher Maravilha”...
Interessam-nos, isso sim, os heróis de “carne e osso”, pessoas reais que por seus feitos podem e devem ser assim denominados.
Afinal, o que é um herói?
No “Aurélio” encontramos, também, que herói é um “homem extraordinário por seus feitos guerreiros, seu valor ou sua magnanimidade”. Ainda bem.
Essa segunda definição do “Aurélio” me leva a refletir que a caracterização de um feito como heroico depende de “onde”, de “como” e de “quando” ele ocorreu.
Assim, Martin Luther King Jr. foi um herói devido às suas ações no período histórico por que passavam os EUA (aliás, diga-se de passagem, Luther King seria um herói mesmo se estivesse vivendo hoje).
Mudam as épocas, mudam-se os valores, mudam as ideologias dominantes, e alguns personagens antes considerados heróis são hoje destronados dessa condição. Veja-se o movimento que acontece em várias partes do mundo com bustos e estátuas sendo derrubados e desonrados. Claro que nada justifica essa violência.
O “onde”, o “como” e o “quando” da minha reflexão nos coloca no centro da pandemia do Coronavírus e a forma como o ser humano está enfrentando esse difícil momento.
Banksy (pseudônimo de um artista pintor de graffiti, pintor de telas e diretor de cinema britânico) tem uma obra de 2020 no Hospital da Universidade de Southampton, no sul da Inglaterra, que apresenta um menino que tem nas mãos o boneco de uma heroína, uma enfermeira, enquanto os bonecos do Batman e do Homem Aranha repousam esquecidos num cesto. (1)
Trata-se de uma justa e merecida homenagem porque esses são os nossos heróis de hoje. Médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares, verdadeiros guerreiros que por seus valores e sua magnanimidade, a despeito do perigo que corriam e correm, não deixaram de acolher e cuidar dos doentes, especialmente nos momentos mais desesperadores da pandemia mundo afora.
A vida é o dom mais precioso com que Deus nos dotou. Devemos cuidar dela com muito desvelo, agradecendo ao Criador, fazendo o bem e colocando-nos sempre a serviço do próximo.
Como disse Madre Teresa de Calcutá: “Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz!”.
Vida longa aos profissionais da saúde! Nossos verdadeiros heróis!
(1) Conheça a obra de Banksy: clique aqui
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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
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sábado, 18 de setembro de 2021
domingo, 12 de setembro de 2021
sábado, 4 de setembro de 2021
IDENTIDADES DA FAMÍLIA E DA ESCOLA
Publicação original em 19/08/18 - Atualizado em 01/09/21
Roberto Gameiro
Toda empresa organizada, seja ela comercial, educacional, industrial, bancária ou de serviços, tem a sua identidade definida e explicitada para conhecimento dos seus públicos interno e externo. É através dela que a instituição garante a coesão de estratégias e procedimentos dos colaboradores para permanecer viável no mercado e se projeta para além dos seus muros nas diversas mídias para se fazer conhecer pelos atuais e futuros clientes, usuários e consumidores.
A identidade organizacional é explicitada através da missão, da visão de futuro, dos princípios e dos valores.
Uma instituição educacional faz uso dos mesmos instrumentos para se colocar como opção às famílias para atuar no processo de escolarização das crianças e dos adolescentes, e o faz através de diferentes mídias nos ambientes interno e externo.
A família também tem a sua identidade. Embora raramente explicitada por escrito, toda família tem a sua forma peculiar de ver o mundo, a sociedade e a cidadania, e, através de ideias e ideais, projeta o seu presente e o seu futuro, inclusive, por óbvio, o futuro desejado para os filhos.
A família tem princípios e valores que regem a forma como orienta o processo de educação dos filhos. Tem, também, normas e regras de convivência. E deve se apoiar nesses atributos para escolher a escola que melhor a ajudará na educação e desenvolvimento dos filhos.
Quanto mais convergentes forem as identidades da família e da escola, maior será a possibilidade de êxito na parceria para a educação das crianças e adolescentes em valores morais e éticos e na aquisição das competências necessárias para enfrentar os desafios que a vida fatalmente lhes trará.
A maior parte dos conflitos existentes entre família e escola acontece pela falta de coerência entre as suas identidades, e das contradições decorrentes.
Portanto, pais, quando forem escolher a escola para seus filhos, busquem conhecer os atributos que regem o seu funcionamento. Se a escola identifica “princípios” e “valores” na sua apresentação, procurem conhecê-los para ver se eles vêm ao encontro dos da sua família.
Para ajudar, lembro que “princípios” são características que a instituição assume como crenças básicas, as motivações fundacionais que justificam a sua existência, e que ela não se dispõe a mudar. Já “valores” são as virtudes, qualidades e méritos, derivados dos “princípios”, considerados relevantes para o cumprimento da missão, e que devem ser preservados e incentivados, mas podem ser classificados numa “régua” entre extremos, como, por exemplo, centrais e periféricos. Há valores que já foram centrais e hoje são periféricos, e vice-versa; afinal, uma escola é uma entidade “viva” que deve se atualizar e aperfeiçoar constantemente, mas, idealmente, não deve fugir das razões fundacionais que legitimam a sua existência.
A pergunta, então, poderá ser: quais são os “princípios” e os “valores centrais” da escola? Eles atendem às nossas expectativas para a formação dos nossos filhos?
Família e escola devem ser parceiras. Para isso, idealmente, suas identidades devem ter (muitos) pontos comuns.
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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
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sábado, 28 de agosto de 2021
sábado, 21 de agosto de 2021
sábado, 14 de agosto de 2021
A CORRUPÇÃO NO BRASIL É ENDÊMICA
Roberto Gameiro
Cada população, ou região, tem algumas
características que lhe são peculiares, e que aparecem com maior ênfase,
especialmente, em momentos de tragédias. No Japão, após o tsunami, a população comprava
o estritamente necessário para não prejudicar o próximo. Nos EUA, após os
estragos do furacão Katrina, o comércio vendia bens a preço de custo para
ajudar a população. Na França, depois dos atentados terroristas, os táxis
faziam corridas gratuitas.
No Brasil, na greve dos caminhoneiros, a gasolina
chegou a quase dez reais o litro; a alface, sete reais o maço; o saco de
batatas dobrou de preço.
E não é, como alguém poderia imaginar, culpa apenas
de maus políticos. Temos notícias dela (da corrupção) desde a época do Império.
Parece que isso está impregnado no tal “jeitinho brasileiro”; afinal, “o
negócio é levar vantagem em tudo; certo?”
Errado.
Rui Barbosa, quando Senador, escreveu: “De tanto
ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver
crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de
ser honesto.”.
Muitos de nós temos "experiências"
vividas e sentidas na pele, no bolso, na mente e no coração. E ficamos
impotentes diante de tanto descaramento.
Eu mesmo, tive algumas vivências a respeito.
Você já ouviu falar sobre o ICM? Não, não se trata
de “imposto sobre circulação de mercadorias”. Trata-se de “incentivo ao
comprador moderno”. Um eufemismo para definir propina mesmo, um percentual
sobre o valor da compra. Eu me vi diante dessa situação, certa vez, ao tentar
vender mercadorias da minha representação comercial a uma determinada entidade.
Se não houvesse o “ICM”, não haveria compra.
Claro que não houve a venda.
Noutra ocasião, fui a uma instituição pública para
pedir informações sobre um programa de financiamento para escolas particulares.
Depois de um tempo de espera, um senhor engravatado me recebeu e pediu que o
acompanhasse até uma salinha lá no fundo da repartição. Você fará jus a um
pirulito se adivinhar o que aconteceu lá!
Adivinhou!
O pedido de propina foi explícito e escandaloso. Se
eu não concordasse com o percentual de “compensação aos esforços da equipe”,
não adiantaria nem dar entrada na papelada.
Claro que não houve o pedido.
Certa feita, quando eu dirigia uma obra social
dedicada ao atendimento de crianças e adolescentes em situação de
vulnerabilidade, a Coordenadora da Casa recebeu a visita de um homem de terno e
gravata, muito bom falante, que se dizia agente de um fundo do governo
destinado a obras como a nossa. Ele oferecia R$5.000,00 de doação, com
"apenas" uma "pequena" condição...
Olha o pirulito!
A entidade teria de assinar um recibo no valor de
R$10.000,00. Ele saiu com a mesma velocidade com que entrou...
E você? Já teve "experiências" com
pessoas ou instituições corruptas?
A corrupção no Brasil é endêmica.
Faz vítimas em todos os escalões da sociedade.
Quando a gente pensa que com as recentes ações da Polícia Federal, das polícias
estaduais, do Ministério Público e dos tribunais de justiça, os corruptos
desaparecerão, eles afloram como uma infestação de ratos. Neste momento em que
você, caro leitor, lê este post, há muitas pessoas e empresas sendo vítimas de
corruptos pelo país afora. Infelizmente.
Por outro lado, sabemos que, levando em conta a
população do país, o número de corruptos é ínfimo. A maioria da população
brasileira é constituída de pessoas do bem.
Ainda bem.
Há, felizmente, esperança.
Portanto, não desanimemos da virtude, valorizemos a
honra e não tenhamos vergonha de sermos honestos.
E, como escreveu Capistrano de Abreu, brasileiro de
Maranguape: “todo brasileiro deve ter vergonha na cara; revogam-se as
disposições em contrário.”.
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sábado, 7 de agosto de 2021
sábado, 31 de julho de 2021
sábado, 24 de julho de 2021
PROFESSORES NÃO TÊM TODAS AS RESPOSTAS
Roberto Gameiro
Professor não é um super-homem.
Entretanto, há os que pensam que são. Há, também, alguns que têm certeza de que são. Mas, talvez, pensassem assim qualquer que fosse a profissão que abraçassem.
Professores são seres de relações. Não que os super-heróis não sejam “seres de relações”; eles “existem” para fazer o bem e proteger a humanidade de malfeitos.
Professores são da vida real. Super-heróis são da ficção.
Mas há outras atividades em que alguns profissionais pensam que são deus, enquanto outros têm certeza disso. Vejam que escrevi “deus” com letra minúscula por respeito ao Criador; mas, tenha certeza de que esses “pensam” com letra maiúscula. Você se recorda de alguma figura assim?
Aí, você poderá me perguntar: que raio de comparação esdrúxula é essa?
“Super-homens” têm respostas para tudo, sem titubear. São perfeitos e completos.
Professores são líderes. E, como tal, têm a missão de conduzir e orientar seus pupilos para que alcancem suas metas e objetivos na vida; ajudam-nos, pelo exemplo e posturas, inclusive a escolhê-las. Para isso, precisam ser honestos e verdadeiros, assumindo sua condição humana de incompletude.
Brené Brown, professora, escritora e conferencista norte-americana, escreveu: “este conceito de que o líder precisa estar “no comando” e “ter todas as respostas” é ultrapassado e paralisante. Ele causa um impacto prejudicial sobre as (outras) pessoas ao arraigar a ideia de que elas são bem menos e são inferiores.”. O “outras” foi acréscimo meu para melhorar o entendimento.
Já foi a época em que o professor era a fonte de todos os saberes decorrentes de conhecimentos, especialmente na sua área de magistério. Era a época do “ensino bancário”, em que os alunos eram depositórios dos ensinamentos vindos do professor.
Tem razão a professora Brown ao dizer que o líder não precisa “ter todas as respostas”. O professor que se pretende “sabe tudo” não cabe mais no mundo atual. E isso vale para qualquer profissão ou atividade humana.
Docente que tem essa postura, e ainda os há, faz um grande mal a si mesmo. Por ser “perfeccionista”, acha-se “invulnerável”. Acredito eu que ele viva com receio da próxima pergunta, do próximo questionamento. É, realmente, paralisante.
Aqui, a escritora nos socorre novamente, ao dizer que o perfeccionismo é autodestrutivo simplesmente porque a perfeição não existe, e que “a vulnerabilidade soa como verdade e sente-se como coragem. Verdade e coragem não são sempre confortáveis, mas elas nunca são fraqueza.”.
É preciso ser verdadeiro e corajoso para aceitar-se como “incompleto”, “imperfeito”, e, portanto, humano. Os conhecimentos estão aí disseminados pela internet. Cabe, agora, diferentemente do “ensino bancário”, saber o que fazer com eles.
Um personagem humorístico da televisão tem um refrão que diz: “se sei, digo que sei; se não sei, digo que não sei”. Provoca risos, mas constitui uma corajosa verdade (embora as contradições do personagem).
Professor não tem resposta para tudo. Mas, como pesquisador por profissão, sabe conduzir-se e conduzir seus alunos para a busca de informações e saberes no amplo espaço online que aí está.
Portanto, nada vergonhoso em dizer para o aluno: “eu não sei a resposta para essa sua pergunta, mas vou pesquisar e te informo”; ao contrário, tudo de corajoso, verdadeiro e “vulnerável”.
Professor não é super-man. Professora não é super-woman.
E olha que eu nem falei da kryptonita...rsrs.
Deixo a indicação para que vejam um vídeo (dublado) da profa. Brené Brown sobre “vulnerabilidade”: https://www.youtube.com/watch?v=I52gMeIwbOM. Ela está, também, no Netflix, com outra apresentação; esta, sobre “coragem”.
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sábado, 17 de julho de 2021
sábado, 10 de julho de 2021
sábado, 3 de julho de 2021
NEM TUDO É TRIGO; NEM TUDO É JOIO
Roberto Gameiro
Nem tudo é trigo; nem tudo é joio.
Uma construção semântica com sentido figurado.
Sentido figurado é o que a palavra adquire quando é empregada com um sentido simbólico, ampliado, conotativo, e que depende do contexto para ser compreendida.
Vamos aprofundar um pouco essa análise reflexiva.
Você já teve oportunidade de ter nas mãos uma espiga de trigo e uma de joio quando pequenos? São quase iguais uma à outra. Até o cheiro de ambas é característico e semelhante.
Porém, aos poucos, enquanto vão amadurecendo, as espigas vão tomando formas e aparências bastante diferentes; o trigo muda de cor, mas permanece altivo e aponta para o alto. Frutifica pleno de sementes. O joio por sua vez, vai ficando disforme e até secando totalmente antes de amadurecer e fenecer sem nada produzir.
Mas, quando você os esfacela, do trigo ficam nas suas mãos as sementes; do joio, ficam palhas, ou seja...nada. O trigo, portanto, representa vida. O joio representa nada, mas, quando ingerido por humanos pode ser tóxico.
O joio é uma planta considerada erva daninha, mas compete com o trigo pelos mesmos nutrientes do solo.
O trigo possui a essência; o joio, apenas a aparência.
Você vai perguntar, então: por que você escreveu sobre trigo e joio?
Simples.
Para ter a oportunidade de comparar trigo e joio respectivamente com gente do bem e gente do mal.
Procure reler este artigo substituindo “trigo” por “gente do bem”, e “joio” por “gente do mal”.
Prosseguindo...
Também as pessoas ao longo da vida passam por transformações que as distanciam umas das outras. Umas seguem o caminho correto da dignidade, da verdade, da honestidade, enquanto outras enveredam por trilhas obscuras, por posturas e ações tóxicas e incorretamente éticas.
E pensar que quando crianças eram tão parecidas umas com as outras; na graça, na aparência, na inocência, na ingenuidade, na naturalidade e até nos cheiros.
Entretanto, ao tempo em que vão atingindo a maturidade, são levadas pelas circunstâncias da vida, ou pela genética, ou por sei lá o que mais, a extremos opostos caracterizados ora pelo bem, ora pelo mal.
Os professores que têm uma caminhada docente mais longa, que convivem com crianças que se tornam adolescentes e, depois, adultos, têm o privilégio de acompanhar e observar essas mudanças em muitos deles; os médicos, especialmente os pediatras, também. Quanto orgulho em relação àqueles que seguiram o caminho do bem; quanta decepção em relação àqueles que seguiram a trilha do mal, e neste caso, alguns pais e professores até se perguntam, quase sempre indevidamente: onde foi que nós erramos?
Não nos culpemos. Cada um é um. Deus criou o homem com o dom do livre-arbítrio, o que significa que cada um de nós tem a liberdade de escolher entre o certo e o errado. Entretanto, por óbvio, essa liberdade não é uma licença para malfeitos, dolo e demais ilícitos.
Continuemos, todos nós, a jornada da busca do bem em detrimento do mal. Insistamos na prática cristã de fazer o bem sem olhar para quem. Plantando sementes do bem, nossa vida se completará plena de frutos valiosos, em energias indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida de todos.
Depende de cada um de nós.
A propósito, vale lembrar o que escreveu Augusto Cury, psiquiatra, professor e escritor brasileiro contemporâneo: “Educar é semear com sabedoria e colher com paciência”.
Precisa mais?
Sim, precisa, se for do seu interesse.
Que tal ler, ou reler, “Mateus 13, versículos 24 a 30”?
E, também, ver o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=KGQkHFTUdbw
Muito a pensar, conversar e refletir.
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sábado, 26 de junho de 2021
MENSAGEM - EMPREGOS - VAMOS ESPERAR NOVA CRISE SE INSTALAR?
(Cópia e compartilhamento autorizados)
sábado, 19 de junho de 2021
sábado, 12 de junho de 2021
EDUCAÇÃO E CORRUPÇÃO
Esse texto foi escrito mais de trezentos anos antes de Cristo, e caracteriza muito do que temos visto no Brasil de hoje nos mundos político, social, jurídico e empresarial.
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